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INTRODUÇÃO
Definição da R.P.G.:
• Trata-se de um método que se utiliza de posturas ativas, em descompressão articular progressiva,
que busca a globalidade, utilizando-se para tanto dos músculos da estática e da dinâmica.
• A obtenção de noção sobre a interdependência entre os grupos musculares e sua relação com
funções essenciais a vida.
• A visualização de que a fisiopatologia dos músculos inspiratórios é o encurtamento e a rigidez e a
abordagem deve ser feita insistindo sobre a flexibilização desses músculos.
• A identificação das inversões de pontos fixos dos músculos e a consequente inversão da ação
desses grupos.
• A isometria na posição mais excêntrica do músculo funciona como princípio de inibição do processo
doloroso.
• Globalidade significa tratar cada problema no seu contexto causa-efeito, dentro do princípio
musculoesquelético.
• Deve-se buscar sempre a causa do problema e compreender que a R. P. G. é uma terapia de relação
causal e não apenas uma terapia paliativa.
Particularidades do método:
• A aplicação do método envolve o uso de posturas e não de exercícios velozes, pois a manutenção
das cadeias musculares em posições específicas durante certo período garante a deformação
plástica desse componente.
• Apesar de as posturas seguirem certo padrão de execução, deve-se adaptar a cada caso pessoal,
respeitando a individualidade biológica.
• A manutenção das correções feitas de forma ativa pelo paciente são a garantia de uma manutenção
da decoaptação articular, ou seja, da descompressão que traz ao paciente alívio e proporciona o
realinhamento das articulações.
• O resultado na R.P.G. é de longo prazo e pode ser considerado definitivo, pois busca-se o tratamento
da causa e não somente dos sintomas.
2. BASE DO MÉTODO PARA UMA TERAPIA IDEAL
a) A observação:
• Aqui é onde tudo tem início, com uma anamnese completa e uma avaliação da postura é possível o
estabelecimento da relação causal do problema do paciente.
Individualidade:
Todo ser humano é único e indivisível, Causalidade:
bem como manifesta seu problema de • Conceito que tenta estabelecer linha lógica de raciocínio
forma pessoal. para o tratamento, e deve-se levar em conta: histórico
familiar; histórico pessoal; histórico do problema (início
dos sintomas, desenvolvimento, dor, relação com outras
Globalidade: partes do corpo, posições de alívio e/ou piora) e
Buscar, por meio da queixa que trouxe verificação de exames.
o paciente ao tratamento, estabelecer • Nesse momento “quanto pior melhor”, ou seja, no
relação com outras partes do corpo, momento da crise fica mais fácil estabelecer a relação de
fechando assim um diagrama do causalidade.
problema
b) Conhecimento da anatomia e fisiologia:
• Existem três exigências musculares que devem-se destacar:
c) A manualidade:
• Na manualidade é possível proporcionar um “remodelamento do corpo” e esta é conseguida por
intermédio da prática diária e percepção das alterações corporais.
4. FUNÇÕES VITAIS
• As funções vitais são aquelas que são indispensáveis a sobrevivência, por esse motivo o corpo busca
sempre desempenhá-las e para tanto faz o que for necessário para mantê-las, inclusive retrair e
encurtar músculos e suas cadeias.
• Para cada função temos o envolvimento de uma quantidade de músculos, os quais mantém
interdependência entre si como também mantém relação com os outros músculos de outras funções
havendo, portanto, uma interação entre eles.
a) Função respiratória:
Músculos inspiratórios:
• Diafragma e seu sistema suspensório;
• Paravertebrais;
• Esternocleidomastoideo; Músculos expiratórios:
• Subclávio; • Triangular do esterno;
• Trapézio fibras superiores; • Reto do abdome;
• Elevador da escápula; • Oblíquos interno e externo;
• Peitoral menor; • Transverso do abdome.
• Peitoral maior (fibras inferiores);
• Escalenos;
• Serrátil anterior;
• Latíssimo do dorso (quando os MMSS estão apoiados)
• Intercostais externos.
b) Função alimentar:
c) Função estática:
Músculos da estática:
• Cadeia mestra posterior;
• Cibernéticos do pescoço;
• Paravertebrais;
• Iliopsoas;
• Adutores.
“Conjunto de músculos de mesma direção e sentido, geralmente poli-articulares que se comportam como
se fossem um só músculo e se recobrem como telhas de um telhado”
6. O TRABALHO RESPIRATÓRIO
• Dentro da técnica, a respiração é, sem dúvida, bastante importante, principalmente pelo seu caráter
ativo.
Inspiração: Expiração:
• Elevação das costelas; • Depressão das costelas;
• Distensão do abdome. • Aumento da pressão intra-abdominal.
Abaixamento Fechamento
Distensão
das costelas das costelas
do abdome
superiores inferiores
• Em casos específicos, como por exemplo de escoliose, podemos usar a fase 3 de forma assimétrica.
Objetivos: Comandos:
Alongar os escalenos; Abaixar o manúbrio na direção caudal;
Alongar os peitorais menores; Abaixar a 3ª, 4ª e 5ª costelas na direção caudal, bloqueando
o processo coracóide;
Recriar a lordose cervical; Aspirar as cervicais para o teto;
Recriar a cifose torácica; Arredondar a torácica na mesa;
Eliminar a hipercifose; Abaixar o ponto anterior de correspondência ao ápice da
hipercifose contra a mesa e ao final da expiração (em apnéia)
contrair o sistema suspensor do diafragma (intenção);
Recriar a lordose lombar com Aspirar as lombares para o teto.
anteversão pélvica.
7. SISTEMA DE AVALIAÇÃO
• Para o trabalho dentro do princípio da R.P.G. faz-se necessária uma avaliação que dê material
suficiente para o início do raciocínio clínico e busca da causa do problema.
a) Queixa do paciente:
• A queixa do paciente é de suma importância para a escolha da postura
• Exemplo 1 “Eu tenho dor quando estou sentado” = obrigatoriamente este paciente deverá ser
colocado na postura em fechamento do ângulo coxofemoral (1º esquadro, 2º esquadro ou 3º
esquadro).
• Exemplo 2 “Tenho dor quando deitado, com as pernas esticadas” = obrigatoriamente este
paciente deverá ser colocado na postura em abertura do ângulo coxofemoral (rã no chão, em pé na
parede ou em pé do meio).
b) Exame físico:
• Essas alterações são visualizadas nas vistas anterior, posterior e lateral, lembrando sempre que o
terapeuta deve girar em torno do paciente e não o contrário.
• Após uma impressão geral sobre o que está ocorrendo o terapeuta deve realizar uma avaliação
minuciosa, buscando alterações em cada zona específica.
Zona 5 Joelhos
Zona 6 Tornozelos
• A predominância funcional da postura estática consiste em vencer a ação da gravidade para manter
a verticalidade.
• Em função da gravidade temos dois tipos funcionais tipo anterior e tipo posterior.
Tipo anterior:
• A cadeia maior anterior encontra-se encurtada
pois é ela que vai impedir a “queda”.
• A linha de gravidade cai atrás do eixo
transcoxofemural levando o indivíduo para
trás.
Tipo posterior:
• A cadeia maior posterior encontra-se encurtada
pois é ela que vai impedir a “queda”.
• A linha de gravidade cai a frente do eixo
transcoxofemural levando o indivíduo para
frente.
Adaptações do tipo anterior: Adaptações do tipo posterior:
• Aumento das curvaturas; • Diminuição das curvaturas;
Pé cavo:
• Flexor plantar curto.
Calcâneo varo:
• Tríceps sural.
8. POSTURAS DE TRATAMENTO
• Em toda tentativa de correção local será gerada uma compensação à distância, essas
compensações devem ser corrigidas e mantidas pelo paciente, sob a o comando do fisioterapeuta
no caso de as compensações se apresentarem constantes, necessário o uso de isometria, ou
mesmo recursos manuais para facilitar a manutenção das correções após as correções se o
paciente não sentir “dor”, pode-se evoluir objetivando a postura ideal.
Posturas em abertura
• Nas posturas em decúbito, não é possível observar as costas, enquanto que nas posturas em pé ou
sentada isso é possível.
• As posturas não devem aceitar a hiperlordose ou cifose lombar (margem de segurança a lombar
plana).
Posturas em abertura do ângulo coxofemoral