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ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

As orações subordinadas substantivas surgem encaixadas em frases complexas e


desempenham a função de sujeito ou complemento de um nome, verbo ou
adjetivo, isto é, desempenham função sintática idêntica à de um nome(substantivo).

Vejamos as seguintes frases:

a) Disse-te que não queria ir.


b) Quem tudo quer tudo perde.
c) A decisão de terem invadido o país foi unânime.
d) Esta porta é fácil de abrir.1

Identifica agora as funções sintáticas dos constituintes das frases:


a) Sujeito ___________________
Predicado____________________________
-te ______________________
que não queria ir ______________________

b) Sujeito ___________________
Predicado____________________________

c) Sujeito ___________________
Predicado____________________________
de terem invadido ______________________

d) Sujeito ___________________
Predicado____________________________
de abrir ______________________

Assim temos:

 orações subordinadas substantivas completivas, introduzidas pelas


conjunções subordinativas completivas que, se, para ou ainda por um
elemento omisso , que desempenham a função de sujeito ou complemento de
um verbo, nome ou adjetivo
Ex: O Luís disse que desejava cantar.
A mãe perguntou se queremos jantar já.
A professora pediu para sair mais tarde.
O Manuel afirmou adorar música chilena.
Que chegaste tarde é evidente.

 orações subordinadas substantivas relativas (sem antecedente),


introduzidas pelos pronomes relativos quem, o que, quanto, onde e que
podem ocorrer no mesmo contexto em que ocorrem constituintes que
desempenham as funções sintáticas de sujeito , de complemento direto ,
de complemento indireto, de complemento oblíquo e de modificador do grupo
verbal .
Ex: Quem vai ao mar perde o lugar.
O Luís procura quem o ajude na escola.
O Pedro pede dinheiro a quem tiver.
O avô precisa de quem cuide dele.
Comi quanto podia.
Ela compra roupa onde calha. 2

1
Nota: As orações subordinadas substantivas podem ser finitas ou não finitas ,
consoante o verbo se encontre numa forma verbal finita ou não finita.
2 Não confundir com a adjetiva relativa que geralmente ocorre intercalada na frase .

Ex: A loja onde ele compra roupa é a Zara. )


COMO DISTINGUIR AS VÁRIAS ORAÇÕES
COMEÇADAS POR “QUE”?

 Se a subordinante possuir um verbo que precise da oração seguinte, iniciada


por “que”, para lhe completar o sentido, então estamos perante uma
subordinada completiva ou integrante.
Ex: Ele disse que gostava de ir connosco ao cinema.

 Se a subordinante contiver em si a palavra que antecede o “que”, então estamos


perante uma subordinada adjetiva relativa.
Ex: Os alunos que ainda não acabaram o exercício terminam em casa.
(subordinada relativa restritiva)
Os alunos, que andavam descontraídos, tiveram boas notas nos exames.
(subordinada relativa explicativa)

 Se a subordinante contiver em si expressões como “de tal modo, tanto, tão”, o


“que” introduz uma oração subordinada (adverbial) consecutiva.
Ex: Choveu tanto que o trânsito este parado duas horas.
O comboio atrasou-se de tal maneira que chegámos atrasados ao
Seminário.
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (soluções)

As orações subordinadas substantivas surgem encaixadas em frases complexas e


desempenham a função de sujeito ou complemento de um nome, verbo ou adjetivo, isto é,
desempenham função sintática idêntica à de um nome (substantivo).

Vejamos as seguintes frases:


e) Disse-te que não queria ir. (substantiva completiva introduzida pela conjunção integrante)
f) Quem tudo quer tudo perde.(substantiva relativa)
g) A decisão de terem invadido o país foi unânime.(substantiva completiva)
h) Esta porta é fácil de abrir.3(substantiva completiva)

Identifica agora as funções sintáticas dos constituintes das frases:


e) Sujeito: subentendido (eu)
Predicado: Disse-te que não queria ir
-te: complemento indireto
que não queria ir : complemento direto
f) Sujeito : Quem tudo quer
Predicado: tudo perde
g) Sujeito : A decisão de terem invadido o país
Predicado: foi unânime
de terem invadido: complemento do nome ( =da invasão)
h) Sujeito : Esta porta
Predicado: é fácil de abrir
de abrir : complemento do adjetivo

Assim temos:

 orações subordinadas substantivas completivas, introduzidas pelas conjunções


subordinativas completivas 4 que, se, para ou ainda por um elemento omisso , que
desempenham a função de sujeito ou complemento de um verbo, nome ou adjetivo.
Geralmente seguem-se a um verbo e podem ser substituídas pelos demonstrativos isto,
isso e o.
Ex: O Luís disse que desejava cantar./o Luís disse isso. ( complemento direto)
A mãe perguntou se queremos jantar já. ( complemento direto)
A professora pediu para sair mais tarde./a professora pediu isso.( complemento
direto)
O Manuel afirmou adorar música chilena./O Manuel afirmou-o.( complemento
direto)
Que chegaste tarde é evidente.( sujeito)

 orações subordinadas substantivas relativas (sem antecedente), introduzidas


pelos pronomes relativos quem5, o que6, quanto e pelo advérbio relativo onde7 e
que podem ocorrer no mesmo contexto em que ocorrem constituintes que
desempenham as funções sintáticas de sujeito , de complemento direto ,
de complemento indireto, de complemento oblíquo e de modificador do grupo verbal.8
Ex: Quem vai ao mar perde o lugar. (sujeito)
O Luís procura quem o ajude na escola. (complemento direto)
O Pedro pede dinheiro a quem tiver.(complemento indireto)
O avô precisa de quem cuide dele. (complemento oblíquo)
Comi quanto podia. (complemento direto)
Ela compra roupa onde calha. (modificador do grupo verbal)9

3 Nota: As orações subordinadas substantivas podem ser finitas ou não finitas , consoante o verbo se encontre
numa forma verbal finita ou não finita.
4 As conjunções não exercem função sintática.
5 Quem= as pessoas;
6 O que = aquilo que;
7 Onde=o lugar onde
8 Tal significa que os pronomes e o advérbios desempenham funções sintáticas diferentes nas orações a que pertencem.
9
Atenção: não confundir com a adjetiva relativa que , geralmente, ocorre intercalada na frase . Ex: A loja
onde ele compra roupa é a Zara. )

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