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BOLETIM OFICIAL
4 180000 000971
SUMÁRIO
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© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
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7. A composição do CNEF pode ser revista por Decreto- 2. As sessões do CNEF são convocadas, com pelo menos
Regulamentar, em caso de alteração das circunstâncias quinze dias de antecedência.
que a determinaram, designadamente, face a extinção ou
3. A ordem do dia de cada sessão deve ser preparada
constituição de organizações representativas de empre-
e fixada pelo Presidente.
gadores, dos trabalhadores e da Sociedade Civil.
Artigo 4º
4. O CNEF pode produzir e emitir declarações e ou
recomendações dirigidas ao Governo.
Presidência
5. As declarações e ou recomendações do CNEF são
A Presidência do CNEF é assegurada pelo Membro do
válidas se aprovadas por pelo menos 2/3 dos membros
Governo responsável pela área da qualificação profissional
presentes na sessão que as produziram.
e emprego ou por quem for por ele indicado.
Artigo 7º
Artigo 5º
Participação especial no CNEF
Competências
O Membro do Governo responsável pela área da qua-
Incumbe ao CNEF:
lificação profissional e emprego enquanto pre-sidente
a) Proceder, periodicamente, à apreciação e à avaliação do CNEF pode convidar na qualidade de consultores ou
da situação e das tendências nos domínios da observadores, personalidades e/ou agentes da Adminis-
qualificação, do emprego e da formação profis- tração a participarem nas sessões do CNEF sem direito
sional e técnica, aos níveis nacional, regional a voto.
e sectorial; Artigo 8º
b) Promover a formulação de propostas de políticas, Secretariado
planos e estratégias nos domínios da qualifi-
O secretariado do CNEF é assegurado pelo Gabinete
cação, do emprego e da formação profissional
do Membro do Governo que o preside.
e técnica, aos níveis nacional, regional e
Artigo 9º
sectorial tendo em vista as necessidades de
mão-de-obra e o aumento da produtividade e Meios Financeiros
da competitividade; Os meios financeiros necessários ao funcionamento do
c) Fomentar a participação de instituições públicas, CNEF são inscritos no orçamento do Ministério respon-
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privadas e académicas com vista à obtenção sável pelas áreas da qualificação e emprego.
de subsídios e dados orientadores para o apri- Artigo 10º
moramento das suas acções e o fortalecimento Regimento do CNEF
dos sistemas emprego, formação profissional
O CNEF aprova o seu regimento podendo nele prever
e técnica;
normas sobre estruturas de segundo nível, repartição de
d) Aconselhar as instâncias competentes do governo competências e sobre o seu funcionamento.
sobre as políticas de promoção da qualificação, Artigo 11º
emprego, formação profissional e técnica, com
Assessoria ao CNEF
vista a assegurar um progresso equilibrado das
diferentes regiões do país e contribuir para a 1. O CNEF dispõe de um secretariado executivo para
realização do seu desenvolvimen-to; o assessorar nos assuntos da sua competên-cia.
e) Pronunciar-se sobre a necessidade de realização 2. O CNEF pode criar comissões ad-hoc especializadas,
de estudos e análises em matéria de qualificação, destinadas à promoção de estudos e análises de sectores
emprego, formação profissional e técnica, aos determinados.
níveis nacional, regional e secto-rial; Artigo 12º
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de 5 de Novembro Finalidade
Um olhar sobre o mapa radiodifusional mostra que das A radiodifusão comunitária, para além dos fins de ra-
onze emissoras privadas seis são rádios comunitárias, o diodifusão, tem por finalidade específicos o atendimento
que bem atesta a importância do modelo comunitário da à comunidade beneficiada, com vista a:
radiodifusão que, ao lado dos modelos público e comercial,
a) Divulgar notícias e ideias, promover o debate
vem contribuindo para a prossecução dos fins específicos
de opiniões e ampliar informações culturais,
de radiodifusão nos povoados ou bairros que cobrem.
mantendo a população bem informada;
Ao Governo tem chegado representação no sentido de b) Oferecer mecanismos à formação e integração da
ser estabelecido um adequado enquadramento jurídico comunidade, estimulando o lazer, a cultura e
para as rádios comunitárias, tendo em conta os constran- o convívio social;
gimentos que sobre elas impendem, e que seja incentiva-
dor da emergência de genuínas rádios comunitárias. c) Contribuir para o aperfeiçoamento profissional
nas áreas de actuação dos jornalistas e radia-
Com o presente diploma define-se o regime jurídico listas com o surgimento de novos valores no
particular da radiodifusão comunitária que, no entanto sector da radiodifusão;
obedece, também, ao disposto no Decreto-Legislativo
nº 10/93, de 29 de Junho, e, em tudo quanto não esteja d) Integrar a comunidade por meio do desenvol-
expressamente previsto no presente diploma, nos regu- vimento do espírito de solidariedade e res-
lamentos sobre a radiodifusão. ponsabilidade comunitária, do incentivo à
participação em acções de utilidade pública e
Sendo rádios comunitárias estações com objectivo de de assistência social;
cobrir uma pequena comunidade, portanto efectivando
uma micro – cobertura, deverão utilizar potências sig- e) Permitir a capacitação dos cidadãos no exercício
nificativamente baixas, que por sua vez correspondem a do direito de expressão da forma mais acessível
uma taxa reduzida. possível.
Nestes termos, Artigo 4º
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Princípios de programação
No uso da faculdade concedida pela alínea a) do nº 2
do artigo 203º da Constituição, o Governo decreta o 1. As emissoras da radiodifusão comunitária atendem,
seguinte: em sua programação, aos seguintes princípios:
Artigo 1º a) Transmissão de programas que dão preferência a
Objecto finalidades educativas, artísticas, culturais e
informativas em benefício do desenvolvimento
O presente diploma define o regime jurídico particular geral da comunidade;
da radiodifusão comunitária.
b) Promoção das actividades artísticas e jornalísticas
Artigo 2º
na comunidade e da integração dos membros
Definição da comunidade atendida;
Entende-se para efeitos deste diploma por: c) Respeito pelos valores éticos e sociais da pessoa
e da família, favorecendo a integração dos
a) Radiodifusão comunitária: a radiodifusão sonora,
membros da comunidade atendida; e
em frequência modulada FM e onda média AM,
operada em baixa potência e cobertura restrita, d) Não discriminação de raça, religião, sexo, prefe-
licenciada a fundações, ONG’s e associações rências sexuais e condição social nas relações
sem fins lucrativos, com sede na localidade de comunitárias.
prestação do serviço, com a duração máxima
de emissão de 12 horas diárias; 2. É vedado o proselitismo de qualquer natureza na pro-
gramação das emissoras de radiodifusão comunitária.
b) Baixa potência: o serviço de radiodifusão prestado
a comunidade, com potência limitada a um 3. As programações opinativas e informativas obser-
máximo e com altura do sistema irradiante vam os princípios da pluralidade de opinião e de versão
não superior ao que vier a ser definidas em simultâneos em matérias polémicas, divulgando, sem-
regulamento da Agência Nacional das Comu- pre, as diferentes interpretações relativas aos factos
nicações; noticiados.
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Podem exercer a actividade de radiodifusão comuni- 2. Os recursos provenientes de patrocínios devem ser,
tária as fundações, ONG’s e associações comunitárias obrigatoriamente, revertidos para a própria emissora,
sem fins lucrativos, desde que legalmente instituídas e para o seu funcionamento, manutenção e aperfeiçoamento.
devidamente registadas, sedeadas na área da comuni- Artigo 15º
dade para a qual pretendem prestar o serviço, mediante
Incentivo
atribuição de alvará.
Artigo 9º
O departamento governamental responsável pela co-
municação social deve incentivar o desenvolvimento de
Atribuição de alvará radiodifusão comunitária em todo o território nacional,
A atribuição do alvará é mediante concurso público, podendo, para tanto, elaborar o livro de estilo para uso
competindo ao membro do Governo responsável pela das radiodifusões comunitárias e organizar acções de
comunicação social adaptar o regulamento de concurso formação destinadas aos interessados na operação de
público para a atribuição de alvarás da actividade de ra- emissoras comunitárias, visando o seu aprimoramento
diodifusão à especificidade da radiodifusão comunitária. e a melhoria na execução do serviço.
Artigo 10º Artigo 16º
A entidade autorizada a explorar o serviço de radiodifusão As taxas previstas na Portaria nº 12/98, de 16 de Fe-
comunitária deve instituir um conselho comunitário, vereiro, que aprova as taxas de atribuição de alvarás
composto por, no mínimo, cinco pessoas de reconhecida de radiodifusão por cada estação, são especialmente
idoneidade moral na localidade, de entre as quais um reduzidas para efeitos do presente diploma, nos termos
jornalista com carteira profissional, com o objectivo de a fixar por portaria conjunta dos membros do Governo
acompanhar a programação da emissora, com vista ao responsáveis pelas Finanças, Comunicações electrónicas
atendimento do interesse exclusivo da comunidade e dos e Comunicação social.
princípios estabelecidos no artigo 4º. Artigo 17º
Artigo 11º Proibições
Liberdade de acção
1. É vedada a atribuição de alvará para o exercício
A entidade licenciada para o exercício de actividade da actividade de radiodifusão comunitária às entidades
de radiodifusão comunitária pode realizar alterações no prestadoras de qualquer outra modalidade de serviço de
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sociedade de advogados opte pelo regime que achar mais 2. Os advogados estagiários não podem ser sócios de
conveniente podendo elas constituir-se segundo o regime sociedade de advogados.
de responsabilidade ilimitada ou de responsabilidade
3. Os advogados apenas podem fazer parte de uma única
limitada, conforme as conveniências dos sócios.
sociedade de advogados e devem consagrar a esta toda
Foi ouvida a Ordem dos Advogados de Cabo Verde; a sua actividade profissional de advogado, sem prejuízo
do disposto no número seguinte.
Assim, ao abrigo dos artigos 10º e 253º dos Estatutos
da Ordem dos Advogados de Cabo Verde, aprovados pela 4. Qualquer dos sócios pode exercer actividade profis-
Lei nº 91/VI/2006, de 9 de Janeiro e, sional de advogado fora da sociedade, desde que autori-
zado no contrato de sociedade ou mediante acordo escrito
No uso da faculdade conferida pela alínea c) do nº 2 do
de todos os sócios.
artigo 203º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
5. Salvo a situação prevista no número anterior, devem
CAPITULO I
os sócios prestar mutuamente informações sobre a ac-
Disposições Gerais tividade profissional de advogado sem que tal envolva
Artigo 1º violação do segredo profissional, ao qual ficam obrigados
todos os sócios.
Objecto
6. As procurações forenses devem indicar obrigato-
O presente diploma estabelece o regime das sociedades
riamente a sociedade de que o advogado ou advogados
de advogados.
constituídos façam parte.
Artigo 2º
7. Sem prejuízo da faculdade de substabelecer nos
Sociedade de advogados
termos gerais, o mandato conferido apenas a algum ou
As sociedades de advogados são sociedades civis em que alguns dos sócios de uma sociedade de advogados não
dois ou mais advogados acordam no exercício em comum se considera automaticamente extensivo aos restantes
da profissão de advogado, a fim de repartirem entre si os sócios.
respectivos lucros. Artigo 7º
Artigo 3º Associados
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ilimitada e RL para as sociedades de advogados de res- b) Que exerçam actividades estranhas à advocacia;
ponsabilidade limitada.
c) Que incluam sócio não inscrito como advogado
2. Quando a sociedade não individualiza todos os sócios, inibido de advogar.
a denominação social deve conter o nome de um dos sócios
3. É proibido o registo na Conservatória de sociedades
e a expressão “e associados” ou “& Associados”.
ou pessoas colectivas que incluam, no seu objecto social,
3. A denominação social deve constar da correspondência a título principal ou acessório, o exercício da advocacia.
e de todos os documentos que emanem da sociedade e Artigo 13°
dos escritos profissionais dos sócios enquanto ajam como
Nulidade
tais.
Artigo 11º A declaração de nulidade do contrato de sociedade não
prejudica a validade dos actos profissionais praticados
Registo
pelos sócios advogados anteriores ao trânsito em julgado
1. O contrato sociedade é submetido ao registo junto do da decisão judicial.
Conselho Superior da OACV, o qual exerce um controlo CAPÍTULO II
de mera legalidade.
Participações sociais
2. O Conselho Superior verifica se o contrato de so-
Artigo 14°
ciedade está de harmonia com as normas deontológicas
constantes do Estatuto da OACV, bem como com as re- Participações de indústria e de capital
gras previstas neste diploma e se a denominação social
Todos os sócios são obrigados a integrar com partici-
escolhida é ou não igual ou por tal forma semelhante a
pações de indústria e, todos ou, ao menos algum deles,
outra já registada que com ela possa confundir-se.
segundo o que for convencionado, também com partici-
3. O registo deve ser efectuado no prazo de trinta dias pações de capital.
a contar do pedido. Artigo 15.º
4. O pedido de registo é acompanhado do contrato de Participações de indústria
sociedade e da certidão de disponibilidade da denominação
1. As participações de indústria não concorrem para a
social emitida pelo Conselho Superior.
formação do capital social e presumem-se iguais, salvo
5. Da deliberação do Conselho Superior cabe recurso estipulação em contrário do contrato de sociedade.
contencioso nos termos da lei.
2. As participações de indústria são intransmissíveis e
6. Da deliberação do Conselho Superior cabe recurso extinguem-se sempre que o respectivo titular deixe, por
para o Conselho Nacional da OACV. qualquer razão, de ser sócio da sociedade.
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3. Nas participações de capital em espécie não pode ser Amortização por recusa de autorização
incluído o valor de clientela de cada sócio. 1. Se a sociedade recusar a autorização para a cessão
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4. O disposto no número anterior não obsta a que a de participação de capital a terceiro, deve, no prazo de
clientela de cada sócio seja considerada relevante para seis meses, proceder à respectiva amortização, se o sócio
efeitos, designadamente, de amortização de participações assim lho exigir por carta registada com aviso de recepção,
e de distribuição de lucros, desde que prevista no contrato expedida nos quinze dias seguintes à recepção da comu-
ou em acordo escrito de todos os sócios. nicação da sociedade.
5. A divisão de resultados sociais pode não ser propor- 2. A participação é amortizada por valor correspondente
cional ao valor das entradas. ao preço da projectada cessão, excepto se a sociedade, nos
Artigo 17º trinta dias seguintes ao da recepção da carta registada a
Cessão de participações de capital entre sócios que se refere o número anterior, comunicar ao sócio que
não aceita como valor de amortização tal preço, sendo,
1. A cessão onerosa de participações de capital é livre neste caso, o valor da amortização fixado por uma comis-
entre os sócios, sem prejuízo do direito de concorrência são arbitral, designada nos termos do artigo 48º.
dos restantes.
3. A comissão deve ter obrigatoriamente em atenção,
2. O sócio que pretenda ceder a respectiva participação
no cálculo da amortização, se o sócio que a pretende com
de capital a algum ou alguns dos sócios deve dar conhe-
a sua saída da sociedade, irá reduzir ou não a clientela
cimento aos restantes do seu propósito, por carta regis-
desta e, em caso afirmativo, em que medida.
tada com aviso de recepção, dirigida para as respectivas
residências, na qual indique os termos da projectada 4. O valor da amortização é acrescido da importância
cessão, o nome do previsto ou previstos cessionários e apurada nos termos do número 3 do artigo 15º.
o regime de participação de indústria que este ou estes
pretendam adquirir. 5. Os estatutos da sociedade podem fixar que o valor
da amortização seja pago em prestações, estabelecendo
3. Dentro do prazo de quinze dias após a recepção das o respectivo número e periodicidade.
cartas referidas no número anterior, devem os seus des-
tinatários, também através de carta registada com aviso 6. Se a sociedade não proceder à amortização no prazo
de recepção, dirigida ao sócio que pretenda ceder a sua de seis meses referido no número 1, esta considera-se au-
participação, declarar se pretendem exercer o seu direito de tomaticamente realizada naquele termo, vencendo-se ime-
preferência, considerando-se que não pretendem exercê-lo diatamente as prestações a que o sócio tenha direito.
se, dentro desse prazo, não o fizerem.
Artigo 20º
4. Se algum dos sócios não cessionários exercer a
Transmissão não voluntária
seu direito de preferência, a participação de capital e
indústria em causa é cedida ao primitivo ou primitivos 1. No caso de transmissão não voluntária entre vivos
previstos cessionários e ao interessado ou interessados de participação do capital, a sociedade pode amortizá-la,
na proporção das suas participações sociais. se o adquirente for advogado.
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4. À fixação e o valor da amortização são aplicáveis, com 1. Todo o sócio tem o direito de se exonerar da sociedade, se
as necessárias adaptações, o disposto nos números 2 a 6 a duração desta não tiver sido fixada no contrato sociedade;
do artigo 19º, salvo se o contrato de sociedade dispuser não se considera para este efeito fixada no contrato de
de modo diferente. sociedade a duração da sociedade se esta tiver sido cons-
5. O valor da amortização é pago nas condições fixadas no tituída por toda a vida de um sócio ou por um período
contrato de sociedade ou, na sua falta, em três prestações superior a trinta anos.
trimestrais iguais, vencendo-se a primeira no último dia 2. Havendo fixação de prazo, o direito de exoneração
do mês seguinte àquele em que foi deliberada a amorti- só pode ser exercido nas condições previstas no contrato
zação ou, se operar a transmissão, quando a amortizarão de sociedade ou quando ocorra justa causa.
for obrigatória.
Artigo 21° 3. A exoneração só se torna efectiva no fim do ano social
em que é feita a comunicação respectiva, mas nunca antes
Cessão gratuita
de decorridos três meses sobre esta comunicação.
1. O disposto nos artigos 17 ° a 19° é aplicável, com
as necessárias adaptações, à cessão de participações de 4. Se a justa causa ou a causa de exoneração expressa
capital a título gratuito. no contrato de sociedade social invocada pelo sócio não
for aceite pela sociedade, a exoneração só pode ser auto-
2. O sócio que pretender ceder gratuitamente a sua rizada pelo tribunal.
participação de capital deve atribuir-lhe o respectivo
valor, quando der conhecimento aos outros sócios ou 5. Considera-se justa causa de exoneração, designa-
solicitar a autorização da assembleia-geral, conforme a damente:
identidade do cessionário.
4 180000 000971
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4. Se a sociedade tiver número de sócios inferior a 2. A responsabilidade por dívidas sociais inclui as ge-
quatro, a exclusão de qualquer deles só pode ser decre- radas opor actos praticados ou por omissões imputadas
tada pelo tribunal. a sócios, associados e advogados estagiários, no exercício
da profissão.
5. É aplicável aos casos de exclusão de sócios o disposto
no nº 5 do artigo anterior. Artigo 29º
Artigo 27°
da sociedade.
Suspensão da inscrição do sócio como advogado 2. Para efeitos do direito de regresso entre os sócios,
cada um reponde pelas dívidas sociais na proporção em
1. O disposto nos números 1, 2 e 4 do artigo anterior é que participe nos resultados, salvo estipulação diversa
aplicável no caso de suspensão da inscrição do sócio como do contrato de sociedade.
advogado, o qual também mantém direito a metade dos
Artigo 32º
lucros correspondentes à participação de indústria, mas
apenas durante os primeiros seis meses de duração da Seguro obrigatório de responsabilidade civil
suspensão.
1. As sociedades de advogados que optem pelo regime
2. Se o sócio for condenado em pena disciplinar de sus- de responsabilidade limitada devem obrigatoriamente
pensão, é aplicável, sem prejuízo do disposto no número contratar um seguro de responsabilidade civil para cobrir
seguinte, o estabelecido na segunda parte do número os riscos inerentes ao exercício da actividade de profis-
anterior. sional dos seus sócios, associados, advogados estagiários,
agentes ou mandatários.
3. No caso previsto no número anterior, pode a so-
ciedade deliberar amortizar a participação do capital 2. O capital mínimo obrigatoriamente seguro não pode
do sócio, aplicando-se o disposto nos números 2 a 6 do ser inferior ao valor correspondente a 50% do valor da
artigo 19º. facturação da sociedade no ano anterior, com um mínimo
de 250.000$00 e um máximo de 250.000.000$00.
CAPÍTULO IV
3. No ano da constituição da sociedade de advogados,
Tipos de sociedade e regime de responsabilidade
o valor do seguro de responsabilidade civil corresponde
Artigo 28º ao limite mínimo referido no número anterior.
Tipos de sociedade
4. O não cumprimento do disposto no presente artigo
1. As sociedades de advogados devem optar, no mo- implica a responsabilidade ilimitada dos sócios pelas dívi-
mento da constituição, por um dos dois tipos seguintes, das sociais geradas durante o período do incumprimento
consoante o regime de responsabilidade por dívidas do dever de celebração do contrato de seguro.
sociais a adoptar: Artigo 33º
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1. Competem à assembleia-geral dos sócios todas as 3. Todas as importâncias recebidas pelos sócios nos
deliberações não compreendidas nas atribuições legais termos dos números anteriores são consideradas como
ou estatutárias da administração. remunerações de trabalho.
2. A assembleia-geral reúne ordinariamente uma vez 4. As contas das sociedades de advogados de respon-
por ano, até ao dia 15 de Março, para deliberar sobre as sabilidade limitada devem ser depositadas na Ordem
contas do exercício social anterior e sobre outros assuntos dos Advogados, no prazo de 60 dias a contar da sua
para que igualmente tenha sido convocada. aprovação.
3. A assembleia-geral reúne nas datas previstas no Artigo 39º
contrato de sociedade e sempre que convocada, com um
Remunerações e distribuição dos resultados
fim legítimo e com indicação da respectiva ordem de
trabalhos, por qualquer sócio. 1. As remunerações de qualquer natureza cobradas
como contraprestação da actividade profissional dos sócios
4. À convocação e funcionamento da assembleia-geral
e dos associados constituem receitas da sociedade.
e ao conteúdo das respectivas deliberações são aplicáveis
as disposições dos artigos 175° a 180° do Código Civil. 2. O contrato de sociedade determina as modalidades
da distribuição dos resultados entre os sócios.
5. As deliberações sobre alterações ao contrato de so-
ciedade, dissolução ou prorrogação da sociedade exigem 3. Na falta de disposição estatutária sobre a distribui-
sempre a maioria absoluta dos votos expressos, além do ção dos lucros, estes são distribuídos por todos os sócios
quórum pessoal referido nos números 2 e 3 do artigo 177° em partes iguais.
do Código Civil.
CAPÍTULO VII
Artigo 36º
Voto
Dissolução e liquidação da sociedade
Artigo 40°
1. Cada sócio dispõe, pelo menos, de um voto.
Dissolução
2. O contrato de sociedade pode atribuir mais votos a
algum ou alguns dos sócios, mas nenhum sócio pode re- 1. A sociedade extingue-se pelo decurso do prazo pelo
presentar mais do que 50% do total dos votos expressos. qual foi constituído ou por deliberação dos sócios.
3. Os sócios ausentes podem mandatar os sócios pre- 2. A sociedade dissolve-se por decisão judicial ou no
sentes, por meio de simples carta, para os representarem caso de exoneração ou expulsão de todos os sócios da so-
no exercício do direito de voto. ciedade, de aplicação de sanção de proibição de exercício
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2. A cisão de uma sociedade de advogados determina Nos casos não previstas no presente diploma, é apli-
a sua dissolução e constituição de outras sociedades cável a sociedade de advogados o regime do contrato de
resultantes da cisão. sociedade regulado no Código Civil.
3. A cisão e a fusão são deliberadas pela assembleia- Artigo 48º
geral de cada uma das sociedades e por maioria de 3/4
dos votos apurados dos sócios detendo 75% do capital Comissão arbitral
social.
A comissão arbitral prevista neste diploma é cons-
Artigo 42°
tituída por três advogados, sendo um designado pela
Regime da dissolução sociedade, outro pelo sócio, herdeiros ou representante
legal do sócio e, o terceiro, pelo Presidente do Conselho
1. São aplicáveis à extinção, dissolução e liquidação
Superior da OACV, que presidirá, com voto de desempate
da sociedade as disposições dos artigos 1004° a 1015° e
e estabelecerá os termos do respectivo processo.
1017° do Código Civil.
4 180000 000971
Artigo 49º
2. Após a dissolução e enquanto não se ultimarem as
partilhas, os sócios podem retomar o exercício da sua ac- Regulamentação
tividade profissional de advogado, a título individual.
O Conselho Superior da OACV deve regulamentar,
3. Em caso de fusão e cisão, o património activo e pas- no prazo de sessenta dias após a publicação do presente
sivo da sociedade resultante é o que for estabelecido no diploma, as seguintes matérias:
contrato de fusão e cisão, havendo liquidação apenas na
parte que não for transmitida. a) O processo de registo e a forma de publicidade
CAPÍTULO VIII dos actos;
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de 5 de Novembro Revogação
nos terrenos situados na ZDTI da Murdeira e Algodoeiro, MURDEIRA, S.A., com capital social de
ilha do Sal, numa área aproximada de 504 hectares, 80.000.000$00, matriculada na Conservatória
identificado como lote n.º1. dos Registos do Sal sob o número 956, com o
NIF 252300939, com a sede social em Mur-
Convindo a autorizar a celebração uma nova Convenção deira, na ilha do Sal, e representada pelo seu
de Estabelecimento entre o Estado e SOCIEDADE DE Presidente do Conselho de Administração, Dr.
DESENVOLVIMENTO PORTO MURDEIRA, S.A., ao Amaro da Luz;
abrigo do artigo 17º da Lei nº 21/IV/91, de 30 de Dezembro,
em ordem a facilitar a realização do projecto designado Considerando que:
“Porto Murdeira”, que já mereceu aprovação do departa- 1. A SOCIEDADE DE DESENVOLVIMENTO PORTO
mento governamental responsável pelo turismo. MURDEIRA, S.A., pretende desenvolver um projecto de-
signado “Porto Murdeira”, num terreno situado na Ilha do
Nestes termos, Sal, numa área de 504 hectares, que se configura como um
projecto estruturante para o desenvolvimento do turismo
No uso da faculdade conferida pelo nº 2 do artigo 260º da da ilha em particular, e Cabo Verde em geral;
Constituição, o Governo aprova a seguinte Resolução:
2. O projecto consistirá num investimento em cerca de
Artigo 1º 1.900.000.000 (mil e novecentos mil milhões de euros), a
ser realizado num período de sete anos;
Aprovação
3. O projecto está em sintonia com a política turística
1. É aprovada a minuta da Convenção de Estabe- nacional, preservando e valorizando adequadamente e
lecimento a celebrar entre o Estado de Cabo Verde e sempre, as condições naturais do País e da cultura Cabo-
SOCIEDADE DE DESENVOLVIMENTO PORTO verdiana, configurando-se como um produto turístico de
MURDEIRA, S.A., constante do anexo ao presente qualidade;
diploma, de que faz integrante.
4. O Governo encoraja e apoia a implementação do refe-
2. É mandatado o Ministro da Economia Crescimento rido projecto, pela sua importância para o incremento da
e Competitividade para, em nome do Estado de Cabo política nacional do sector do turismo, para a criação de
Verde, proceder à assinatura da Convenção de Estabe- emprego e formação profissional, e desenvolvimento social
lecimento referida no número anterior. das populações residentes na envolvente do projecto;
Assim,
3. O original da Convenção de Estabelecimento fica
em depósito na “Cabo Verde Investimentos – Agência É celebrada a presente Convenção de Estabelecimento,
Cabo-verdiana de Investimentos” - CI. que se regerá pelas cláusulas seguintes:
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7. As despesas de arbitragem são suportadas pelas 2. Para o Ministério da Defesa Nacional é designado
partes. para desempenhar a função do Ordenador Financeiro
Principal no âmbito da gestão corrente, o Director de
8. O Tribunal Arbitral aprova o seu regulamento interno. Serviço da Administração.
Assinada na Cidade da Praia, aos ___ de _____ de
2007. Gabinetes da Ministra da Presidência do Conselho de
Ministros, da Reforma do Estado e da Defesa Nacional
Em representação do Governo, Eng. José Brito
e da Ministra das Finanças e Administração Pública, na
Em representação da Sociedade de Desenvolvimento Praia, aos 1 de Outubro de 2007. – As Ministras, Cristina
Porto Murdeira, S. A, Amaro da Luz. Fontes Lima – Cristina Duarte.
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B O L E T I M OFICIAL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001 Av. Amílcar Cabral/Calçada Diogo Gomes,cidade da Praia, República Cabo Verde.
C.P. 113 • Tel. (238) 612145, 4150 • Fax 61 42 09
Email: incv@gov1.gov.cv
Site: www.incv.gov.cv
AVISO ASSINATURAS
Para o país: Para países estrangeiros:
Por ordem superior e para constar, comunica-se que não serão aceites
quaisquer originais destinados ao Boletim Oficial desde que não tragam Ano Semestre Ano Semestre
aposta a competente ordem de publicação, assinada e autenticada com
selo branco. I Série ...................... 8.386$00 6.205$00 I Série ...................... 11.237$00 8.721$00
Sendo possível, a Administração da Imprensa Nacional agradece o II Série...................... 5.770$00 3.627$00 II Série...................... 7.913$00 6.265$00
envio dos originais sob a forma de suporte electrónico (Disquete, CD,
III Série ................... 4.731$00 3.154$00 III Série .................... 6.309$00 4.731$00
Zip, ou email).
Os prazos de reclamação de faltas do Boletim Oficial para o Concelho Os períodos de assinaturas contam-se por anos civis e seus semestres. Os números publicados antes
da Praia, demais concelhos e estrangeiro são, respectivamente, 10, 30 e de ser tomada a assinatura, são considerados venda avulsa.
60 dias contados da sua publicação.
AVULSO por cada página ............................................................................................. 15$00
Toda a correspondência quer oficial, quer relativa a anúncios e à
assinatura do Boletim Oficial deve ser enviada à Administração da PREÇO DOS AVISOS E ANÚNCIOS
Imprensa Nacional. 1 Página .......................................................................................................................... 8.386$00
A inserção nos Boletins Oficiais depende da ordem de publicação neles
1/2 Página ....................................................................................................................... 4.193$00
aposta, competentemente assinada e autenticada com o selo branco, ou,
na falta deste, com o carimbo a óleo dos serviços donde provenham. 1/4 Página ....................................................................................................................... 1.677$00
Não serão publicados anúncios que não venham acompanhados da Quando o anúncio for exclusivamente de tabelas intercaladas no texto, será o respectivo espaço
importância precisa para garantir o seu custo. acrescentado de 50%.