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PROF. SILVIO F.

BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP

INTMAT-2 Ligas Metálicas e Diagramas de Fases

Conteúdo
 Definição e tipos de elementos de liga e residuais
 Tipos de ligas ferrosas e não ferrosas
 Solução sólida e compostos (fases intermetálicas)
 Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)
 Influência do resfriamento na estrutura bruta de solidificação (formação colunar,
dendrítica, etc.)
 Segregações e poros
 Tipos de precipitados (coerentes e incoerentes) e sua relação com a formação da
microestrutura e propriedades mecânicas
 Diagramas de fase (tipos básicos)
 Diagramas ternários
 Diagrama Fe-C
 Influência genérica dos elementos de liga sobre o diagrama Fe-C
 Mecanismos de endurecimento (por solução sólida, por encruamento, por
precipitação) e relação dos mecanismos de endurecimento com a microestrutura e
propriedades mecânicas
 Envelhecimento (e super-envelhecimento) por deformação e por aquecimento
 Influência do processamento termo-mecânico na estrutura da liga
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Definição e tipos de elementos de liga e residuais

Os elementos de liga podem ser clasisificados de diferentes maneiras, a


saber:

1 – CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS DE LIGA QUANTO A POSIÇÃO QUE


ESTE ASSUME NO RETICULADO CRISTALINO:

 ELEMENTOS DE LIGA DO TIPO SUBSTITUCIONAIS: compreendem átomos


que substituem o metal base da liga em suas posições usuais no
reticulado. Ex.: Cr, Ni, Mo, Mn, Si,, P, S,... nos aços.
- Responsáveis pela formação das soluções sólidas nos metais (ou
formação das ligas metálicas)

ELEMENTOS DE LIGA DO TIPO INTERSTICIAIS: compreendem átomos que


se alojam nos intersticios das céluas cristalinas. Ex.: apenas N, H, O, C, B
nos aços.
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Definição e tipos de elementos de liga e residuais

DEFINIÇÃO DE INTERSTÍCIO

Os interstícios são espaços existentes entre os átomos normais da rede


cristalina, onde, em função de seus tamanhos, somente átomos muito
pequenos (chamados de átomos intersticiais) podem ser alojados nestes
espaços. Os interstícios podem ser tetraédricos ou octaédricos,
dependendo da figura geométrica que é formada pelos átomos do
reticulado que o envolvem.
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Definição e tipos de elementos de liga e residuais


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Definição e tipos de elementos de liga e residuais


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Definição e tipos de elementos de liga e residuais


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Definição e tipos de elementos de liga e residuais

2 – CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS DE LIGA QUANTO A FORMA EM QUE


SE APRESENTAM NO MATERIAL E QUANTO AO TIPO DE COMPOSTO / FASE
FORMADOS

SISTEMAS FERROSOS

ELEMENTOS DE LIGA ESTABILIZADORES DA ESTRUTURA


CRISTALINA CCC (alfagêneos) – dissolvidos em SOLUÇÃO
SÓLIDA
Si, Al, Be, P, S, Cr, Mo, W, V, Nb,Ta, Zr, B

ELEMENTOS DE LIGA ESTABILIZADORES DA ESTRUTURA


CRISTALINA CFC (gamagêneos) – dissolvidos em SOLUÇÃO
SÓLIDA
C, N, Mn, Ni, Co, Ru, Rh, Ir, Pd, Pt, Os
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Definição e tipos de elementos de liga e residuais

ELEMENTOS DE LIGA FORMADORES DE CARBONETOS


Mn, Cr, Mo, W, V, Nb, Ta, Ti, Zr, Hf (em ordem crescente de
estabilidade)
(Fe,Mn)3C / Cr23C6 / Cr7C3 / Mo2C / MoC / W2C / WC /
VC / VC2 / NbC / Nb2C / TaC / Ta2C / TiC / ZrC / HfC

ELEMENTOS DE LIGA FORMADORES DE NITRETOS


Mo, Cr, Nb, V, Ta, Ti, Al, Zr, Hf (em ordem crescente de
estabilidade)
Mo2N / Cr2N / NbN / VN / TaN / TiN / ZrN / HfN

ELEMENTOS DE LIGA FORMADORES DE BORETOS


Nb, Ta, Ti, Zr, Hf (em ordem crescente de estabilidade)
NbB2 / TaB2 / TiB2 / ZrB2 / HfB2
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Definição e tipos de elementos de liga e residuais


SISTEMAS COM FERRO E E.L. ALFAGÊNEOS

Sistema Fe-Cr

Fonte: ASM Metals HandBook Volume 03 - Alloy Phase Diagrams


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Definição e tipos de elementos de liga e residuais

Sistema Fe-Al

Fonte: ASM Metals HandBook Volume 03 - Alloy Phase Diagrams


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Definição e tipos de elementos de liga e residuais


SISTEMAS COM FERRO E E.L. GAMAGÊNEOS

Sistema Fe-Ni

Fonte: ASM Metals HandBook Volume 03 - Alloy Phase Diagrams


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Definição e tipos de elementos de liga e residuais

Sistema Fe-Mn

Fonte: ASM Metals HandBook Volume 03 - Alloy Phase Diagrams


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Definição e tipos de elementos de liga e residuais


SISTEMA COM E.L. FORMADOR DE NITRETOS
Sistema N-Nb

Fonte: ASM Metals HandBook Volume 03 - Alloy Phase Diagrams


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Definição e tipos de elementos de liga e residuais


SISTEMA COM E.L. FORMADOR DE CARBONETOS
Sistema C-Cr

Fonte: ASM Metals HandBook Volume 03 - Alloy Phase Diagrams


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Definição e tipos de elementos de liga e residuais


SISTEMA COM E.L. FORMADOR DE BORETOS
Sistema B-Cr

Fonte: ASM Metals HandBook Volume 03 - Alloy Phase Diagrams


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Definição e tipos de elementos de liga e residuais

 ELEMENTOS DE LIGA PRESENTES NA FORMA LIVRE NA


MICROESTRUTURA – típico das INCLUSÕES METÁLICAS
Pb, Cu, ...

ELEMENTOS DE LIGA FORMADORES DE ÓXIDOS – presentes


na forma de INCLUSÕES NÃO-METÁLICAS
Fe, Cr, Ti, NbAl,,... (em ordem crescente de estabilidade)
FexOy / Al2O3 / Cr2O3 / TiO...

ELEMENTOS DE LIGA FORMADORES DE SULFETOS –


presentes na forma de INCLUSÕES NÃO-METÁLICAS
Fe, Mn (em ordem crescente de estabilidade)
FeS / MnS / ...
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Definição e tipos de elementos de liga e residuais

Parte da classificação para


avaliação micrográfica de inclusões
de aços adotada pela Associação
dos Siderúrgicos Suécos de
Estocolmo, para dois tipos de
inclusões, da série grossa: a) tipo A
- sulfetos ou sulfuretos (para
espessuras de até 6 mm), nas
classificações 1, 3 e 5,
respectivamente; e b) tipo D –
óxido, globular (para espessuras de
até 12 mm), também nas
classificações 1, 3 e 5,
respectivamente
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Definição e tipos de elementos de liga e residuais


SISTEMA COM E.L. FORMADOR DE ÓXIDOS
Sistema O-Ti

Fonte: ASM Metals HandBook Volume 03 - Alloy Phase Diagrams


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Definição e tipos de elementos de liga e residuais


SISTEMA COM E.L. FORMADOR DE SULFETOS
Sistema S-Mo

Fonte: ASM Metals HandBook Volume 03 - Alloy Phase Diagrams


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Definição e tipos de elementos de liga e residuais

ELEMENTOS DE LIGA FORMADORES DE INTERMETÁLICOS

Ex.: AÇOS MARAGING (Fe / 0,03%C / 13-18%Ni / 8-15%Co / 3-


10%Mo / 0,2-1,6%Ti / 0,1-0,2%Al / Nb 0,4% máx)

(sesc = 2620 Mpa; smáx = 2690 MPa; e = 5% após


solubilização entre 820 e 1000°C por 1 h, resfriamento ao ar,
posterior envelhecimento a 480°C por 3 a 6 h e resfriamento
ao ar)

M(C,N) / Ni3Mo / Fe2Mo / Ni3Ti / Fe2(Mo,Ti) / .....


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Definição e tipos de elementos de liga e residuais

Fonte: A. G. F. PADIAL, Tese de doutorado / IPEN-USP / 2002


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Definição e tipos de elementos de liga e residuais

DEFINIÇÃO DE INTERMETÁLICO

COMPOSTO INTERMETÁLICO OU INTERMEDIÁRIO constitui-se numa fase


do tipo AxBy (A, B sendo normalmente metais), apresentando tanto a
COMPOSIÇÃO QUÍMICA (tt %A + vv %B) como a ESTEQUIOMETRIA (x = i, y
= j) fixa, ou seja, não variável, ocorrendo para uma linha vertical no
diagrama de equilibrio do sistema de liga considerado.

FASE INTERMETÁLICA OU INTERMEDIÁRIA constitui-se numa fase também


do tipo AxBy (A, B sendo normalmente metais), ocorrendo porém para
uma faixa de COMPOSIÇÃO QUÍMICA (entre tt %A + vv %B e tt’ %A + vv’
%B ) e para uma ESTEQUIOMETRIA (x = i, y = j) fixa, ou seja, ocorrendo
para um campo de fase no diagrama de equilibrio do sistema de liga
considerado e não mais uma linha vertical.
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Tipos de ligas ferrosas e não ferrosas


EXEMPLOS DE INTERMETÁLICOS EM SISTEMAS COM FERRO

Fonte: ASM Metals HandBook Volume 03 - Alloy Phase Diagrams


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Tipos de ligas ferrosas e não ferrosas


EXEMPLOS DE INTERMETÁLICOS EM SISTEMAS COM FERRO

Fonte: ASM Metals HandBook Volume 03 - Alloy Phase Diagrams


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Tipos de ligas ferrosas e não ferrosas


EXEMPLOS DE INTERMETÁLICOS EM SISTEMAS COM ALUMÍNIO
SISTEMA Al-Co

Fonte: ASM Metals HandBook Volume 03 - Alloy Phase Diagrams


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Tipos de ligas ferrosas e não ferrosas

SISTEMA Al-Cr

Fonte: ASM Metals HandBook Volume 03 - Alloy Phase Diagrams


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Definição e tipos de elementos de liga e residuais

3 – ELEMENTOS DE LIGA RESIDUAIS

São aqueles que se apresentam


em quantidades muito
pequenas na liga, sendo
considerados como a nível de
contaminação ou simplesmente
a nível de valores residuais
(inferior a 0.1% em peso). Ex.:
nos aços P, S, O, N.
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Tipos de ligas ferrosas e não ferrosas

LIGAS FERROSAS

 AÇOS

São ligas complexas a base de Fe-C, normalmente inferior a 2,06% C, em


peso, apresentando usualmente P, S, Si e Mn, e diferentes elementos de
liga, para o caso de aços ligados. Podem ser classificados em aços:

- livres de intersticiais (free intersticial steels)


- ao-carbono (ligas a base de Fe-C-P-S-Si-Mn, sem adição de liga)
- de baixa-liga (ligas a base de Fe-C-P-S-Si-Mn + EL < 5%)
- de alta-liga (ligas a base de Fe-C-P-S-Si-Mn + EL > 5%)
- maraging
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Tipos de ligas ferrosas e não ferrosas

 FERROS FUNDIDOS (FoFo)

São ligas complexas a base de Fe-C, com carbono superior a 2,06% C, em


peso, apresentando diferentes elementos de liga básicos, de acordo com o
tipo de ferro fundido. Podem ser classificados em:

- FoFo Branco (ligas do sistema Fe-C, não grafitizadas);


- FoFo Cinzento (ligas do sistema Fe-C-Si / grafitizadas pelo Si);
- FoFo Maleáveis (ligas grafitizadas por tratamento térmico de
Maleabilização);
- FoFo Nodular (ligas do sistema Fe-C-Si-Mg / grafitizadas pelo Si e
inoculadas pelo Mg);
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Tipos de ligas ferrosas e não ferrosas

EXEMPLO DE AÇO LIVRE DE INTERSTICIAIS

 São aços que apresentam quantidades de intersticiais inferior a 0,01%


(objetiva a obtenção de um material de altíssima ductilidade, com
alongamentos da ordem de 45% ou mais, de grande aplicação na indústria
automotiva).
Micrografias típicas para
uma liga que não
apresenta transformação
eutetóide (amostra de
ferro com pureza de
99,85% , sinterizado em
atmosfera levemente
carbonetante. Aumento:
1000x) – No caso, a
contaminação é inferior a
0,021% C, em peso,
resultando em Ferrita +
Cementita (no CG).
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Tipos de ligas ferrosas e não ferrosas

LIGAS NÃO-FERROSAS

No caso de ligas metálicas, as ligas não-ferrosas são aquelas que não


apresentam o Fe como componente básico principal. Assim sendo, as ligas
não-ferrosas podem ser divididas em diferentes tipos de ligas, de acordo
com o metal base que constitui cada sistema de ligas, a saber:

- Ligas de Cu: o Cobre é o componente básico principal.


- Ligas de Al: o Alumínio é o componente básico principal.
- Ligas de Ni: o Níquel é o componente básico principal.

E assim por diante...


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Tipos de ligas ferrosas e não ferrosas

LIGAS DE COBRE

Pode-se destacar três grandes grupos de ligas a base de Cobre, a saber:

 LATÕES que constituem-se em ligas do sistema Cu-Zn.

 BRONZES que constituem-se em ligas do sistema Cu-Sn.

 ALPACAS que constituem-se em ligas do sistema Cu-Ni (e/ou + Zn).


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Tipos de ligas ferrosas e não ferrosas

SISTEMA Cu-Zn (LATÕES)

Fonte: ASM Metals HandBook Volume 03 - Alloy Phase Diagrams


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Tipos de ligas ferrosas e não ferrosas

SISTEMA Cu-Sn (BRONZES)

Fonte: ASM Metals HandBook Volume 03 - Alloy Phase Diagrams


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Tipos de ligas ferrosas e não ferrosas

SISTEMA Cu-Ni (ALPACAS)

Fonte: ASM Metals HandBook Volume 03 - Alloy Phase Diagrams


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Tipos de ligas ferrosas e não ferrosas


LIGAS DE ALUMÍNIO
O exemplo clássico recai nos DURALUMÍNIOS, que são ligas do sistema Al-
Cu. A liga Al-4%Cu consiste no principal exemplo deste grupo, com grande
potencial de endurecimento, via envelhecimento da liga solubilizada.
SISTEMA Al-Cu: Liga Al-4% Cu (DURALUMÍNIO)

Fonte: ASM Metals HandBook


Volume 03 - Alloy Phase Diagrams
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Tipos de ligas ferrosas e não ferrosas

LIGAS DE NÍQUEL

Superligas a base de Ni.

Fonte: http://www.icz.org.br/niquel-
superligas.php (em 09/02/12)
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Tipos de ligas ferrosas e não ferrosas

Limite de resistência a
tração (UTS) de superligas
a base de Ni em função
da temperatura (MPa).

Fonte: http://www.icz.org.br/niquel-
superligas.php (em 09/02/12)
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Tipos de ligas ferrosas e não ferrosas

Limite de resistência ao
escoamento (YS) de
Superligas a base de Ni
em função da
temperatura (MPa).

Fonte: http://www.icz.org.br/niquel-
superligas.php (em 09/02/12)
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Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)

SOLIDIFICAÇÃO
 Importante na obtenção de produtos fundidos e soldados.
 As propriedades desses produtos são determinadas pela estrutura de
solidificação, que por sua vez depende de como ocorre a solidificação.
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Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)

COMPARATIVO: MATERIAIS CONFORMADOS X FUNDIDOS


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Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)


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Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)

ETAPAS DA SOLIDIFICAÇÃO

A solidificação, como toda transformação de fase em equilíbrio, incluindo-se


as transformações no estado sólido (alotrópicas, precipitação de partículas
de segunda fase,...) apresenta duas etapas distintas:
 NUCLEAÇÃO
 CRESCIMENTO

Na nucleação tem-se o início da transformação. Neste caso, a nova fase


precisa primeiramente nuclear-se para depois crescer. Isto ocorre quando
núcleos estáveis são formados a partir do aglomeramento de átomos do
material. Formados os núcleos estáveis da nova fase, tem-se o crescimento,
onde esses crescem no sentido de concluir toda a transformação.

A nucleação pode ser homogênea ou heterogênea.


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Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)

NUCLEAÇÃO HOMOGÊNEA

Quando uma nova fase deve ser nucleada, é preciso uma energia adicional
a fim de formar a interface entre a nova fase e a que lhe deu origem.

Como na temperatura de equilíbrio (ponto de fusão do metal, Te) essa


energia não é disponível, a transformação não ocorre nessa temperatura.

Assim pode-se esperar um atraso na transformação, devido a nucleação,


sendo necessário um resfriamento adicional, aqui chamado de super-
resfriamento.

A variação de energia, fundamental para uma transformação ocorrer, é a


diminuição da energia livre, a qual é denominada de força motriz para a
transformação.
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Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)

Define-se força motriz DG (Variação da energia livre de Gibbs), na


transformação / reação de um metal, por exemplo, como sendo:

DG = Gproduto – Greagente (ou simplesmente G2 – G1)

G2 = energia livre depois da transformação


G1 = energia livre antes da transformação

Para:
DG = 0 (tem-se o equilíbrio e a reação não define um sentido)
DG < 0 (a reação ocorre espontaneamente)
DG > 0 (a reação não ocorre, ou seja é mantida a fase em seu estado
original)
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Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)

*** toda transformação / reação só ocorre se o DG for NEGATIVO

Na solidificação:

DG = G2 – G1 = Gsólido – Glíquido < 0


(ocorre a solidificação)

Sendo:

Te = temperatura de equilíbrio (ou


ponto de fusão do metal)
T = temperatura real do sistema
(na qual ocorre a nucleação)
DT = super-resfriamento

Intensidade do super-resfriamento:
DT = Te – T
Fonte: Profa. A.S.C.M. D’Oliveira (adaptado de...)
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Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)

A força motriz favorece a formação do sólido M


(M = metal), pois DG é negativa, na temperatura
T , havendo a liberação de energia durante a
transformação:

Mliq  Msol

Como uma mudança de fase (transformação) só ocorre com redução de energia


do sistema:

Abaixo de Te ( T < Te) sólido apresenta menor energia (ocorre solidificação)


Acima de Te (T > Te)  líquido apresenta menor energia (ocorre fusão)

Assim, na Nucleação, para se criar uma superfície há que se romper a barreira


energética para a formação da interface, demandando energia (no caso,
disponibilizada pela DG, a qual é liberada).
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Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)

A energia liberada durante a nucleação de uma partícula de uma nova fase de raio r,
no caso da solidificação de um metal puro, é onde DGv é a diferença de
energia livre entre as fases sólida e líquida, ou a variação da energia livre por
unidade de volume (é negativa se T < Te).

Porém é preciso energia para produzir a interface entre a fase nucleada e a original,
a qual vale onde g é a energia de interface por unidade de área ou energia
livre de superfície (sempre positiva).

Assim, a variação total de energia livre DG, para uma partícula de raio r é:

Fonte : Callister 7th edn. (2007)


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Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)

Da curva resultante (em verde), percebe-se que:

 Primeiro, DG cresce até o ponto máximo: i.é, a energia livre aumenta para átomos
na fase líquida formarem clusters (para mais átomos se incorporarem ao cluster
formado, energia tem que ser fornecida) – uma partícula subcrítica (cluster) é um
embrião.
 DG atinge o ponto de máximo: neste ponto o aglomerado de átomos atinge um
tamanho correspondente ao raio crítico r*, para formação de uma partícula estável
(significa dizer que um aglomerado de átomos de raio menor do que o crítico vai
encolher e redissolver).
 Por fim, DG decresce: i.é, ao se atingir o raio crítico, ocorre o crescimento
espontâneo da partícula, pela incorporação de novos átomos, resultando na
diminuição da energia livre – uma partícula de raio maior que o crítico é
denominada núcleo.

A energia livre crítica DG*, ocorre para o raio crítico, no máximo da curva
resultante. É a energia livre necessária para a formação de um núcleo estável ou a
barreira energética para o processo de nucleação.
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Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)

Animação da Nucleação:

Fonte : Callister 7th edn. (2007)


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Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)

SUPER-RESFRIAMENTO (DT)

 Diferença entre Te (temperatura de equilíbrio ou de fusão do metal) e a T


na qual inicia a formação do sólido (temperatura real).

 Energia mínima necessária para criar a interface Sol/Liq, sendo que esta
depende da composição química do material.

 Os processos de fundição e também de soldagem impõem normalmente


super-resfriamentos, tendo como variáveis o volume de metal e o material
do molde (se cerâmico, metálico).
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Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)

SUPER-RESFRIAMENTO X TAMANHO DO RAIO CRÍTICO

Lembrando que a intensidade do


super-resfriamento é dado por:

DT = Te – T

Quanto:
> o super-resfriamento
< o raio crítico e
> a probabilidade de nucleação

(o DT , super-resfriamento, é
necessário para vencer a barreira
energética associada à energia de
Fonte : Van Vlack, 1972 superfície)
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Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)

TAXA DE NUCLEAÇÃO Fonte : Callister 7th edn. (2007)

For solidification, schematic plots of (a) number of stable nuclei versus temperature, (b) frequency of atomic
attachment versus temperature, and (c) nucleation rate versus temperature (also shown are curves for parts
a and b).

 É necessário um super-resfriamento mínimo para que se inicie a nucleação.


 Quanto > DT, > taxa N até determinada T, quando a taxa N diminui pela baixa
mobilidade atômica.
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Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)

DT (NUCLEAÇÃO HOMOGÊNEA)

 Nucleação homogênea ocorre tipicamente com DT grandes


(normalmente entre 80 e 300 °C).

Fonte : Callister 7th edn. (2007)


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Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)

NUCLEAÇÃO HETEROGÊNIA Fonte : Callister 7th edn. (2007)

Em situações práticas, os níveis de super-resfriamento são da ordem de apenas


alguns graus Celsius (tipicamente entre 0,1 e 10 °C).

A razão para isto é que a energia de ativação (ou barreira energética) para a
nucleação ocorrer (relativamente à da nucleação homogênea) é sensivelmente
diminuída em superfícies ou interfaces pré-existentes, uma vez que a energia livre
de superfície neste caso é diminuída.

DG*Heterogênea << DG*Homogênea

Schematic free energy x embryo/nucleusradius


plot on which are presented curves for both
homogeneous and heterogeneous nucleation.
Critical free energies and the critical radius are also shown.
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Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)

Em outras palavras, é mais fácil a nucleação ocorrer em superfícies e interfaces do


que em outros locais. Este tipo de nucleação é denominado de Nucleação
Heterogênea, a qual é esquematicamente representada na figura abaixo.

Heterogeneous nucleation of a solid from a


liquid. The solid-surface (gSI), solid-liquid
(gSL), and liquid-surface (gIL) interfacial
energies are represented by vectors. The
wetting angle  is also shown.

De forma simplificada, pode-se deduzir que:

For example, for angles of 30° and 90°, values of S() are approximately 0.01 and 0.5,
respectively.
Fonte : Callister 7th edn. (2007)
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Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)

Consequentemente, a taxa de nucleação heterogênea é mudada para temperaturas


maiores (ou super-resfriamentos menores, em relação a Te), comparativamente à
nucleação homogênea.

Nucleation rate versus temperature for


both homogeneous and heterogeneous nucleation.
Degree of supercooling (DT) for each is also shown.

Fonte : Callister 7th edn. (2007)


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Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)

EXEMPLOS DE SOLIDIFICAÇÃO COM NUCLEAÇÃO HETEROGÊNEA


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Solidificação (crescimento)

CRESCIMENTO
O crescimento em uma transformação de fase começa quando um embrião excede
o tamanho crítico r* e torna-se um núcleo estável. Note-se que a nucleação
continuará a ocorrer simultâneamente com o crescimento das partículas da nova
fase.
O processo de crescimento cessa em qualquer região onde as partículas da nova
fase se encontram, uma vez que nesse ponto a transformação terá chegado ao fim
(gerando contornos de grão, por exemplo).
A taxa de crescimento G é determinada pela taxa de difusão, e a sua dependência
pela temperatura é a mesma que a do coeficiente de difusão, sendo dado por:
Processos cujas taxas de crescimento são exponencialmente dependentes da
temperatura são chamados de processos termicamente ativados , apresentando
equação do tipo Equação de Arrhenius (idêntica a usada para o coeficiente de
difusão).
Q = energia de ativação / k = constante de Boltzman / C =
constante pré-exponencial / T = temperatura
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Solidificação (crescimento)

TAXA DE CRESCIMENTO (G) x TEMPERATURA

Schematic plot showing curves for nucleation rate


(N), growth rate (G), and overall transformation
rate versus temperature. Fonte : Callister 7th edn. (2007)
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Influência do resfriamento na estrutura bruta de solidificação

TIPOS DE CRESCIMENTO

Em resumo, após formação do núcleo estável (nucleação), o crescimento


do cristal ocorrerá espontaneamente, reduzindo sua energia livre.

Como o crescimento determina as propriedades do material, especial


atenção deve ser dada a esta etapa nas transformações de fase (tal qual a
solidificação).

O estudo do crescimento é normalmente dividido para dois grandes grupos


de materiais:

 Metais puros
 Ligas
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Influência do resfriamento na estrutura bruta de solidificação

CRESCIMENTO EM METAIS PUROS

Neste caso, o crescimento depende tanto do super-resfriamento, quanto


do gradiente de temperatura da interface sólido-líquido.

 Quanto > super-resfriamento DT, tanto > velocidade de crescimento


 A taxa de crescimento depende do gradiente de temperatura na interface
sólido/líquido, que por sua vez é função da taxa com a qual o calor latente
liberado durante a cristalização é removido.
 São dois os tipos de gradientes de temperatura da interface sólido-
líquido, a saber:
a) Normal (cresc. planar)
b) Invertido (cresc. Dendrítico)

Fonte: Profa. A.S.C.M. D’Oliveira


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Influência do resfriamento na estrutura bruta de solidificação

CRESCIMENTO PLANAR EM METAIS PUROS


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Influência do resfriamento na estrutura bruta de solidificação

CRESCIMENTO DENDRÍTICO EM METAIS PUROS


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Influência do resfriamento na estrutura bruta de solidificação

CRESCIMENTO EM LIGAS MONOFÁSICAS

O resfriamento rápido verificado no super-resfriamento implica em


condições totalmente fora do equilíbrio no caso das ligas metálicas,
levando ao problema de segregação nesse tipo de material.

Isto é causado pela rejeição do soluto por parte da fase sólida, o que leva
ao enriquecimento de soluto da fase líquida junto à interface, definindo-se
assim o chamado super-resfriamento constitucional.
Fonte: Profa. A.S.C.M. D’Oliveira
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Influência do resfriamento na estrutura bruta de solidificação

CRESCIMENTO EM LIGAS MONOFÁSICAS x SUPER-RESF. CONSTITUCIONAL

Fonte: Profa. A.S.C.M. D’Oliveira


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Influência do resfriamento na estrutura bruta de solidificação


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Influência do resfriamento na estrutura bruta de solidificação


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Influência do resfriamento na estrutura bruta de solidificação


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Influência do resfriamento na estrutura bruta de solidificação

RESULTADO DA SOLIDIFICAÇÃO DENDRÍTICA

 Uma dendrita é um grão (uma mesma orientação cristalográfica)


 As propriedades são definidas pela estrutura dendrítica (braços secundários) e
não pelo tamanho de grão
 Ocorre segregação
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Segregações e Poros

NUCLEAÇÃO DE POROS

Basicamente há dois tipos de poros:

– Micro-poros (advindos de gases aprisionados e retração na solidificação)


– Macro-poros (advindos do escoamento durante alimentação do molde)

Micro Macro
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Segregação e Poros

SEGREGAÇÃO

A solidificação de ligas metálicas ocorre em geral para uma faixa de


temperaturas, exceto no caso de liga eutética, a qual ocorre em
temperatura fixa).

Fonte:
www.cimm.com.br
(14/02/12)
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Segregação e Poros

A título de exemplo, no equilíbrio, par uma liga Cu-40%Ni, tem-se:

 Observe que o primeiro


sólido formado possui 52% de
Ni.
 Durante a solidificação, a
composição se altera de 52 a
40% de Ni, que é a composição
média original da liga.
 Como resultado a composição
química nestas condições é
homogênea ao longo do grão.

Fonte:
www.cimm.com.br
(14/02/12)
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Segregação e Poros

Porém, na maioria dos casos reais a velocidade de solidificação não é


baixa o suficiente para garantir as condições de equilíbrio, portanto não
há tempo para homogeneização química ocorrer e as partículas assim
formadas, ao crescerem, terão diferentes composições na periferia e no
núcleo. Assim, para condições de não-equilíbrio, tem-se:

 A temperatura final de solidificação


é inferior àquela obtida sob
condições de equilíbrio (a este fato
associa-se o fenômeno de liquação
nas regiões de C.G.).
 A composição do sólido, ao invés de
seguir a L.S. segue a linha tracejada
devido à falta de tempo para
homogeneização da composição
ocorrer ao longo do grão.

Fonte: www.cimm.com.br (14/02/12)


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Segregação e Poros
Como resultado, ocorre formação de zonas de distintas composições
químicas dentro do grão, C1,C2,C3,C4,C5.
Notar que não se trata de grãos concêntricos, pois não há C.G. entre uma
zona e outra. As zonas situam-se dentro do grão e freqüentemente não
são perceptíveis em exame microscópico.
Este tipo de heterogeneidade química (SEGREGAÇÃO) que se desenvolve
dentro do grão é denominada de zonamento.

Fonte: www.cimm.com.br (14/02/12)


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Segregação e Poros
A presença de segregação traz como conseqüência o fato de que o último
líquido a se solidificar (e que se situa no contorno de grão – C.G.) , tem
temperatura de fusão mais baixa que o resto do material (mais baixa
inclusive do que aquela prevista pelo diagrama de equilíbrio).

No caso de um reaquecimento da peça (por exemplo, no tratamento


térmico posterior), pode ocorrer fusão (localizada) da região do contorno
de grão, enquanto o centro do grão permanece sólido. Esta fusão
localizada do contorno recebe o nome de liquação e resulta em intensas
distorções dimensionais na peça (grandes empenamentos) chegando a
inutilizá-las.

A presença de impurezas tende a agravar o fenômeno, na medida em que


as mesmas tendem a ser rejeitadas, durante a solidificação, dos núcleos
sólidos para o líquido remanescente, resultando em concentrações
químicas elevadas de impurezas nos contornos de grão.
Fonte: www.cimm.com.br (14/02/12)
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Segregação e Poros

OUTROS TIPOS DE SEGREGAÇÃO

Além do zonamento (que é uma microsegregação), existem outros tipos


de segregação (heterogeneidades químicas), tais como:
 Macrosegregação, que pode ser normal ou inversa.
 Segregação gavimétrica

MACROSEGREGAÇÃO NORMAL
A macrossegregação também é causada pela rejeição de soluto do sólido
para o líquido durante a solidificação e ocorre ao longo da peça (e não
apenas dentro do grão – lingotes por exemplo).
Uma vez que a solidificação ocorre da parede do molde para o centro da
peça, é comum que ocorra aumento da concentração de solutos da
periferia para o centro da peça. Este tipo de macrossegregação é
denominada de segregação normal.
Fonte: www.cimm.com.br (14/02/12)
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Segregação e Poros

MACROSEGREGAÇÃO INVERSA
Em alguns casos, particularmente nas ligas com grande intervalo de
solidificação, o líquido presente entre as dendritas é bombeado para trás
da frente de solidificação. Portanto a concentração de soluto diminui da
periferia para o centro da peça e este tipo de segregação é denominado
segregação inversa. Aqui há casos onde o líquido (rico em impurezas)
chega a sair pelas paredes da peça (a peça “transpira”), sendo tal
fenômeno denominado exsudação.

SEGREGAÇÃO GRAVIMÉTRICA:
Quando formam-se fases sólidas com densidades muito diferentes na
solidificação. Ex.: em fo.fos. nodulares, forma-se primeiro a grafita (baixa
densidade) no metal líquido (maior densidade). Portanto a grafita tende a
boiar (flotação). As grafitas flotantes podem movimentar-se e alinharem-
se na peça, criando uma região de concentração.

Fonte: www.cimm.com.br (14/02/12)


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Tipos de precipitados (coerentes e incoerentes) e sua relação


com a formação da microestrutura e propriedades mecânicas

ENDURECIMENTO POR PRECIPITAÇÃO DE PARTÍCULAS DE 2ª FASE


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Tipos de precipitados (coerentes e incoerentes) e sua relação


com a formação da microestrutura e propriedades mecânicas

TIPOS DE PRECIPITADOS

 Precipitado coerente gera tensões (distorção) elevada na rede.


 Precipitados incoerentes geram pequena distorção.
Assim, de maneira geral, os precipitados coerente conferem maior
endurecimento ao material.
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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

CONCEITO DE SOLUBILIDADE

Fonte : Callister 7th edn. (2007)

 a curva de variação do limite de solubilidade em função da temperatura


representada no exemplo é normalmente chamada de solvus e ocorre em todos os
sistemas de ligas em que os componentes A e B apresentam solubilidade parcial.
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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

CONCEITO DE MICROESTRUTURA
 Microestrutura é o objeto da observação direta de um material, em microscópios
óticos ou eletrônicos, sendo que dela depende o comportamento mecânico de
um material.
 Em ligas metálicas, a microestrutura é caracterizada pelo número de fases
presentes, as suas proporções, e da forma em que são distribuídas ou
organizadas.
 A microestrutura de uma liga depende de variáveis ​tais como elementos de liga
presentes, as suas concentrações e o tratamento térmico da liga (isto é,
temperatura, tempo de aquecimento a temperatura, e taxa de resfriamento até
à temperatura ambiente).
 A preparação de amostras para exame microscópico consiste de corte,
lixamento, polimento adequado e ataque químico para revelar as diferentes
fases presentes no material.

Fonte : Callister 7th edn. (2007)


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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

CONCEITO DE EQUILÍBRIO

 O equilíbrio é um conceito termodinâmico descrito em termos de uma quantidade


chamada energia livre.
 A energia livre (G) é uma função do energia interna de um sistema (entalpia, H), e
também da aleatoriedade ou grau de desordem dos átomos (ou entropia, S).

DG = DH – T.DS (no equilíbrio DG = 0)

 Um sistema está em equilíbrio se a sua energia livre é mínima, para uma condição
específica de temperatura, composição e pressão.
 No sentido macroscópico, isto significa que as características do sistema não
mudam com o tempo, mas persistem indefinidamente, isto é, o sistema é estável.
 Qualquer alteração na temperatura, pressão, e / ou composição para um sistema
em equilíbrio irá resultar em um aumento na energia livre, sendo que uma possível
mudança espontânea para outro estado só é possível se a energia livre for
abaixada.
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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

SISTEMAS ISOMORFOS
São sistemas de solubilidade total entre os componentes químicos A/B e
B/A (atendendo as regras de Humme Rothery). Ex.: sist. Cu-Ni.
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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

REGRA DA ALAVANCA (QUANTIFICAÇÃO DE FASES EM CAMPO BIFÁSICO)

Fonte : Callister 7th edn. (2007)


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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

EVOLUÇÃO DA MICROESTRUTURA (HISTÓRICO TÉRMICO)

Fonte : Callister 7th edn. (2007)


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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

EVOLUÇÃO DA MICROESTRUTURA (FORA DO EQUILÍBRIO)

Fonte : Callister 7th edn. (2007)


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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

SISTEMAS EUTÉTICOS

Os sistemas eutéticos podem ser divididos em sistemas de solubilidade


nula ou de solubilidade parcial. Estes sistemas apresentam a reação
eutética, a qual ocorre para uma temperatura e uma composição química
fixa, onde um líquido, no resfriamento, se transforma em duas fases
sólidas distintas. Esta reação é normalmente representada da seguinte
forma:

 L  A puro + B puro
(para sistemas de ligas de solubilidade nula)

 L  solução sólida a + solução sólida b


(para sistemas de ligas de solubilidade parcial)
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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

SISTEMAS EUTÉTICOS DE SOLUBILIDADE NULA (a) E PARCIAL (b) ENTRE


COMPONENTES A e B
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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

SISTEMA EUTÉTICO DE SOLUBILIDADE NULA

 Nenhum átomo do componente A é admitido em solução no


reticulado cristalino de B, e vice-versa (a fase presente A apresenta
composição química de 100% A + 0% B, o mesmo ocorrendo para a
fase B em relação a A).

Todas as ligas deste sistema apresentam transformação eutética (note-se


que a isoterma eutética atravessa todo o diagrama):

As ligas são divididas em:


 ligas hipoeutéticas (à esquerda do ponto eutético);
 a liga eutética; e
 ligas hipereutéticas (à direita do ponto eutético).
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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

SISTEMA EUTÉTICO DE SOLUBILIDADE PARCIAL

Os componentes A e B admitem, mesmo que em pequenas quantidades,


átomos de um elemento no outro, em seus reticulados cristalinos 
formando os campos monofásicos de solubilidade parcial, a e b.

As ligas são divididas em:

 ligas ricas em A (e a) que não sofrem transformação eutética


(entre A puro até a liga de composição C1).
 ligas hipoeutéticas (entre C1 e à esquerda do eutético).
 a liga eutética.
 ligas hipereutéticas (entre à direita do eutético e C2).
 ligas ricas em B (e b) que não sofrem transformação
eutética (entre a liga de composição C2 até B puro).
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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

Exemplo do sistema eutético Fe-P:


 de solubilidade parcial (P em Fe)
 de solubilidade nula (Fe em Fe3P)
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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

SISTEMA EUTÉTICO Pb-Sn

Fonte : Callister 7th edn. (2007)


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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

LIGAS RICAS EM A (e a) QUE NÃO SOFREM TRANSFORMAÇÃO EUTÉTICA


(ENTRE A PURO ATÉ A LIGA DE COMPOSIÇÃO C1).
Fonte : Callister 7th edn. (2007)
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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

LIGA EUTÉTICA

FASES SÓLIDAS:
aeb

FORMAÇÃO DO
CONSTITUINTE
EUTÉTICO

Fonte : Callister 7th edn. (2007)


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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

LIGAS HIPOEUTÉTICAS

Fonte : Callister 7th edn. (2007)


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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

QUANTIFICAÇÃO DE FASES E CONSTITUINTES

CONSTITUINTES:
 alfa primário (a’)
 eutético

FASES:
 alfa total (a)
 beta total (b)

Fonte : Callister 7th edn. (2007)


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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

LIGAS NÃO-EUTÉTICAS COM REAÇÃO EUTÉTICA FORA DO EQUILÍBRIO

O resfriamento rápido causa uma


mudança na posição da curva
solidus (para a1 / ae’), pelo retardo
relativo na difusão atômica nessa
fase, podendo resultar na reação
invariante eutética na ultima parte
de líquido a se transformar (nesse
caso, com a mudança do ponto ae
para ae’, a liga passaria a cruzar a
isoterma eutética).
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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

REAÇÃO EUTETÓIDE E PERITÉTICA

 A reação peritética é importante na solidificação dos aços, sendo portanto relevante nos
processos de soldagem.
 A reação eutetóide é também importante no estudo das transformações no estado
sólido dos aços e seus tratamentos térmicos, conforme será visto a frente.
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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

REAÇÃO PERITÉTICA NO EQUILÍBRIO

Na reação peritética no equilíbrio


(liga peritética e temperatura
peritética) toda a fase alfa com
composição ap e todo o líquido
com composição Lp são
“consumidos” para formar a fase
beta com composição bp.
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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

REAÇÃO PERITÉTICA FORA DO EQUILÍBRIO

Na reação peritética fora do


equilíbrio (liga peritética na
temperatura peritética) pelo
atraso na difusão atômica na fase
sólida (mudança das curvas
sólidus), a fase alfa se forma com
menos soluto que o previsto no
equilíbrio, aumentando o braço
ap / bp, resultando assim numa
maior quantidade relativa de
líquido da que é necessária para
realizar a reação peritética no
equilíbrio (há excedente de
líquido na transformação).
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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

LIGAS NÃO-PERITÉTICAS COM REAÇÃO PERITÉTICA FORA DO EQUILÍBRIO

O resfriamento rápido causa uma


mudança na posição da curva solidus
(para a1 / ap’), pelo retardo relativo na
difusão atômica nessa fase, podendo
resultar na reação invariante peritética
na última parte de líquido a se
transformar (nesse caso, com a mudança
do ponto ap para ap’, a liga passaria a
cruzar a isoterma eutética).
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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

REAÇÃO PERITETÓIDE

Reação peritetóide: reação em que duas fases sólidas se transformam, no


resfriamento, em uma outra fase sólida distinta. Esta reação é
representada pela seguinte forma:

g+ab
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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

DIAGRAMA DE FASE COM COMPOSTO INTERMETÁLICO

Este sistema pode ser


considerado como dois
diagramas de equilíbrio
eutéticos independentes
(Mg-Mg2Pb e Mg2Pb-Pb)
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Diagramas de fase ou de equilíbrio de fases (tipos básicos)

TRANSFORMAÇÃO DE FASES CONGRUENTES E INCONGRUENTES

 Transformação Congruente: sem alteração de composição, ou seja, a fase mãe


(original) tem a mesma composição que a fase formada (Ex.: mudança alotrópica e
fusão de metais puros, fusão de compostos intermetálicos, ...).

 Transformação Incongruente: com alteração de composição, ocorrendo para a


maioria das transformações (ex. transformação eutética e eutetóide e fusão em
ligas sistemas isomórfos).
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Diagramas ternários

DIAGRAMAS TERNÁRIOS
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Diagramas ternários
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Diagramas ternários
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Diagramas ternários
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Diagramas ternários
% Níquel % Níquel
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 0 1,5 3 4,5 6 7,5 9 10,5 12 13,5 15
1300 1300

1200 1200
d+g
1100 1100

1000 g
1000
Temperatura (ºC)

Temperatura (ºC)
900 g 900

800 800

700 700 g+s

g+s
600 a 600 a
+ a+g
500 a g 500

400 400
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30

% Cromo % Cromo
(a) (b)

Seções verticais do sistema ternário Fe-Cr-Ni, correspondendo aos perfis de


concentração para relações Cr:Ni de: (a) 1:1; e de (b) 2:1, em peso
(Fonte: Tese de doutorado S.F. Brunatto, 2000, UFSC).
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Diagramas ternários

Sistema ternário Fe-Cr-Ni


para a faixa de
composições entre 90-
100% Fe, 0-10% Cr e 0-10%
Ni, em peso. Seções
isotérmicas a: (a) 1400 °C;
(b) 1100 °C; (c) 650 °C; e
(d) estruturas obtidas a
partir de um resfriamento
brusco (têmpera) da
temperatura de 1100 °C.
(Fonte: Tese de doutorado
S.F. Brunatto, 2000, UFSC).
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Diagrama Fe-C

DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO Fe-C

 O diagrama de equilíbrio de fases metaestável Ferro-Cementita ocorre entre as


composições para 100% Fe (0% C) até 93,33% Fe (6,67% C), em peso.
 No setor metal-mecânico, este é o diagrama mais utilizado, pois a grafita pura
que é a fase estável do C neste sistema (Diagrama Ferro-Grafita) apresenta pouco
interesse para o engenheiro.
 Exatamente o contrário ocorre em relação à cementita, pois, apesar de ser a fase
metaestável na qual o C se apresenta neste sistema, a cementita apresenta grande
importância nos estudos dos aços.
 O diagrama metaestável indica que as ligas deste sistema sempre apresentarão
duas fases em equilíbrio à temperatura ambiente:
- a fase Fe-a (CCC), chamada de Ferrita, e
- a fase carboneto de ferro, chamada de Cementita (Fe3C).
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Diagrama Fe-C

DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO Fe-C (Fe-Fe3C)

Fonte : Callister 7th edn. (2007)


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Diagrama Fe-C
DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO Fe-C (Fe-Fe3C)
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Diagrama Fe-C

TRANSFORMAÇÕES ALOTRÓPICAS DO FERRO PURO


( 100% Fe, 0% C)

 912 °C
-Transformação do Fe de a/g e g/a

 1394 °C
-Transformação do Fe de d/g e g/d

Fonte : Callister 7th edn. (2007)


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Diagrama Fe-C

REAÇÕES INVARIANTES NO SISTEMA Fe-C

 REAÇÃO PERITÉTICA
No ponto: 1493 °C / 0,17% C
Fe-d + L Fe-g

 REAÇÃO EUTÉTICA
No ponto: 1147 °C / 4,3% C
L Fe-g + Fe3C

 REAÇÃO EUTETÓIDE
No ponto: 727 °C / 0,76% C
Fe-g Fe-a + Fe3C

Fonte : Callister 7th edn. (2007)


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Diagrama Fe-C

LIMITES DE SOLUBILIDADE IMPORTANTES NO SISTEMA Fe-C

 Máx. solubilidade C Fe-d


No ponto: 0,09% C (1493 °C)

 Máx. solubilidade C Fe-g


No ponto: 2,14% C (1147 °C)

 Máx. solubilidade C Fe-a


No ponto: 0,022% C (727 °C)

Fonte : Callister 7th edn. (2007)


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Diagrama Fe-C

ZONA CRÍTICA NO SISTEMA Fe-C

A zona crítica é
definida como sendo
a faixa do diagrama
que separa os campos
onde a austenita e a
ferrita são estáveis,
separadamente,
sendo assim
constituída pela faixa
entre as linhas A3 e
A1 (para os aços
hipoeutetóides) e a
linha A1 para as ligas
hipereutetóides.

Fonte : Callister 7th edn. (2007)


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Diagrama Fe-C

A FERRITA (Fe-a)
Ferrita ou Fe-a é uma solução sólida de C
dissolvida no Fe, apresentando estrutura CCC,
contendo traços de C. A solubilidade do C na
ferrita é praticamente nula a temperatura
ambiente, atingindo o valor máximo de 0,021% C
à temperatura de 727C. Apresenta estrutura de
grãos poligonais irregulares, é uma fase de baixa
dureza (HB 75), de baixo limite de resistência a
tração (350 MPa), apresentando porém excelente
resistência ao choque em função de sua elevada
ductilidade (e = 40 a 45%, para alongamento em
2”) e é magnética.
Aspecto dos cristais da Ferrita em aço
com pureza de 99,99% (Tratamento:
recozimento a 800 °C durante 2 horas
em hidrogênio, laminado). Ataque
químico: Nital 3%. Aumento: 250x.
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Diagrama Fe-C

A CEMENTITA ou Fe3C
Cementita ou Fe3C é o nome dado ao carboneto
de ferro. A cementita é um composto
intermetálico, de estrutura cristalina ortorrômbica,
com relação estequiométrica definida, Fe3C, a qual
apresenta a composição química fixa de 6,67% C
(+ 93, 33% Fe). Esta fase é muito dura (HB 650),
sendo portanto muito frágil. Apresenta baixa
resistência à tração (aproximadamente 30 MPa) e
ductilidade nula. É, portanto, a fase responsável
pelas elevadas dureza e resistência nos aços de
médio e alto-carbono, quando obtidos para
Aspecto de cristais de Cementita (Fe3C),
condições de resfriamento próximas do equilíbrio. do tipo granular, obtidos da
esferoidização da perlita em aço alto-
carbono com composição química, em
peso, de: 1,34% C - 0,13% Si - 0,11% Mn
- 0,024% S - 0,022% P (Tratamento:
recozimento de esferoidização). Ataque
químico: Nital 2%. Aumento: 500x.
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Diagrama Fe-C

CEMENTITA EM C.G. DE MATRIZ FERRÍTICA

Ferro puro apresentando contaminação de Carbono. CEMENTITA (Fe3C)


(com traços inferiores a 0,021% C)
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Diagrama Fe-C

A AUSTENITA OU Fe-g
Austenita ou Fe-g: solução sólida de carbono no
ferro, apresentando estrutura CFC, a qual admite
elevados teores de carbono em solução,
apresentando ainda um limite de solubilidade
máximo em torno de 2,14% C à temperatura de
1147°C. Nos aços-carbonos comuns esta fase só é
estável acima de 727°C. Caracteriza-se por grãos
poligonais irregulares. Possui boa resistência
mecânica, baixa dureza, apreciável tenacidade e é
não-magnética.
Aspecto de cristais de Austenita, do tipo poliédrico,
em aço ao níquel, laminado, com uma composição
química, em peso, de: 0,63% C - 0,38% Si - 0,94% Mn -
0,04% S - 0,032% P - 24,56% Ni. Ataque eletrolítico
(equipamento: Disa-Electropolisher; lixamento: papel
2/0; máscara:  11 mm; polimento: 20 seg. - 2,2 A -
45 V; ataque: 3 seg. - 0,5 A; eletrólito: A 2 after knuth
winterfeldt). Aumento: 250x.
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Diagrama Fe-C

MICROESTRUTURAS TÍPICAS DE FERRITA, CEMENTITA E AUSTENITA

FERRITA CEMENTITA AUSTENITA


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Diagrama Fe-C

A FERRITA DELTA ou Fe-d


Ferrita Delta ou Fe-d: solução sólida de carbono
no ferro, apresentando estrutura CCC, a qual
admite pequenos teores de carbono em solução,
apresentando ainda um limite de solubilidade
máximo em torno de 0,09% C à temperatura de
1493 °C. Nos aços-carbonos comuns esta fase só é
estável entre 1394 °C e 1538 °C.

Normalmente presente em estruturas soldadas


brutas de solidificação de determinados aços
inoxidáveis.
Aspecto de cristais de Ferrita-d, em C.G.,
em aço ao inoxidável martensítico ao
níquel, laminado, com uma composição
química, em peso, de: Fe - 12% Cr-1,8%
Ni - 0,1% C. Ataque Villela.

(Fonte: Revista Matéria, v. 11, n. 2, pp. 138 – 145, 2006


http://www.materia.coppe.ufrj.br/sarra/artigos/artigo10696)
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Diagrama Fe-C

A FERRITA DELTA ou Fe-d EM AÇO INOXIDÁVEL MARTENSÍTICO

 A presença de ferrita delta, de uma


maneira geral, nos aços inoxidáveis,
está associada a menores valores de
tenacidade, apesar da ferrita ser
dúctil e tenaz, ela quase não dissolve
carbono em sua matriz e durante um
resfriamento mais lento pode formar
precipitados em seu contorno, sendo
esta na verdade, a principal razão
que leva a diminuir a tenacidade do
material.
 Microestrutura é constituída de
martensita em forma de ripas, ferrita
delta em rede e carbonetos (região
escura), no contorno da ferrita delta.

(Fonte: Revista Matéria, v. 11, n. 2,


pp. 138 – 145, 2006
http://www.materia.coppe.ufrj.br/sa
rra/artigos/artigo10696)
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Diagrama Fe-C

A PERLITA
Perlita: é o produto obtido da transformação
eutetóide (Fe-g  Fe-a + Fe3C). A perlita é um
constituinte microscópico lamelar, bifásico,
formado por lamelas alternadas das fases Fe-
a(CCC) + Fe3C. Apresenta elevada resistência a
tração (aproximadamente 830 MPa), dureza da
ordem de HB 250 a 300 e boa ductilidade (e= 10%,
alongamento em 2”).
 Aspecto de perlita lamelar grosseira
(pode-se observar também entre as
colônias de perlita uma rede interligada
de cementita), em aço alto-carbono
com composição química, em peso, de:
Cementita 1,34% C - 0,13% Si - 0,11% Mn - 0,024%
S - 0,022% P (Tratamento:
superaquecimento a 1050 ºC). Ataque
químico: Nital 2%. Aumento: 500x.
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Diagrama Fe-C

A LEDEBURITA
Ledeburita: é o produto obtido da transformação
eutética (L  Fe-g + Fe3C) é chamado de
Ledeburita, sendo também bifásico, ocorrendo,
porém, apenas nos ferros fundidos.

 Aspecto da ledebutrita em ferro


fundido branco, constituída de
cementita (fase branca) e regiões de
perlita.
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Influência genérica dos elementos de liga sobre o Diagrama Fe-C

ELEMENTOS DE LIGA ALFAGÊNEOS


 P, S, Si, Al, Cr, Mo, V, W, Ti, Ta, Nb, Zr, B, ....
(estabilizadores da fase e ampliadores
do campo do Fe-a)

ELEMENTOS DE LIGA
GAMAGÊNEOS
 C, N, Mn, Ni, Co, Cu
(estabilizadores
da fase e ampliadores
do campo do Fe-g)
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Influência genérica dos elementos de liga sobre o Diagrama Fe-C

EFEITOS DOS ELEMENTOS DE


LIGA NO PONTO EUTETÓIDE
DO DIAGRAMA Fe-C
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Mecanismos de endurecimento
MECANISMO DE ENDURECIMENTO POR SOLUÇÃO SÓLIDA

O aumento de resistência deve-se:


 Interação entre campo de tensões das discordâncias e campos de tensões gerados pela
deformação da rede cristalina.
 Restrição ao movimento de discordâncias.
 SOLUÇÕES SÓLIDAS INTERSTICIAIS (C, N, O, H, B)
Ex.: martensita nos aços (solução sólida supersaturada de C dissolvido no Fe)
Grande aumento de dureza e resistência do material
 SOLUÇÕES SÓLIDAS SUBSTITUCIONAIS (Fe-Ni, Cu-Ni, ...)
Ex.: ligas do sistema Cu-Ni
Suave aumento de dureza e resistência no material
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Mecanismos de endurecimento

SOLUÇÃO SÓLIDA x PROPRIEDADES MECÂNICAS


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Mecanismos de endurecimento

SOLUÇÃO SÓLIDA x PROPRIEDADES MECÂNICAS (em aços)


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Mecanismos de endurecimento

SOLUÇÃO SÓLIDA x PROPRIEDADES MECÂNICAS (em aços)


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Mecanismos de endurecimento

MECANISMO DE ENDURECIMENTO POR ENCRUAMENTO OU TRABALHO A


FRIO (MULTIPLICAÇÃO DE DISCORDÂNCIAS)
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Mecanismos de endurecimento

ENCRUAMENTO x PROPRIEDADES MECÂNICAS

Cada material responde de uma maneira diferente ao trabalho a frio.


Como endurecer o material por encruamento?
 Chapas e barras conformadas a frio: Imposição de deformação a frio na
última etapa processamento.
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Mecanismos de endurecimento

MECANISMO DE ENDURECIMENTO POR REFINO DE GRÃO

O aumento de resistência deve-se:


 Ao Contorno de grão (C.G.) que age como uma barreira para o movimento
de discordâncias, resultando no empilhamento das mesmas nessas regiões.
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Mecanismos de endurecimento

Motivos:
 Mudança de direção (maior restrição de movimento para ângulos
elevados).
 Descontinuidade do plano de deslizamento (desordem atômica).

Como endurecer o material por refino de grão?


Através do controle do tamanho de grão via:
– Controle da solidificação (taxa de resfriamento).
– Tratamento térmico (normalização).
– Tratamento termo-mecânico (a deformação controlada é realizada
simultaneamente com aquecimento e resfriamento controlado
(recristalização dinâmica).
– Via projeto de liga (adição de elementos micro-ligados como Ti, V,
Nb).
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Mecanismos de endurecimento

REFINO DE GRÃO x PROPRIEDADES MECÂNICAS

As equações de Hall-Petch relacionam, respectivamente,


 Tamanho de Grão x Dureza:
H = H0 + kH .d-1/2

 Tamanho de Grão x Tensão de Escoamento:


s = s0 + k.d-1/2

Sendo: H, dureza;
H0, dureza esperada para um cristal hipotético de tamanho infinito (interseção da
reta com o eixo das ordenadas)
kH, coeficiente angular da reta
d, diâmetro médio de grão
s, tensão de escoamento
s0 e k, constantes equivalentes a H0 e kH
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Mecanismos de endurecimento

REFINO DE GRÃO é o
principal mecanismo de
aumento de resistência
presente nos aços micro-
ligados ao Ti, V e/ou Nb.
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Mecanismos de endurecimento

MECANISMO DE ENDURECIMENTO POR PRECIPITAÇÃO

 Endurecimento por precipitação ocorre por dispersão fina de partículas de


segunda fase obtida por tratamento térmico adequado.
 Ligas típicas para endurecimento por precipitação: Al-Cu, Cu-Be, Cu-Sn, Mg-Al e
algumas ligas ferrosas.
 Aços de elevada resistência (tipo Maraging) são obtidos por este meio, atingindo
tensão limite de resistência à tração superior a 2700 MPa.

Requisitos para uma liga ser endurecida por precipitação:


 Apresentar alta solubilidade em elevada temperatura (alguns %M).
 Limite de solubilidade deve cair rapidamente com a redução de temperatura
(curva solvus).

Fonte : Callister
7th edn. (2007)
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Mecanismos de endurecimento

SISTEMA Al-Cu

GP2

GP1

Dureza
Super
envelhecido

Zonas de
precipitação

Logaritmo do
tempo

Seqüência de transformação:
→ GP1(disco coerente alguns
átomos de espessura 80-
100 Å de diâmetro)
→ GP2(’’) (disco coerente de
espessura de10-40Å e
diâmetro 100-1000Å)
→ ’(incoerente)
→  (incoerente estável- CuAl2)

Fonte : Callister 7th edn. (2007)


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Mecanismos de endurecimento

PRECIPITAÇÃO X PROPRIEDADES MECÂNICAS (SISTEMA Al-Cu)

Fonte : Callister 7th edn. (2007)


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Mecanismos de endurecimento

PRECIPITAÇÃO X PROPRIEDADES MECÂNICAS


(Envelhecimento x Superenvelhecimento)

Quanto maior a temperatura mais rápido a liga The precipitation hardening characteristics of a
envelhece e menor será sua dureza máxima. 2014 aluminum alloy (0.9 wt% Si, 4.4 wt% Cu,
 A dureza máxima é obtida para temperatura 0.8 wt% Mn, 0.5 wt% Mg) at four different aging
baixas de envelhecimento, mas os tempos de temperatures: (a) yield strength, and
tratamento são muito longos. (b) ductility (%EL).
 O superenvelhecimento ocorre quando
temperaturas e tempos elevados são usados.
Fonte : Callister 7th edn. (2007)
 Compromisso Tempo, Temperatura, Dureza.

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