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FACULDADE PITÁGORAS

MÉTODOS DE PESQUISA DE SURVEY

DIVINÓPOLIS
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. CAPÍTULO 8 .............................................................................................................

2.1. Construção de Índices e Escalas ........................................................................

2.1.1. Índices Versus Escalas ....................................................................................

2.2. Construção de Índices .........................................................................................

2.2.1. Seleção de Itens ................................................................................................

2.2.2. Relações Bivariadas entre Itens ......................................................................

2.2.3. Relações Multivariadas entre Itens ..................................................................

2.3. Escore de Índices ................................................................................................

2.4. Trabalhando com Dados Faltantes .....................................................................

2.5. Validação de Índices ............................................................................................

2.6. Escalonamento Likert ..........................................................................................

2.7. Construção de Escalas ........................................................................................

2.7.1. Escalas de Distância Social de Bogardus .......................................................

2.7.2. Escalas Thurstone.............................................................................................

2.7.3. Escalonamento de Guttman .............................................................................

2.7.4. Tipologias ..........................................................................................................

3. CAPÍTLO 10 .............................................................................................................

3.1. Surveys Por Entrevistas ......................................................................................

3.1.1. Importância do Entrevistador ...........................................................................

3.1.2. Papel Neutro do Entrevistador .........................................................................

3.2. Regras Gerais par Entrevistador ........................................................................

3.2.1. Aparência e Comportamento ..........................................................................


3.2.2. Familiaridade com o Questionário ...................................................................

3.2.3. Seguindo Exatamente a Redação da Questão ................................................

3.2.4. Registrando as Respostas de Maneira Exata .................................................

3.2.5. Sondando Respostas ........................................................................................

3.3. Treinamento do Entrevistador ............................................................................

3.3.1. Instruções Gerais ..............................................................................................

3.3.2. Estudando o Questionário e as Especificações .............................................

3.3.3. Ensaie as Entrevistas em Sala de Aula ...........................................................

3.3.4. Exercitando as Entrevistas de Campo ............................................................

3.4. A Operação de Entrevistar ..................................................................................

3.4.1. Equipe ................................................................................................................

3.4.2. A Entrevista Verdadeira ....................................................................................

3.4.3. Supervisão e Revisão .......................................................................................

3.4.4. Redistribuindo Entrevistas ...............................................................................

3.4.5. Verificação de Entrevistas ................................................................................

3.4.6. Demitir Entrevistadores ....................................................................................

4. CAPÍTULO 11 ...........................................................................................................

4.1. Processamento de Dados....................................................................................

4.1.1. Computadores na Pesquisa de Survey ...........................................................

4.1.2. Armazenando Dados em Cartões ....................................................................

4.1.3. Recuperando os Dados a Partir dos Cartões .................................................

4.1.4. A Entrada dos Computadores ..........................................................................

4.1.5. Microcomputadores ..........................................................................................


4.2. Codificação ...........................................................................................................

4.2.1. Desenvolvendo Categorias De Códigos ..........................................................

4.3. Construção do Livro de Códigos ........................................................................

4.4. Opções de Codificação e Inserção de Dados ....................................................

4.4.1. Falhas de Transferência ...................................................................................

4.4.2. Codificação nas Margens .................................................................................

4.4.3. Inserção Direta de Dados .................................................................................

4.4.4. Entrada de Dados pelos Entrevistadores........................................................

4.4.5. Codificação para Folhas de Scanner Óptico ..................................................

4.4.6. Uso Direto das Folhas de Scanner Óptico ......................................................

4.5. Pré-Codificação para a Inserção de Dados ........................................................

4.6. Limpeza de Dados ................................................................................................

4.6.1. Limpeza de Possíveis-Códigos ........................................................................

4.6.2. Limpeza de Contingências ...............................................................................

5. CAPÍTULO 12 ...........................................................................................................

5.1. Pré-Testes e Estudos-Piloto ................................................................................

5.2. Fazendo os Pré-Testes ........................................................................................

5.2.1. Fazendo o Pré-Teste do Desenho da Amostra ...............................................

5.2.2. Pré-Testamento e Instrumento da Pesquisa ...................................................

5.2.3. Pré-Teste da Coleta de Dados ..........................................................................

5.2.4. Pré-Testando o Procedimento de Dados ........................................................

5.2.5. Pré-Teste da Análise .........................................................................................

5.3. Fazendo Estudo-Piloto.........................................................................................


5.3.1. Estudo-Piloto da Amostragem .........................................................................

5.3.2. Estudo-Piloto do Instrumento de Pesquisa ....................................................

5.3.3. Coleta e Processamento de Dados do Estudo-Piloto ....................................

5.3.4. Análise do Estudo-Piloto ..................................................................................

5.4. Avaliação Pré-Testes e Estudos-Piloto ..............................................................

5.4.1. Clareza da Pergunta ..........................................................................................

5.4.2. Formato do Questionário..................................................................................

5.4.3. Variância nas Respostas ..................................................................................

5.4.4. Validação Interna de Itens ................................................................................

5.4.5. Avaliação da Análise e do Relatório ................................................................

6. REFERÊNCIAS .........................................................................................................
1. Introdução

O primeiro capítulo abordará a construção de escalas e a construção de


índices. Serão analisadas as vantagens que boas medidas compostas
oferecem. O segundo capítulo trás alguns elementos da operação de
entrevistas, como e feito o treinamento com o supervisor e os entrevistadores,
mostrando como e construída uma boa operação e treinamento. O terceiro
capítulo será discutido as opções e requisitos do processamento dos dados,
como são feitas as coletas e os métodos utilizados e como devemos escolher
ou criar questionários, enfatizando a necessidade absoluta de um planejamento
adequado da pesquisa. O quarto capítulo traz os pré-testes e estudo piloto e
suas contribuições para a pesquisa Survey.

2. CAPÍTULO 8

2.1. Construção de índiÍes

Muitas das pesquisas sociais visão determinar associações entre variáveis,


geralmente estabelecendo X está relacionado a Y. Medir é uma tarefa difícil e
impossível chegar a medidas exatas.

Índices e escalas são eficientes para analise de dados, sendo que vários itens
podem nos dar medidas exatas, ao invés de um que pode ser confuso e
interpretativo. Índices e escalas são dispositivos de redução de dados, varias
respostas são resumidas num único escore.

2.1.1. Índices Versus Escalas

Ambos são medidas ordinais de variáveis. São construídos de maneira a


ordenar as respostas do Survey em termos de variáveis especificas. Os
escores de um índice ou escala são determinados por respostas especificas a
vários itens do questionário.

Um índice é construído pelo somatório simples de escores atribuídos a


respostas especificas aos itens individuais que formam o incide. Uma escala é
constituída pela atribuição de escores a padrões de respostas entre os vários
itens que formam a escala. Uma escala difere de um incide por tirar vantagem
de qualquer possível estrutura de intensidade entre os itens individuais.

Deve sempre ficar claro que escalas são superiores a índices, escores de
escala dão mais informação do que escores de índices.
As combinações para se ter escalas ou índices vão depender da amostra
especifica de respondentes. Não se deve presumir que um certo conjunto de
itens forme uma escala só porque formaram numa determinada escala.

Índices são usados muito mais frequentemente que escalas, pois os métodos
de construção de índices parecem mais óbvios e diretos.

2.2. Construção de Índices

2.2.1. Seleção de itens

O primeiro critério na seleção e a validade aparente (validade lógica). Os itens


investigados podem ser filiação, frequência do respondente, aceitação e assim
por diante.

Uma medida composta deve representar apenas uma dimensão. Não


misturando variáveis, e mesmo que tenham relação devem ser unidimensional.

Deve-se estar atento a natureza dos itens, e estar consciente da dimensão que
se esta tentando medir, assim os itens incluídos determinará quão especifica é
a medida da sua variável.

Sempre deve considerar a quantidade de variância fornecida pelo índice. Em


relação à variância, dividir os respondentes ao meio. Também selecionar itens
de difiram a variância.

2.2.2. Relações Bivariadas entre Itens

Um segundo critério é se cada item realmente der uma indicação da variável,


então os itens devem estar empiricamente relacionados entre si. Os itens
precisam ter relação, ser compatíveis.

Importante examinar relações bivariadas entre os itens. O critério primário e


avaliar as relações de força. Um item não relacionado a vários outros deve ser
abandonado. Um sinal de perigo é a forte corelação entre dois itens, então
podemos precisar apenas de um deles.

Quem opta por um ou outro item entre primeiro e segundo item, não define
exatamente o que a pessoa é, mas, apenas mostra sua preferência. Os itens
podem não contem um critério de descrever o que aquilo representa, então não
pode ser atribuído esse sentido absoluto. Sendo que cada item separa o
individuo entre mais ou menos algo determinado. Mas devemos encontrar
correlação entre as respostas dos itens. Portanto cada item corresponde a um
certo grau de respostas.
2.2.3. Relações multivariadas entre itens

É preciso examinar as relações simultâneas entre muitas variáveis antes de


combina-las num único item. Feito isso, a combinação de vários itens vai
considerar a totalidade da resposta.

Para o índice ser funcional ele precisa fornecer gradações significativas em


cada item. E a força de todos os itens irá medir a variável considerada.

Pode montar relações entre dois pressupostos e analisar a relação das


pessoas com suas preferências. As classificações podem acontecer como
indicadores opostos e intermediários, ou mensurados por porcentagem.

Pode haver relação entre preferência e interesse. O objetivo e examinar a


interação simultânea dos itens, para determinar se podem ser incluídos ou não,
contudo se forem considerados muitos itens, e necessário usar tabelas
multivariadas mais complexas.

2.3. Escores de Índices

Após a escolha dos itens, deve-se atribuir escores as respostas especificas. É


preciso decidir a amplitude desejada dos escores (qual longe nos extremos,
deve se estender a variância do índice), e um número adequado de casos em
cada ponto do índice. Também é preciso atribuições de escore para cada
resposta especifica, para isso os itens devem ter pesos iguais, a menos que
haja fortes razões para receberem pesos distintos.

Existe o equilíbrio entre os itens, um item pode ser parecido com outro e
diferente de um terceiro, nesse ponto posso combinar dois itens para ter o
mesmo peso que o terceiro item. Seria escores diferentes 2 para escores
máximos de 1.

O método escolhido representa a combinação entre diferentes demandas.


Serão examinados os pesos relativos atribuídos a diferentes aspectos e, ao
mesmo tempo, considerando a amplitude e a distribuição dos casos.

2.4. Trabalhando com dados faltantes

Em quase todo Survey faltara alguma resposta ou escolhem a opção não sei.
O caso das não respostas vai causar problemas na construção de índices.
Pode se decidir excluir os que tiverem dados faltantes. Nesse caso é preciso
ter cuidado para não resultar numa amostra tendenciosa e também se a
quantidade restante e suficiente.

Pode haver razões para tratar respostas faltantes a respostas dadas, no caso
de “sim” ou “não”, decidindo que a resposta em branco é um não.

Uma analise de dados pode também permitir interpretações em determinados


casos, tomando-os apenas como forma de sugestão para analise dos dados.

Ao atribuir um escore entre 0, 1 e 2, pode-se atribuir os não respondentes a


escore 1, que pode estar registrado entre concordo e discordo.

Também pode atribuir a resposta a esse índice proporcionalmente as respostas


anteriores.

A escolha do método faltante depende de cada pesquisa. E o objetivo da


analise final e compreender seus dados.

2.5. Validação de índices

Analise de Item. Examina-se o quanto o índice composto esta relacionado aos


itens do questionário incluídos no próprio índice. Esse é o primeiro passo mas
não e o suficiente.

Validação Externa. O que foi classificado no índice deve aparecer nas


respostas.

Índices Ruins Versus Validadores Ruins. Se a analise interna de item mostrar


relação inconsistentes entre os itens incluídos no índice e o próprio índice.
Você tem que optar entre duas possibilidades (1) o índice não mede
adequadamente a variável em questão, (2) os itens de validação não medem
adequadamente a variável e, portanto, não são um teste suficiente do índice.

Quando a validação externa fracassa, e necessário reexaminar o índice antes


de decidir que os itens de validação são insuficientes.

2.6. “Escalonamento” Likert

A escala é definida como uma medida composta constituída com base numa
estrutura de intensidade entre os itens da medida.

O termo escala Likert é um formato de pergunta muito usado no Survey.


Basicamente é uma declaração e os respondentes concordam “fortemente”,
“concordam”, “discordam” ou “discordam fortemente”.
O método Likert é muito bom para construir escalas, pois deixa itens claros. Ele
se baseia que o participante escolha a melhor resposta. Os itens do
escalonamento Likert tem aproximadamente a mesma intensidade dos outros
itens. Eles podem ser combinados com outros itens e ser usados de varias
maneiras. Existem várias outras técnicas também para a pesquisa Survey.

2.7. Construção de escalas

2.7.1. Escala de Distância Social de Bogardus

1. Você deixaria albaneses morarem no seu país?


2. Você deixaria albaneses morarem na sua cominidade?
3. Você deixaria albaneses morarem na sua vizinhança?
4. Você deixaria um albanês morar ao lado de sua casa?]
5. Você deixaria seu filho (sua filha) se casa com um albanês?

As perguntas estão em ordem crescente de proximidade. Esta é a estrutura


lógica da intensidade inerente aos itens. Essa escala ilustra a economia de
esclarecimento como um dispositivo de redução de dados.

2.7.2. Escalas Thurstone

O escalamento de Thurstone procura desenvolver um formato para gerar


grupos de indicadores de uma variável com pelo menos uma estrutura empírica
entre eles. Quando os itens são adequadamente desenvolvidos e ponderados,
os resultados são visíveis. Um único escore pode ser a cada respondente, e
este escore representaria adequadamente as respostas a vários itens do
questionário.

O escalamento Thurstone é raramente usado em pesquisas Survey


atualmente. Principalmente pelo enorme gasto de energia no julgamento dos
itens.

2.7.3. Escalamento de Guttman

O escalamento de Guttman baseia-se no fato de que alguns itens podem ser


indicadores mais “difíceis” da variável do que outros. Na escala de Guttman
alguns respondentes recebem escores diferentes aos recebidos no índice.

Esse é um método de escalas acumulativas que visa definir mais precisamente


a área neura de uma escala. Ela é similar à escala de Likert, a única diferença
é que o escalamento de Guttman é acumulativo. Ela pode ser representada por
respostas gráficas ou por meio de desenhos.
2.7.4. Tipologias

Tipologias são multidimensionais. Geralmente quando se tenta construir um


índice ou uma escala, as pessoas acabam chegando a uma tipologia. Os itens
que parecem representar uma variável representam duas.

Sempre que a tipologia for usada como a variável independente,


provavelmente não haverá problemas, pois elas tornam claras a apresentação
de porcentagens. Porém é difícil avaliar a tipologia como variável dependente,
pois precisa avaliar separadamente cada agrupamento e depois compara-los.
Contudo a pesquisa Survey não abandona totalmente as tipologias.

3. Capítulo 10

3.1. Surveys Por Entrevistas

3.1.1. Importância do Entrevistador

Durante o preenchimento de um questionário, a presença do entrevistador é


muito valiosa, pois ele interfere diretamente no comportamento do entrevistado.
Com o entrevistador e presente, se houver indicação que não entendeu a
questão, ele pode esclarecer, além de diminuir a recusa.

A presença do entrevistador também é importante porque ele pode fazer


anotações detalhadas com relação aos cuidados pessoas, roupas e outros
fatores como.

3.1.2. Papel Neutro do Entrevistador

A pesquisa de Survey se baseia na teoria de cognição e comportamento


estímulo- resposta, onde todas as perguntas e respostas sejam as mesmas
para todos. O entrevistador deve se manter meio neutro para que sua presença
não altere as respostas.
Para que uma pesquisa seja bem feita, o entrevistador deve manter uma
postura de neutralidade perante qualquer circunstancia, como pobre ou
riqueza. Precisa ser preciso em suas falas para não influenciar nas respostas.

3.2. Regras Gerais para Entrevistar

3.2.1. Aparência e Comportamento

Os entrevistadores devem se vestir como pessoas que vão entrevistar, pois a


vestimenta irá influenciar ao obter respostas, e também pode não obter
transferência ou passar por dificuldades de comunicação.

A principio ele deve usar roupas limpas e simples, pois terá mais aceitação,
não estando extremamente formal nem extremamente inconveniente, assim
terá mais aceitação.

Sua comunicação possui um peso muito grande. Ele necessita ter uma
comunicação clara, objetiva e uma linguagem que encaixe em todos os
contextos.

Por fim, deve sustentar uma postura agradável, agindo com educação e
respeito, sem interferências na resposta do entrevistado ou colocações
inconvenientes.

3.2.2. Familiaridade com o questionário

É necessário que o entrevistador esteja familiarizado com o questionário, caso


isso não aconteça a entrevista pode se tornar incomoda e demorada, além de
poder alterar o sentido da entrevista.

Não existe necessidade de memorização das questões a serem perguntadas,


porém o entrevistador deve ter domínio da leitura do questionário.

Alguns itens não se ajustarão ao entrevistado, para isso o entrevistador deve


orienta-lo adequadamente. Em alguns casos é melhor deixar a questão sem
respostas do que perder muito tempo.
3.2.3. Seguindo exatamente a redação da questão

Os entrevistadores devem seguir rigorosamente as normas do questionário, e


obterem respostas sobre como ele foi produzido para saber aplica-lo, para que
não haja influências nas respostas.

3.2.4. Registrando as respostas de maneira exata

Sempre registrar tudo o que é dito pelo entrevistado quando houver perguntas
abertas, mesmo com erros gramaticais. Não se deve tentar resumir,
parafrasear ou corrigir erros de gramática. A resposta deve ser escrita
exatamente como foi dada. Pois ao resumi-las pode acabar perdendo
informações.

Algumas respostas podem ser tão desarticuladas, que o entrevistador precisa


ter uma certa habilidade para anotar e organizar tudo depois, dando sentido as
respostas.

O entrevistador pode conseguir respostas mais elaboradas. Para isso ele deve
questionar, como por exemplo, “como assim?” Ou “de que maneira?”.

3.3. Treinamento do entrevistador

Cada novo Survey requer que o entrevistador se atualize. Uma nova pesquisa
pode exigir duas semanas de treinamento. Uma de introdução e outra de
pratica.

3.3.1. Instruções Gerais

Os detalhes administrativos devem ficar claros logo de inicio. É recomendável


que seja explicado o que é esse método, como ele funciona e qual o papel do
entrevistador. No decorrer do treinamento para aplicação do Survey, é muito
recomendável.

Parte do treinamento deve ser conduzida por material informal, mais como
discussão do que como aula.

3.3.2. Estudando o Questionário e as Especificações

O supervisor/diretor do projeto deve percorrer todo o questionário passo a


passo com os entrevistadores. Para resolução dos problemas de aplicação.

Não se deve sair de cada aula sem sanar todas as duvidas. É necessário o
entendimento completo do questionário.

Deve haver discussões durante cada etapa, salientando cada questão e como
reagir as possíveis respostas.

Quando um supervisos não sabe uma resposta durante o levantamento de


situações possíveis no treinamento, ele deve deixar em aberto a questão, e
tentar responde-la na próxima aula, quando tiver buscado embasamento.

3.3.3. Ensaie as Entrevistas em Sala de Aula

Depois de toda a aprendizagem é necessário pratica para ser assertivo. Nesta


hora o supervisor forma grupos, entrevistado e entrevistador para simular uma
entrevista. Criando possibilidades de como será uma entrevista. Logo após as
entrevistas são postas em praticas, um aluno deve aplicar questionário no
outro, e tirando duvidas.

3.3.4. Exercitando as Entrevistas de Campo

Após o treinamento, os entrevistadores devem treinar com um publico, mas


esse público não pode ser o alvo principal da aplicação do questionário. E os
entrevistadores devem ficar atentos as especificações da Survey. Esse
treinamento vai demonstrar a capacidade do entrevistador, se ele consegue
realizar o trabalho.

Após a realização, os entrevistadores devem se reunir com os supervisores e


discutir melhorias, e se podem começar a aplicação na população principal da
pesquisa.

3.4. A operação de entrevistar

3.4.1. Equipe

Uma boa entrevista precisa de um bom projeto, um certo numero de


entrevistadores e a determinação do tempo de cada entrevista. É necessário
sempre dobrar o numero de entrevistadores, pois pessoas desistem e outras
são dispensadas durante o decorrer do projeto.

3.4.2. A Entrevista Verdadeira

As entrevistas podem ser feitas de varias formas, cara a cara, computador,


telefone entre outras formas.

A entrevista cara a cara pode ser mais bem realizada, podendo ser mais curta
e tornar tudo mais fácil para entrevistado e entrevistador.

A entrevista por telefone e bem mais pratica também, pois tem muitas
semelhanças com a cara a cara, e também por acontecer dentro de casa
também e o entrevistador ganha tempo não precisando se deslocar.

O entrevistador pode portar tecnologias digitais para auxiliar no seu trabalho.


Gerando praticidade, corte de gastos e organização.

3.4.3. Supervisão e Revisão

Num Survey reuniões periódicas devem ser realizadas, para discutir problemas
ocorridos das aplicações. O entrevistador deve sair da reunião sabendo
exatamente como a questão deveria ter sido resolvida. O supervisor deve estar
atento e estabelecer um cuidado com a fala do entrevistador para perceber
possíveis problemas.

Mesmo com um trabalho perfeito, a supervisão deve manter a monitoria sobre


aquele trabalho, sempre revisando a maior parte, se não tudo, assim poderão
sempre manter o padrão de boas aplicações, e também incentivando e
buscando cada vez mais melhorias.

3.4.4. Redistribuindo Entrevistas

Após a pessoa recusar participar, o entrevistador pode tentar persuadi-la a


cooperar, sem exageros, caso não consigam o supervisor pode entrar em
contato e tentar uma cooperação.

Se a pessoa decidir cooperar, o entrevistador pode ser trocado para que a


pessoa se sinta mais confortável, no caso será um entrevistador mais bem
sucedido em obter cooperação dos outros.

3.4.5. Verificação de Entrevistas

O supervisor deve monitorar as entrevistas, ligar para as pessoas perguntando


se aquelas respostas chaves são validas, no menor tempo possível.

Há razoes para verificar, são erros honestos e trapaças. Muitas entrevistas são
rápidas, negligentes, para se cumprir meta rápido. Se isso acontecer, deve-se
reconhecer que em partes a culpa e do supervisor e buscar melhorias no
próximo projeto.

3.4.6. Demitir Entrevistadores

Nem todas as pessoas são capazes de realizar as tarefas bem feitas, e após
passar tanto tempo treinando se torna difícil demitir pessoas. Contudo uma
mudança de função pode ser uma boa alternativa ao invés de demitir a pessoa,
sendo que ela pode ter potencialidades para exercer outra função no mesmo
projeto.

4. Capítulo 11

4.1. Processamento dos Dados

Atualmente o computador tem sido uma das melhores contribuições para a


pesquisa Survey, podendo descrever e manipular de forma facilitada, por
pessoas e maquinas semelhantes que são usadas para analisar dados.

Ao conduzir um projeto de pesquisa, todos os dados poderão ser gravados


para analise por uma máquina. Porém vale lembrar que as primeiras técnicas
que surgiram revelam mais claramente a lógica da analise de dados do que as
analises feita por determinados equipamentos.

4.1.1. Computadores na Pesquisa de Survey

Em 1801, o Francês Joseph-Marie, criou uma maquina automática que recebia


instruções de cartões perfurados. Essa maquina possuía padrões de litura dos
cartões, sendo apenas necessário furar orifícios apropriados em novos cartões,
para que ela respondesse de acordo. Essas informações eram armazenadas
sob a forma de buracos em um cartão e analisada por uma maquina que fazia
a leitura dos buracos, agindo de modo ao significado atribuído a eles.

A medida que a população crescia a forma de contagem foi alterada, sendo


que na medida que as contagens locais eram realizadas, os orifícios nos
cartões eram transformados, assim facilitando a contagem.

4.1.2. Armazenado Dados em Cartões

Os cartões foram armazenados e adaptados a pesquisa Survey. Esse


armazenamento ocorria nas perfurações dos buracos, o que possibilitava aos
computadores e outros equipamentos de processos de dados recuperarem os
dados localizados no cartão.

Um cartão representa os dados relevantes a uma unidade de análise. Na


pesquisa Survey, esse cartão poderia ser comparado a um questionário com
colunas representando os itens desse questionário. Sendo que, cada cartão
representa uma única unidade de análise da pesquisa, e cada coluna é usada
para a mesma variável em cada cartão.
4.1.3. Recuperando os Dados a Partir dos Cartões

Existem vários equipamentos para a leitura desses cartões. O mais simples é o


contador-classificador, ele é preparado para ler uma determinada coluna e
pode ser usado também para examinar as relações entre variáveis, como o
sexo.

Essa maquina foi muito usada, porém, possui três limitações básicas. Primeira,
era limitado a apenas contar e classificar os cartões. Segunda, o contador-
classificador era muito lento quando comparado às maquinas inventadas
depois. Terceira, estava limitado a examinar um cartão por unidade de análise,
ao observar as relações entre variáveis.

4.1.4. A Entrada dos Computadores

Hoje as análises são feitas em computadores, assim evitando as limitações do


contador-calssificador. O computador pode ser programado para examinar
simultaneamente uma grande variedade estatística, e fazer análises mais
rapidamente.

Em qualquer programa de computador, a lógica da análise dos resultados será


a mesma, os programas de análise dos dados sociais cientifico quantitativos
usam programas que instruem o computador a simular o processo de
contagem-classificação.

O uso dos computadores gera tempo, além de entregar o trabalho finalizado,


com facilidade, bem feito e com uma análise quase sem erros.

Existem sistemas de compartilhamento de tempo, que podem ser conectados a


redes nacionais de computadores, o que permite que um pesquisador na frente
do computador em sua casa, consiga informações e dados de outra cidade.

4.1.5. Microcomputadores

Segundo uma edição especial da Socialogical metbods & Research sobre


“Microcomputadores e a Pesquisa Social”, David R. Heise diz:

“Microcomputadores são baratos, confiáveis, portáteis, computacionalmente


poderosos e fáceis de usar. Este perfil os torna significativamente diferentes
dos computadores mainframe e garante sua ampla difusão. Até o fim da
década, os microcomputadores mudarão a maneira dos cientistas sociais
fazerem pesquisas, a maneira pela qual lecionam e a maneira como fazem
trabalho aplicado. Os microcomputadores também criarão novos tópicos para
análise social à medida que a revolução dos microcomputadores alcançar
diversos setores da sociedade”.

4.2. Codificação

Para os computadores fazerem milagres, precisam poder ler os dados


coletados na pesquisa. Na analise de conteúdo a tarefa é reduzir uma grande
variedade de itens idiossincráticos de informação a um conjunto mais limitado
de atributos compondo uma variável.

A variável ocupação tem vários esquemas de código preestabelecidos. Um


destes esquemas distingue entre ocupações profissionais e gerenciais,
ocupações de escritório, ocupações semi-especializadas etc. Outro distingue
diferentes setores da economia: manufatura, saúde, educação, comércio, e
assim por diante. Outros combinam os dois esquemas.

Para algumas pesquisas pode ser suficiente codificar todas as ocupações


como de colarinho branco ou colarinho azul. Para outros, basta autônomo ou
empregado.

Apesar do esquema de codificação dever ser ajustados para satisfazer


requisitos particulares da análise, deve-se prestar atenção a uma regra geral.
Assim, é aconselhável codificar os dados de modo mais detalhado do que você
planeja usar na análise.

4.2.1. Desenvolvendo Categorias de Códigos

Durante o processo de codificação, duas abordagens são importantes. Primeiro


você pode começar com um esquema de codificação relativamente bem
resolvido, baseado no seu objetivo de pesquisa. Portanto, o pesquisador da
paz pode codificar as ocupações em termos de suas relações como
establishment militar.

A segunda abordagem à codificação deve ser usada sempre que não tiver
certeza de como seus dados devem ser codificados, porque você não sabe
quais variáveis os dados representam entre os sujeitos da pesquisa.

Esse conjunto de atributos que compõem uma variável e as categorias de


respostas a uma pergunta fechada num questionário, as categorias de código
devem ser exaustivas e mutuamente excludentes, assim, cada pedaço de
informação codificado deve se encaixar numa e somente numa categoria.
4.3. Construção do Livro de Códigos

Um livro de códigos serve como ser o seu guia para localizar variáveis e
interpretar os códigos no arquivo de dados durante a analise. . Se você decidir
correlacionar duas variáveis na análise dos dados, o livro de códigos lhe
mostrará onde encontrar as variáveis e o que os códigos representam.

4.4. Opções de Codificação e Inserção de Dados

Antigamente, quase toda entrada de dados era feita por perfuração manual,
com cartões perfurados analisados por equipamentos de unidade de gravação
ou transmitidos para computadores para análises mais complexas. Nos anos
seguintes houve grandes avanços na entrada de dados. Usando terminais de
computadores ou microcomputadores, os dados são, em geral, digitados
diariamente nos arquivos de dados armazenados nos discos dos
computadores. Mas, como antes, esta entrada de dado está intimamente
relacionada à codificação e vários métodos podem ser usados para efetivar
esta ligação. Algumas delas veremos a seguir.

4.4.1. Folhas de Transferência

O método tradicional de processamento de dados envolve a codificação dos


dados e a transferência dos códigos atribuídos para folhas de transferência ou
folhas de códigos. Tais folhas são tradicionalmente divididas em oitenta
colunas, correspondentes às colunas dos cartões de dados, mas podem ser
adaptadas a outras configurações.

4.4.2. Codificação nas Margens

A codificação nas margens elimina a necessidade de folhas de código. A


margem externa de cada página do questionário ou outro documento-fonte de
dados é deixada em branco ou é marcada com espaços correspondentes a
nomes ou números de variáveis.

4.4.3. Inserção Direta de Dados

Pode-se entrar com dados diretamente no computador sem usar folhas de


códigos separados ou codificação nas margens, porém os questionários
precisam ter sido desenhados adequadamente. Este procedimento foi muito
aprimorado por alguns dos novos programas de computador.

É possível entrar com um conjunto de dados mais rapidamente quando se


referir a informação na tela.
5. CAPÍTULO 12

5.1 Pré-Testes e Estudos Piloto

Ao iniciar uma pesquisa é necessário fazer um desenho inicial sobre, assim ele
poderá mostrar os detalhes para o inicio.

5.2. Fazendo os Pré-Testes

Um pré-teste são os testes iniciais do que será a pesquisa.

5.2.1. Fazendo um Pré-Teste desenho da Amostra

Existe um a série de qualificadores que determinam uma amostra, assim e


necessário conhecer a amostra para que se faça um desenho que seja o mais
próximo do real.

Criar uma seleção através do computador é uma forma mais fácil de fazer um
pré-teste.

O pré-teste é importante, pois, através dele, o pesquisador encontra alguns


possíveis erros que seriam encontrados durante a pesquisa, com isso podendo
concerta-los ou não deixar que aconteçam.

5.2.2. Pré-Testando o Instrumento de Pesquisa

Pode-se tentar testar tudo que será avaliado na pesquisa. Sendo que os
instrumentos pré-testados devem ser testados de acordo com a pesquisa.
Assim durante o pré-teste pode-se usar perguntas abertas, e as respostas
possíveis possam se tornar perguntas fechadas, transformando o subjetivo em
objetivo.

Quando é selecionado pessoas para fazer os testes, essas pessoas precisam


ser parecidas com as pessoas que serão avaliadas pela pesquisa. Ao
selecionar as pessoas, podemos usa-las em diferentes pré-testes e observar
respostas dependendo de cada perfil. É natural que o pré-teste obtenha
respostas diferentes através de meios diferentes, assim aprendemos a realizar
a pergunta da melhor maneira. Para finalizar esse estudo, a avaliação deve ser
feita em novas pessoas, já que as pessoas aprendem e podem refazer suas
respostas, modificando a pesquisa.
5.2.3. Pré-Teste da Coleta de Dados

Algumas técnicas de coletar dados já estão prontas, e cabe ao pesquisador


escolher o rumo de sua pesquisa e associar qual o melhor teste. Também é
necessário preparar o ambiente para a coleta de dados e depois testa-lo para
ter menor chance de erros.

5.2.4. Pré-Testando o Processamento de Dados

O pesquisador não pode relaxar ao achar que seus problemas estão sanados
pelo fato de já terem os questionários.

O pré-teste é importante no formato da pesquisa. Quando se modifica um


layout, pode-se influencias todo o teste e tornar o teste mais difícil para o
avaliado.

5.2.5. Pré-Teste de Análise

Ao se fazer um pré-teste de análise, e importante levar a serio todas as


informações, dados não usados em certo momento podem ser usados em
outro momento. Dados numéricos como idade e medidas devem ser coletados
com precisão e rapidamente, pois eles podem ser invalidados com o tempo.

5.3. Fazendo estudo Piloto

O estudo piloto é um pequeno exame antes de toda a pesquisa, passando pela


amostra ao relatório final, porém é realizado em menos tempo e esforço.

5.3.1. Estudo Piloto da Amostragem

A amostragem do estudo piloto precisa representar a amostra da pesquisa,


sendo que os dados precisam ser coletados da mesma forma, porém a coleta
de dados do teste piloto não é feita com a mesma demanda de pessoas da
coleta de dados da pesquisa. Pois os indivíduos aprendem e alteram suas
respostas.

5.3.4. Análise do Estudo Piloto

A pesquisa deve conter o objetivo principal do estudo, esboço de tabelas, etc.


A analise deve ter o mesmo desempenho da pesquisa final, e os dados obtido
no estudo piloto e final devem ser os mais parecidos possíveis.

Os resultados não são completamente iguais, mas sempre apontam um


caminho par que possam se aproximar. As vezes acontece de não coletar
dados no estudo piloto, então deve ser feito uma aproximação hipotética para
permitir uma melhor elabração.

5.4. Avaliação Pré-Testes e Estudo Piloto

Apesar de serem avaliados sempre tentando ligar o objetivo da pesquisa aos


critérios da avaliação para que um dado obtido se torne importante, ele deve
ser coletado, manipulado e compreendido primeiramente através de pré-testes
e estudos piloto.

5.4.1. Clareza da Pergunta

As perguntas precisam ser claras e objetivas para fazer sentido. Se não for, o
participante pode pular uma pergunta. Devemos então evitar perguntas
qualificadas, ou determinar um qualificador que objetive tal pergunta, se não
essas perguntas não serão compreendidas pelos participantes.

5.4.2. Formato do Questionário

O questionário aproveitável deve ter um bom fluxo de respostas. Assim pode-


se utilizar maneiras mais explicativas e enfáticas para fazer o questionário ser
respondido de forma mais agradável e obter boas respostas.

5.4.3. Variância nas Respostas

O estudo piloto e pré-teste, possibilita ao pesquisador conseguir mais clareza


das perguntas e da variedade das respostas emitidas. Assim ele poderá ter
uma noção do que vai ser esperado na própria pesquisa. É necessária a
variância nas respostas, isso uma boa pesquisa vai demonstrar.

5.4.5. Avaliação da Análise e do Relatório

Tudo que for coletado no estudo piloto e for produtivo poderá ser usado no
estudo final. Todas as ações executadas deverão ser bem claras, só assim
podemos avaliar os resultados obtidos com o estudo piloto.
Durante a pesquisa final e muito fácil mudar algo, para isso, existe o estudo
piloto, para que a pesquisa final seja realizada com tranquilidade e qualidade,
sem erros.

Referências

BRADBURN, Norman M., SSUDMAN, Seymour e Associados. Improving


Interview Method and Quesionaire Design. San Francisco: Jossey-Bass. 1979

COZBY, Paul C. Using Computers in the Behavioral Sciences. Palo Alto, CA:
Mayfild, 1984

EDWARDS, Perry, BROADWELL, Bruce. Data Processing. 2.ed. Belmont, CA:


Wadsworth, 1982

GORDEN, Raymond L. Interviewing: Strategy, Techinique, and Tacties.


Homewood, IL: Dorsey Press, 1969

GROVES, Robert M., MATHIOWETZ, Nancy A. Computer Assisted Telephone


Interviewing Effects on Interviewers and Respondents. Public Opinion
Quarierly, v.48. p.356-369, primavera 1984.

Kahn, Robert. L., CANNEL, Charles F. The Dynamics of Interviewing. New York
Wiley & Sons, 1967

HEISE, David (Ed.). Microcomputers in Social Research. Beverly Hills, CA:


Sage, 1981

LAZARSFELD Paul F., ROSENBERG, Morris (Ed). The Language of Social


Research. New York: Free Press, 1955. Seção 1.

OPPENHEIM, A. N. Questionnaire Desing and Attitude Measurement. New


York: Basic books, 1966

SELLTIZ, Claire et al. Research Methods in Social Relations. New York: Holt,
Rinehart & Winston, 1959. Cap. 10.

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