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Estruturas de concreto I

VIGAS

Professor: Otacisio Gomes Teixeira


otacisiogteixeira@hotmail.com

Guanambi
Dezembro, 2018
INTRODUÇÃO PROJETO

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Quadro Classe de agressividade ambiental
Fonte: NBR 6118 (ABNT, 2014).

Classe de agressividade Classificação geral do tipo de Risco de deterioração da


Agressividade
ambiental ambiente para efeito de projeto estrutura

Rural
I Fraca Insignificante
Submersa

II Moderada Urbana Pequeno

Marinha
III Forte Grande
Industrial

Industrial
IV Forte Elevado
Respingos de maré
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Quadro Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto
Fonte: NBR 6118 (ABNT, 2014).

Classe de agressividade

Concreto Tipo

I II III IV

CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45

Relação água/cimento

em massa
CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45

CA ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40

Classe de concreto (NBR

8953)
CP ≥ C25 ≥ C30 ≥ C35 ≥ C40

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Quadro Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento nominal
Fonte: NBR 6118 (ABNT, 2014).

Classe de agressividade ambiental

Tipo de estrutura Componente ou elemento


I II III IV

Cobrimento nominal (mm)

Laje 20 25 35 45

Concreto armado Viga/Pilar 25 30 40 50

Elementos estruturais em
30 40 50
contato com o solo

Laje 25 30 40 50

Concreto protendido

Viga/Pilar 30 35 45 55

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LINHA NEUTRA

Quando uma peça é submetida à flexão simples, estão atuando os momentos


fletores e os esforços cortantes, que por sua vez, impõem ao elemento tensões de
tração e de compressão,

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LINHA NEUTRA

A região da seção transversal onde as tensões são nulas é chamada de linha neutra
(LN), e ela é a linha divisora entre a zona comprimida e a zona tracionada da peça.

LN = linha neutra (linha de tensão nula);


As = área de aço da seção;
εc = deformação de compressão (no concreto) (encurtamento);
εt = deformação de tração (no aço)(alongamento);
σc = tensão no concreto (compressão);
σs = tensão no aço (tração);
x = altura da linha neutra (diagrama parábola-retângulo);
d = altura útil da seção – distância do centro de gravidade da armadura à 7
borda mais
comprimida;
d’= distância do centro de gravidade da armadura à borda mais tracionada;
HIPÓTESES DE CÁLCULO

a) As seções transversais se mantêm planas após a deformação;

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b) A deformação das barras, em tração ou compressão, deve ser a mesma do
concreto em seu entorno;

c) As tensões de tração no concreto, normais à seção transversal, podem ser


desprezadas, obrigatoriamente no ELU;

d) A distribuição de tensões no concreto segue o diagrama simplificado


parábola-retângulo (tensão variável). Esse diagrama pode ser substituído
por um retângulo de altura 80% da altura do anterior, e tensão de
compressão do concreto constante de:

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e) A tensão nas armaduras deve ser obtida a partir dos diagramas tensão-
deformação do aço;

f) o estado limite último é caracterizado quando a distribuição das deformações na


seção transversal pertencer a um dos domínios da flexão.

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DOMÍNIOS DA FLEXÃO
A medida que o valor do momento fletor aplicado aumenta ou diminui, a altura
da LN vai variando, e o comportamento da peça em relação ao modo de ruptura
também.

As alturas da LN são divididas em cinco: D.1, D.2, D.3, D.4 (e D.4a) e D.5. Cada
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um deles representa um determinado intervalo de deformação a que a seção
transversal da peça está sujeita. A altura da LN, denominada de x, cresce da
borda mais comprimida em direção a mais tracionada.
Domínio 1
Neste domínio, a seção transversal se encontra toda tracionada

O estado limite último é caracterizado pela deformação εsd=10‰.


Domínio 2
Neste domínio, a seção transversal se encontra parte tracionada e parte
comprimida,

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O estado limite último é caracterizado pela deformação εsd=10‰.


Domínio 3
Neste domínio, a seção transversal se encontra parte tracionada e parte
comprimida,

O estado limite último é caracterizado pela deformação εcd=3,5‰.


Domínio 4 (e 4a)
Neste domínio, a seção transversal se encontra parte tracionada e parte
comprimida

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O estado limite último é caracterizado pela deformação εcd=3,5‰.


Domínio 5

Neste domínio, a seção transversal se encontra toda comprimida,

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Equações de equilíbrio

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A NBR 6118 (2004), admitindo o aço CA 50 A, estabelece como limites os
seguintes valores:

• Para fck ≤ 35MPa (y/d)lim ≤ 0,40;

• Para fck > 35MPa (y/d)lim ≤ 0,32.

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VIGAS

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Concurso Petrobras (2010) – Eng civil Júnior

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Dimensionamento

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Critérios de projeto

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Dimensionamento

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VIGAS – Simplesmente armada
Exemplo 01 Dados carregamento NBR 6120

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ρmin = 0,15%Ac.

ρ máx = 4%
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BITOLAS
TIPO DE AÇO AREA (cm²)
POL mm
3/16" 5,00 CA -60 0,20
1/4" 6,30 CA-50 0,32
5/16" 8,00 CA-50 0,50
3/8" 10,00 CA-50 0,80
1/2" 12,50 CA-50 1,25
5/8" 16,00 CA-50 2,00
3/4" 20,00 CA-50 3,15
1" 25,00 CA-50 5,00
11/4" 32,00 CA-50 8,00

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Exemplo 02

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• Armadura de pele 0,10%Ac alma

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VIGAS – Duplamente armada
Como foi visto anteriormente, quando (y/d) > (y/d)lim devemos aumentar a seção
da peça. Porém, pode-se utilizar um outro artifício, que é a colocação de armadura
comprimida.

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A seguir é apresentado o roteiro para o dimensionamento de seções duplamente
armadas.
1) Dados da seção: fck, aço, Mk, bw e h.
2) Cálculo de (y/d) ⇒ (y/d) > (y/d)lim.
3) Determinação de Md,lim.
4) Determinação e verificação de ΔMd.
5) Determinação de As1:

6) Determinação de σ’sd:

7) Determinação de A’s:

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8) Determinação de As2:

9) Seção final:

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Exemplo 01

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Vigas de seção T
As vigas com seção T têm, de maneira geral, duas origens:

• Seção real em T (ou similar), no caso das vigas pré-moldadas, muito comuns
em pontes e edifícios garagem;

• Seção T (ou similar) virtual, no caso das lajes maciças apoiadas sobre vigas,
retangulares, ou seja, considera-se uma parte da laje como seção colaborante da
viga.

Para o segundo caso, a prática tem mostrado que parte da laje ajuda a viga a
resistir aos esforços solicitantes, e vice-versa, já que ela acompanha as suas
deformações. Logo, pode-se considerar parte da laje como seção resistente da
viga

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Determinação da largura colaborante

bf= bw + b1+ b3 35
Dimensionamento da seção T

Para o cálculo da seção T, podemos ter duas situações distintas:

• A linha neutra (LN) está posicionada na mesa (y ≤ hf);

• A linha neutra (LN) está posicionada na alma (y > hf).

a) Linha neutra na mesa

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b) Linha neutra na alma

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Exemplo 01

• Para fck ≤ 35MPa (y/d)lim ≤ 0,40;

• Para fck > 35MPa (y/d)lim ≤ 0,32

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Exercício 02 – Dimensionar uma viga de concreto armado cujo momento fletor
máximo seja de 72, 7 KN.m, adotar d’ de 6cm, fck de 25 MPa e aço CA 50A

• Para fck ≤ 35MPa (y/d)lim ≤ 0,40;

• Para fck > 35MPa (y/d)lim ≤ 0,32

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Esforço cortante

Analogia de treliça
As primeiras fissuras que aparecem são as de flexão, para aproximadamente
25% da carga última. São fissuras perpendiculares ao eixo da peça, e que
surgem na região de momento fletor máximo, nesse caso na região central da
viga.

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Costuma-se adotar a treliça de banzos paralelos, diagonais comprimidas à 45° e
diagonais tracionadas à 90°.

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Admite-se que o concreto resista às tensões de compressão do banzo comprimido
e da diagonal comprimida, que é denominada de biela de compressão. As
armaduras longitudinais serão dimensionadas para os esforços de tração do banzo
tracionado e as armaduras transversais (estribos) serão dimensionadas para
resistir aos esforços diagonais de tração, e serão posicionados na vertical, com
inclinação de 90o com o eixo longitudinal da peça. As armaduras transversais
devem ser sempre posicionadas com a mesma inclinação das diagonais
tracionadas.

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Dimensionamento segundo a NBR 6118 (2014)

Segundo a NBR 6118 (2004), “A resistência do elemento estrutural, numa


determinada seção transversal, deve ser considerada satisfatória quando
verificadas simultaneamente as seguintes condições”:

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Exemplo 01

Vsw = 50,40 - 26,78= 23,62kN

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REFERENCIA

Notas de aulas ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I Professora Tatiana


Bittencourt Dumêt

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