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Texto áureo
“Porque este é o concerto que,
depois daqueles dias, farei com
a casa de Israel, diz o Senhor:
porei as minhas leis no seu
entendimento e em seu coração
as escreverei; e eu lhes serei por
Deus, e eles me serão por
povo.” (Hb 8.10)
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE – Hb 8. 1-10
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
I – UM SANTUÁRIO SUPERIOR
Cabe aqui ressaltar, que o étimo grego para santuário em Hebreus 8.2 não é
o termo comum ho naos, mas ton hagion, “dos santos”, e, visto que as funções
sacerdotais de Cristo estão em conformidade com todas as manifestações da
presença divina, acrescenta-se o termo mais genérico “skenes”, tabernáculo.
Segundo Westcott: “A ideia geral é a da imediata presença de Deus (tà hágia) e a
cena de Sua manifestação aos que o adoravam (“hê skênê”).
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2. Possuidor de uma natureza superior.
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“O tabernáculo em si estava construído com quarenta e oito vigas de acácia,
de 4,50 m de altura por 0,68 m de largura, recobertas de ouro puro e
inseridas em conchas de prata. Estavam ligadas entre si por varas externas
e por uma viga mestra que as atravessava pelo centro. O tabernáculo
estava dividido em duas partes. A primeira — dois terços do total — era o
lugar santo; a parte interior — um terço do total — um cubo de 4,50 m de
lado, era o lugar santíssimo. A cortina que separava o lugar santo era
sustentada por 5 colunas de bronze e feita de linho fino trabalhado em azul,
púrpura e escarlate. O lugar santo continha três elementos. (1) O
candelabro de ouro encontrava-se na parte Sul e estava esculpido num
talento de ouro sólido cujo valor seria de uns doze mil e quinhentos dólares;
as lâmpadas eram alimentadas com azeite puro de oliva e estavam sempre
acesas. (2) Na parte Norte encontrava-se a mesa dos pães da proposição.
Estava feita de madeira de acácia coberta de ouro: tinha 0,90 m de
comprimento, 0,45 m de largura e 0,68 m de altura. Ali se colocavam cada
sábado doze pães, em duas filas de seis, feitos da farinha mais fina.
Somente os sacerdotes podiam comer estes pães quando eram retirados.
Trocavam-se cada sábado. (3) O altar do incenso era de madeira de acácia
recoberta em ouro; era quadrado de 0,45 m de lado por 0,90 de altura. Nele
queimava-se incenso pela manhã e pela tarde simbolizando as orações do
povo que se elevavam a Deus. Diante do lugar santíssimo encontrava-se o
véu feito de fino linho torcido e recamado em escarlate, púrpura e azul e
com um querubim em cima. Dentro do lugar santíssimo ninguém podia
entrar, senão apenas o sumo sacerdote e num só dia do ano: o dia da
expiação. Isto tinha lugar só depois da mais minuciosa preparação. Dentro
do lugar santíssimo estava o arca do testemunho que continha três objetos:
o recipiente de ouro do maná; a vara de Arão que tinha brotado e as tábuas
da Lei. Era feita de madeira de acácia recoberta de ouro por dentro e por
fora. Tinha 1,10 m de comprimento por 0,68 m de largura e 0,68 m de altura.
A tampa chamava-se o propiciatório; sobre ele estavam os dois querubins
de ouro maciço com suas asas estendidas por cima. Ali estava a própria
presença de Deus, porque Deus havia dito: "E dali declararei a ti, e falarei
contigo de sobre o propiciatório, dentre os dois querubins que estão sobre o
arca do testemunho”.
II – UM MINISTÉRIO SUPERIOR
1. No aspecto posicional.
Convém verificar, que nos versículos em Hb 8.3-10, o autor explica por que a
Nova Aliança é superior à Antiga. No entanto, o autor dá uma razão preliminar do
porquê a Nova Aliança é melhor do que a Antiga. Ele diz que ela é “instituída com
base em superiores promessas” (v.6). Por implicação, as promessas feitas por Deus
nos primeiros dias eram inadequadas. As promessas da antiga aliança foram feitas
junto com a lei de Moisés; as promessas da nova aliança incluíam as leis de Deus
colocadas na mente e escritas no coração de seu povo, o ensino do conhecimento
do Senhor e o perdão dos pecados (8.10-12).
2. No aspecto funcional.
Nesse sentido, a Nova Aliança foi estabelecida por Cristo, que é seu ministro
(leitourgos, no grego). Ele ministra no santuário e no verdadeiro tabernáculo que foi
edificado pelo Senhor (kyrios, no grego). Aqui Cristo ministra como sumo sacerdote,
tendo plena autoridade (vs. 1, 2). Sua posição no santuário celestial está em perfeita
ordem. Ele ofereceu ao Pai sacrifícios e serviço. Ele ofereceu-se a Si mesmo como o
sacrifício aceitável (uma ideia bem desenvolvida melhor nos caps. 9, 10), e o Seu
serviço é o do sumo sacerdote diante de Deus, servindo no santuário.
3. No aspecto cultural.
Em Hb 8.4 o autor faz usos de contrastes com uma sentença condicional que
é contrária aos fatos, isto é, as duas partes da sentença demandam partes
correspondentes que estão implícitas:
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Destarte, o santuário no qual Cristo serve como sumo sacerdote está no céu,
não na terra. Durante seu ministério na terra ele não pôde ser sacerdote porque ele
pertencia à tribo de Judá, e não à tribo de Levi. No entanto, o escritor da epístola
não afirma ou sugere que Cristo não poderia levar sua oferta de uma vez por todas
na cruz do Calvário. Ele somente observa que aqueles que fazem parte do
sacerdócio levítico oferecem dons que são “prescritos pela lei”. Jesus não pertencia
ao clã sacerdotal de Levi e, portanto não poderia servir no altar. Em vez disso, ele
serve no verdadeiro tabernáculo, na presença de Deus.
Aqui é importante notar que a Lei de Deus, escrita no coração e na mente dos
homens, forma a ideia central da aliança. Na primeira, a Lei era imposta; ela falhou
porque não havia disposição de coração para obediência. A Lei era boa, mas o
coração não estava voltado para ela. Pela nova aliança, Deus transforma a Lei
externa em vida interior e, mediante o dom do Espírito Santo, de tal maneira purifica
e renova o coração do homem que, do seu íntimo, este cumpre a vontade de Deus.
Além disso, o fato de a Lei ser gravada na mente humana sugere uma
comunicação da verdade divina, que possibilita ao homem “da aliança” não apenas
amar o Senhor com todas as suas forças, mas também interpretar e expressar, com
inteligência, esse amor por um viver santo. Uma vez que a característica vital da
nova aliança é vida espiritual no ser interior do homem, o coração deste se abre para
Deus e entende o que é agradável ao Senhor. Isto o leva imediatamente ao
conhecimento pessoal de Deus. E conhecê-lo contribuiu para o homem amar Aquele
que é o próprio Amor. O amor que o Espírito Santo derrama no coração purificado
pelo sangue de Jesus torna-se a energia que é a fonte de alegre obediência à Lei de
Deus. O amor torna-se, assim, o cumprimento da Lei e, de modo algum, rebaixa o
padrão divino ou enfraquece a lei moral.
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2. De natureza individual e universal.
Cabe salientar que, no Antigo Testamento, a revelação não foi completa, mas
“Deus falou muitas vezes e de muitas maneiras” (Hb 1.1); assim, as palavras dos
profetas, de Moisés em diante, deviam ser transmitidas a grupos cada vez maiores.
E ainda, a Lei de Moisés, sendo dada em preceitos e mandamentos, exigia
interpretação, levando à formação dos escribas, que se dedicavam a esta tarefa.
3. De natureza relacional.
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significado mais profundo em Hebreus 8.12 do que se lhe atribui comumente, pois
aqui significa ser propício.
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CONCLUSÃO
Assim, concluímos mais uma lição dizendo que temos de fato um Sumo
Sacerdote partícipe de uma Aliança Superior, como também de um ministério muito
superior, que ministra em um santuário superior e que também é fiador de uma
superior aliança, como diz o comentarista de nossa lição.
Convido a todos vocês, distintos leitores, para cantar conosco este corinho:
Aliança do Senhor,
Eu tenho com você,
Não existem mais barreiras,
Em meu ser.