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Departamento de Engenharia de Materiais

Caracterização dos Materiais


Aula 2: Interação eletromagnética com
a matéria.

Profa . Michelle Cardinale Macedo


Introdução

Por quê caracterizar os materiais ?

Para selecionar adequadamente o material baseado no


desempenho desejado.

A caracterização de um material pode ser voltada a avaliação de


propriedades:

 Mecânicas;
 Elétricas;
 Bioatividade;
 Eletrônicas;
 Magnéticas,
 Ópticas;
 Químicas
 Térmica, etc
Introdução

Definição de caracterização:
“ A caracterização descreve os aspectos de composição e
estrutura (incluindo os defeitos) dos materiais, dentro de um
contexto de relevância para um processo, produto ou
propriedade em particular” Materials Advisory Biard of National
Research Council- USA).

O objetivo central da caracterização dos materiais é reduzir


a possibilidade da degradação e falha de um determinado
produto em um determinado meio durante sua utilização.
Ilustração das fases que geralmente compõem um material

Exemplo: Uma placa de metal


revestida com um filme fino /ou
um revestimento orgânico/ ou
cerâmico.
Aspectos importantes a serem avaliados na caracterização
dos materiais.

 Composição Química;

 Tamanho, forma e Distribuição;

 Fases e estruturas (cristalino, amorfo, etc);

 Microestrutura;

 Superfície, interfaces e recobrimentos


Como caracterizar um material?

Através de técnicas de caracterização devidamente selecionadas para se


obter uma avaliação criteriosa do material em estudo.

 As técnicas de caracterização dos materiais fazem uso de


perturbações causadas por um feixe incidente de radiação, partículas
(elétrons, nêutrons etc) ou íons

Os métodos espectrométricos
mais amplamente utilizados
estão baseados na radiação
eletromagnética.
Propriedades da Radiação Eletromagnética
A radiação eletromagnética- é uma forma de energia que é transmitida através
do espaço a grandes velocidades.

 A radiação eletromagnética nas regiões do UV/visível e algumas vezes no


infravermelho (IV) é chamada de Luz ou radiação visível. A radiação
eletromagnética pode ser descrita como uma onda.

 O modelo ondulatório falha quando se considera os fenômenos associados com


a absorção e emissão de energia radiante. Para esses processos, a radiação
eletromagnética pode ser tratada como pacotes discretos de energia ou
partículas chamadas fótons ou quanta.

 Essas formas de visualizar a radiação como partículas ou ondas não são


mutuamente excludentes, mas sim complementares.
Interação da radiação com a matéria
 Visão dualítica da radiação eletromagnética

Fluxo de partículas discretas Pacotes de onda, denominadas


de energia fótons

Ótica geométrica- propagação retilínea da luz, formação de sombra, reflexão,


refração e a dispersão.

Ótica ondulatória- difração, interferência, caráter eletromagnético da luz,


polarização e dupla refração.

Ótica quântica- interação da luz com a matéria ( origem dos espectros,


efeito fotoelétrico, lasers e coerência.
Espectro Eletromagnético
Como a radiação eletromagnética é produzida?
A radiação eletromagnética é produzida quando partículas excitadas
(átomos, íons ou moléculas) relaxam para níveis de energia mais baixos
fornecendo o excesso de energia como fótons.

Meios de produzir a excitação:


 Bombardeamento com elétrons ou outras partículas
elementares: geralmente leva à emissão de raios X;

 Exposição a uma corrente elétrica, a uma centelha elétrica ou


uma fonte de calor intensa: produz radiação ultravioleta, visível
ou infravermelha;

 Irradiação com um feixe de radiação eletromagnética: Produz


radiação fluorescente

 Radiação química exotérmica: produz quimiluminescência.


As regiões do espectro eletromagnético e as alterações que podem resultar quando
há interação entre a radiação e o analito.

RMN- Ressonância magnética Nuclear


SER- Ressonância de spin eletrônico
Métodos espectroscopiacos comuns baseados na radiação eletromagnética.

1Å = 10-10 m = 10-8 cm
1nm = 10-9 m = 10-7 cm
1m = 10-6 m = 10-4 cm
Interação da radiação com a matéria
 As interações da radiação com a matéria permite obter informações sobre
uma amostra.

 Interação da luz com a matéria

 Quando um feixe de luz se propaga em um material, sua intensidade decai


gradualmente Atenuação

 Fenômenos de absorção e espalhamento

Atenuação: Lei de Lambert

Onde;
l = intensidade da luz transmitida;
l0= intensidade da luz incidente; A intensidade de energia decresce
K= coeficiente de absorção proporcionalmente à espessura
X= espessura do meio atravessada.
 Processos de emissão e quimiluminescência.
 Podemos adquirir informações sobre o analíto mediando a radiação
eletromagnética emitida quando ele retorna ao estado fundamental ou
medindo a quantidade de radiação eletromagnética absorvida ou espalhada
em consequência da excitação.
Radiação (b)
(a) emitida
2
E21= h21=hc/21
1
E2= h2=hc/2
E1= h1=hc/1
0

PE Para que a absorção ocorra, a


(c) energia do feixe incidente deve
Energia térmica, corresponder a uma das diferenças
elétrica ou química de energia dos níveis.

 Diferença de energia entre os


2 1 21 níveis.
 Absorção
 Desaparecimento da luz, cuja energia é transformada em calor, ou
absorvida pela excitação de uma espécie atômica ou molecular da amostra.
A absorção pode ser uniforme ou seletiva.
Luminescência (PL)
Excesso de energia perdido por
(a) emissão de um fóton (b)

2
Amostra E2= h2=hc/2
1
Radiação Radiação
Incidente Transmitida E1= h1=hc/1
(P0) (P)
0

A Para que a absorção ocorra, a


energia do feixe incidente deve
(c) corresponder a uma das diferenças
de energia dos níveis.

 Diferença de energia entre os


2 1 níveis.
 Interação de elétrons com a matéria

Elétrons Auger
Catodoluminescência Elétrons
incidentes Elétrons
e Secundários
e e

Raio - X e Elétrons retro-


e espalhados

Amostra Absorção

e e
e
Espalhamento elástico
incoerente Difração (espalhamento
Espalhamento inelástico elástico coerente)

e
Elétrons transmitidos.

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