Professional Documents
Culture Documents
BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Conteúdo
Definição e tipos de elementos de liga e residuais
Tipos de ligas ferrosas e não ferrosas
Solução sólida e compostos (fases intermetálicas)
Solidificação (nucleação homogênea e heterogênea)
Influência do resfriamento na estrutura bruta de solidificação (formação colunar,
dendrítica, etc.)
Segregações e poros
Tipos de precipitados (coerentes e incoerentes) e sua relação com a formação da
microestrutura e propriedades mecânicas
Diagramas de fase (tipos básicos)
Diagramas ternários
Diagrama Fe-C
Influência genérica dos elementos de liga sobre o diagrama Fe-C
Mecanismos de endurecimento (por solução sólida, por encruamento, por
precipitação) e relação dos mecanismos de endurecimento com a microestrutura e
propriedades mecânicas
Envelhecimento (e super-envelhecimento) por deformação e por aquecimento
Influência do processamento termo-mecânico na estrutura da liga
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
DEFINIÇÃO DE INTERSTÍCIO
SISTEMAS FERROSOS
Sistema Fe-Cr
Sistema Fe-Al
Sistema Fe-Ni
Sistema Fe-Mn
DEFINIÇÃO DE INTERMETÁLICO
SISTEMA Al-Cr
LIGAS FERROSAS
AÇOS
LIGAS NÃO-FERROSAS
LIGAS DE COBRE
LIGAS DE NÍQUEL
Fonte: http://www.icz.org.br/niquel-
superligas.php (em 09/02/12)
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Limite de resistência a
tração (UTS) de superligas
a base de Ni em função
da temperatura (MPa).
Fonte: http://www.icz.org.br/niquel-
superligas.php (em 09/02/12)
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Limite de resistência ao
escoamento (YS) de
Superligas a base de Ni
em função da
temperatura (MPa).
Fonte: http://www.icz.org.br/niquel-
superligas.php (em 09/02/12)
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
SOLIDIFICAÇÃO
Importante na obtenção de produtos fundidos e soldados.
As propriedades desses produtos são determinadas pela estrutura de
solidificação, que por sua vez depende de como ocorre a solidificação.
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
ETAPAS DA SOLIDIFICAÇÃO
NUCLEAÇÃO HOMOGÊNEA
Quando uma nova fase deve ser nucleada, é preciso uma energia adicional
a fim de formar a interface entre a nova fase e a que lhe deu origem.
Para:
DG = 0 (tem-se o equilíbrio e a reação não define um sentido)
DG < 0 (a reação ocorre espontaneamente)
DG > 0 (a reação não ocorre, ou seja é mantida a fase em seu estado
original)
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Na solidificação:
Sendo:
Intensidade do super-resfriamento:
DT = Te – T
Fonte: Profa. A.S.C.M. D’Oliveira (adaptado de...)
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Mliq Msol
A energia liberada durante a nucleação de uma partícula de uma nova fase de raio r,
no caso da solidificação de um metal puro, é onde DGv é a diferença de
energia livre entre as fases sólida e líquida, ou a variação da energia livre por
unidade de volume (é negativa se T < Te).
Porém é preciso energia para produzir a interface entre a fase nucleada e a original,
a qual vale onde g é a energia de interface por unidade de área ou energia
livre de superfície (sempre positiva).
Assim, a variação total de energia livre DG, para uma partícula de raio r é:
Primeiro, DG cresce até o ponto máximo: i.é, a energia livre aumenta para átomos
na fase líquida formarem clusters (para mais átomos se incorporarem ao cluster
formado, energia tem que ser fornecida) – uma partícula subcrítica (cluster) é um
embrião.
DG atinge o ponto de máximo: neste ponto o aglomerado de átomos atinge um
tamanho correspondente ao raio crítico r*, para formação de uma partícula estável
(significa dizer que um aglomerado de átomos de raio menor do que o crítico vai
encolher e redissolver).
Por fim, DG decresce: i.é, ao se atingir o raio crítico, ocorre o crescimento
espontâneo da partícula, pela incorporação de novos átomos, resultando na
diminuição da energia livre – uma partícula de raio maior que o crítico é
denominada núcleo.
A energia livre crítica DG*, ocorre para o raio crítico, no máximo da curva
resultante. É a energia livre necessária para a formação de um núcleo estável ou a
barreira energética para o processo de nucleação.
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Animação da Nucleação:
SUPER-RESFRIAMENTO (DT)
Energia mínima necessária para criar a interface Sol/Liq, sendo que esta
depende da composição química do material.
DT = Te – T
Quanto:
> o super-resfriamento
< o raio crítico e
> a probabilidade de nucleação
(o DT , super-resfriamento, é
necessário para vencer a barreira
energética associada à energia de
Fonte : Van Vlack, 1972 superfície)
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
For solidification, schematic plots of (a) number of stable nuclei versus temperature, (b) frequency of atomic
attachment versus temperature, and (c) nucleation rate versus temperature (also shown are curves for parts
a and b).
DT (NUCLEAÇÃO HOMOGÊNEA)
A razão para isto é que a energia de ativação (ou barreira energética) para a
nucleação ocorrer (relativamente à da nucleação homogênea) é sensivelmente
diminuída em superfícies ou interfaces pré-existentes, uma vez que a energia livre
de superfície neste caso é diminuída.
For example, for angles of 30° and 90°, values of S() are approximately 0.01 and 0.5,
respectively.
Fonte : Callister 7th edn. (2007)
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Solidificação (crescimento)
CRESCIMENTO
O crescimento em uma transformação de fase começa quando um embrião excede
o tamanho crítico r* e torna-se um núcleo estável. Note-se que a nucleação
continuará a ocorrer simultâneamente com o crescimento das partículas da nova
fase.
O processo de crescimento cessa em qualquer região onde as partículas da nova
fase se encontram, uma vez que nesse ponto a transformação terá chegado ao fim
(gerando contornos de grão, por exemplo).
A taxa de crescimento G é determinada pela taxa de difusão, e a sua dependência
pela temperatura é a mesma que a do coeficiente de difusão, sendo dado por:
Processos cujas taxas de crescimento são exponencialmente dependentes da
temperatura são chamados de processos termicamente ativados , apresentando
equação do tipo Equação de Arrhenius (idêntica a usada para o coeficiente de
difusão).
Q = energia de ativação / k = constante de Boltzman / C =
constante pré-exponencial / T = temperatura
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Solidificação (crescimento)
TIPOS DE CRESCIMENTO
Metais puros
Ligas
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Isto é causado pela rejeição do soluto por parte da fase sólida, o que leva
ao enriquecimento de soluto da fase líquida junto à interface, definindo-se
assim o chamado super-resfriamento constitucional.
Fonte: Profa. A.S.C.M. D’Oliveira
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Segregações e Poros
NUCLEAÇÃO DE POROS
Micro Macro
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Segregação e Poros
SEGREGAÇÃO
Fonte:
www.cimm.com.br
(14/02/12)
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Segregação e Poros
Fonte:
www.cimm.com.br
(14/02/12)
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Segregação e Poros
Segregação e Poros
Como resultado, ocorre formação de zonas de distintas composições
químicas dentro do grão, C1,C2,C3,C4,C5.
Notar que não se trata de grãos concêntricos, pois não há C.G. entre uma
zona e outra. As zonas situam-se dentro do grão e freqüentemente não
são perceptíveis em exame microscópico.
Este tipo de heterogeneidade química (SEGREGAÇÃO) que se desenvolve
dentro do grão é denominada de zonamento.
Segregação e Poros
A presença de segregação traz como conseqüência o fato de que o último
líquido a se solidificar (e que se situa no contorno de grão – C.G.) , tem
temperatura de fusão mais baixa que o resto do material (mais baixa
inclusive do que aquela prevista pelo diagrama de equilíbrio).
Segregação e Poros
MACROSEGREGAÇÃO NORMAL
A macrossegregação também é causada pela rejeição de soluto do sólido
para o líquido durante a solidificação e ocorre ao longo da peça (e não
apenas dentro do grão – lingotes por exemplo).
Uma vez que a solidificação ocorre da parede do molde para o centro da
peça, é comum que ocorra aumento da concentração de solutos da
periferia para o centro da peça. Este tipo de macrossegregação é
denominada de segregação normal.
Fonte: www.cimm.com.br (14/02/12)
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Segregação e Poros
MACROSEGREGAÇÃO INVERSA
Em alguns casos, particularmente nas ligas com grande intervalo de
solidificação, o líquido presente entre as dendritas é bombeado para trás
da frente de solidificação. Portanto a concentração de soluto diminui da
periferia para o centro da peça e este tipo de segregação é denominado
segregação inversa. Aqui há casos onde o líquido (rico em impurezas)
chega a sair pelas paredes da peça (a peça “transpira”), sendo tal
fenômeno denominado exsudação.
SEGREGAÇÃO GRAVIMÉTRICA:
Quando formam-se fases sólidas com densidades muito diferentes na
solidificação. Ex.: em fo.fos. nodulares, forma-se primeiro a grafita (baixa
densidade) no metal líquido (maior densidade). Portanto a grafita tende a
boiar (flotação). As grafitas flotantes podem movimentar-se e alinharem-
se na peça, criando uma região de concentração.
TIPOS DE PRECIPITADOS
CONCEITO DE SOLUBILIDADE
CONCEITO DE MICROESTRUTURA
Microestrutura é o objeto da observação direta de um material, em microscópios
óticos ou eletrônicos, sendo que dela depende o comportamento mecânico de
um material.
Em ligas metálicas, a microestrutura é caracterizada pelo número de fases
presentes, as suas proporções, e da forma em que são distribuídas ou
organizadas.
A microestrutura de uma liga depende de variáveis tais como elementos de liga
presentes, as suas concentrações e o tratamento térmico da liga (isto é,
temperatura, tempo de aquecimento a temperatura, e taxa de resfriamento até
à temperatura ambiente).
A preparação de amostras para exame microscópico consiste de corte,
lixamento, polimento adequado e ataque químico para revelar as diferentes
fases presentes no material.
CONCEITO DE EQUILÍBRIO
Um sistema está em equilíbrio se a sua energia livre é mínima, para uma condição
específica de temperatura, composição e pressão.
No sentido macroscópico, isto significa que as características do sistema não
mudam com o tempo, mas persistem indefinidamente, isto é, o sistema é estável.
Qualquer alteração na temperatura, pressão, e / ou composição para um sistema
em equilíbrio irá resultar em um aumento na energia livre, sendo que uma possível
mudança espontânea para outro estado só é possível se a energia livre for
abaixada.
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
SISTEMAS ISOMORFOS
São sistemas de solubilidade total entre os componentes químicos A/B e
B/A (atendendo as regras de Humme Rothery). Ex.: sist. Cu-Ni.
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
SISTEMAS EUTÉTICOS
L A puro + B puro
(para sistemas de ligas de solubilidade nula)
LIGA EUTÉTICA
FASES SÓLIDAS:
aeb
FORMAÇÃO DO
CONSTITUINTE
EUTÉTICO
LIGAS HIPOEUTÉTICAS
CONSTITUINTES:
alfa primário (a’)
eutético
FASES:
alfa total (a)
beta total (b)
A reação peritética é importante na solidificação dos aços, sendo portanto relevante nos
processos de soldagem.
A reação eutetóide é também importante no estudo das transformações no estado
sólido dos aços e seus tratamentos térmicos, conforme será visto a frente.
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
REAÇÃO PERITETÓIDE
g+ab
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Diagramas ternários
DIAGRAMAS TERNÁRIOS
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Diagramas ternários
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Diagramas ternários
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Diagramas ternários
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Diagramas ternários
% Níquel % Níquel
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 0 1,5 3 4,5 6 7,5 9 10,5 12 13,5 15
1300 1300
1200 1200
d+g
1100 1100
1000 g
1000
Temperatura (ºC)
Temperatura (ºC)
900 g 900
800 800
g+s
600 a 600 a
+ a+g
500 a g 500
400 400
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30
% Cromo % Cromo
(a) (b)
Diagramas ternários
Diagrama Fe-C
Diagrama Fe-C
Diagrama Fe-C
DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO Fe-C (Fe-Fe3C)
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Diagrama Fe-C
912 °C
-Transformação do Fe de a/g e g/a
1394 °C
-Transformação do Fe de d/g e g/d
Diagrama Fe-C
REAÇÃO PERITÉTICA
No ponto: 1493 °C / 0,17% C
Fe-d + L Fe-g
REAÇÃO EUTÉTICA
No ponto: 1147 °C / 4,3% C
L Fe-g + Fe3C
REAÇÃO EUTETÓIDE
No ponto: 727 °C / 0,76% C
Fe-g Fe-a + Fe3C
Diagrama Fe-C
Diagrama Fe-C
A zona crítica é
definida como sendo
a faixa do diagrama
que separa os campos
onde a austenita e a
ferrita são estáveis,
separadamente,
sendo assim
constituída pela faixa
entre as linhas A3 e
A1 (para os aços
hipoeutetóides) e a
linha A1 para as ligas
hipereutetóides.
Diagrama Fe-C
A FERRITA (Fe-a)
Ferrita ou Fe-a é uma solução sólida de C
dissolvida no Fe, apresentando estrutura CCC,
contendo traços de C. A solubilidade do C na
ferrita é praticamente nula a temperatura
ambiente, atingindo o valor máximo de 0,021% C
à temperatura de 727C. Apresenta estrutura de
grãos poligonais irregulares, é uma fase de baixa
dureza (HB 75), de baixo limite de resistência a
tração (350 MPa), apresentando porém excelente
resistência ao choque em função de sua elevada
ductilidade (e = 40 a 45%, para alongamento em
2”) e é magnética.
Aspecto dos cristais da Ferrita em aço
com pureza de 99,99% (Tratamento:
recozimento a 800 °C durante 2 horas
em hidrogênio, laminado). Ataque
químico: Nital 3%. Aumento: 250x.
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Diagrama Fe-C
A CEMENTITA ou Fe3C
Cementita ou Fe3C é o nome dado ao carboneto
de ferro. A cementita é um composto
intermetálico, de estrutura cristalina ortorrômbica,
com relação estequiométrica definida, Fe3C, a qual
apresenta a composição química fixa de 6,67% C
(+ 93, 33% Fe). Esta fase é muito dura (HB 650),
sendo portanto muito frágil. Apresenta baixa
resistência à tração (aproximadamente 30 MPa) e
ductilidade nula. É, portanto, a fase responsável
pelas elevadas dureza e resistência nos aços de
médio e alto-carbono, quando obtidos para
Aspecto de cristais de Cementita (Fe3C),
condições de resfriamento próximas do equilíbrio. do tipo granular, obtidos da
esferoidização da perlita em aço alto-
carbono com composição química, em
peso, de: 1,34% C - 0,13% Si - 0,11% Mn
- 0,024% S - 0,022% P (Tratamento:
recozimento de esferoidização). Ataque
químico: Nital 2%. Aumento: 500x.
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Diagrama Fe-C
Diagrama Fe-C
A AUSTENITA OU Fe-g
Austenita ou Fe-g: solução sólida de carbono no
ferro, apresentando estrutura CFC, a qual admite
elevados teores de carbono em solução,
apresentando ainda um limite de solubilidade
máximo em torno de 2,14% C à temperatura de
1147°C. Nos aços-carbonos comuns esta fase só é
estável acima de 727°C. Caracteriza-se por grãos
poligonais irregulares. Possui boa resistência
mecânica, baixa dureza, apreciável tenacidade e é
não-magnética.
Aspecto de cristais de Austenita, do tipo poliédrico,
em aço ao níquel, laminado, com uma composição
química, em peso, de: 0,63% C - 0,38% Si - 0,94% Mn -
0,04% S - 0,032% P - 24,56% Ni. Ataque eletrolítico
(equipamento: Disa-Electropolisher; lixamento: papel
2/0; máscara: 11 mm; polimento: 20 seg. - 2,2 A -
45 V; ataque: 3 seg. - 0,5 A; eletrólito: A 2 after knuth
winterfeldt). Aumento: 250x.
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Diagrama Fe-C
Diagrama Fe-C
Diagrama Fe-C
Diagrama Fe-C
A PERLITA
Perlita: é o produto obtido da transformação
eutetóide (Fe-g Fe-a + Fe3C). A perlita é um
constituinte microscópico lamelar, bifásico,
formado por lamelas alternadas das fases Fe-
a(CCC) + Fe3C. Apresenta elevada resistência a
tração (aproximadamente 830 MPa), dureza da
ordem de HB 250 a 300 e boa ductilidade (e= 10%,
alongamento em 2”).
Aspecto de perlita lamelar grosseira
(pode-se observar também entre as
colônias de perlita uma rede interligada
de cementita), em aço alto-carbono
com composição química, em peso, de:
Cementita 1,34% C - 0,13% Si - 0,11% Mn - 0,024%
S - 0,022% P (Tratamento:
superaquecimento a 1050 ºC). Ataque
químico: Nital 2%. Aumento: 500x.
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Diagrama Fe-C
A LEDEBURITA
Ledeburita: é o produto obtido da transformação
eutética (L Fe-g + Fe3C) é chamado de
Ledeburita, sendo também bifásico, ocorrendo,
porém, apenas nos ferros fundidos.
ELEMENTOS DE LIGA
GAMAGÊNEOS
C, N, Mn, Ni, Co, Cu
(estabilizadores
da fase e ampliadores
do campo do Fe-g)
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Mecanismos de endurecimento
MECANISMO DE ENDURECIMENTO POR SOLUÇÃO SÓLIDA
Mecanismos de endurecimento
Mecanismos de endurecimento
Mecanismos de endurecimento
Mecanismos de endurecimento
Mecanismos de endurecimento
Mecanismos de endurecimento
Mecanismos de endurecimento
Motivos:
Mudança de direção (maior restrição de movimento para ângulos
elevados).
Descontinuidade do plano de deslizamento (desordem atômica).
Mecanismos de endurecimento
Sendo: H, dureza;
H0, dureza esperada para um cristal hipotético de tamanho infinito (interseção da
reta com o eixo das ordenadas)
kH, coeficiente angular da reta
d, diâmetro médio de grão
s, tensão de escoamento
s0 e k, constantes equivalentes a H0 e kH
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Mecanismos de endurecimento
REFINO DE GRÃO é o
principal mecanismo de
aumento de resistência
presente nos aços micro-
ligados ao Ti, V e/ou Nb.
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Mecanismos de endurecimento
Fonte : Callister
7th edn. (2007)
PROF. SILVIO F. BRUNATTO
LÍDER GTFAP&MP/CNPQ
COORDENADOR DO LTPP
Mecanismos de endurecimento
SISTEMA Al-Cu
GP2
GP1
Dureza
Super
envelhecido
Zonas de
precipitação
Logaritmo do
tempo
Seqüência de transformação:
→ GP1(disco coerente alguns
átomos de espessura 80-
100 Å de diâmetro)
→ GP2(’’) (disco coerente de
espessura de10-40Å e
diâmetro 100-1000Å)
→ ’(incoerente)
→ (incoerente estável- CuAl2)
Mecanismos de endurecimento
Mecanismos de endurecimento
Quanto maior a temperatura mais rápido a liga The precipitation hardening characteristics of a
envelhece e menor será sua dureza máxima. 2014 aluminum alloy (0.9 wt% Si, 4.4 wt% Cu,
A dureza máxima é obtida para temperatura 0.8 wt% Mn, 0.5 wt% Mg) at four different aging
baixas de envelhecimento, mas os tempos de temperatures: (a) yield strength, and
tratamento são muito longos. (b) ductility (%EL).
O superenvelhecimento ocorre quando
temperaturas e tempos elevados são usados.
Fonte : Callister 7th edn. (2007)
Compromisso Tempo, Temperatura, Dureza.