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“Só há duas coisas inevitáveis na

vida: a morte e os impostos”

Benjamin Franklin
Organização Política
Administrativa do Brasil
• FEDERAÇÃO
• UNIÃO
Administração
• ESTADOS Descentralizada
• MUNICÍPIOS
• DISTRITO FEDERAL

• REPÚBLICA
• Executivo Tripartição dos
• Legislativo Poderes
• Judiciário
Conceito de Tributo
“Tributo é toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de
ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa e
plenamente vinculada”
(CTN – art. 3º)
Espécies de Tributos
TRIBUTOS NÃO
VINCULADOS
• Impostos

• Taxas
TRIBUTOS
VINCULADOS
• Contribuições de Melhoria

TRIBUTOS
MISTOS
• Contribuições Especiais

TRIBUTOS • Empréstimos Compulsórios


ESPECIAIS
Impostos
• Tributos não vinculados à atividade estatal, ou seja, são devidos
independentemente de qualquer atividade estatal em relação ao
contribuinte.

• “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independentemente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte” (CTN – Art. 16).

• É de competência privativa, distribuída pela CF, isto é,


exclusivamente da União ou dos Estados ou dos Municípios ou do
Distrito Federal.

• Destina-se ao custeio de despesas gerais (correntes e de capital)

• Ex.: IPI, ICMS, IR etc.


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Taxas
• Tributos vinculados à atividade estatal, devidos pelo exercício
regular do poder de polícia ou pela utilização efetiva ou potencial de
serviço público, específico e divisível, prestado ou colocado à
disposição do contribuinte (CTN – arts. 77 e 78).

• Poder de polícia = atividade pública que limita e disciplina direito,


interesse ou liberdade a favor do interesse público, no que se refere a
segurança, higiene, ordem, costumes etc.

• Não pode ter o mesmo fato gerador e nem a mesma base de cálculo
do imposto.

• Ex.: TLIF – Taxa de Licença de Instalação e Funcionamento (PMSP)


Contribuições de Melhoria
• Tributos vinculados à atividade estatal, devidos pela realização de
obra pública da qual decorra valorização imobiliária, normalmente com
base no rateio do custo total da obra entre os contribuintes
beneficiados (CTN – arts. 81 e 82).

• Na prática, raramente é cobrada ou o é de forma ilegal, devido às


exigências do art. 82 do CTN (publicação prévia de memorial
descritivo, orçamento da obra, delimitação da área etc.)

• Exemplo: pavimentação de ruas.


• Custo total = $ 300.000
• Área pavimentada = 10.000 m²
• Rateio = $ 300.000 / 10.000 m² = $ 30/m²
• Área de 100 m² = $ 30/m² x 100 m²= $ 3.000
Contribuições de Melhoria

Art. 82 CTN: A lei relativa à contribuição de melhoria


observará os seguintes requisitos:
I. Publicação prévia dos seguintes elementos:
a) Memorial descritivo do projeto;
b) Orçamento do custo da obra;
c) Determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela
contribuição;
d) Delimitação da zona beneficiada;
e) Determinação do fator de absorção do benefício de valorização
para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas nela
contidas
Contribuições Especiais
• As contribuições especiais têm sido caracterizadas como uma nova
espécie de tributos que engloba:

• Contribuições Sociais
• INSS, COFINS e CLS (CF–art. 195)

• CIDE – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CF – art. 149)


• Criada para ajustar a economia aos objetivos da política econômica. Ex. CIDE sobre
combustíveis de derivados de petróleo (Lei 10.336/01)

• Contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas


• CRC, OAB, Crea etc.
Empréstimos Compulsórios
• Tributos que podem ser instituídos pela União (CF – art.
148) exclusivamente para atender despesas
extraordinárias (não previstas no orçamento) decorrentes
de calamidade pública, guerra ou sua iminência e para
investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional.

• Sua receita é vinculada à causa que fundamentou a sua


instituição.

• Devem ser restituídos ao contribuinte, conforme as


condições estipuladas na lei complementar que os
instituíram.
Competência Tributária

• UNIÃO (arts. 153 e 154 – CF)

• ESTADOS E DISTRITO FEDERAL (art. 155 – CF)

• MUNICÍPIOS (art. 156 – CF)


Limites ao Poder de Tributar
• O art. 150 da CF impõe limites ao poder do Estado em
matéria tributária por meio do estabelecimento de
princípios.

• Os princípios são os fundamentos do ordenamento


jurídico e prevalecem sobre todas as demais normas.
Princípios Tributários
• Legalidade
• Isonomia
• Irretroatividade
• Anterioridade
• Reserva de lei complementar
• Reserva de lei para renúncia fiscal
• Imunidade tributária
Reserva de Lei Complementar

• A CF reservou para a lei complementar o poder de dispor sobre


normas gerais em matéria de legislação tributária, dentre as quais:

• definição de tributos e suas espécies


• fato gerador, base de cálculo e contribuinte
• obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributárias
• regular as limitações constitucionais ao poder de tributar

• A lei complementar em matéria de legislação tributária é o CTN -


Código Tributário Nacional (Lei 5.172/66) – com as alterações da LC
104/2001.
LUCRO PRESUMIDO
Lucro Presumido

Vantagens do lucro presumido

Simplicidade: dispensa a obrigatoriedade de escrituração contábil – Instrução


Normativa 93/97, com exceção do livro de registro de inventário e do Livro Caixa.

Somente quando distribuir acima da presunção ou por outras necessidades a


obrigação contábil nasce... Art. 48 § 2 – IN 93/97.

Pode significar um excelente planejamento tributário para as empresas que possuam


um percentual de lucro em relação à receita bruta superior ao coeficiente previsto pela
legislação tributária para seu ramo de atividade.

Contabilidade > Presunção do Lucro pelo faturamento

Lucro distribuído pelo percentual de Presunção abatido impostos


Lucro Presumido

• Apuração da Base de Cálculo

- - Não se estende a todas as empresas. Algumas são obrigadas à


apuração pelo lucro real.

- - A empresa poderá subtrair de sua receita bruta os valores


relativos a:
- - vendas canceladas
- - descontos concedidos incondicionalmente e
- - impostos não cumulativos, incidentes sobre a venda,
cobrados destacadamente (IPI e ICMS de substituição).

- * MP 627/13: receita bruta das vendas e serviços compreende o produto


da venda de bens nas operações de conta própria e o preço dos
serviços prestados.
Lucro Presumido

• Pessoas Jurídicas IMPEDIDAS de optar pelo Lucro Presumido:

• Aquelas obrigadas ao lucro real (Ex: instituições financeiras, PJ que


auferir lucros ou rendimentos do exterior ou que usufrua de algum
benefício ou incentivo fiscal de isenção ou redução do IRPJ, entre
outras);

• Que tenham receita bruta total acima de R$ 78 Milhões, no ano-


calendário anterior ou proporcional conforme sua abertura no ano
calendário anterior;

• Que recebam rendimentos do exterior (que não sejam decorrentes da


exportação de bens e serviços)
Lucro Presumido
• Adições à Base de Cálculo

• Demais receitas que a empresa tenha eventualmente percebido no


período:

• juros ativos, não decorrentes de aplicações financeiras;

- descontos financeiros obtidos;

- aluguéis de bens do ativo permanente, caso a empresa não


possua objeto social administração e locação de bens móveis e
imóveis e direitos de qualquer natureza;
Lucro Presumido
• Adições à Base de Cálculo (cont.)

• - os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre


empresas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas, exceto se a
mutuaria for instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central
do Brasil;

• - os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em


bolsa de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;

- os juros relativos a impostos ou contribuições a serem restituídos ou


compensados;

- as variações monetárias ativas;

- os rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicações financeiras de


renda fixa e variável (não descontado o IRRF);
Lucro Presumido
Adicional do Imposto de Renda
Adicional de 10% aplicável sobre a parcela do lucro
presumido que exceder o limite de R$ 60.000,00 no
trimestre, ou R$ 20.000,00 por mês.

Contribuição Social
A base de cálculo da CSLL, devida pelas pessoas jurídicas
tributadas pelo lucro presumido corresponde a 12% da receita
bruta da atividade.
As prestadoras de serviços, a partir de setembro/2003, tiveram
aumento no percentual da base de cálculo, passando de 12%
para 32%.
A alíquota da CSLL, sobre a base de cálculo é de 9%.
Lucro Presumido

Deduções do imposto apurado com base no lucro presumido


• a)o valor do IR retido na fonte que tenha incidido sobre as
receitas incluídas na base de cálculo;
• b) o valor do IR recolhido indevidamente ou a maior em períodos
anteriores.
• * Não é permitido o aproveitamento de saldos de prejuízos fiscais
(uma das diferenças para o lucro real)
Período de apuração
• A apuração do IRPJ pelo lucro presumido deve ser realizada
trimestralmente, podendo o imposto ser recolhido em quota única,
ou em até três parcelas iguais e sucessivas. (Planejamento
Tributário)
Lucro Presumido

Atividade Percentual de Alíquota do Percentual


Presunção IR direto
> Serviços de transporte , exceto o de cargas 16% 15% 2,40%
> Revenda de mercadorias
> Venda de produtos de fabricação própria
> Industrialização por encomenda (material forne-
cido pelo encomendante).
> Atividade rural
> Representação comercial por conta própria
> Compra e venda , loteamento , incorporação ou
construção de imóveis 8% 15% 1,20%
> Execução de obras da construção civil , com
emprego de material
> Prestação de serviços hospitalares
> Transporte de cargas
> Demais atividades não caracterizadas como
prestação de serviços
Lucro Presumido
Imposto de Renda
A base de cálculo do Imposto de Renda pelo regime do lucro presumido
/estimado será determinada mediante aplicação dos seguintes percentuais
de presunção constantes do quadro abaixo:

Atividade Percentual de Alíquota do Percentual


Presunção IR direto
> Revenda de combustíveis 1,6% 15% 0,24%
> Prestação de serviços, pelas sociedades civis ,
relativos ao exercício de profissões legalmente 32% 15% 4,80%
regulamentadas
> Prestação de serviços em geral
> Intermediação de negócios (inclusive represen-
tação comercial por conta de terceiros e corre- 32% 15% 4,80%
tagem de seguros, imóveis e outros)
> Administração , locação ou cessão de bens
móveis ou imóveis (exceto a receita de aluguéis
quando a pessoa jurídica não exercer a atividade
de locação de imóveis). 32% 15% 4,80%
> Administração de consórcios de bens duráveis
> Cessão de direitos de qualquer natureza
> Construção por administração ou por
Lucro Presumido
Relação de tributos e incidências percentuais (%) sobre o
faturamento
COLUNAS 1 2 3 4 5
VENDAS INDUSTRIA- PREST. SERVIÇOS PREST. SERVIÇOS PREST. SERVIÇOS
LUCRO LIZAÇÕES L. PRESUMIDO L. PRESUMIDO PESSOAIS
PRESUMIDO LUCRO (FAT. ANUAL (FAT. ANUAL SOC.CIVIL
PRESUMIDO ATÉ SUPERIOR LUCRO
TRIBUTOS R$ 120.000,00) A R$ 120.000,00) PRESUMIDO
COFINS 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00
PIS 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65
C.SOCIAL 1,08 1,08 2,88 2,88 2,88
IR 1,20 1,20 2,40 4,80 4,80
ISS (*) 5,00 5,00
ICMS
IPI
TOTAIS 5,93 5,93 13,93 16,33 11,33

(*) Quanto o município de Cuiabá, podendo variar entre 2% e 5% conforme preceitua


o Art. 8º e 8º-A da Lei Complementar 116/2003.
Lucro Presumido

2. INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
 Demonstração do Cálculo do Lucro Presumido

Receitas Auferidas:

- Revenda de Mercadoria 1.500.000,00

- Venda de Imobilizado (1) 15.000,00

- Aplicações Financeiras (2) 8.500,00

- TOTAL DAS RECEITAS 1.523.000,00


1) 1. Ganho de Capital
2) 2. Rendimento Bruto
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Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas

LUCRO REAL
CONCEITO DE LUCRO REAL

Lucro real é o lucro líquido do período de apuração


ajustado pelas adições, exclusões ou compensações
prescritas ou autorizadas pelo Regulamento.
Na tributação com base no lucro real, o Imposto de
Renda incide sobre o resultado (lucro) efetivamente
apurado pela pessoa jurídica segundo sua escrituração
contábil (feitos alguns ajustes determinados pela
legislação fiscal).
Deixando claro o conceito...
Podemos dizer que o lucro real é o lucro líquido do
período base ajustado pelas adições, exclusões ou
compensações previstas ou autorizadas pela legislação.
Sua determinação deve ser precedida da apuração do
lucro líquido contábil de cada período de apuração, com
observância das disposições das leis comerciais.
O resultado contábil apurado é então, ajustado extra
contabilmente, num livro específico denominado Livro de
Apuração do Lucro Real (LALUR).
Na prática...
Pode-se dizer que na prática, a empresa apura dois
“lucros” no período base: um contábil e outro fiscal, que
servirá de base para o cálculo do Imposto de Renda
Pessoa Jurídica.

A isto damos o nome de BTD.


Esse lucro fiscal ( “lucro real”) será o lucro
contábil ajustado , por exemplo:
a) pelo acréscimo (adição) de despesas
indedutíveis;
b) pela compensação de prejuízos de períodos
anteriores (observados os limites legais), etc.
Portanto para efeitos fiscais, a
tributação com base no lucro real
exige a manutenção de
escrituração contábil completa.
EMPRESAS OBRIGADAS À TRIBUTAÇÃO COM BASE
NO LUCRO REAL
De acordo com a legislação tributária atual, são
obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas:
I – Cuja receita total, no ano calendário anterior, seja
superior ao limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito
milhões de reais), ou proporcional ao número de meses do
período, quando inferior a doze meses;
II – cujas atividades seja de bancos
comerciais, bancos de investimentos, bancos
de desenvolvimento, caixas econômicas,
sociedade de crédito, financiamento e
investimento, sociedades de crédito
imobiliário, sociedades corretoras de títulos e
valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de
títulos e valores mobiliários, empresas de
arrendamento mercantil, cooperativas de
crédito, empresas de seguros privados e de
capitalização e entidades de previdência
privada aberta;
III – tiveram lucros, rendimentos e ganhos de capital
oriundos do exterior;

IV – que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam


de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução de
imposto;

V – que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado


pagamento mensal por estimativa;
VI – que explorem as atividades de prestação
cumulativa e contínua de serviços de assessoria
creditícia. mercadológica, gestão de crédito,
seleção de riscos, administração de contas a
pagar e a receber, compra de direitos creditórios
resultantes de vendas mercantis a prazo ou
prestação de serviços (factoring).
Observação
As pessoas jurídicas enquadradas nos itens acima estão
obrigadas a optar pelo lucro real.
LUCRO REAL

OPÇÃO FACULTATIVA PELO LUCRO REAL


• Qualquer pessoa jurídica, ainda que não
enquadrada nas situações de obrigatoriedade, pode
adotar a tributação com base no lucro real.
LUCRO REAL

• FORMAS DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL

• As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro


real deverão apurar o IRPJ e a CSLL a cada trimestre
ou, anualmente, com pagamentos mensais calculados
sob forma de estimativa.
LUCRO REAL
• APURAÇÃO TRIMESTRAL
• O IRPJ e a CSLL são calculados sobre o lucro real
apurado com base em balanços levantados a cada trimestre do
ano-calendário, para recolhimento, de forma definitiva, no
trimestre seguinte.

• APURAÇÃO ANUAL
• O lucro real e a base de cálculo definitiva da CSLL/IRPJ
são apurados anualmente, em 31 de dezembro, devendo a
pessoa jurídica efetuar pagamentos mensais dos impostos
calculados sob a forma de estimativa. Os valores recolhidos
mensalmente sob a forma de estimativa são considerados
antecipação do IRPJ/CSLL devidos, apurados no balanço
anual.
LUCRO REAL
• Base de Cálculo Estimada do IR
• A base de cálculo do Imposto de Renda
estimado, em cada mês, corresponde ao montante
determinado pela soma das seguintes parcelas:
• a) o valor resultante da aplicação do respectivo
percentual de lucratividade sobre a receita bruta da
atividade;
• b) os ganhos de capital, demais receitas e os
resultados positivos correspondentes a receitas não
abrangidas pela letra “a”.
Base de Cálculo Estimada do IRPJ
ATIVIDADE %
Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural 1,6
Prestação de serviços em geral
Intermediação de negócios (inclusive representação comercial por conta de terceiros e corretagem de seguros, imóveis
e outros)
Administração, locação ou cessão de bens móveis e imóveis (exceto a receita de aluguéis, quando a pessoa jurídica
não exercer a atividade de locação de imóveis)
Administração de consórcios de bens duráveis
Cessão de direitos de qualquer natureza
Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão-de-obra
Factoring 32
Serviços de transporte, exceto o de cargas
16
Instituições financeiras e equiparadas
Revenda de mercadorias
Venda de produtos de fabricação própria
Industrialização por encomenda (material fornecido pelo encomendante)
Atividade rural
Representação comercial por conta própria
Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda

Execução de obras da construção civil, com emprego de materiais


Prestação de serviços hospitalares
Transporte de cargas
Outras atividades não caracterizadas como prestação de serviços 8
Hoje em dia...

• A estimativa não é modalidade de


tributação; é apenas uma forma de
pagamento do Imposto de Renda
pelas empresas tributadas com base
no lucro real.
ALÍQUOTA
• Como fica claro na tabela acima, assim como no regime
de lucro presumido a alíquota usada para determinar o
imposto devido é de 15%.

• Além disso, as empresas que apuram lucro real


trimestral estão sujeitas a um adicional de 10% sobre a
parcela do lucro trimestral que exceder R$ 60.000,00.

• Já entre as empresas que apuram anualmente o lucro,


essa mesma alíquota é aplicada sobre a parcela do
lucro real que exceder R$ 240.000,00.
Exemplo do Adicional de 10%
Imposto de Renda Exemplos:
Apuração (Base de Cálculo) 1o Trim. 1º Trim.
(+) Receitas 400.000 900.000
(-) Despesas 360.000 600.000
= Lucro líquido contábil 40.000 300.000
(+) Adições (multas, gastos c/ sócios) -- --
(-) Exclusões permitidas - Compensação de 30% -- --
do lucro líquido apurado com os prejuízos
acumulados de períodos anteriores. -- --
= Lucro líquido antes do IRPJ 40.000 300.000
A alíquota do IRPJ é de 15%, sobre a base
de cálculo acima. = 6.000 45.000
Adicional Federal
(+) Lucro Real 40.000 300.000
(-) Parcela Isenta (20.000,00 x 3) (60.000) (60.000)
= Base de cálculo do adicional -- 240.000
(x) Alíquota de 10%
= IRPJ Adicional Federal a pagar -- 24.000
INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
Demonstração do LUCRO REAL
D.R.E. Demonstração do Lucro Real
(+)Receita Bruta 10.000 LAIR Contábil 1.000
( - ) Deduções (945) ( + ) Adições Exigidas 220

(=) Receita Líquida 9.055


( - ) Exclusões Permitidas ( 120 )
( - ) Custos Operacionais (6.000)

(= ) Lucro Bruto 3.055 ( = ) Lucro Real 1.100

( - ) Despesas Operacionais (2.005)


( + ) Outras Receitas 450 ( - ) Compensação Prejuízos (300)

( = ) Lucro Operacional 1.500


( = ) Lucro Real 800
( - ) Prejuízo Não Operacional (500)

( = ) LAIR 1.000
Ajustes ao lucro líquido
• Aqui é importante entender que existe uma
diferença entre o conceito de lucro para fins
comerciais e em termos tributários.

• Pode se afirmar que os ajustes efetuados no lucro


líquido para se determinar o lucro real têm como
objetivo exatamente reconciliar a abordagem
comercial com a tributária.

BTD
LUCROS DISTRIBUÍDOS
Os lucros ou dividendos calculados com base nos
resultados apurados a partir do mês de janeiro de
1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas
tributadas com base no lucro real, não estão
sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte,
nem integrarão a base de cálculo do imposto de
renda do beneficiário, pessoa física ou jurídica,
domiciliado no país ou no exterior.
Contribuição Social
As pessoas jurídicas submetidas à apuração do IRPJ
com base no lucro real deverão apurar a CSLL, devida
em cada trimestre, com base no resultado trimestral
apurado contabilmente, ajustado pelas adições,
exclusões e compensações feitas no LALUR.
ALÍQUOTA
• No cálculo da contribuição
social trimestral, aplica-se a
alíquota de 9% sobre o lucro
líquido apurado.
PIS e COFINS

• No lucro real as pessoas jurídicas estão


sujeitas ao PIS e COFINS na modalidade
não cumulativa;
• Alíquotas:
• PIS: 1,65%
• COFINS: 7,6%
Não-cumulatividade
• Aproveita-se o crédito oriundo de:
a) Mercadorias para revenda;
b) Bens e insumos usados na fabricação e na
prestação de serviços;
c) Energia elétrica consumida nos estabelecimentos
da pessoa jurídica;
Não-cumulatividade
d) Aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos
pagos a pessoa jurídica;
e) Valor das prestações de arrendamento mercantil de
pessoa jurídica;
f) Depreciação de bens do ativo imobilizado.
Determinação do Crédito
• O crédito será determinado mediante a aplicação da
alíquota de:

• 7,6% para a COFINS;


• 1,65% para o PIS.
Prazo de Pagamento
• O PIS e a COFINS deverão ser pagos até o último dia útil
do segundo decêndio (dia 25 ou o último dia útil anterior,
se o dia 25 não for dia útil).
Exemplo
• Receitas de vendas: R$ 60.000,00 mensais;
• Despesas:
• CMV: 21.000,00
• Aluguel pago a PJ: 2.500,00
• Energia elétrica: 800,00
• Depreciação: 300,00
• Arrendamento mercantil: 600,00
• Lucro Líquido (após as operações feitas no
LALUR): R$ 9.000,00
Apuração do PIS
• Débito do PIS (60.000,00 x 1,65%).................990,00
• Crédito:
• CMV.................................... 21.000,00
• Aluguel pago a PJ................. 2.500,00
• Energia elétrica........................ 800,00
• Depreciação............................. 300,00
• Arrendamento mercantil........... 600,00
Total.................................... 25.200,00
Crédito PIS (25.200,00 x 1,65%) ................... 415,80
PIS a Recolher................................................. 574,20
Apuração da COFINS
• Débito da COFINS (60.000,00 x 7,6%)..........4.560,00
• Crédito:
• CMV.................................... 21.000,00
• Aluguel pago a PJ................. 2.500,00
• Energia elétrica........................ 800,00
• Depreciação............................. 300,00
• Arrendamento mercantil........... 600,00
Total.................................... 25.200,00
Crédito COFINS (25.200,00 x 7,6%) ............ 1.915,20
COFINS a Recolher.........................................2.644,80
Apuração do Lucro Real
• Lucro Operacional.................... 9.000,00
• Imposto de Renda – 15%......... 1.350,00
• Contribuição Social – 9%......... 810,00
• Lucro Líquido........................... 6.840,00
Curiosidades:

É possível compensar um imposto Federal com outro:

A compensação será efetuada mediante o encaminhamento à RFB da Declaração de Compensação


(DComp).

O que vai no SPED Contribuições é o valor apurado no mês, que será o mesmo valor a ser
informado na DCTF na "7.1.1. Ficha - Valor do Débito".

A compensação irá apenas na DCTF na "7.1.3. Ficha - Compensações“.

A DARF a pagar será menor do que o valor apurado no SPED devido a compensação.

Help DCTF

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