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10/03/2018 O que é um golpe de estado?

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ALVARO BIANCHI POLÍTICA TEORIA
intitulado "O Soviet de Petrogrado

O que é um golpe de estado? em 1917", ministrado pelo professo


Kevin Murphy, professor de
M h t (EUA) t
26 de março de 2016 13 min atrás 7,496 Visualizações

Alvaro Bianchi Tweets por @BlogJunho


Blog Junho
Discute-se muito a respeito da possibilidade de um golpe de estado no Brasil. Mas a discussão não @BlogJunho

deveria ignorar a necessidade de uma rigorosa conceitualização, nem a vasta bibliografia existente Já está disponível o mini-curso intitulado "O
Soviet de Petrogrado em 1917", ministrado
sobre o tema. Já no século XVII Gabriel Naudè definia o coup d’état como “aquelas ações
pelo professor Kevin... fb.me/9m09nDk6V
arrojadas e extraordinárias que os príncipes são forçados a tomar em situações difíceis e
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desesperadas, contrariamente à lei comum, sem manter qualquer forma de ordem ou justiça,
colocando de lado o interesse particular em benefício do bem público” (NAUDÈ, 1679, p. 110).
Incorporar Ver n

Em Naudè o coup d’état se confunde com a própria raison d’état. Em sua exposição considerava,
por exemplo, que a perseguição aos huguenotes na noite de São Bartolomeu decretada pelo rei
Carlos IX havia sido um golpe de estado, assim como o assassinato do duque de Guise por
Selecione por colaborado
Henrique III e a proibição pelo imperador Tibério de que sua cunhada se casasse novamente e
tivesse filhos que disputassem o trono. O livro de Naudè já oferece uma pista para uma definição de
golpe de estado: um conceito eficaz de golpe de estado deve levar em conta seu sujeito e os meios Selecione

excepcionais que este utiliza para conquistar o poder.

A inspiração de Naudè era fortemente maquiaveliana. Sua obra não tinha por objeto apenas a Últimos artigos
conquista do poder. Ela trata, também, das condições necessárias para sua manutenção. Assim
como o secretario florentino, Naudè ainda não fazia aquela distinção propriamente moderna entre o Um feminismo para os 99%: as mu
príncipe e o Estado. Dai que o coup d’état fosse sempre retratado como uma conspiração palaciana entrarão em greve em 2018
e seu protagonista fosse sempre o soberano. Tratava-se de uma era de transição. Escrevendo O feminejo feminista de Marília Me
contemporaneamente a Naudè, Thomas Hobbes insistiria nessa identificação entre o soberano e a
sociedade política, mas em autores imediatamente posteriores, como John Locke o governante e o Como os Bolcheviques vencera
Estado já aparecem como duas entidades separadas.
O papel da Fundação Roberto Mari
busca do consenso capitalista
A ideia de coup d’état foi usada com parcimônia pela literatura do séculos seguintes. A
A comuna de Baku
generalização na publicística da época da ideia de coup d’état ocorreu na França apenas durante o
século XIX. A historiografia desse século tendeu a interpretar a derrubada do Diretório e a
instituição do Consulado por Napoleão Bonaparte, no 18 brumário do ano VIII como um golpe de
estado. Depois, em alguns panfletos como naqueles de Jules Failly (1830), Jean-Baptiste Mesnard e Temas
Santo-Domingo (1830), os eventos que culminaram com a ascensão de Louis Philippe ao poder, em
Arte e Cultura

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1830 foram pensados como um coup d’état. Mas foi depois do golpe de Luís Bonaparte, em 1851, Economia
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que a literatura referente ao tema se difundiu. Karl Marx, com seu 18 brumário de Luís Bonaparte
é o mais conhecido, mas a literatura existente sobre o golpe promovido pelo sobrinho de Napoleão História
é muito mais vasta. O próprio Marx lembra a respeito dois livros notáveis, um de Pierre-Joseph
LGBTs
Proudhon (1852) e outro de Victor Hugo (1852).
Meio Ambiente

Uma mudança conceitual importante ocorreu no século XIX. O uso da ideia de coup d’état na Movimentos Sociais
literatura política a partir do século XIX não tem por sujeito exclusivamente o soberano e os golpes
retratados não têm seu lugar apenas nos palácios imperiais. A elevação de Napoleão à condição de Mulheres

primeiro-cônsul, por exemplo, foi tramada no interior do Conseil des Anciens e do Conseil des Negros(as)
Cinq-Cents e foi decidida com a intervenção do exército. E seu sobrinho não teria conseguido
realizar seus propósitos sem a mobilização do exército comandado pelo general Jacques Leroy de Política
Saint Arnaud. Marx descreve os episódios que levaram à entronização de Luis Bonaparte como
Questões internacionais
uma série de golpes e contragolpes. A lei que a Assembleia preparava definindo as
responsabilidades do presidente da República foi descrita, por exemplo, como um golpe contra Socialismo
Bonaparte (MARX, 2011 [1852], p. 51). Também eram denominadas de “coup d’état da burguesia”
Teoria
a lei eleitoral de 31 de março de 1850, a qual restringia a participação popular, e a lei de imprensa,
que proscreveu os jornais revolucionários (MARX, 2011 [1852], p. 86). Trabalho

A literatura do século XIX sobre o golpe de estado distingue-se do modelo apresentado por Naudè.
Naquelas obras que tem por objeto o golpe de Luís Bonaparte, evidentemente o sujeito da ação
ainda é o soberano. Mas as condições nas quais o golpe se efetivou foram mais complexas do que
aquelas existentes nas conspirações palacianas e o número de atores envolvidos era maior. A trama
que resulta no coup d’état era, assim, mais intrincada e envolvia atores que estavam fora do
palácio, em especial aqueles que se encontravam na Assembleia Nacional e sem os quais o golpe
não teria sido possível.

Militares e burocratas

Uma pesquisa com o aplicativo Ngram Viewer do Google Books permite vislumbrar a evolução do
uso da expressão coup d‘etat. O aplicativo busca e quantifica palavras ou expressões indicando a
fração percentual delas no total do corpus de livros. Não é um mecanismo muito preciso porque o
corpus apresenta lacunas. Quando feita a pesquisa em livros em francês, por exemplo, a expressão
não aparece nenhuma vez entre 1850 e 1876, quando uma simples busca de livros por título na
Biblioteca Nacional Francesa já indica mais de 150 obras com a expressão. Mas quando se faz a
busca no corpus em inglês o resultado é muito interessante, como se pode ver no gráfico abaixo:

A partir da Primeira Guerra Mundial há um uso cada vez mais intenso da expressão coup d’etat na
bibliografia em inglês. Com a exceção de um declínio durante a Segunda Guerra Mundial e nos
anos imediatamente posteriores o crescimento é contínuo até 1969, seguindo-se por uma acentuado
queda nos anos posteriores. Essa queda é simétrica aquela que a expressão dictactorship (ditadura)
apresenta nos mesmos anos e coincidiria de certa maneira com aquilo que Samuel Huntington
(1991) chamou de terceira onda de democratização, a qual teria ocorrido a partir de 1974.

Além de acompanhar o uso da expressão é importante compreender os sentidos que ela passou a
assumir no século XX. Na obra clássica do escritor Curzio Malaparte, Technique du coup d’état
(1981 [1931]), também ela inspirada em Machiavelli, o golpe de estado é o próprio ato de conquista
do poder político. Malaparte generaliza o conceito, concebendo o golpe de estado como um
momento da revolução e da contrarrevolução. O livro provocou a ira de Leon Trotsky o qual era
amplamente citado como um dos artífices do golpe de estado que teria levado os bolcheviques ao
poder.

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Mas a literatura que se debruçou sobre os golpes de estado da segunda metade do século XX achou
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por bem distinguir o coup d’état da revolução. É o caso, por exemplo do livro de Edward Luttwak,
Coup d’etat: a practical handbook (1969). Luttwak é um conservador, especialista em assuntos
militares e já trabalhou como consultor do Departamento de Estado nos Estados Unidos. Seu livro
sobre o golpe de estado foi interpretado por muitos como uma manual prático para a realização de
um golpe. Mas como ele mesmo alerta ironicamente se fosse isso o livro não serviria de muita
coisa. No único caso em que foi comprovado seu uso o golpe fracassou e seu protagonista foi preso
e executado (LUTTWAK, 1991 [1969], p. 19).

Logo no início de seu livro, Luttwak define o golpe de estado como um fenômeno moderno,
decorrente da “ascensão do Estado moderno com sua burocracia profissional e suas forças
armadas” (LUTTWAK, 1991 [1969], p. 23). O golpe se distinguiria da conspiração palaciana, a
qual estaria relacionada, exclusivamente, à pessoa do governante. Segundo Luttwak, “o golpe é
algo muito mais democrático. Pode ser conduzido ‘de fora’ e opera naquela área fora do governo
mas dentro do Estado, que é formada pelo funcionalismo público permanente, pelas foras armadas
e a polícia. O objetivo é desligar os funcionários permanentes do Estado da liderança política”
(LUTTWAK, 1991 [1969], p. 23).

A diferença entre o golpe a revolução estaria no sujeito desses processos. Enquanto o coup d’état
tem por sujeito a burocracia estatal, a revolução tem como protagonista as “massas populares”.
Destaque-se que Luttwak considera o golpe de estado não é uma técnica apropriada para uma
orientação política particular, ou seja, o golpe é uma tática “politicamente neutra” de conquista do
poder político e são bastante frequentes os casos de golpes de estado levados a cabo por setores
progressistas ou nacionalistas do aparelho estatal.

No século XX a forma predominante foi a do “pronunciamento”, o golpe de estado promovido


pelos militares. Em suas origens no século XIX a forma do pronunciamento estava frequentemente
associada a movimentos liberais e o propósito do golpe era expressar a “vontade geral” contra o
governo. Mas com o passar do tempo esta forma adquiriu contornos mais conservadores, e o golpe
passou a ser visto como a manifestação da “vontade real”, de uma estrutura espiritual duradoura
que nem sempre coincidiria com a opinião pública e que teria como guardiã uma instituição
igualmente duradoura, o exército (ver, p. ex. LUTTWAK, 1991 [1969], p. 28).

Ainda assim, Luttwak assinala as diversas ocasiões entre 1945 e 1978 nas quais o golpe teria tido
como protagonistas frações políticas ou militares “esquerdistas”. É o caso dos golpes fracassados
de 1959 no Iraque, 1960 na Guatemala, 1966 no Egito, 1966 no Sudão, 1968 no Iemen, 1971 no
Madagascar e 1972 na República Popular do Congo. Haveria ainda o golpe bem sucedido de uma
“facção esquerdista” do exército Sírio em 1966 e o golpe promovido pelos comunistas na
Tchecoslováquia em 1948 (cf. LUTTWAK, 1991 [1969], Tabela II). Embora o conceito de esquerda
que o autor utiliza possa ser questionado esses eventos, nos quais geralmente facções nacionalistas
e modernizantes do exército tiveram o protagonismo já são suficientes para questionar a hipótese de
que o que define um golpe de estado é seu caráter reacionário.[1]

Repensando o conceito

A maior parte dos golpes de estado inventariados por Luttwak tiveram por protagonistas facções do
exército e seu livro considera o golpe predominantemente como uma operação militar tática. O
golpe militar é, sem dúvida, a forma predominante durante o século XX. Isso fez com que muitas
vezes o copu d’état fosse identificado exclusivamente com sua variante militar. É o que ocorre na
definição que David Robertson oferece em The Routdlege Dictionary of Politics: “Coup d’état
descreve a derrubada repentina e violenta de um governo, quase invariavelmente por militares ou
com a ajuda de militares” (ROBERTSON, 2004, p. 125).

Mas a uma definição tão limitada não permite considerar a hipótese de golpes promovidos por
grupos do poder Legislativo ou Judiciário ou por uma combinação de vários grupos e facções. Esse
parece ser o caso brasileiro em 1964, quando a mobilização militar encontrou o respaldo no
Senado, que declarou “vaga a presidência da República” e no Supremo Tribunal Federal, que
realizou uma sessão na madrugada do dia 3 de abril para empossar Ranieri Mazzili na presidência.
Recentemente, os golpes que derrubaram Manuel Zelaya em Honduras, no ano de 2009, e Fernando
Lugo no Paraguai, em 2012, tiveram por protagonistas facções do poder Legislativo. O conceito
precisa, portanto, ser alargado. Aquela ideia inicial de Naudè pode ser retomada com esse
propósito, mas como um ponto de partida. O conceito deve deixar claro quem é o protagonista
daquilo que se chama coup d’état, os meios que caracterizam a ação e os fins desejados.

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O sujeito do golpe de estado moderno é, como Luttwak destacou, uma fração da burocracia estatal.
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O golpe de estado não é um golpe no Estado ou contra o Estado. Seu protagonista se encontra no
interior do próprio Estado, podendo ser, inclusive, o próprio governante. Os meios são
excepcionais, ou seja, não são característicos do funcionamento regular das instituições políticas.
Tais meios se caracterizam pela excepcionalidade dos procedimentos e dos recursos mobilizados. O
fim é a mudança institucional, uma alteração radical na distribuição de poder entre as instituições
políticas, podendo ou não haver a troca dos governantes. Sinteticamente, golpe de estado é uma
mudança institucional promovida sob a direção de uma fração do aparelho de Estado que utiliza
para tal de medidas e recursos excepcionais que não fazem parte das regras usuais do jogo político.

Também aqui o espírito de Machiavelli se faz presente. Compreender o que é um golpe de estado é
o primeiro passo para poder enfrenta-lo. Substituir o conceito por slogans pode ter efeitos positivos
para a mobilização das pessoas. Mas não é um recurso que permita compreender a realidade
presente. A própria mobilização obtida é, por essa razão, incapaz de uma ação política eficaz.
Frequentemente ela aponta para a direção errada. Um componente importante da atual crise da
esquerda está em sua recusa a compreender a realidade. Prefere sempre a comodidade das antigas
fórmulas. A análise torna-se, assim, serva da política. Mas sem o controle do pessimismo do
intelecto, o otimismo da vontade transforma-se em ativismo verbal. E às vésperas de um coup
d’état no Brasil, o que não tem faltado é esse inócuo ativismo verbal.

Referências bibliográficas

AUGERAUD, W. Le coup d’état du 18 brumaire et ses conséquences. Bruxelles: J.-H. Briard.


1853.

FAILLY, Jules. Jugement du coup d’état et de la Révolution de 1830. Paris: Delaunay, 1830.

GABRIEL, Alexandre. Le coup d’Etat de décembre 1851 dans le Var. Draguignan: imp. de
Gimbert fils, Giraud ,1878

HUGO, Victor. Napoléon le Petit. Bruxelles: A Mertens, 1852.

HUNTINGTON, Samuel P. The third wave: democratization in the late twentieth century. Norman:
University of Oklahoma, 1991.

LUTTWAK, Edward. Golpe de Estado: um manual pratico. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra, 1991
[1969].

MALAPARTE, Curzio. Técnica do golpe de estado. Lisboa: Europa-América, 1983.

MARX, Karl. O 18 brumário de Luís Bonaparte. Prólogo de Herbert Marcuse. São Paulo, SP:
Boitempo, 2011 [1952].

MESNARD, Jean-Baptiste. Le Coup d’état et la Révolution. Paris: de Selligue. 1830

NAUDÉ, Gabriel. Considérations politiques sur les coups d’Estat. Paris: s.e., 1679.

PROUDHON, Pierre-Joseph. La Révolution sociale démontrée par le coup d’état du 2 décembre. 2


ed. Paris: Garnier frères 1852.

ROBERTSON, David. The Routledge Dictionary of Politics. 3 ed. London: Routledge, 2004.

SANTO-DOMINGO, Joseph-Hippolyte de. Les Prêtres instigateurs du coup d’état, ce qu’ils ont
fait, ce qu’ils auraient fait, ce qu’ils peuvent faire. Paris: A.-J.,1830.

TÉNOT, Eugène. Paris en décembre 1851: étude historique sur le coup d’état (5e édition). Paris:
Le Chevalier, 1868

Nota

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[1] Poderíamos acrescentar que, de acordo com o conceito de Luttwak, os levantes militares de
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1922 e 1924 e até mesmo o putsch comunista de 1935 no Brasil seriam golpes de estado
fracassados promovidos por “facções esquerdistas do exército”, enquanto a chamada Revolução de
1930 seria um golpe bem sucedido promovido pela mesma fração.

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Tag - #coupdetat #edwardluttwak #gabrielnaude #golpedeestado

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