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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL


MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – FTC117

ALINE NASCIMENTO DE ARAÚJO

CORROSÃO E DEGRADAÇÃO

MANAUS – AM
2017
Aline Nascimento de Araújo – 21454674

CORROSÃO E DEGRADAÇÃO

Trabalho requisitado pelo professor


João de Almeida Melo Filho, para
obtenção de nota parcial na
disciplina de Materiais de
Construção (FTC117), do curso de
Engenharia Civil da Universidade
Federal do Amazonas - UFAM.

MANAUS - AMAZONAS
25 de Maio de 2017
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 1
2. DESENVOLVIMENTO ................................................................................. 2
2.1. CORROSÃO E DEGRADAÇÃO DOS MATERIAIS ............................. 2
2.2. MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO .................................................. 3
2.3. FORMAS DE CORROSÃO NOS METAIS ........................................... 5
2.4. PRINCIPAIS MEIOS CORROSIVOS .................................................... 6
2.5. PRINCIPAIS MEIOS DE PROTEÇÃO CONTRA A CORROSÃO ........ 7
2.6. CORROSÃO DE MATERIAIS CERÂMICOS ........................................ 7
2.7. DEGRADAÇÃO DE POLÍMEROS ........................................................ 8
2.8. INTEMPERISMO................................................................................... 8
2.9. DEGRADAÇÃO DAS MADEIRAS........................................................ 9
3. CONCLUSÃO ............................................................................................ 11
4. BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 12
1. INTRODUÇÃO
A maioria dos materiais em contato com o meio ambiente forma um
sistema termodinamicamente instável. Com a única exceção dos metais nobres
(ouro, prata e platina), todos os demais metais em contato com o ar devem
reagir e transformarem-se em óxidos, hidróxidos ou outras formas
semelhantes.

Neste trabalho serão apresentados os conceitos relacionados á


corrosão, degradação e propriedades físicas dos materiais. Faz-se um estudo a
respeito dos processos e suas propriedades, com o objetivo de adquirir o
conhecimento necessário para o prosseguimento da disciplina.

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2. DESENVOLVIMENTO
2.1. CORROSÃO E DEGRADAÇÃO DOS MATERIAIS
É possível tomar medidas para prevenir esses fenômenos, basta ter um
conhecimento dos tipos e dos mecanismos que causam esses efeitos nos
materiais.

Figura 1: Oxidação do metal

O grande problema em questão é responder como é possível evitar que


isso ocorra.

Vamos dar três soluções básicas

1) Alterar a natureza do ambiente


2) Selecionar um material que seja relativamente não reativo
3) Protejer o material contra deteriorização apreciável

Em maior ou menor grau, a maioria dos materiais apresenta algum tipo


de interação com muitos ambientes diferentes.

Figura 2: Degradação das telhas cerâmicas

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Com frequência, tais interações comprometem a utilidade de um material
como resultado da deterioração de algumas de suas propriedades mecânicas,
físicas e químicas.

2.2. MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO

Os mecanismos de deterioração são diferentes para os três tipos de


materiais mais utilizados (metais, cerâmicos e polímeros).
Nos metais existe uma efetiva perda de material, seja por dissolução
(corrosão) ou pela reação em atmosferas a alta temperatura, formando
camadas de incrustação (oxidação). Ambos processos eletroquímicos.
Nos materiais cerâmicos a deterioração (que também pode ser chamada
corrosão) ocorre somente em temperaturas elevadas ou em ambientes muito
agressivos. Estes materiais são muito resistentes à deterioração.

Figura 3: Deterioração das cerâmicas

Para os polímeros, que são péssimos condutores e muito inflamáveis, os


mecanismos e consequências são diferentes, o termo usado é degradação.
Os polímeros podem se dissolver quando são expostos a um solvente
líquido ou podem absorver este solvente e inchar.
A radiação eletromagnética (principalmente a ultravioleta) e o calor
podem causar alterações em suas estruturas moleculares.

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Corrosão metálica: é a deterioração e a perda de material devido a ação
química ou eletroquímica do meio ambiente, aliado ou não a esforços
mecânicos.

Figura 4: Navio com parte metálica corroída

Reação Eletroquímica: reação química na qual existe uma transferência


de elétrons de uma espécie para outra. Reação do tipo redox.
Caracteristicamente, os átomos dos metais perdem elétrons.
Oxidação (reação anódica): perda de elétrons (ou ganho de oxigênio) –
eletrodo positivo (anodo).

Fe → Fe2+ + 2e- ou Zn → Zn2+ + 2e-


Os elétrons do metal oxidado são transferidos para outra espécie.

Redução: ganho de elétrons (ou retirada de oxigênio) – eletrodo negativo


(cátodo).
2H+ + 2e- → H2

A corrosão leva:
1) Ao desgaste;

2) À variações químicas na composição;

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3) À modificações estruturais;

Em geral a corrosão é um processo espontâneo. Com base nisso o engenheiro


deve ter conhecimentos de:

1) Saber como evitar condições de corrosão severa;


2) Proteger adequadamente os materiais contra a corrosão.

Figura 5: A pintura evita a corrosão

2.3. FORMAS DE CORROSÃO NOS METAIS


1. Uniforme: a corrosão ocorre em toda a extensão da superfície (forma mais
comum);

Figura 6: Uniforme

2. Por placas: forma-se placas com escavações;

Figura 7: Placas formadas

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3. Alveolar: produz sulcos de escavações semelhantes à alvéolos (tem fundo
arredondado e são rasos);

Figura 8: Aveolar

4. Puntiforme: ocorre a formação de pontos profundos (pites ou buracos que


se formam no material). Aços inoxidáveis são razoavelmente suscetíveis a
esse tipo de corrosão. No entanto a formação de uma liga com aprox. 2% de
Mo aumenta significativamente sua resistência.

Figura 9: puntiforme

2.4. PRINCIPAIS MEIOS CORROSIVOS

• Atmosfera (poeira, poluição, umidade, gases como o gás carbônico- CO2, etc)

• Água (bactérias dispersas: corrosão microbiológica; chuva ácida);

•Ferro fundido, aço, Al, Cu e latão são, em geral, adequados, para uso em
água doce (oxigênio dissolvido, menos corrosiva);

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•Titânio, algumas ligas de bronze (Cu-Sn), ligas Cu-Ni, ligas Ni-Cr-Mo são
altamente resistentes à corrosão em água do mar (aprox. 3,5 % sal, materiais
orgânicos, mais corrosiva);
•Solo (acidez, porosidade);
•Produtos químicos (aço inox austenítico: Fe-C-Si-Mn-Cr-Ni-N-Mo);

•Um determinado meio pode ser extremamente agressivo, sob o ponto de vista
da corrosão, para um determinado material e inofensivo para outro. (Ex: ácido
fluorídrico (HF) dissolve metais, cerâmica e não ataca polímeros);

2.5. PRINCIPAIS MEIOS DE PROTEÇÃO CONTRA A CORROSÃO

Uma das formas mais comuns de proteger é pintando a peça ou


aplicando vernizes, porém existem outros meios de alcançar a proteção
desejada, como a galvanização.
Galvanização: recobrimento com um metal mais eletropositivo (menos
resistente à corrosão). A galvanização é o processo através do qual o Zn é
ligado metalurgicamente ao aço, proporcionando ao aço o revestimento
anticorrosão mais avançado e eficiente em termos de custo;

2.6. CORROSÃO DE MATERIAIS CERÂMICOS

Na maioria dos meios, esses materiais são altamente resistentes à


corrosão, especialmente à temperatura ambiente.

A corrosão dos materiais cerâmicos envolve, geralmente, uma simples


dissolução química ao contrário dos processos eletroquímicos encontrados nos
metais, provocados principalmente pelo intemperismo.

Os materiais cerâmicos são utilizados com freqüência em virtude de sua


resistência à corrosão.

Por essa razão, o vidro é usado freqüentemente para armazenar


líquidos.

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2.7. DEGRADAÇÃO DE POLÍMEROS

Para os polímeros usa-se o termo degradação e não corrosão pois é um


processo físico-químico. A exposição dos polímeros à radiação e ao calor pode
promover a quebra de ligações e com isso a deterioração de suas propriedades
físicas. O polietileno se exposto a temperaturas elevadas em uma atmosfera
rica em oxigênio, sofre uma deterioração de suas propriedades mecânicas, se
tornando frágil. Os materiais poliméricos também apresentam degradação
devido às interações com o ambiente.

Figura 10: Degradação polimérica

A degradação dos polímeros pode ocorrer também por intemperismo.

Figura 11: Degradação por imtemperismo

2.8. INTEMPERISMO

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Muitos materiais poliméricos são usados em aplicações que exigem sua
exposição às condições de um ambiente externo. Qualquer degradação
resultante é conhecida por intemperismo, que pode, na realidade, ser uma
combinação de vários processos diferentes. Sob essas condições, a
deterioração é principalmente resultado de reações de oxidação, iniciadas com
radiação ultravioleta do sol. Irradiação UV é uma das maiores causadoras de
danos aos polímeros no uso do dia-a-dia.

Figura 12: Barraca sofrendo efeitos dos raios UV

2.9. DEGRADAÇÃO DAS MADEIRAS


A madeira é o material de origem biológica (orgânico) mais conhecido e
utilizado pelo homem. É um material que está presente em quase todos os
campos da tecnologia e que retorna ou ciclo natural. A madeira é considerada
heterogênea e variável, possui a capacidade de absorver a água (higroscopia).
A madeira é geralmente obtida do tronco das arvores ou de plantes, na sua
estrutura encontrasse a celulose, hemicelulose e lignina.
Possui potencialidades na indústria da construção e elevado
desempenho quando aplicadas em edifícios projetados, construídos e mantidos
de forma adequada .
Existem diversos fatores que propiciam a degradação da madeira,
podemos destacar:
1) Degradação por microorganismos (fungos, mofos e insetos)

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2) Degradação por agentes oxidantes
3) Degradação hidrolítica
4) Decomposição térmica da madeira
5) Degradação física e química devido ao intemperismo

Quando apodrece ou se deteriora, geralmente, a madeira se apresenta


mofada e com manchas.
Conseqüências do ataque de organismos xilófagos Fungos, mofos,
insetos, moluscos, crustáceos e bactérias
Os mais importantes fungos estão destacados abaixo:
Insetos: responsáveis por grande parte da degradação da madeira
Ordens de insetos a seguir listadas podem causar danosIsóptera, que
compreende os cupins ou térmitas
Coleóptera: representada pelos besouros, “carunchos” e “brocas”
Hymenóptera: representada pelas vespas, abelhas e formigas
Os cupins são os que mais afetam a madeira
Os fatores que favorecem o desenvolvimento de fungos na madeira são
a umidade e a temperatura, que para o desenvolvimento da maioria dos fungos
varia entre 25°C a 30°C. Umidade acima de 20% é uma condição ótima para o
desenvolvimento de fungos e ocorre quando a umidade atinge o ponto de
saturação das fibras
Aspecto da madeira com início de proliferação de fungos.

Figura 13: Madeira com presença de fungos

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3. CONCLUSÃO

Entender a corrosão e a degradação dos materiais é importante para


saber como o profissional deve agir para evitar que os materiais sofram esses
desgastes, ou o minimizem o máximo possível. Além disso, o conhecimento
dos processos de corrosão e degradação e suas causas serão de suma
importância para o bom exercício da profissão de Engenheiro Civil.

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4. BIBLIOGRAFIA

GENTIL, Vicente. Corrosão. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996.

CHINELATTO, A. L. et al. Porcelanas elétricas aluminosas: parte II -


desenvolvimento da microestrutura e sua influência no módulo de ruptura.
Cerâmica. São Paulo. v. 50 n. 315. Jul./Set. 2004.

MANO, E. B. Introdução a Polímeros. São Paulo: Edgard Blücher 1988.

VERNILLI JÚNIOR, F. et al. Corrosão de cerâmicas à base de Si3N4 em


soluções aquosas de HCl 0,1 N. Cerâmica, São Paulo. v.45, n.292-293.
mar./jun. 1999.

VIEIRA, C. M. F. Influência da temperatura de queima na microestrutura de


argilas de Campos dos Goytacazes-RJ. Cerâmica. v.49, n.309, jan./mar. 2003.

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