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O MUNDO ONÍRICO.

Quando em sonho eu sou transportado para


um mundo indizível, não sei se esse mundo é possível,
entretanto tenho a premonição de que esse mundo já foi meu
ou ainda é meu.

Por uma necessidade existencial, eu me


projeto nesse mundo ou ele, levanta-se da inconsciência
querendo emergir para a consciência.

Ali, eu tudo domino, eu tudo sei, é como se eu


fosse esse próprio mundo.

Talvez seja a vida não implicada ou não


localizada como dizem os sábios e os cientistas.

A minha vida está toda centrada nesse


mundo, a minha personalidade inclusive é originário desse
mundo, ele é um reservatório existencial que os psicólogos o
chamam de o mundo inconsciente com os seus arquétipos.

Esse evento, chamado de evento onírico, já


me foi demonstrado é só observar o que eu escrevi nos
contos: “Teletransporte”, e em “Eu Sou Milena”.

A vida nas três dimensões física, esta vida


explícita ou consciente é efêmera e pouca alternativa tem.

É a mesmice de sempre como diz o


Eclesiastes: “Nada há de novo embaixo do sol, tudo é uma
ilusão”. .

Só alcançaremos à realidade última, se


soubermos compreender e transcender a essa ilusão.

A vida nas três dimensões assim como é


denominada pela física, não se trata realmente de três
dimensões, mas sim de três percepções.
Aquelas que podemos observar pelos
sentidos, tais como, altura, o comprimento e a largura, isto é, o
cubo existencial.

Vivemos isto sim, em uma só dimensão,


denominada também como a dimensão do consciente ou do
estado vígil.

Entretanto, podemos experienciar outras


dimensões que normalmente são confundidas com os vários
níveis de consciência, vividos dentro do mundo dos cinco
sentidos.

O sonho é uma nova dimensão, e nele


estamos sob o domínio do inconsciente, do qual pouco se
sabe e, mesmo se tratando de algo não-físico, dali, podemos
acessar várias outras dimensões.

O sonho quando está se operando na sua


própria dimensão, (dimensão inconsciente) fora do estado
REM, pode alcançar outras dimensões superiores que estão
fora do controle do próprio inconsciente, mas que se utiliza
dele para alcançar essas novas projeções dimensionais não
inteligíveis.

Temos casos relatados de pessoas que foram


“transportadas” durante o processo de sonho, é que, no caso
de dimensões superiores, ocorre um processo de transporte
do “corpo astral” ou “perispírito”, neste caso, a ocorrência
vivida é como se fosse um evento experimentado pelo próprio
corpo físico.

Cientificamente ele ainda dormita nas


penumbras do oculto, pois é difícil monitorar esse fenômeno
que apenas é revelado ao sujeito que sonha, dessa forma, a
ciência não pode alcançá-lo.

Existem casos de pessoas que transportaram


algum objeto do sonho para a vida consciente, e que, ao se
depararem com o ocorrido não souberam explicá-lo.

Queremos acreditar que se trata de uma


viagem em uma outra dimensão, e que o viajor exerce a
psicocinesia ou telecinesia.
Talvez uma dimensão profunda do estado
onírico em que, o corpo astral ou o perispírito é envolvido
processando o fenômeno da Psicocinesia.

Afirmam os espíritas que, o próprio espírito


viaja quando estamos em estado de sono profundo.

E que nos faz lembrar, quando estamos em


estado de vigília do ocorrido no sonho.

E mais ainda, conforme a intensidade desse


sonho, o espírito consegue transportar objetos materiais do
palco onde estava de passagem ou de algum acontecimento
particular que partilhou.

Quando estamos em estado de repouso


profundo, (sono) o espírito se liberta parcialmente do corpo
físico, fica tão somente preso por um fio, também conhecido
por cordão perispíritual.

Por isso, muitas das vezes nos lembramos


perfeitamente do ocorrido no sonho.

Nos casos de sonhos pré-cognitórios como


os de José pai de Jesus, e os de José do Egito, que anteviu a
seca que se abateria sobre este país.

Diante desses fatos, temos algumas


perguntas a fazer:

De onde vêm esses conhecimentos?

Quem os informa?

Outro caso interessante é o das pessoas que


resolvem problemas em pleno estado de sonho, quando tudo
lhes é aclarado de forma simples e com inteligência, quando
em estado vígil não foram capazes de resolver o mesmo
problema.

Aqui, também cabem as mesmas perguntas.

Sou inclinado a pensar e em aceitar que,


alguém de forma inteligente e com vontade própria, apropria-se
do inconsciente que está de certa forma desperto, para
informar através do sonho ao consciente, a solução de
problemas ou eventos que ainda irão acontecer. (precognição)

Quero acreditar que esse estado só é possível


, quando se acessa a quarta dimensão, onde o presente, o
passado e o futuro se confundem.

Não há na psicologia uma resposta


satisfatória para esse acontecimento.

Contudo, na parapsicologia ou na
metapsicologia, há um consenso de que se trata de uma
manifestação do Agente Theta, um ser incorpóreo.

Inclusive, alguns metapsicólogos defendem a


idéia de que o inconsciente nada mais é do que o espírito,
donde se explica as Percepções Extras Sensoriais, também
conhecidas como: Psi Gama, Psi Kapa e os de Psi Theta.

Este último seria o espírito desencarnado se


comunicando com o espírito encarnado.

O inconsciente não é um arquivo científico


que contem todas as respostas, mas quer nos parecer que no
inconsciente estão todas as informações da vida atual e de
todas as outras que nos antecederam.

Nas informações ao sonho, fica claro que


alguém o informa e, como esse alguém, (Agente Theta) está em
uma dimensão idêntica à dimensão do inconsciente, (Espírito)
ambos vibram na mesma freqüência e por conseqüência há um
entendimento tácito.

Assim fica fácil a interação entre os dois e,


como conseqüência, a informação e a transferência de
conhecimentos flui.

O espírito encarnado, quando o indivíduo está


em estado de sono, pode também ter as suas próprias
percepções, assim como também pode receber novas
informações de outros espíritos desencarnados de dimensões
superiores.
Se estivermos de acordo com essa
explicação, também fica fácil explicar porque as pessoas, nem
todas, trazem objetos materiais dos quais se serviram em
sonho.

É que, aqui se processa a Telecinesia ou


Psicocinesia conhecida por fenômeno Psi Kapa como já
dissemos.

Que é o transporte de objetos sem a


interferência de um agente físico, fenômeno esse que nos
referimos no início.

Aqui, estamos fazendo uma referência a um


fenômeno Psi Kapa, promovido por um Agente Theta e não por
um espírito encarnado, embora saibamos que o fenômeno de
Psi Kapa também pode ser promovido por um agente físico, ou
melhor, por um agente psíquico.

Nesses momentos, o espírito exerce a sua


vontade sobre o objeto e o transporta, mesmo estando o
sujeito em estado de sono profundo e em sonho.

Nesta oportunidade o inconsciente vibra


numa freqüência e numa dimensão diferente sem a
participação do consciente.

Mas é parcialmente lembrado do ocorrido.

A precognição, as idéias inatas, as vocações


inatas e todas as tendências inatas, donde provêem?

Numa família com um pai extremamente mau,


sem caráter, têm filhos vários, uns são bons outros são maus,
donde vêm esses comportamentos quando todos receberam a
mesma “educação”?

O inverso também é verdadeiro, pois numa


família em que o pai e a mãe são indivíduos bons, de princípios
elogiáveis, extremamente religiosos, mas em contrapartida,
têm filhos maus, como também filhos bons, neste caso,
também receberam boa educação e o exemplo dos pais.

Como se explica isso?


Diz certa assertiva que o espírito está
presente ou sopra aonde ele quer.

Daqui para frente vamos nos referir sempre ao


espírito, em vez de inconsciente, pois é evidente que, é o
espírito que intelectualiza a matéria e o homem só é racional
porque possuí o espírito em si.

Se pudéssemos tirar o espírito do homem e se


ele não morresse, poderíamos ver no que se transformaria
apenas: Um animal bípede.

O homem sem o espírito não sobrevive,


portanto, o espírito é vida, assim como nos animais e nos
vegetais deve haver algo não-físico que os anima a vida.

Talvez numa escala muito inferior a nossa,


mas, por certo, contém o gérmen da vida.

O ser humano quando nasce não vem com a


sua psique totalmente branca.

Ele já traz com o espírito todas as


informações necessárias a sua vivência.

E com o transcorrer da vida, vai agregando


mais informações.

Informações essas que são chamadas de


arquétipos pelos psicólogos.

As informações naturais trazidas juntamente


com o espírito, eu quero acreditar que sejam os arquétipos de
vidas passadas.

A vida é uma seqüência de


“existencialidades”, por isso se diz que a vida é um evento
contínuo.

Outros afirmam que a vida é um bem eterno.

Com essas informações de vidas passadas,


queremos acreditar que são explicados todos os fenômenos
acima referidos.
Com a evolução do ser humano, quando ele
realmente compreender e souber lidar com o próprio espírito
de que é possuidor, muito ainda será observado, e aí, deixarão
de ser enfocados como fenômenos, mas sim como eventos
naturais.

Por isso, eu acredito que atualmente somente


através do sonho em estado de repouso completo, quando há
naturalmente um relaxamento do consciente bem como do
corpo, o espírito pode se manifestar com toda a sua liberdade,
é que, a matéria quando está em estado vígil ou consciente, o
escraviza.

Embora tenhamos conhecimento de pessoas


que conseguem mesmo em estado de vigília entrar em transe
profundo, sem perder a consciência, evento esse que é
conhecido como um estado de semiconsciência ou controle
sobre o consciente.

Temos os exemplos de vários extáticos,


geralmente místicos, que entram nesse estado de êxtase sem
perder a consciência, quando se transportam para uma outra
dimensão, e que não sabem verbalizar em virtude da
inefabilidade da experiência.

Eu quero acreditar que este foi o caso de


Jesus no monte Tabor, nessa ocasião, ele entrou em estado de
êxtase profundo sem perder a consciência.

E foi visitado pelos espíritos de Moisés e


Elias, segundo as informações dos apóstolos que estavam
presentes.

Segundo os Judeus da época, tratou-se de um


caso de Merkabat, isto quer dizer elevação, mas segundo os
Cristãos foi um caso de transfiguração.

Tanto num caso como no outro, tratou-se de


um êxtase profundo em que, o espírito (inconsciente) se
manifestou com toda a sua liberdade.
E nesta faixa vibratória foi possível uma visita
dos espíritos de Moisés e Elias.

Quando estivermos mais evoluídos e


compreendermos com maior profundidade o espírito que vive
em nós, poderemos também viver elevações em estado de
transe sem perder totalmente a consciência.

Enquanto isso não acontece, o espírito


somente se manifestará através dos sonhos em estado de
sono, que é uma forma de transe, ocasião em que, o
consciente está mais ou menos adormecido.

Ou através dos médiuns, que têm uma


percepção diferenciada dos demais.

Esse evento do espírito de se libertar da


matéria através ou no próprio sonho, não é possível prová-lo
com fatos concretos.

Pois não se enquadra em acontecimentos


reais e palpáveis que possam ser experimentados nos
laboratórios.

Trata-se aqui de eventos não-físicos,


entretanto, não se trata de fé, são acontecimentos naturais e
fica a critério de cada um vivenciá-lo conforme a sua
sensibilidade e a sua compreensão particular.

Em estado de sonho que é uma dimensão


diferenciada do inconsciente entre tantas, o espírito vive a sua
liberdade temporária.

Quando ele visita pessoas de suas relações,


lugares em que viveu no passado de suas existências em
corpos diferentes, (vidas passadas) ou, até mesmo, com os
outros espíritos na dimensão que lhes é própria.

Nos sonhos, normalmente, vivenciamos e


falamos com pessoas que na vida consciente não temos
conhecimento delas.

Entretanto, no episódio onírico, somos


íntimos amigos ou amigas e, por elas temos uma afeição
sincera e fora do comum, quando tudo se passa como se
realidade fosse.

Na verdade, se trata de uma realidade, mas ela


se processa numa dimensão que o nosso consciente não
entende.

Aliás, não entendemos o nível do sonho,


quanto mais o território do espírito que se processa além do
nível de sonho.

Chama-se a isso: um evento psicológico do


inconsciente.

No princípio dessa exposição, eu disse que


esse mundo, o mundo do sonho, foi meu ou ainda é meu.

Na verdade é assim que o sinto e vejo, é que,


para mim a experiência vivida em sonho é muito real.

Pois guardo conscientemente o ocorrido


como se realidade consciente fosse.

Meus sonhos são eventos fantásticos, e eu os


vivo como se fosse a minha própria vida, eles são
sobremaneira inefáveis.

Normalmente nos sonhos, eu não me


relaciono com pessoas da minha vida consciente.

Mas sim, com pessoas de outra vida, numa


outra dimensão.

Por exemplo, eu me relaciono com Josafá,


Hellius e Milena e outros que não me recordam dos nomes,
inclusive eles me dizem que sentem saudades da minha
companhia.

Isso demonstra que eles também detêm a


emoção, e que com essa declaração deles eu imagino já ter
pertencido a essa dimensão.

Milena me disse certa vez que este seu nome


era o de quando estava encarnada.
E que, me conheceu não nesta vida atual, mas
em uma outra vida, quando vivemos na mesma época.

Ela só não me disse quando, pois não podia


me revelar esse passado.

Entretanto, agora nos momentos de sonhos


ela se chama Luzbel.

Há muitos anos venho sonhando com Milena


ou com Luzbel.

Numa dessas oportunidades em sonho,


quando voávamos sobre a região de Imaruí, Tubarão e Laguna,
ela me disse que era mais real do que eu mesmo.

E que, já havia se materializado numa pessoa


muito próxima de mim, e eu não havia ainda lhe reconhecido.

Entretanto, se prontificou dizendo que: “Se


me for possível e for autorizada, eu me identificarei para ti em
vida consciente, mesmo sabendo que não entenderás, mas fica
tranqüilo que em sonho te explicarei como tudo se processou”.

Eu, disse a Milena: “Neste momento no qual


estamos nos encontrando, também estou encarnada”.

Estou materializada assim como tu estás, por


isso é somente através dos sonhos que podemos nos
comunicar, pois na vida consciente, (encarnada) apesar de
estarmos muito próximos, ainda não nos foi permitido o
reconhecimento mútuo.

Aqui fica claro que o meu espírito se


comunica com o espírito de Luzbel quando ambos estão
sonhando, só que, eu não sei quem é Luzbel na vida
consciente ou materializada. Isso ela ficou de me desvendar se
lhe for possível.

Quando estamos em estado consciente ou


encarnado, tudo nos é obscurecido.

Mesmo no estado inconsciente (espírito) nem


tudo nos é permitido saber.
Pois ainda necessitamos evoluir para
alcançarmos outras dimensões superiores, que somente
alcançaremos com o processo evolucional da nossa vida, que
é eterna e através de reencarnações expiatórias ou em missões
específicas.

Portanto, o sonho é para nós um momento de


liberdade parcial, como esse.

É através e por meio dos sonhos que nos


energizamos em esferas superiores.

Ocasião em que, mormente, nos encontramos


assim como está acontecendo conosco (Eu e Luzbel) e que
acontece com todos os seres humanos.

Embora nem todos tenham essas habilidades


e ou sensibilidades em seus espíritos, assim me falou Luzbel.

Diante do que aqui foi exposto de forma muito


sucinta, posso concluir com alguma certeza os seguintes
fatos:

Que o inconsciente, nada mais é do que o


espírito reencarnado.

Que o sonho é uma válvula de escape ou um


veículo para a manifestação e libertação do espírito de forma
temporária e parcial do corpo.

Que os arquétipos como chamam os


psicólogos, na verdade, se trata de uma memória do espírito
em vidas passadas, adicionados aos da vida atual.

Que o espírito pode transportar objetos que


encontrou durante o sonho. (psicocinesia)

Que o espírito uma vez liberto parcialmente


do corpo, pode resolver problemas que em vigília não foi
possível resolvê-los.

Que o espírito parcialmente livre tem uma


visão mais ampla, pois não está sujeito ao tempo e nem ao
espaço, está numa outra dimensão.
Por isso, pode antever acontecimentos que
somente se realizarão no futuro (precognição), fenômeno esse
que também pode ser exercido em estado vígil. (fenômeno Psi
Kapa)

Que o espírito intelectualiza o ser humano e


sustem a vida, pois ele é a própria vida, sem ele o ser humano
não sobrevive.

Somos racionais porque é o espírito que


transfere ao nosso cérebro essa qualidade ou capacidade
cognitiva.

Que as idéias inatas ou as vocações, as


tendências e a personalidade do ser humano, originam-se no
espírito, contudo, sem se perder o livre arbítrio.

Que os animais e os vegetais também têm


esse componente incorpóreo, mas em nível infinitamente
inferior ao do homem.

Por isso, vivem em estado instintivo e não


conseguem desabrochar a razão; seu estado é de não-
consciência.

Por isso, tenha o filósofo intuído que:


“Existem varias coisas maravilhosas no mundo, mas a mais
maravilhosa entre todas as coisas é o homem”.

Ou, aquele outro, afirmando que: “O homem, é


a medida de todas as coisas”.

Na verdade, o homem é um complexo


devidamente organizado e de difícil compreensão e, por ser ele
racional, tenta através de sua própria ciência compreender-se.

Mesmo na área da psicologia que atualmente


está muito evoluída, o homem ainda tenta entender por que:
“fazemos as coisas que fazemos”.

Se fossemos iguais e com os mesmos


componentes existenciais, (arquétipos) por certo, teríamos o
mesmo comportamento.
Mas somos tão especiais que não há sobre a
terra um individuo que nos seja igual ou semelhante
fisiologicamente e psicologicamente.

Somos todos diferentes e únicos, e isso nos


leva a acreditar que cada um de nós é portador de algo não-
físico que nos diferencia dos demais.

Nessa diferença existente entre os seres


humanos, está o grande mistério, muito embora, tenhamos
evoluído do mesmo tronco.

Mas assim que nos descobrimos animais


racionais, nos individualizamos e nos diferenciamos.

É muito duvidoso que a racionalidade tenha


vindo simplesmente com a evolução.

Porque se assim fosse, seriamos todos


iguais, pois seriamos um produto do mesmo processo.

E como assim não foi, resta-nos admitir a


hipótese de que, a razão tenha vindo de um meio externo, e
nos foi introjetada por algo superior que a nossa própria razão
não concebe.

A nossa razão ou a mente são complexas,


precisas e inteligentes, e que conseguem criar coisas
inacreditáveis.

Inclusive, o homem é capaz de conhecer


todos os componentes de um cérebro e a sua função.

Mas, não consegue entender como se


processa o pensamento através dos neurônios em sinapses
que levam informações e se decodificam.

O computador processa programas ou


arquivos de forma cognitiva, em fluxos eletrônicos em série,
um de cada vez.

Mas o cérebro humano processa os mesmos


fluxos inteligentes, de forma infinita e em fluxos paralelos.
Isto quer dizer que ele processa vários
conhecimentos simultaneamente com uma velocidade incrível,
através das famosas sinapses e mais rápido do que as mais
sofisticadas máquinas.

Sabe-se que através das informações dos


sentidos, o cérebro recebe essas impressões através de
impulsos elétricos nervosos e as decodifica reconhecendo-as
como objetos ou sensações, satisfazendo assim o seu poder
cognitivo.

Sabemos que tudo se processou com a


evolução do ser humano, e que o cérebro acompanha todo o
processo armazenando em seus circuitos todas as
informações colhidas.

Mas sabemos também que a natureza em si


não é capaz de criar um projeto tão audacioso como o homem.

Embora saibamos que ela é capaz de muitas


coisas, mas ela não faria um projeto que no futuro iria dominá-
la.

Quer nos parecer que existe algo


transcendente que utilizou a própria natureza para edificar o
seu protótipo, fazendo com que, se diferenciasse entre si e de
todos os animais.

O homem é um animal racional por


excelência, mas não sabe em que etapa alcançou esse
desempenho, contudo, sabe-se que ainda não conseguiu se
libertar totalmente dos instintos.

Como o homem pôde racionalizar o próprio


instinto e evoluir para o racional?

Sendo que os demais animais não


conseguiram esse feito.

Por isso, acreditamos que o homem é um


projeto específico e determinado a um fim também específico.
E que, o autor desse projeto desejava agregar
nele algo especial para que se diferenciasse dos demais
animais.

A ciência nunca explicou o fato de o homem


ser inteligente, e nem qual foi o processo que ele foi submetido
para adquirir a razão.

Como disse O Padre Pierre T. de Chardin: “O


homem sabe que sabe por que sabe”.

Eis o grande mistério!

As religiões de uma forma geral tentam


explicar o homem, dentro de um contexto religioso (teologia).

Sendo assim, o homem necessita de certa


dose de fé, mas como a fé é um estado emocional e não uma
experiência científica, assim fica o homem sem saber
realmente o que ele é na verdade.

Como dizia o Dr. Sigmund Freud, a psique


humana é como um iceberg.

A parte visível é o consciente, e a parte


invisível que fica abaixo do nível do mar é o inconsciente.

E assim, permanece na escuridão misteriosa,


apenas informando parcialmente o consciente do que acha
necessário emergir para o consciente. (para a vida)

Se houvesse uma forma de mergulharmos


totalmente no inconsciente, utilizando-se de uma heurística
mais refinada, talvez pudéssemos descobrir e entender o
princípio da vida.

Infelizmente essa técnica ainda não foi


descoberta, e nem sabemos se isto será possível.

Muito se tem falado a respeito de experiências


com relação a vidas passadas, que é uma forma ou um método
de explorar o inconsciente.
Todavia, não nos traz uma segurança com
fatos reais, pois nessas experiências se lida com o fator
emocional do paciente.

E, por se tratar de emoção, acreditamos que


aquele que é submetido a tal experiência está sujeito a
equívocos.

Ou de certa forma condicionado, sendo


assim, não se pode ter a certeza de estarmos lidando com um
fato real.

Para a ciência chegar a uma conclusão de que


a dita ocorrência é um fato real, necessita de provas reais.

E a regressão induzida não nos traz a


segurança.

Mesmo porque, a pessoa que se submete a


essa viagem inconsciente, pode traduzir os símbolos
inconscientes, segundo o seu entendimento, desta forma,
prejudicando com essa redução a experiência em si.

Fica claro que, o inconsciente é tão


misterioso que não sabemos como ele existe e nem para que
existe.

Pois o acesso a ele é limitado, pois nele existe


uma gama de impressões que estão gravadas em forma de
símbolos.

Todo individuo, tem em seu inconsciente uma


forma muito particular de símbolo. Sendo assim, necessitamos
descobrir uma maneira em decodificar cada símbolo em cada
pessoa.

Dizem os psicólogos que existem símbolos


cujo significado é universal, entretanto, existem os símbolos
particulares de cada individuo.

É aqui que reside a grande dificuldade para


entendê-los.
Talvez se explicássemos o homem sob o
prisma da espiritualidade, por certo, teríamos mais informes a
respeito da sua completude existencial.

Existe na Metapsicologia e na Parapsicologia


estudo nesse sentido, o sentido espiritual do homem, mas
dado a sua não operacionalização científica, na maioria dos
casos, ficamos tão somente presos a uma questão de fé.

Acreditar é bom, entretanto, essa


predisposição emocional não basta para um conhecimento real
e científico.

Talvez tenhamos que esperar alguns milênios


para alcançarmos uma maior compreensão.

E quem sabe, a ciência terá também


alcançado um patamar científico mais sofisticado com novas
heurísticas.

E ou instrumentações sensíveis, para


identificar no ser humano a presença ou não de algo sutil e
não-físico que o diferencia dos demais animais.

Como no inconsciente humano existe um


intrincado mundo de impressões parcialmente inteligíveis,
devemos ficar com as que são conhecidas.

E as demais que, cada um, aceite segundo o


seu entendimento ou, pela fé ou pela aceitação pura e simples.

Todavia, devemos nos abster de um


entendimento mecanicista, reduzindo tudo ao mundo do
materialismo reducionista e obtuso.

“Tenho outras verdades para vos revelar,


entretanto, não as revelarei porque vós não podeis suportar,
pois ainda sois tardos de compreensão”. J.Cristo.

E para terminar essa prosa, farei uma menção


muito especial ao poeta Mário Quintana.
Ele o poeta, num de seus rompantes intuitivo
devidamente inspirado afirmava que: “Sonhar é acordar-se por
dentro”.

Portanto, o vate aqui mencionado, já sabia


que o inconsciente é a matriz de todos os sonhos.

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