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Por Yanna Dias Costa

Graduação em Ciências Biológicas (Unicamp, 2012)


Mestrado Profissional em Conservação da Fauna Silvestre (UFSCar e
Fundação Parque Zoológico de São Paulo, 2015).

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As células eucarióticas possuem lipídios como principal constituinte da sua
estrutura. Existe um grupo de lipídios de membrana que tem como
característica um núcleo heterocíclico, com três anéis de seis carbonos e um
de cinco, fusionados entre si, implicando em uma estrutura quase rígida, que é
o núcleo esteroide dos lipídios que chamamos de esteroides. O principal
esteroide dos tecidos de animais é o colesterol. É produzido também, em
pequenas quantidades, em fungos e plantas. Estas produzem um composto
parecido que é o fitosterol.

O colesterol é anfipático, com um grupo hidroxila (OH) ligado ao C3 da cabeça


polar e uma “corpo” apolar que é o núcleo esteroide junto à cadeia lateral que
está ligada ao C17 do anel de cinco carbonos, formando uma estrutura em
bastão.

Molécula de colesterol.

É sintetizado nas células de mamíferos como parte estrutural da membrana


celular, mas atuam ainda em muitos processos bioquímicos no corpo, como na
biossíntese de esteroides do tipo hormônios e sais biliares que eles atuam
como precursores; ou no crescimento humano, na produção de vitamina D e na
reprodução. Se não ingerirmos colesterol, haverá um nível praticamente
estável em nosso sangue, já que ele é sintetizado pelo nosso organismo, em
quase todos os tecidos, no retículo endoplasmático (sua hidrólise ocorre nos
lisossomos). Encontramos maior produção na medula espinhal, cérebro, fígado
e tecidos reprodutivos.

Uma pequena parte dele é adquirida através da dieta. Os alimentos em que


encontramos o colesterol são os de origem animal: carnes de peixe, frango,
bovinos, caprinos, suínos, manteiga, queijos amarelos, ovos e leite integral.
Após a digestão, ele não consegue se dissolver no sangue, por ser pouco
solúvel em água. Então, ele é transportado na corrente sanguínea por
lipoproteínas. As principais são: LDL (low density lipoprotein - lipoproteínas de
baixa densidade) e HDL (high density lipoprotein - lipoproteínas de alta
densidade).

LDL - Colesterol "ruim"


É a classe menos benéfica ao ser humano, chamada de “colesterol ruim”, por
se acreditar que sua ingestão em excesso leva à formação de uma placa
aterosclerótica (placa de gordura) nas veias e artérias sanguíneas,
comprometendo-as. É composta por ácidos graxos saturados e levam o
colesterol do fígado para outros tecidos do corpo.

Leia também:

Aterosclerose
HDL - Colesterol "bom"
É a classe chamada de “colesterol bom”, por acreditar-se que é capaz de
absorver os cristais de colesterol formados nas vias sanguíneas. É composta
por ácidos graxos insaturados, protegendo as artérias do coração. Sua falta no
organismo traz danos.

Níveis de colesterol sempre elevados implicam em uma doença cardiovascular


chamada de aterosclerose, que é o depósito de gordura nas paredes das
artérias, impedindo ou dificultando o fluxo sanguíneo, podendo ocasionar
infarto e AVC. O alto nível de triglicérides também está associado com doenças
cardiovasculares.

Quando não é um distúrbio de metabolismo, o excesso de colesterol no sangue


está vinculado à alta ingestão de alimentos que o contenham. Carnes com
gorduras, como a bovina e a suína, ovos, leite integral e seus derivados são os
principais alimentos ricos no colesterol que faz mal. Incluir na dieta alimentos
ricos em fibras, como frutas, legumes, saladas, aveia, quinoa (grãos integrais);
azeite de oliva extra virgem, óleo de coco e evitar alimentos gordurosos como
bacon, queijos amarelos, sorvetes, entre outros, pode ajudar na diminuição do
índice de colesterol sanguíneo. Melhor ainda se junto a uma dieta balanceada
houver a prática de atividades físicas.

Referências:
Nelson, D. L; Cox, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 5o ed. Porto
Alegre: Artmed, 2011. 349-357 p.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Colesterol
https://pt.slideshare.net/mombacca/lipdios-bioqumica
https://www.natue.com.br/natuelife/colesterol-entenda-a-sua-importancia.html

A água é uma substância extremamente importante para a manutenção da vida


no planeta. Ela faz parte do corpo de todos os organismos vivos, transporta
substâncias, garante a realização de diversas reações químicas, além de ser
considerada um solvente universal em virtude de sua capacidade de dissolver
outros compostos químicos.

→ Química da água

A água é uma substância composta por um átomo de oxigênio e dois átomos


de hidrogênio (H2O) que se ligam por meio de ligações covalentes. É uma
molécula polar em virtude da presença de um ângulo de 104,5° entre as
ligações O-H.

Uma molécula de água liga-se à outra molécula de água por meio de ligações
de hidrogênio. No estado sólido, essas ligações mantêm-se firmes e estáveis;
mas, na forma líquida, as ligações frequentemente se desfazem, garantindo a
fluidez da água. No estado gasoso, as moléculas de água não estabelecem
ligações umas com as outras.

→ Quantidade de água no planeta

O planeta Terra é frequentemente chamado de Planeta Água. Isso não é para


menos, uma vez que essa substância ocupa 70% da superfície do nosso
planeta, cerca de 1,4 bilhão de km3. Desse total, cerca de 97,5%
correspondem à água salgada, que não é usada para nosso consumo. Do total
de água doce, 68,9% estão em geleiras e calotas polares no estado sólido. Isso
significa que a porção de água doce que podemos aproveitar fica em torno de
0,77% do total.

Vale destacar que a quantidade de água doce disponível não está distribuída
de maneira uniforme ao redor do globo. Analisando o Brasil, por exemplo,
verificamos que os estados ao norte apresentam maior quantidade desse
recurso se comparados com os estados do nordeste.

Além da pequena quantidade de água doce que temos disponível no planeta,


enfrentamos o problema da poluição e contaminação das águas, que diminuem
a qualidade desse recurso, tornando-o impróprio para o consumo. Devemos
lembrar ainda que a poluição e contaminação das águas estão diretamente
relacionadas com o aumento de doenças de veiculação hídrica.

→ Ciclo da água

A água é uma das poucas substâncias que podem ser encontradas no meio
ambiente em todos os estados físicos: sólido, líquido e gasoso. A água
mantém-se em constante circulação, passando pelo ambiente físico, pelos
seres vivos e mudando de estado. A circulação da água constitui o chamado
ciclo da água.

O ciclo da água inicia-se quando a água de rios, mares e lagos evapora por
meio da ação dos raios solares. O vapor de água sobe para as camadas mais
altas da atmosfera, onde se condensa, formando as nuvens. Com o tempo, a
nuvem torna-se carregada e ocorre a precipitação, também chamada de chuva.
Além da forma líquida, a precipitação pode ocorrer na forma de granizo ou
neve. A água da chuva que chega ao chão infiltra-se no solo ou escorre até os
cursos de água, onde retoma o ciclo.

Vale frisar que os seres vivos também participam do ciclo da água. Animais,
plantas e outros seres vivos utilizam essa substância por meio da ingestão ou
ainda absorção. Essa água consumida do ambiente retorna por meio da
transpiração, respiração, eliminação de urina e fezes, além da decomposição.

→ Importância da água para o corpo humano

A água é uma substância extremamente importante para o corpo humano,


participando de sua composição, além de atuar em diversas ações do
metabolismo. Estima-se que, em uma pessoa adulta, 60% da massa do corpo
seja água.
No organismo humano, a água dissolve substâncias que se tornam disponíveis
para as reações químicas. Além disso, a água transporta substâncias pelo
corpo (plasma sanguíneo), ajuda a absorver impactos, como é o caso do saco
amniótico que protege o bebê, lubrifica estruturas do corpo, garante a
manutenção da temperatura por meio da produção do suor, ajuda a excretar
substâncias tóxicas e em excesso, entre outras funções.

Nosso organismo é formado por várias substâncias orgânicas e inorgânicas.


Entre as substâncias orgânicas que fazem parte do nosso corpo, podemos
destacar os carboidratos, lipídios, aminoácidos, proteínas e ácidos nucleicos.
Já as substâncias inorgânicas encontradas são a água e os sais minerais,
substâncias mais simples que as orgânicas.

Os sais minerais são nutrientes que apresentam as mais variadas funções e


podem ser observados em seres vivos e também na matéria não viva. Nos
seres vivos, encontram-se dissolvidos em água ou imobilizados. Os dissolvidos
em água estão sob a forma de íons, enquanto os imobilizados são encontrados
nas estruturas esqueléticas, sendo pouco solúveis.

Os organismos vivos são incapazes de produzir sais minerais, assim sendo,


devem retirar esses nutrientes de fontes alimentares de origem animal ou
vegetal. Apesar de não fornecerem calorias, a ingestão dessas substâncias é
de fundamental importância, uma vez que os minerais atuam, entre outras
funções, na formação de ossos e dentes, condução do impulso nervoso,
coagulação, manutenção do equilíbrio osmótico, transferência de substâncias
pelas membranas e no processo de respiração celular.

A falta de sais minerais no corpo dos seres vivos pode ser fatal, uma vez que
altera significativamente o metabolismo. Assim sendo, uma alimentação
saudável torna-se essencial para a manutenção do equilíbrio do corpo.

Veja os principais sais minerais encontrados nos seres vivos e suas funções:

→ Cálcio: É o mineral mais abundante no organismo, sendo encontrado


principalmente no esqueleto. Além de formar os ossos, é um nutriente
essencial para a célula, pois controla a permeabilidade da membrana. Além
disso, o cálcio é importante para a contração muscular, liberação de
hormônios, coagulação do sangue, entre outras funções.
→ Ferro: Esse mineral participa, entre outras funções, da formação das
hemoglobinas, um pigmento que tem a função de transportar oxigênio. Além
disso, faz parte da mioglobina, que armazena oxigênio no músculo, e participa
da respiração celular.

→ Flúor: Esse mineral destaca-se principalmente por prevenir problemas


dentários e ósseos, mas atua também em tecidos e células.

→ Fósforo: Esse mineral é encontrado principalmente no esqueleto juntamente


ao cálcio, formando os ossos. Além dessa função, participa da constituição das
membranas celulares (fosfolipídeos), de atividades enzimáticas e fornece
energia sob a forma de ATP (adenosina trifosfato).

→ Iodo: Mineral que faz parte da composição dos hormônios da tireoide e atua
nos sistemas cardiovascular, esquelético, respiratório e urinário.
Resumidamente, pode-se dizer que o iodo é importante para o crescimento e
desenvolvimento dos organismos.

→ Magnésio: É um sal mineral importante, apesar de menos abundante,


atuando em atividades enzimáticas, duplicação dos ácidos nucleicos, síntese
de vitamina D, transmissão de influxo nervoso, trocas iônicas da membrana
celular, entre outras funções.

→ Potássio: Com o sódio, atua no funcionamento das células nervosas (Bomba


de Sódio/Potássio). Além disso, contribui para o metabolismo, regulação da
quantidade de água no organismo, produção de proteínas e glicogênio,
excitabilidade neuromuscular, controle da pressão sanguínea, entre outras.

→ Sódio: Participa do funcionamento das células nervosas com o potássio


(Bomba de Sódio/Potássio). Esse mineral também forma o sal de cozinha e
participa da absorção de aminoácidos, glicose e água.

Composição Química do Colesterol


QUÍMICA
O colesterol é um lipídio que pode ser classificado como esteroide e como
álcool. Ele participa de sínteses importantes no organismo e é ingerido na
gordura animal.


http://brasilesco.la/


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O ovo é um
alimento de origem animal rico em colesterol

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Os lipídios são uma classe que engloba todas as substâncias gordurosas


existentes tanto no reino animal quanto no vegetal. Daí a origem do
termo, pois vem do grego lipos, que significa “gordura”.
Entre os lipídios mais conhecidos estão os esteroides (do
grego stereos, que significa “sólido”, e eidos, que é “semelhante”). Os
esteroides são todos os compostos que possuem em comum a mesma
estrutura de um hidrocarboneto com 17 átomos de carbono ligados na
forma de quatro ciclos, como mostrado abaixo:
A diferença é que cada esteroide possui um tipo de grupo funcional
orgânico ligado a essa estrutura. O esteroide mais importante para o
organismo humano e também mais abundante no reino animal é o
colesterol. Conforme se pode ver na sua fórmula estrutural abaixo, o
colesterol possui uma hidroxila ligada ao grupo característico dos
esteroides e, devido a isso, ele também é classificado como
um álcool (secundário e monoinsaturado):

O colesterol é muito importante para o organismo humano porque ele


participa na síntese da membrana celular, na produção da vitamina D e
dos hormônios sexuais feminino e masculino, que são respectivamente
o estradiol e a testosterona, que também são esteroides.

As principais fontes de obtenção do colesterol são alimentos de origem


animal, tais como ovo, bacon (toucinho defumado), carne vermelha,
nata, manteiga e laticínios no geral.
Mas o colesterol é sintetizado também por nosso organismo,
principalmente no fígado e intestinos. Quanto mais colesterol é
consumido, menos colesterol será sintetizado, e vice-versa.

Os exames médicos costumam indicar dois tipos de colesterol, que são


comumente chamados de “bom” e “ruim”. Porém, esses dois tipos de
colesterol são os mesmos, só existe uma estrutura para o colesterol. A
diferença está nas lipoproteínas formadas pelo colesterol.

O colesterol é insolúvel em água e ele precisa ser transportado de um


tecido para o outro por meio do sangue, que é aquoso. Assim, ele é
convertido em lipoproteínas, que são estruturas esféricas que
comportam em seu centro substâncias hidrofóbicas, que não se
solubilizam em água, como o colesterol e outros lipídios. Essas
moléculas ficam cercadas por proteínas, que são hidrofílicas, isto é,
possuem afinidade com água e se dissolvem nela.
Conforme se pode ver na imagem acima, dependendo de como o
colesterol e as outras substâncias se combinam, formam-se dois tipos
de lipoproteínas, que são os chamados “dois tipos de colesterol”, HDL
e LDL. Veja a diferença entre os dois:
 HDL (lipoproteínas com alta densidade): Sua densidade se situa
entre 1,063 e 1,210 g/mL, além de possuir apenas 2% de colesterol livre
em massa. Da quantidade total de colesterol que há em nosso
organismo, somente 30% aparece nessa forma de proteína e eles são
transportados dos tecidos humanos para o fígado, onde é reciclado ou
eliminado.
Esse é o “colesterol bom”, pois altos níveis dele estão associados a
uma redução no risco do desenvolvimento de doenças do coração. Para
aumentar o seu nível em nosso organismo, deve-se diminuir a ingestão
de gordura animal, que é saturada, tais como a encontrada na carne
vermelha, laticínios e ovo, por gorduras poli-insaturadas.
 LDL (lipoproteínas de baixa densidade): Sua densidade pode variar
de 1,006 a 1,063 g/mL. Possui 8% de massa livre de colesterol e 70%
do colesterol em nosso organismo aparece nessa forma de proteína. Ele
é transportado pelo sangue do fígado para as células periféricas dos
tecidos do corpo para ser usado nas sínteses mencionadas
anteriormente.
 Esse é o “colesterol ruim”, pois se houver altos níveis desse colesterol
em nosso sangue, com o tempo, ele se depositará nas paredes das
artérias, o que impede o fluxo de sangue para os tecidos. Esse
entupimento das artérias é chamado de aterosclerose. Se isso ocorrer
nas coronárias, que são as artérias que irrigam o sangue, a pessoa fica
propensa a infartos.

O nível de colesterol médio considerado normal é de 150 a 200 mg/mL


de sangue; valores ao redor de 300/100 mL de sangue podem causar os
problemas mencionados.

Por Jennifer Fogaça


Graduada em Química
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou
acadêmico? Veja:

FOGAçA, Jennifer Rocha Vargas. "Composição Química do


Colesterol"; Brasil Escola. Disponível em
<https://brasilescola.uol.com.br/quimica/composicao-quimica-
colesterol.htm>. Acesso em 31 de marco de 2018.
Os ácidos nucleicos são moléculas com extensas cadeias carbônicas,
formadas por nucleotídeos: um grupamento fosfórico (fosfato), um glicídio
(monossacarídeo com cinco carbonos / pentoses) e uma base nitrogenada
(purina ou pirimidina), constituindo o material genético de todos os seres vivos.

Nos eucariontes ficam armazenados no núcleo das células e nos procariontes


dispersos no hialoplasma.

Podem ser de dois tipos: ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido ribonucleico


(RNA), ambos relacionados ao mecanismo de controle metabólico celular
(funcionamento da célula) e transmissão hereditária das características.

As primordiais diferenças e características entre os ácidos nucleicos são:

Além do peso molecular, relativa à quantidade de nucleotídeos (tamanho da


molécula), existem outras diferenças estruturais, como por exemplo:

- A diferença das bases nitrogenadas: púricas e pirimídicas

No filamento de DNA → Purinas (adenina e guanina) e Pirimidinas (timina e


citosina).
No filamento de RNA → Purinas (adenina e guanina) e Pirimidinas (uracila e
citosina).

- A essencial disposição (a sequência) dos nucleotídeos, implicando na


diferença mantida entre os genes no filamento de DNA e dos códons e
anticódons no filamento de RNA;

- A conformação linear ou circular dos filamentos;

- E a duplicidade complementar (fita dupla) observada no DNA, diferenciada da


unicidade (fita única / simples) do RNA.
Glicólise
A glicólise é um processo que ocorre sem a presença de oxigênio e que tem
como produto final ATP e ácido pirúvico.
Publicado por: Vanessa Sardinha dos Santos em Biologia celular 1 Comentário

Glicólise
Na glicólise, a molécula de glicose é quebrada em moléculas de ácido pirúvico

A glicólise (do grego glykos, açúcar, e lysis, quebra) é um processo anaeróbio,


ou seja, sem a presença de oxigênio, que ocasiona a degradação da glicose
(C6H12O6). Nessa via metabólica, que ocorre no citoplasma das células de
todos os seres vivos, acontece a formação de ácido pirúvico (C3H4O3) e de
moléculas de ATP.

A glicose é uma molécula obtida através da alimentação ou então da


degradação do glicogênio armazenado em nosso corpo. O processo para a
quebra dessa substância inicia-se com a adição de dois fosfatos em uma
molécula de glicose, tornando-a muito estável e fácil de ser quebrada. Esse
processo é chamado de ativação e ocorre com gasto de ATP.

A molécula instável de glicose, quando se quebra, forma duas moléculas de


ácido pirúvico e gera quatro moléculas de ATP. Como no início do processo
são utilizados fosfatos provenientes de duas moléculas de ATP, o saldo líquido
é de duas moléculas.

Observe um esquema resumido da glicólise


Observe um esquema resumido da glicólise

Além disso, no processo de glicólise, ocorre a liberação de quatro elétrons e


quatro íons H+. Das quatro moléculas H+, duas ficam livres no citoplasma,
enquanto as outras duas, juntamente aos quatro elétrons, são capturadas pelo
dinucleotídio de nicotinamida-adenina (NAD+) e formam o NADH. Em razão da
capacidade de receber elétrons e os íons H+, o NAD+ é considerado um
aceptor de elétrons.

De uma maneira resumida, podemos escrever a glicólise de acordo com a


seguinte equação química:
C6H12O6 + 2ADP + 2Pi+ 2NAD+ → 2C3H403 + 2ATP + 2NADH + 2H+

O ácido pirúvico formado no processo de glicólise, com a presença de oxigênio,


é usado na mitocôndria no processo de respiração celular. Quando, no entanto,
não há oxigênio suficiente, o piruvato é transformado em ácido lático ou etanol
(fermentação).

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