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RÁTICAS DE F Q
ÍSICO- UÍMICA II
2010
Práticas de Físico-Química
Físico II
2010 Página 2
Práticas de Físico-Química II
Sumário
1. ADSORÇÃO EM SÓLIDOS ..................................................................................................................... 4
1.1. Introdução .................................................................................................................................... 4
1.1.1. Equacionado a Adsorção ........................................................................................................... 4
1.1.2. Isoterma de Langmuir ............................................................................................................... 5
1.1.3. Isoterma de Freundlinch ........................................................................................................... 6
1.2. Objetivo(s) .................................................................................................................................... 7
1.3. Materiais ...................................................................................................................................... 7
1.4. Métodos ....................................................................................................................................... 8
1.5. Tratamento dos Dados Experimentais ......................................................................................... 9
1.6. QUESTÕES .................................................................................................................................. 11
1.7. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................. 12
2. INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DOS REAGENTES E DA TEMPERATURA NA VELOCIDADE DAS
REAÇÕES ................................................................................................................................................ 13
2.1. Introdução .................................................................................................................................. 13
2.1.1. Equacionado a Velocidade Média de Uma Reação Elementar ............................................... 13
2.1.2. Equacionando a Velocidade Instantânea de uma Reação ...................................................... 14
2.1.3. Influência da Temperatura na Velocidade das Reações ......................................................... 16
2.2. Objetivo(s) .................................................................................................................................. 16
2.3. Materiais .................................................................................................................................... 16
2.4. Métodos ..................................................................................................................................... 17
2.5. QUESTÕES .................................................................................................................................. 19
2.6. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................. 19
3. DETERMINAÇÃO DA ORDEM DE REAÇÃO ENTRE OS ÍONS TIOSSULFATO E ÍONS HIDROGÊNIO ...... 20
3.1. Introdução .................................................................................................................................. 20
3.2. Objetivo(s) .................................................................................................................................. 23
3.3. Materiais .................................................................................................................................... 23
3.4. Métodos ..................................................................................................................................... 23
3.5. QUESTÕES .................................................................................................................................. 24
3.6. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................. 24
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Práticas de Físico-Química
Físico II
1. ADSORÇÃO EM SÓLIDOS
1.1. Introdução
X AS
K ads = (1.1)
X S PA
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sendo X AS a fração em quantidade de matéria de posições da superfície do sólido ocupadas por partículas A ; XS a
fração em quantidade de matéria das posições livres da superfície do sólido e PA a pressão do gás no sistema. É comum
X S = 1 − X AS (1.2)
X S = 1−θ
θ
K ads = (1.3)
(1 − θ ) PA
Esse tipo de isoterma representa melhor as adsorções que envolvem formação de uma
única camada, ao assumir que as forças que surgem entre adsorvente e adsorvato são de
natureza química.
K ads PA − θ K ads PA = θ
θ + θ K ads PA = K ads PA
θ (1 + K ads PA ) = K ads PA (1.4)
K ads PA
θ=
1 + K ads PA
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K ads C
θ= (1.5)
1 + K ads C
x
∝θ
m
x
= bθ (1.6)
m
x
θ=
bm
x K ads C
=
bm 1 + K ads C
x bK ads C
=
m 1 + K ads C
m 1 K ads C (1.7)
= +
x bK ads C b K ads C
m 1 1 1
= +
x
bK ads C
b
variável
coeficiente variável intercepto
dependente angular independente (b)
(y) (a) (x)
m 1
Fazendo-se o gráfico de × , o intercepto da reta fornecerá o valor de b e o
x C
coeficiente angular fornecerá o valor de Kads .
A isoterma de Freundlich é uma das primeiras equações propostas para estabelecer uma
relação entre a quantidade de material adsorvido e a concentração do material em solução,
correspondendo a uma distribuição exponencial de calores de adsorção expressão por:
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1
x
= K ads C n (1.8)
m
sendo n um valor admensional relacionado com a intensidade da adsorção.
Aplicando-se log em ambos os lados da equação (1.8) para manter a igualdade e fazendo
x
o gráfico de log × log C , obtém-se uma equação de reta capaz de determinar o valor da
m
constante de adsorção ( Kads ) e o valor de n .
x 1
log = log K ads C n
m
1
x (1.9)
log = log K ads + log C n
m
x 1
log = log K ads + log C
m intercepto
n
variável
variável (b) coeficiente independente
dependente angular (x)
(y) (a)
Essa equação foi originalmente introduzida como uma correlação empírica de dados
experimentais, sendo só mais tarde derivada matematicamente por Appel em 1.973, admitindo-
se uma distribuição logarítmica de sítios ativos que constitui um tratamento válido quando não
existe interação apreciável entre as partículas de adsorvato.
1.2. Objetivo(s)
1.3. Materiais
1ª PARTE
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• 1 pipeta de 25 mL.
• 1 pipeta de 50mL.
• 6 balões volumétricos de 100 mL.
• 1 béquer de 250 mL.
• Ácido acético glacial.
• 500 mL de solução padrão de NaOH aproximadamente 0,5 mol.L-1.
• 20 g de carvão ativo.
• Solução alcoólica de fenolftaleína.
2ª PARTE
• 1 funil.
• 12 erlenmeyers.
• Papel de filtro.
• 1 bureta de 50 mL.
• Solução padrão de NaOH aproximadamente 0,5 mol.L-1 (a mesma utilizada na 1ª PARTE).
1.4. Métodos
1ª PARTE
2ª PARTE
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x y
mcarvão ativo 1 x2 y2 xy
x C
1
2
3
4
5
6
∑
X
• Cálculos
S xx = ∑x −
(∑ x )
2 i
2
i
N
S yy
( y)
=∑y − ∑ 2
2
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S xy = ∑ x i y i −
∑x ∑y i i
N
S xy
a=
S xx
b = y − ax
R2 =
(S )
xy
2
S xx × S yy
b (constante da isoterma de
Langmuir)
Kads
o Freundlich
x y
x x2 y2 xy
log C log
m
1
2
3
4
5
6
∑
X
• Cálculos
S xx = ∑x −
(∑ x )2 i
2
i
N
S yy
( y)
=∑y − ∑ 2
2
S xy = ∑ x i y i −
∑x ∑y i i
N
S xy
a=
S xx
b = y − ax
R =
2
(S )
xy
2
S xx × S yy
n
Kads
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Físico II
1.6. QUESTÕES
1. Baseando-se no texto, em outras referências bibliográficas e na equação (1.4) diga qual será a
influência do aumento da pressão sobre a cobertura da superfície de um sólido imerso num
sistema gasoso
soso em: (a) baixas pressões e (b) altas pressões.
3.. Um grupo de alunos, realizando o mesmo experimento feito (100 cm3 solução de ácido acético
e 2,0 g de carvão ativo) por vocês obtiveram
obt os seguintes resultados:
4. Dados os rótulos abaixo, calcule o volume de cada uma das soluções a ser transferido para
balões volumétricos de 250 mL para preparar soluções de concentrações iguais a 0,2 mol.L-1.
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1.7. BIBLIOGRAFIA
CASTELLAN, G. (1986). Fundamentos de Físico-Química (1a. ed.). (C. M. SANTOS, & R. d. FARIA,
Trads.) Rio de Janeiro, RJ: LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.
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2.1. Introdução
Nas reações químicas, a resposta relacionada com a velocidade com que certo fenômeno
ocorre se deve à cinética química que, medindo-se o consumo dos reagentes ou a formação dos
produtos no decorrer do tempo é capaz de informar se o fenômeno termodinamicamente
possível levará mais ou menos tempo para se processar.
Sabe-se que, nas condições ambientes, H 2( g ) é capaz de reagir com O2( g ) formando
H 2O( l ) como produto; ou seja, o processo é termodinamicamente favorável. Entretanto, muito
tempo é necessário para que uma quantidade apreciável de água seja formada; isto é, a cinética
da reação é muito lenta.
Fatores como: (i) temperatura; (ii) estado físico dos reagentes; (iii) concentração inicial
dos reagentes; (iv) pressão e (v) catalisadores são capazes de fazer com que a cinética de uma
reação seja modificada de modo a se adequar o sistema à condição desejada em certo momento.
Quando uma reação química ocorre em uma única etapa, sua velocidade será
determinada exclusivamente por essa etapa (denominada de etapa elementar), contudo, em
reações que se processam em mais de uma etapa, aquela que for a mais lenta representará a
cinética da reação.
Considerando que uma reação química elementar genérica seja dada por
aA + bB + cC → dD , a velocidade será proporcional à concentração de cada um dos reagentes.
Aumentando-se a concentração de A , de B , de C , de dois deles ou de todos, a velocidade da
reação aumentará, pois em menos tempo ocorrerá colisão entre eles capazes de gerar os
produtos do processo.
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d [ A] d [ B] d [C ] d [ D ]
vm = − =− =− = (2.1)
dt dt dt dt
1 d [ A] 1 d [ B] 1 d [C ] 1 d [ D ]
vm = − =− =− = (2.2)
a dt b dt c dt d dt
t/min [R]/(mol.L-1)
0,0 2,33
184,0 2,08
319,0 1,91
526,0 1,67
867,0 1,35
A velocidade média dessa reação no intervalo de 0,0 a 184,0 min será igual a 1,36.10-3
mol.L-1.min-1. No intervalo de 0,0 a 319,0 min, de 1,26.10-3 mol.L-1.min-1 e assim por diante.
A velocidade instantânea de uma reação é dada pela lei da ação das massas de
Guldberg e Waage que ilustra a dependência da velocidade instantânea com a concentração dos
reagentes elevadas às suas respectivas ordens.
Para a reação genérica descrita no item anterior, a aplicação dessa lei fornece:
vi = k .[ A] .[ B ]b .[C ]c
a
(2.3)
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“... entende-se como ordem parcial a potência na qual a
concentração de uma dada espécie está elevada na lei de
velocidade desta reação. Sendo a ordem total da reação,
normalmente chamada apenas de ordem da reação, a soma
destes expoentes.”(SOUZA, 2005)
Caso o processo não seja elementar, a lei cinética será dada por:
Agora, assumindo que essa mesma equação represente os dados informados na Tabela 2,
chegar-se-á à seguinte equação cinética do processo:
demonstrando que a reação não é elementar e que a reação que determina a velocidade do
processo é dada por A + 2 B → produtos .
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Fornecendo calor aos reagentes, a energia cinética deles aumentará e em menos tempo
haverá a colisão dessas partículas ocasionando a formação dos produtos.
Isso significa que, quanto maior a energia cinética dos reagentes, maior será a velocidade
da reação.
2.2. Objetivo(s)
2.3. Materiais
1ª PARTE
2ª PARTE
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2.4. Métodos
Tabela 3 Volumes a serem acrescentados aos tubos numerados da primeira parte da prática 02.
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• Coloque um béquer de 500,0 mL com água até a metade sobre a chapa de aquecimento
(desligada). Dentro do mesmo, mergulhar parcialmente um termômetro de 0 – 100oC.
• Rotular 3 buretas de 50,0 ou 25,0 mL com “H2O”, “H2SO4” e “Na2S2O3”.
• Rotular 3 béqueres de 100,0 mL com “H2O”, “H2SO4” e “Na2S2O3”.
• Carregar cada bureta com o respectivo líquido e deixar sob cada uma o béquer
igualmente identificado.
• Rotular 4 tubos de ensaio com “01”, “02”, “03” e “04” e, em cada um deles, adicionar 4,0
mL de solução 0,05 mol.L-1 de H2SO4 contida na bureta.
• Rotular outros 4 tubos de ensaio com “01A", “02A", “03A" e “04A" e, em cada um deles
adicionar 4,0 mL da solução 0,05 mol.L-1 de Na2S2O3 contida na bureta.
• Introduzir os tubos “01” e “01A" no béquer de 500,0 mL, aguardando uns 2 minutos para
que haja equilíbrio térmico (anotar a temperatura medida pelo termômetro).
• Adicionar o conteúdo de um dos tubos de ensaio no outro, mantendo o que recebe o líquido
imerso no béquer, acionando o cronômetro e observando o aparecimento da turvação,
momento em que o tempo deve ser anotado.
• Descartar o conteúdo do tubo de ensaio lavando-o imediatamente para que não
fique manchado.
• Ligar a chapa de aquecimento até a temperatura ficar cerca de 30oC superior à inicial,
homogeneizando-a pelo sistema.
• Repetir o procedimento anterior com os tubos “04” e “04A".
• Cuidadosamente, adicionar água fria aos poucos e resfriar a água do béquer para
aproximadamente 10oC abaixo da temperatura anterior, agitando-a com o termômetro.
• Repetir o procedimento com os tubos “03” e “03A".
• Cuidadosamente, adicionar água fria aos poucos e resfriar a água do béquer para
aproximadamente 10oC abaixo da temperatura anterior, agitando-a com o termômetro.
• Repetir o procedimento com os tubos “02” e “02A".
Número do
Tempo de Velocidade
tubo de [Na2S2O3] Temperatura/oC
reação/s média
ensaio
01 e 01A
02 e 02A
03 e 03A
04 e 04A
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2.5. QUESTÕES
5. Fixando-se t1 arbitrariamente em zero e t2 = tt, calcule a velocidade média para cada uma das
reações.
7. Uma reação genérica 3 A + 2 B → produto teve sua cinética estuda e os dados levantados
estão indicados na tabela abaixo. Após consultá-los, responda ao que se pede.
2.6. BIBLIOGRAFIA
CASTELLAN, G. (1986). Fundamentos de Físico-Química (1a. ed.). (C. M. SANTOS, & R. d. FARIA,
Trads.) Rio de Janeiro, RJ: LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.
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3.1. Introdução
A ordem de uma reação é a soma dos expoentes aos quais estão elevadas as
concentrações dos reagentes, na equação de velocidade.
v = k[X][Y]2 (3.1)
A reação em solução aquosa I- + OCl- → IO - + Cl- tem uma cinética com uma ordem
parcial negativa (-1) em relação ao OH - :
[I- ][Cl- ]
v=k (3.3)
[OH - ]
Quando as ordens parciais não são números inteiros, não é possível obter as ordens de
reação através de um raciocínio tão simples como o apresentado para a reação
2 NO+ 2 H 2 → N 2 + 2 H 2O que apresenta a seguinte lei cinética:
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Dessa forma, quando as ordens parciais não são números inteiros, outros métodos têm
de ser adotados. Para uma lei cinética genérica:
v0 = k'[A]a0 (3.6)
onde k' é uma constante, produto da constante k e das constantes dos diferentes componentes,
com exceção do componente A .
o que mostra que um gráfico do logaritmo das diferentes velocidades iniciais, em função do
logaritmo das correspondentes concentrações iniciais de A , é uma reta de inclinação igual à
ordem da reação em relação ao composto A . De igual modo, se procederia em relação a todos
os outros componentes para determinar as outras ordens parciais.
A Figura 1 mostra, dentro dos erros experimentais, a relação linear entre logt -1 e
log S2 O32- .
-1 2-
Figura 1 Variação de logt em função de log[S2O3 ] para a reação entre o Na2SO3 e HCl em solução aquosa.
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Para conhecermos a lei de velocidade, temos que determinar, também, a ordem parcial
em relação à espécie H+ , o que pode ser conseguido através da medida das velocidades iniciais
da reação para diferentes concentrações do ácido, mantendo-se constante S2 O32- e,
mostra a Figura 2.
-1 + 2-
Figura 2 Variação de logt em função de log[H ] mantendo-se constante a concentração de S2O3 .
Neste experimento simples, você irá determinar a ordem dos íons tiossulfato e
hidrogênio para a reação S2 O 32- + 2 H + → S(s) + SO 2 + H 2 O .
v0 = k[A]a0
logv0 = logk+ alog[A]0
1
v média ∝
Dt
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3.2. Objetivo(s)
3.3. Materiais
1ª PARTE
• 10 béqueres de 50 mL.
• Solução aquosa de tiossulfato de sódio 0,15 mol.L-1.
• Solução aquosa de ácido clorídrico 3,0 mol.L-1.
• Cronômetro.
2ª PARTE
• 6 béqueres de 50 mL.
• Solução aquosa de ácido clorídrico 3,0 mol.L-1.
• Solução aquosa de ácido clorídrico 1,8 mol.L-1.
• Solução aquosa de ácido clorídrico 0,6 mol.L-1.
• Cronômetro.
3.4. Métodos
1ª PARTE
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Tabela 5 Reação do tiossulfato de sódio com ácido clorídrico.
2ª PARTE
Volume HCl
Volumes
Béquer (mL)/Concentração [HCl]/mol.L-1 [S2O32-]/mol.L-1 t/s
Na2S2O3/mL
HCL (mol.L-1)
A’ 25,0 5,0 / 3,0
B’ 25,0 5,0 / 1,8
C’ 25,0 5,0 / 0,6
3.5. QUESTÕES
3.6. BIBLIOGRAFIA
CASTELLAN, G. (1986). Fundamentos de Físico-Química (1a. ed.). (C. M. SANTOS, & R. d. FARIA,
Trads.) Rio de Janeiro, RJ: LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.
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