O documento resume as principais abordagens de liderança desenvolvidas ao longo do tempo, desde as primeiras teorias focadas em traços de personalidade até abordagens mais situacionais e contingenciais. Apresenta uma classificação dessas abordagens em diferentes eras e períodos e discute conceitos como liderança transformacional, carismática e transacional. O objetivo é propor um quadro comparativo dessas teorias para servir de referência para futuros estudos sobre liderança.
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Análise Crítico-Comparativa das Abordagens de Liderança proposta de um quadro sintético-comparativo.docx
O documento resume as principais abordagens de liderança desenvolvidas ao longo do tempo, desde as primeiras teorias focadas em traços de personalidade até abordagens mais situacionais e contingenciais. Apresenta uma classificação dessas abordagens em diferentes eras e períodos e discute conceitos como liderança transformacional, carismática e transacional. O objetivo é propor um quadro comparativo dessas teorias para servir de referência para futuros estudos sobre liderança.
O documento resume as principais abordagens de liderança desenvolvidas ao longo do tempo, desde as primeiras teorias focadas em traços de personalidade até abordagens mais situacionais e contingenciais. Apresenta uma classificação dessas abordagens em diferentes eras e períodos e discute conceitos como liderança transformacional, carismática e transacional. O objetivo é propor um quadro comparativo dessas teorias para servir de referência para futuros estudos sobre liderança.
O artigo em questão propõe a discussão acerca da importância do estudo do fenômeno
da liderança organizacional .O texto possui o objetivo de revisar criticamente as principais abordagens de liderança desenvolvidas e apresentar um quadro crítico-comparativo dessas abordagens. Existem diversas teorias fundamentadas nos estudos sobre a liderança. Nos anos 70, Stogdill (1974) analisou inúmeros estudos sobre a eficácia da liderança, e obteve um significativo número de conclusões sobre o assunto, porém não chegou a formar entendimento que fosse amplamente aceito e coeso. Embora existam diversas teorias sobre a liderança Warren Bennis um dos profetas da liderança identificou que existe uma estrutura básica que formava a liderança, composta pelo o líder, os liderados e o objetivo em comum entre eles. Esta estrutura que abrange variadas teorias é desacreditada por alguns pesquisadores do tema como Drath et al (2008), que propõem uma nova estrutura formada por direção, alinhamento e comprometimento, ou ainda Crevani, Lindgren e Packendorff (2010), que definem como dimensão ontológica da liderança a coorientação e a relação de ação, os que discordam da teoria de bennis apresentam novos direcionamentos para o estudo da liderança. Com o passar dos anos uma nova forma de estudar a liderança tem nascido, que objetiva analisar e definir as bases pelas quais os estudos em liderança devem ser desenvolvidos, em oposição a antiquada forma que se preocupava em demonstrar qual a melhor abordagem de liderança. De acordo com Ford e Harding os estudos em liderança têm buscado basicamente: desenvolver teorias da liderança e usar essas teorias para criar mecanismos de melhoria da liderança o que corrobora para uma falta de definições sobre o assunto no campo. É de fundamental importância o desenvolvimento de estudos que levem em consideração o contexto local, de maneira a considerar os indivíduos e suas identidades e até mesmo os aspectos de masculinidade e feminilidade, considerando que a liderança é uma característica comumente atribuída ao sexo masculino. Os pesquisadores Van Seters e Field formaram uma proposta de classificação das abordagens de liderança de seu tempo, sob uma ótica da evolução do pensamento sobre a matéria. A era da personalidade é a primeira das eras e é dividida nos períodos dos grandes homens (great man period) e no período dos traços (trait period). O primeiro período busca retratar grandes homens e seus papéis de destaque na sociedade. Os pesquisadores desta era buscavam algum tipo de similaridade na personalidade dos líderes. Porém essa visão da liderança em personalidades históricas provou-se ineficaz quando foram considerados líderes que manifestavam traços de personalidade muito diferentes uns dos outros, citando exemplos como Hitler, Mahatma Gandi e Martin Luther King O segundo período também trouxe consigo ideias que foram derrubadas ,pois considerava traços gerais , traços esses que dizem respeito a características físicas , psicológicas e sociológicas, que poderiam ou não estar presente nos líderes, não constituindo portanto como característica que distingue os líderes dos não-líderes. A era da influencia é a segunda era, e demonstra que existe uma ligação entre o líder e o liderado, liderança então pode ser considerada como uma relação interpessoal que está pautada no atingimento do objetivo comum ao grupo. Para French e Raven o poder se divide em cinco espécies de poder, considerando-se a relação entre dois indivíduos: o poder da remuneração; o poder coercitivo; o poder legitimado; o poder de referência; o poder do expert. Raven defende ainda a existência de um sexto tipo de poder, relacionado ao poder da informação, também chamado de persuasão. O período das abordagens comportamentais da liderança corresponde a terceira era das pesquisas sobre liderança. Foi dado então um novo direcionamento às pesquisas, que priorizou as ações do líder e como eram tomadas, contrapondo-se aos antigos estudos que vam nas características gerais dos líderes ou de onde seu poder era proveniente. A quarta era das abordagens de liderança é a era situacional. A era da situações insere no quadro da pesquisa uma nova perspectiva que leva em consideração o contexto social do momento e vai além das características gerais dos líderes avaliando o momento em que o líder e os liderados estão. A quinta era da liderança é a era da contingência, que representa uma síntese de todos os avanços propostos pelas outras eras e considera os traços do líder, seu comportamento , a influência exercida sobre os liderados e o contexto que os envolve. Van Seters e Field tratam ainda sobre a liderança transformacional e carismática, e apesar de provenientes de correntes diferentes possuem visões muito próximas sobre o fenômeno da liderança. Liderança transformacional pode ser vista como a liderança que desencadeia uma processo de transformação nas ações e pensamentos nos membros do grupo criando um comprometimento das pessoas ao objetivo. Essa mudança e ocasionada pela influência que o líder exerce em seus liderados. A proposta da liderança transformacional é opositora da ideia da liderança transacional, compreendida como uma mera troca de favores e bens com os liderados.Já a liderança carismática, dá ênfase na percepção do liderado, de que o seu líder possui um dom divino inspirado. Não existe apenas uma identificação com o líder, mas o culto a ele como um ser divino. Podemos concluir que o artigo se propôs a revisar criticamente as principais abordagens de liderança, para então propor um quadro sintético-comparativo que possa servir de referência para os futuros estudos na área. Nessa perspectiva, demonstrou-se ser primordial os estudos mais críticos das abordagens de liderança, e não apenas debater qual é a abordagem mais adequada e facilmente aplicável às organizações.