Professional Documents
Culture Documents
Números Naturais
PROFMAT - SBM
Adição:
n + 1 = sucessor de n
n + (p + 1) = (n + p) + 1 .
Multiplicação:
n·1=n
n(p + 1) = np + n.
As propriedades destas operações (comutativa, associativa,
etc) podem ser demonstradas por indução.
1 + 3 + 5 + . . . + (2n − 1) + (2n + 1) = n2 + 2n + 1,
ou seja:
1 + 3 + 5 + . . . + [2(n + 1) − 1] = (n + 1)2 .
PROFMAT - SBM
f (x) = f (x 0 ) ⇒ x = x 0 .
PROFMAT - SBM
28 de Fevereiro de 2013
Princı́pio da Indução Matemática
e o produtório
n
Y
Pn = xi = x1 · x2 · . . . · xn
i=1
Sn = 1 + 2 + ··· + n
Sn = n + (n − 1) + · · · + 1
2Sn = (n + 1) + (n + 1) + · · · + (n + 1)
n(n+1)
Daı́, 2Sn = n(n + 1) e, portanto, Sn = 2 .
n(n + 1)
1 + 2 + · · · + n + (n + 1) = +n+1=
2
n(n + 1) + 2(n + 1) (n + 1)(n + 2)
= ,
2 2
o que estabelece a veracidade de P(n + 1).
Pelo Princı́pio de Indução, tem-se que a fórmula P(n) é
verdadeira para todo n ∈ N.
Daı́:
PROFMAT - SBM
28 de Fevereiro de 2013
A Torre de Hanói
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 4, Aplicações do Princı́pio de Indução Matemática slide 3/12
A seguir, transferimos o disco inferior para a outra haste.
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 4, Aplicações do Princı́pio de Indução Matemática slide 5/12
Os coelhos de Fibonacci
Um casal de coelhos recém-nascidos foi posto num lugar
cercado. Determinar quantos casais de coelhos ter-se-ão após
um ano, supondo que, a cada mês, um casal de coelhos
produz outro casal e que um casal começa a procriar dois
meses após o seu nascimento.
número de casais número de casais
mês total
do mês anterior recém-nascidos
1o 0 1 1
2o 1 0 1
3o 1 1 2
4o 2 1 3
5o 3 2 5
6o 5 3 8
7o 8 5 13
8o 13 8 21
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 4, Aplicações do Princı́pio de Indução Matemática slide 6/12
O número de casais de coelhos em um determinado mês (a
partir do terceiro) é igual ao número total de casais do mês
anterior acrescido do número de casais nascidos no mês em
curso, que é igual ao número total de casais do mês anterior
ao anterior.
Se un é o número de casais no n-ésimo mês, temos
u1 = 1
u2 = 1
un+2 = un + un+1 , para todo n ∈ N
Estas relações definem a chamada sequência de Fibonacci.
Retornaremos a ela na Unidade 8, quando obteremos uma
expressão para o seu termo geral:
√ n √ n
1+ 5
2 − 1−2 5
un = √
5
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 4, Aplicações do Princı́pio de Indução Matemática slide 7/12
A Pizza de Steiner
Qual é o maior número de partes em que se pode dividir o
plano com n cortes retos?
Número de cortes Número máximo de partes
1 2
2 4
3 7
... ...
n−1 pn−1
n pn
n+1 pn+1
O padrão observado acima sugere que o número máximo de
pedaços obtidos com n cortes é:
n(n + 1)
pn = 2 + 2 + 3 + . . . + n = +1
2
.
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 4, Aplicações do Princı́pio de Indução Matemática slide 8/12
A Pizza de Steiner: prova por indução
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 4, Aplicações do Princı́pio de Indução Matemática slide 9/12
Para que o (n + 1)-ésimo corte produza o número máximo de
pedaços, ele deve encontrar cada um dos n cortes anteriores
em pontos que não são de interseção de dois cortes. Neste
caso, como n pontos subdividem uma reta em n + 1 partes, ele
subdivide n + 1 regiões, criando assim, n + 1 novos pedaços.
Logo,
n(n + 1) (n + 1)(n + 2)
pn+1 = pn + n + 1 = +1+n+1 = +1
2 2
o que mostra que a fórmula está correta para n + 1.
Pelo Princı́pio da Indução, a fórmula está correta para todo
n ∈ N.
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 4, Aplicações do Princı́pio de Indução Matemática slide 10/12
O enigma do cavalo de Alexandre
Considere a sentença:
P(n) : Num conjunto com n cavalos, todos têm a mesma cor.
P(1) é obviamente verdadeira.
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 4, Aplicações do Princı́pio de Indução Matemática slide 11/12
Suponha o resultado válido para conjuntos contendo n cavalos
e considere um conjunto
C = {C1 , C2 , . . . , Cn , Cn+1 },
com n + 1 cavalos.
Pela hipótese de indução:
Os cavalos em {C1 , C2 , . . . , Cn } têm a mesma cor.
Os cavalos em {C2 , . . . , Cn , Cn+1 } têm a mesma cor
Como estas coleções têm cavalos em comum, concluı́mos que
todos os cavalos em C têm a mesma cor (ou seja, o resultado
também é válido para conjuntos com n + 1 cavalos).
Logo, pelo Princı́pio da Indução, em um conjunto com n
cavalos, todos têm a mesma cor, para todo n ∈ N. (!!!)
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 4, Aplicações do Princı́pio de Indução Matemática slide 12/12
MA12 - Unidade 5
Progressões Aritméticas
PROFMAT - SBM
9 de Março de 2013
Sequências Numéricas
2062
Temos an > 0 quando n < = 27, 13 . . . . Portanto, os
76
termos positivos dessa progressão são os 27 primeiros.
Logo, ele nos visitou 27 vezes na era cristã e sua primeira
passagem na era cristã foi no ano a27 = 2062 − 76 × 27 = 10.
an = a1 + (n − 1)r = r . n + (a1 − r ).
Sn = a1 + a2 + . . . + an−1 + an
Sn = an + an−1 + . . . + a2 + a1
(a1 + an )n
Sn = .
2
n(n + 1) n2 n
1 + 2 + 3 + ··· + n = = + .
2 2 2
A soma dos n primeiros números ı́mpares é
(1 + 2n − 1)n
1 + 3 + 5 + · · · + (2n − 1) = = n2 .
2
Em ambos os casos, a expressão da soma é dada por um
polinômio do segundo grau em n, sem termo independente,
(a1 + an )n [a1 + a1 + (n − 1)r ]n r r
Sn = = = n2 + a1 − n.
2 2 2 2
1 1 1
Resolvendo: a = , b = , c = , d = 0. Então
3 2 6
1 1 1 n(n + 1)(2n + 1)
12 + 22 + 32 + · · · + n2 = n3 + n2 + n = .
3 2 6 6
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 5, Progressões Aritméticas slide 16/16
MA12 - Unidade 6
Progressões Geométricas
PROFMAT - SBM
10 de Março de 2013
Progressões Geométricas
Sn = a1 + a2 + a3 + . . . + an−1 + an
qSn = a2 + a3 + a4 + · · · + an + an+1
Sn − qSn = a1 − an+1
(1 − q)Sn = a1 (1 − q n )
1 − qn
Sn = a1 + a2 + . . . + an = a1
1−q
10n − 1 10n−1 − 1
= 4 · 10n · + 80 · +9
10 − 1 10 − 1
4 · 102n + 4 · 10n + 1
=
9
2 · 10n + 1 2
=
3
Logo 444 . . . 488 . . . 89 é um quadrado perfeito e sua raiz
2 · 10n + 1 20 . . . 01
quadrada é = (n − 1 zeros)
3 3
= 6 . . . 67 (n − 1 seis).
1 − qn
Sn = a1 + a2 + . . . + an = a1
1−q
Quando |q| < 1, temos lim q n = 0.
n→∞
Em consequência,
1 − qn 1−0
lim Sn = lim a1 = a1
n→∞ n→∞ 1−q 1−q
Logo:
a1
lim Sn = a1 + a2 + . . . = .
n→∞ 1−q
0, 3 1
0, 3 + 0, 03 + 0, 003 + . . . = = .
1 − 0, 1 3
PROFMAT - SBM
17 de Março de 2013
Sequências definidas por recorrência
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 7, Recorrências Lineares de Primeira Ordem slide 2/10
Exemplo
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 7, Recorrências Lineares de Primeira Ordem slide 3/10
Recorrências Lineares de Primeira Ordem
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 7, Recorrências Lineares de Primeira Ordem slide 4/10
Recorrências lineares homogêneas
Resolver a recorrência xn+1 = nxn .
x2 = 1x1
x3 = 2x2
x4 = 3x3
... ... ...
xn = (n − 1)xn−1
Multiplicando:
xn = (n − 1)!x1
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 7, Recorrências Lineares de Primeira Ordem slide 5/10
Recorrências lineares da forma xn+1 = xn + f (n)
x2 = x1 + f (1)
x3 = x2 + f (2)
x4 = x3 + f (3)
... ... ...
xn = xn−1 + f (n − 1)
Somando:
n−1
X
xn = x1 + f (k).
k=1
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 7, Recorrências Lineares de Primeira Ordem slide 6/10
Exemplo
Resolver a recorrência xn+1 = xn + 2n , x1 = 1.
x2 = x1 + 2
x3 = x2 + 22
x4 = x3 + 23
... ... ...
xn = xn−1 + 2n−1
Somando:
xn = x1 + (2 + 22 + 23 + · · · + 2n−1 )
= 1 + 2 + 22 + 23 + · · · + 2n−1
2n − 1
=1
2−1
= 2n − 1.
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 7, Recorrências Lineares de Primeira Ordem slide 7/10
Recorrências lineares não homogêneas em geral
h(n)
Ou seja, em yn+1 = yn + .
g (n) · an
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 7, Recorrências Lineares de Primeira Ordem slide 8/10
Exemplo
Resolver xn+1 = 2xn + 1, x1 = 2
Uma solução não-nula de xn+1 = 2xn é, por exemplo,
xn = 2n−1 .
Fazendo a substituição xn = 2n−1 yn , obtemos
2n yn+1 = 2n yn + 1, ou seja, yn+1 = yn + 2−n .
Daı́:
y2 = y1 + 2−1
y3 = y2 + 2−2
... ... ...
yn = yn−1 + 2−(n−1) .
Somando:
Daı́,
xn = 2n−1 yn = 2n−1 y1 + 1 − 2−(n−1) = 2n−1 y1 + 2n−1 − 1
= (1 + y1 )2n−1 − 1
xn = 3 · 2n−1 − 1, para n ≥ 1
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 7, Recorrências Lineares de Primeira Ordem slide 10/10
MA12 - Unidade 8
Recorrências Lineares de Segunda Ordem
PROFMAT - SBM
17 de Março de 2013
Recorrências lineares de segunda ordem homogêneas
com coeficientes constantes
r 2 + pr + q = 0
Veremos a seguir que as raı́zes da equação caracterı́stica
desempenham um papel fundamental na expressão da solução
geral para a recorrência.
Como q 6= 0, essas raı́zes são necessariamente não nulas.
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 8, Recorrências Lineares de Segunda Ordem slide 2/14
Raı́zes da equação caracterı́stica e soluções da
recorrência
= r n (r 2 + pr + q) = r n · 0 = 0.
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 8, Recorrências Lineares de Segunda Ordem slide 3/14
Consequência: Se r1 e r2 são raı́zes distintas de
r 2 + pr + q = 0, então xn = C1 r1n + C2 r2n é solução da
recorrência xn+2 + pxn+1 + qxn = 0, quaisquer que sejam os
valor das constantes C1 e C2 .
Sejam yn = r1n , zn = r2n e xn = C1 yn + C2 zn .
xn+2 + pxn+1 + qxn =
(C1 yn+2 + C2 zn+2 ) + p(C1 yn+1 + C2 zn+1 ) + q(C1 yn + C2 zn )
= C1 (yn+2 + pyn+1 + qyn ) + C2 (zn+2 + pzn+1 + qzn ) =
= C1 · 0 + C2 · 0 = 0,
já que yn e zn são soluções da recorrência.
(De modo geral, se yn e zn são soluções de uma recorrência
linear homogênea, qualquer combinação linear de yn e zn
também é solução da recorrência.)
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 8, Recorrências Lineares de Segunda Ordem slide 4/14
Resolvendo a recorrência: caso r1 6= r2
C1 r12 + C2 r22 = x2
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 8, Recorrências Lineares de Segunda Ordem slide 5/14
A afirmativa vale para n = 1 e n = 2, já que C1 e C2 foram
escolhidos de modo que isto ocorra.
Suponhamos válida para naturais n e n + 1. Temos
xn+2 + pxn+1 + qxn = 0. Logo
xn+2 = −p(C1 r1n+1 + C2 r2n+1 ) − q(C1 r1n + C2 r2n )
= −C1 r1n (pr1 + q) − C2 r2n (pr2 + q)
Somando e subtraindo C1 r2n+2 + C2 r2n+2 :
xn+2 =
−C1 r1n (r12 + pr1 + q) − C2 r2n (r22 + pr2 + q) + C1 r2n+2 + C2 r2n+2
Mas as expressões entre parênteses se anulam, levando a
xn+2 = C1 r2n+2 + C2 r2n+2 ,
o que completa a prova por indução.
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 8, Recorrências Lineares de Segunda Ordem slide 6/14
Exemplo
xn = C1 + C2 (−4)n ,
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 8, Recorrências Lineares de Segunda Ordem slide 7/14
A sequência de Fibonacci
F0 = F1 = 1, Fn+2 = Fn+1 + Fn , para n ≥ 0.
A equação caracterı́stica é r 2 − r − 1 = 0, que tem raı́zes
√ √
1+ 5 1− 5
r1 = e r2 = .
2 2
Logo:
√ √
1+ 5 n 1− 5 n
Fn = C1 + C2 .
2 2
Os valores de C1 e C2 são obtidos usando F0 = F1 = 1:
C1 + C2 = 1
√ √
C1 1+2 5
+ C2 1−2 5
=1
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 8, Recorrências Lineares de Segunda Ordem slide 8/14
Resolvendo o sistema, encontramos:
√ √
5+1 5−1
C1 = √ e C2 = √
2 5 2 5
Logo:
√ √ n √ √ n
5+1 1+ 5 5−1 1− 5
Fn = √ + √
2 5 2 2 5 2
√ √
1 1 + 5 n+1 1 1 − 5 n+1
=√ −√ .
5 2 5 2
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 8, Recorrências Lineares de Segunda Ordem slide 9/14
O caso r1 = r2
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 8, Recorrências Lineares de Segunda Ordem slide 10/14
Resolvendo a recorrência: caso r1 = r2
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 8, Recorrências Lineares de Segunda Ordem slide 11/14
Exemplo
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 8, Recorrências Lineares de Segunda Ordem slide 12/14
E se a recorrência não for homogênea?
Suponhamos que an seja uma solução da recorrência
xn+2 + pxn+1 + qxn = f (n). Toda solução da recorrência é da
forma an + yn , onde yn é uma solução da recorrência
homogênea xn+2 + pxn+1 + qxn = 0.
(Logo, para encontrar a solução geral de uma recorrência não
homogênea, ”basta”encontrar uma solução particular e
somá-la à solução geral da recorrência homogênea.)
Seja xn uma solução da recorrência. Temos:
xn+2 + pxn+1 + qxn = f (n)
an+2 + pan+1 + qan = f (n)
Subtraindo:
(xn+2 − an+2 ) + p(xn+1 − an+1 ) + q(xn − an ) = 0
Logo, yn = xn − an é uma solução da recorrência homogênea,
o que equivale a dizer que xn = an + yn , onde yn é solução da
recorrência homogênea.
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 8, Recorrências Lineares de Segunda Ordem slide 13/14
Exemplo
Considere a recorrência xn+2 − 5xn+1 + 6xn = 2.
Encontre uma solução particular constante para a recorrência.
Encontre a solução geral da recorrência.
Ache a solução da recorrência em que x1 = 0 e x2 = 2.
Para que an = C seja solução, deve-se ter C − 5C + 6C = 2,
ou seja, C = 1
A equação caracterı́stica da recorrência homogênea é
r 2 − 5r + 6 = 0, cujas raı́zes são r1 = 3 e r2 = 2. A solução
geral da recorrência homogênea é yn = C1 · 3n + C2 · 2n e a
solução geral da recorrência original é xn = yn + an , isto é:
xn = C1 · 3n + C2 · 2n + 1
Para que x1 = 0 e x2 = 2, deve-se ter
3C1 + 2C2 + 1 = 0
9C1 + 4C2 + 1 = 2
Resolvendo o sistema, encontramos C1 = 1 e C2 = −2, que
leva à solução: xn = 3n − 2.2n + 1
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 8, Recorrências Lineares de Segunda Ordem slide 14/14
MA12 - Unidade 9
Matemática Financeira
PROFMAT - SBM
31 de Março de 2013
Conceitos Básicos
Juros simples: M = C · (1 + n · i)
Juros compostos: M = C · (1 + i)n
Muito raramente, o modelo de juros simples é realista, já que
os juros estão disponı́veis para reinvestimento.
Os esquemas de pagamento:
PROFMAT - SBM
31 de Março de 2013
Séries de pagamentos
Uma série uniforme de pagamentos é uma sequência de
pagamentos iguais e igualmente espaçados ao longo do tempo.
Teorema: O valor de uma série uniforme de n pagamentos
iguais a P, um tempo antes do primeiro pagamento, é, sendo
1 − (1 + i)−n
i a taxa de juros, igual a A = P .
i
120 1 − (1 + 0, 1)−6
=P
1 + 0, 1 0, 1
P ≈ 25, 05.
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 10, Matemática Financeira - continuação slide 3/13
Exemplo
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 10, Matemática Financeira - continuação slide 4/13
Solução
O fluxo de caixa da primeira alternativa:
O da segunda alternativa:
1 − (1 + i)−n P
A = lim P = .
n→∞ i i
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 10, Matemática Financeira - continuação slide 6/13
Exemplo
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 10, Matemática Financeira - continuação slide 7/13
Na data 0, o valor economizado é
1 − (1, 01)−240
P
0, 01
Levando-se este valor para a época 240, obtém-se
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 10, Matemática Financeira - continuação slide 8/13
Sistemas de amortização
Ao se pagar em parcelas um débito, cada pagamento Pk tem
dupla finalidade:
uma parte (Jk ) quita os juros devidos.
o restante (Ak ) amortiza parte da dı́vida;
Planilha de amortização
k Pk Ak Jk Dk
0 − − − D0
... ... ... ... ...
k − 1 Pk−1 Ak−1 Jk−1 Dk−1
k Pk Ak Jk Dk
... ... ... ... ...
Relações:
Pk = Jk + Ak
Jk = i · Dk−1
Dk = Dk−1 − Ak
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 10, Matemática Financeira - continuação slide 9/13
Sistema de Amortização Constante (SAC)
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 10, Matemática Financeira - continuação slide 10/13
Exemplo
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 10, Matemática Financeira - continuação slide 11/13
Sistema Francês de Amortização (Tabela Price)
i
Pk = D0 ,
1 − (1 + i)−n
1 − (1 + i)−(n−k)
Dk = D0 ,
1 − (1 + i)−n
Jk = iDk−1
Ak = Pk − Jk .
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 10, Matemática Financeira - continuação slide 12/13
Exemplo
Uma dı́vida de 150 é paga, em 4 meses, pelo sistema francês,
com juros de 8% ao mês. Calcule o valor da prestação e faça
a planilha de amortização.
O valor da prestação é
i 0, 08
P = D0 −n
= 150 = 45, 29.
1 − (1 + n) 1 − 1, 08−4
.
A planilha de amortização é:
k Pk Ak Jk Dk
0 − − − 150, 00
1 45, 29 33, 29 12, 00 116, 71
2 45, 29 35, 95 9, 34 80, 76
3 45, 29 38, 83 6, 46 41, 93
4 45, 29 41, 93 3, 35 0
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 10, Matemática Financeira - continuação slide 13/13
MA12 - Unidade 11
Combinatória
PROFMAT - SBM
29 de Abril de 2013
Princı́pio Fundamental da Contagem
PROFMAT - SBM
28 de Abril de 2013
Permutações Simples
n.(n − 1) . . . (n − p + 1) n!
Cnp = = .
p! p!(n − p)!
Um erro comum:
Começo escolhendo 3 homens, para garantir pelo menos três
homens (C53 modos).
A seguir, escolho mais 2 pessoas (C62 modos).
Logo, há C53 .C62 = 10.15 = 150 comissões (!).
PROFMAT - SBM
4 de Maio de 2013
Triângulo de Tartaglia-Pascal
C00
C10 C11
C20 C21 C22
C30 C31 C32 C33
C40 C41 C42 C43 C44
C50 C51 C52 C53 C54 C55
... ... ... ... ... ... ...
1
1 1
1 2 1
1 3 3 1
1 4 6 4 1
1 5 10 10 5 1
... ... ... ... ... ... ...
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 13, Triângulo de Pascal e Binômio de Newton slide 2/3
Triângulo de Tartaglia-Pascal
Alternativamente:
C00
C01 C11
C02 C12 C22
C03 C13 C23 C23
C04 C14 C24 C34 C44
C05 C15 C25 C35 C45 C55
... ... ... ... ... ... ...
1
1 1
1 2 1
1 3 3 1
1 4 6 4 1
1 5 10 10 5 1
... ... ... ... ... ... ...
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 13, Triângulo de Pascal e Binômio de Newton slide 3/3
Relação de Stifel
Cnp + Cnp+1 = Cn+1
p+1
.
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 13, Triângulo de Pascal e Binômio de Newton slide 4/3
Teorema das linhas
Cn0 + Cn1 + Cn2 + . . . + Cnn = 2n
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 13, Triângulo de Pascal e Binômio de Newton slide 5/3
Combinações complementares
Cnp = Cnn−p (termos de uma mesma linha equidistantes dos
extremos são iguais).
n
X
(x + a)n = Cnp ap x n−p
p=0
Prova:
Considere o produto (x + a)n = (x + a)(x + a) . . . (x + a)
Para formar um termo igual a ap x n−p , é preciso tomar p
fatores iguais a a e n − p fatores iguais a x, o que pode ser
feito de Cnp modos.
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 13, Triângulo de Pascal e Binômio de Newton slide 7/3
Exemplo
1 7
4
x − .
x
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 13, Triângulo de Pascal e Binômio de Newton slide 8/3
Exemplo
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 13, Triângulo de Pascal e Binômio de Newton slide 9/3
Exemplo
Determine
30o termo máximo do desenvolvimento de
3 1
4 + 4 .
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 13, Triângulo de Pascal e Binômio de Newton slide 10/3
Continuação
p 330−p p−1 3
31−p
tp − tp−1 = C30 − C 30
430 430
30!3 30−p 30!3 31−p
= 30
−
p!(30 − p)!4 (p − 1)!(31 − p)!430
30!330−p
= ((31 − p) − 3p)
p!(31 − p)!430
30!330−p
= (31 − 4p)
p!(31 − p)!430
31
tp > tp−1 ⇔ 31 − 4p > 0 ⇔ p < 4 = 7, 75 ⇔ p ≤ 7
7 323
O maior termo é t7 = C30 (ou seja, o número mais
430
provável de respostas corretas é 7).
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 13, Triângulo de Pascal e Binômio de Newton slide 11/3
MA12 - Unidade 17
Probabilidade
PROFMAT - SBM
17 de Maio de 2013
Teoria da Probabilidade
i) P(A) = 1 − P(A).
ii) P(∅) = 0.
iii) 0 ≤ P(A) ≤ 1.
PROFMAT - SBM
17 de Maio de 2013
Exemplo
Um dado honesto é lançado duas vezes.
a) Qual é a probabilidade de sair 1 no 1o lançamento?
b) Qual é a probabilidade que que tenha saı́do 1 no 1o
lançamento, sabendo que a soma dos resultados foi 5?
a) O espaço amostral é S = {(1, 1), . . . , (6, 6)}; há 36 casos possı́veis.
O evento “1 no 1o lançamento” é A = {(1, 1), . . . , (1, 6)}; há 6
casos favoráveis.
6
A probabilidade de sair 1 no 1o lançamento é 36 = 16 .
b) Como a soma foi 5, podemos reduzir o espaço amostral a B = “a
soma é 5” = {(1, 4), (2, 3), (3, 2), (4, 1)}; há 4 casos possı́veis,
todos igualmente prováveis.
São favoráveis os casos que também estão em A, ou seja, os
elementos de A ∩ B = {(1, 4)}; portanto, há apenas 1 caso
favorável.
Logo, a probabilidade desejada é P(A|B) = n(A∩B) n(B) = 4 .
1
n(A∩B)/n(S) P(A∩B)
Note que P(A|B) = n(B)/n(S) = P(B)
P(A ∩ B)
P(A|B) = .
P(B)
P(F ∩C ) 0,12 4
P(F |C ) = P(C ) = 0,45 = 15 ≈ 0, 27.
P(H∩M) 0,15 5
P(H|M) = P(M) = 0,48 = 16 ≈ 0, 31.
4 3
10 . 9
4 3 6 4
=
10 . 9 + 10 . 9
12 1
12+24 = 3
s = P(sim) = 0, 5p + 0, 5 · 0, 5.
Daı́, p = 2s − 0, 5 = 2 × 0, 3 − 0, 5 = 0, 1.
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 18, Probabilidade Condicional slide 11/14
O espaço amostral pode ser infinito
A e B lançam sucessivamente um par de dados até que um deles
obtenha soma de pontos 7 e vença o jogo. Se A é o primeiro a
jogar, qual é a probabilidade de ser o vencedor?
6
A probabilidade de obter soma 7 é 36 = 16 e a de não ser soma 7 é
1 5
1 − 6 = 6 ·.
Para A ganhar, ou A ganha na primeira mão, ou na segunda, ou na
terceira, etc.
A probabilidade de A ganhar na primeira mão é 16 .
A probabilidade de A ganhar na segunda mão é ( 65 )2 · 16 .
(nem A nem B podem obter soma 7 na primeira mão e A deve
obter soma 7 na segunda mão).
A probabilidade de A ganhar na terceira mão é ( 56 )4 · 61 , e
assim por diante.
A probabilidade de A ganhar é
1
1 5 2 1 5 4 1 6
6 + (6) · 6 + (6) · 6 + · · · = = 11 .
6
1−( 56 )2
PROFMAT - SBM
6 de Junho de 2013
Médias
Principais médias:
Média aritmética: preserva a soma dos valores.
Média geométrica: preserva o produto dos valores.
Média harmônica: preserva a soma dos inversos dos valores.
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 21, Médias e Princı́pio das Gavetas slide 2/12
Definições
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 21, Médias e Princı́pio das Gavetas slide 3/12
Médias Ponderadas
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 21, Médias e Princı́pio das Gavetas slide 4/12
Exemplo
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 21, Médias e Princı́pio das Gavetas slide 5/12
Exemplo
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 21, Médias e Princı́pio das Gavetas slide 6/12
Exemplo
Uma viagem de automóvel de ida e volta foi feita com uma
velocidade de 48 km/h na ida e de 72 km/h na volta. Qual foi
a velocidade média em todo o percurso?
Queremos uma velocidade média v tal que, se todo o percurso
(de extensão igual a 2d) fosse feito nesta velocidade, o tempo
total de viagem seria o mesmo.
2d d d
= +
v 48 72
1 1
1 48 + 72 5
= = 288
v 2
v = 288
5 = 57, 6 km/h (note que a média aritmética das
velocidades é 60 km/h).
A velocidade média no percurso é a média harmônica das
velocidades.
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 21, Médias e Princı́pio das Gavetas slide 7/12
Propriedade
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 21, Médias e Princı́pio das Gavetas slide 8/12
Exemplo
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 21, Médias e Princı́pio das Gavetas slide 9/12
O Princı́pio das Gavetas
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 21, Médias e Princı́pio das Gavetas slide 10/12
Exemplo
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 21, Médias e Princı́pio das Gavetas slide 11/12
Exemplo
Cinco pontos são tomados sobre a superfı́cie de um quadrado
de lado 2. Mostre que há dois desses pontos√tais que a
distância entre eles é menor que ou igual a 2.
Divida o quadrado de lado 2 em quatro quadrados de lado 1,
ligando os pontos médios dos lados opostos.
PROFMAT - SBM
6 de Junho de 2013
A desigualdade das médias
Observação: G ≥ H decorre de A ≥ G
A≥G ⇒
1
+ x1 +... x1 q
1 1
x1 2
n
n
≥ n
x1 · x2 · · · x1n ⇒
n √
1
+ x1 +... x1
≤ n x1 x2 . . . xn ⇒
x1 2 n
H≤G
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 22, A Desigualdade das Médias slide 2/7
O caso n = 2
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 22, A Desigualdade das Médias slide 3/7
O caso n = 2k
A prova é feita por indução.
Vale para k = 1 (corresponde a n = 2).
Suponhamos válida para n = 2k ; vamos mostrar que vale para
2n = 2k+1 .
x1 + . . . + xn + xn+1 + . . . + x2n
A=
2n
x1 +...+xn xn+1 +...+x2n
n + n
=
2
√ √
n
x1 · · · xn + n xn+1 · · · x2n
≥
2
√
≥ 2n x1 · · · xn · xn+1 · · · x2n = G
Além disso, a igualdade só vale quando
x1 = . . . = xn , xn+1 = . . . = x2n e x1 · · · xn = xn+1 · · · x2n ,
ou seja, quando x1 = . . . = xn = xn+1 = . . . = x2n .
Logo, a propriedade é também válida para 2n = 2k+1 .
Por indução, a desigualdade das médias vale para todo n da
forma 2k .
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 22, A Desigualdade das Médias slide 4/7
O caso geral
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 22, A Desigualdade das Médias slide 5/7
Exemplo
PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 22, A Desigualdade das Médias slide 6/7
Exemplo
Qual é o valor mı́nimo da área total de um bloco retangular de
volume 64 cm3 ? Quais são as dimensões do bloco neste caso?
Se as dimensões do bloco são a, b e c, temos V = abc = 64 e
S = 2(ab + ac + bc).
Aplicando a desigualdade das médias aos números ab, ac e
bc, temos:
ab+bc+ac
√
3 ≥ 3 ab · bc · ac
√3
√
S
≥ V 2 = 3 642 = 16
6
Logo, S ≥ 6 × 16 = 96 cm2 .