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Agrupamento
Ano lectivo 2009-2010
Qualquer sociedade está estruturada por um conjunto significativo de instituições. De entre as mais
importantes, poder-se-iam destacar: a GNR, a PSP, as câmaras municipais, as juntas de freguesia, as escolas, os postos
médicos, os bombeiros, a segurança social ou as finanças.
Cada instituição tem um modelo de organização, que se configura a partir dos seus princípios e finalidades
próprias. Este modelo varia tanto sincrónica como diacronicamente: sincronicamente na relação que uma determinada
instituição mantém com outras instituições congéneres e diacronicamente ao longo da existência de uma mesma
instituição. Se sincronicamente nos são facilmente perceptíveis as diferenças que subjazem aos modelos institucionais
que presidem à organização interna de uma câmara municipal relativamente à de uma corporação de bombeiros,
diacronicamente essa percepção pode tornar-se um pouco mais difícil de vislumbrar.
Tomemos, a título de exemplo, a escola. Parece uma verdade incontornável que esta instituição sofreu ao longo
dos tempos várias transformações no seu modelo de organização. Da escola dos nossos pais à escola dos nossos filhos
surgiram mudanças tão significativas, que dificilmente passarão desapercebidas do comum da população portuguesa.
Para a percepção deste quadro evolutivo poder-se-ia considerar o 25 de Abril de 74. Se no passado vigorava
uma pedagogia autoritária, alicerçada sobre a figura do professor déspota, no presente procurou-se adoptar uma
pedagogia mais flexível, capaz de respeitar a figura do aluno. Se no passado o ensino favorecia a ideologia do Estado
Novo, estruturada a partir das noções de estado, religião e família; agora, abandonando esse pendor, aceita o ideal das
luzes como princípio norteador por excelência. E se no passado o professor era considerado como um templo de saber,
agora adquire o papel de mediador, com vista a estabelecer a relação aluno-saber como eixo principal das
aprendizagens.
Desde os anos 1980, as administrações públicas em todo o mundo realizaram mudanças substanciais
nas políticas de gestão pública (PGP) e no desenho de organizações programáticas. Essas reformas
administrativas consolidam novos discursos e práticas derivadas do sector privado e usam-nos para
organizações públicas em todas as esferas de governo. Hays e Plagens (2002:327) dão uma noção da
magnitude dessas reformas: “estratégias aclamadas de reforma têm vindo directamente do sector privado
numa onda que talvez possa ser considerada a mais profunda redefinição da administração pública desde
que esta emergiu como uma área de especialidade identificável”. Os elementos apontados como activadores
dessas ondas de “modernização são a crise fiscal do Estado, a crescente competição territorial pelos
investimentos privados e mão-de-obra qualificada, a disponibilidade de novos conhecimentos
organizacionais e tecnologia, a ascensão de valores pluralistas e neoliberais e a crescente complexidade,
dinâmica e diversidade das nossas sociedades. No velho continente, o processo de europeização também
tem desempenhado um papel crucial no estímulo à adopção de novos modelos organizacionais e à revisão
das PGPs nos níveis nacionais, regionais e municipais. O modelo burocrático tornou-se o alvo das mais
ásperas críticas.
http://www.scielo.br/pdf/rap/v43n2/v43n2a04.pdf
Se cortarmos a cabeça a uma aranha, esta acabará por morrer. Mas se cortarmos a perna a uma
estrela-do-mar, essa perna poderá dar origem a uma nova estrela-do-mar. Esta pequena história do mundo
da natureza pode ser adaptada ao mundo dos negócios. As empresas tradicionais, organizadas
hierarquicamente de cima para baixo, e que têm uma liderança formal, são como as aranhas. As empresas
mais descentralizadas, flexíveis e organizadas em rede podem ser equiparadas às estrelas-do-mar. São estas
últimas – as que seguem o modelo de organização em rede, típico das empresas associadas à Internet - que
estão a mudar o mundo.
As organizações flexíveis e descentralizadas parecem responder melhor à complexidade do actual
mundo dos negócios em que o tempo de resposta às mudanças se pode traduzir numa vantagem
competitiva. Esta estrutura exige formação adequada por parte de todos os colaboradores e implica um
maior grau de envolvimento com os propósitos da organização. Os autores deste livro defendem que a
descentralização: "torna um organismo mais resistente e menos vulnerável a ataques".
http://cogir.blogspot.com/2008/07/os-novos-modelos-organizacionais.html
1. Complete o quadro abaixo relativamente a cada uma das instituições. Para o ajudar, pode visitar o sítio
Web destas organizações ou consultar outro material que considerar relevante.
Bibliotecas
Municipais
Igespar
Governos
civis
Juntas de
Freguesia
Arquivos
Distritais
Instituto do
Emprego e
Formação
profissional
Câmaras
Municipais
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Quando analisamos o modelo institucional de uma instituição devemos atender aos seguintes aspectos: