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Caso não haja a retratação da decisão negatória, que seja o presente processo
administrativo encaminhado à Junta de Recursos competente para julgamento.
Nestes Termos,
PEDE DEFERIMENTO.
Cidade e data.
RAZÕES DO RECURSO
NOBRES JULGADORES
Ocorre que o resultado do exame indicou a cessação da incapacidade, tendo sido o(a)
segurado(a) intimado(a) de tal fato na mesma data, para apresentar sua defesa.
Destacamos que o benefício do(a) segurado(a) foi cancelado e que não foi feito o
pagamento referente à competência de ____________, estando o(a) mesmo(a) totalmente
desprotegido(a) financeiramente, tendo o(a) segurado(a) que viver de ajuda de familiares e
amigos.
Tal situação obriga o(a) segurado(a) a recorrer a essa nobre Junta de Recursos, para
garantir a correta interpretação dos fatos, bem como a devida aplicação do direito pertinente.
Como prova, juntamos ao presente recurso laudo recente do médico Dr. (nome do médico)
que trata do(a) recorrente desde o início de seus problemas de saúde. Do mencionado laudo
destacamos:
Destacamos que não existe motivo algum para a cessação do benefício; ao contrário, o(a)
segurado(a) ainda está em tratamento da doença, não tendo havido, portanto, mudança em
seu estado clínico, que justifique a drástica modificação de interpretação da doença por parte
do INSS.
Juntamos, à defesa inicial, cópia dos diversos laudos médicos periciais produzidos por
peritos do INSS, todos concluindo a incapacidade laborativa do(a) segurado(a).
Assim, a concessão da aposentadoria por invalidez para o(a) segurado(a) foi embasada
em diversos laudos médicos, produzidos por peritos do INSS e médicos que tratavam o(a)
segurado(a), sendo que as conclusões eram sempre as mesmas.
Ocorre que, no laudo médico produzido na última perícia do INSS, o médico não levou em
consideração o quadro clínico do(a) segurado(a), tampouco analisou os atestados anteriores e
o tratamento ao qual o(a) segurado(a) está submetido. O médico limitou-se a CONSTATAR O
QUADRO DEPRESSIVO, mas colocou como data-limite para a incapacidade laborativa o dia
00.00.2000.<adequar ao caso>
Tal conclusão não é lógica, tampouco está condizente com os documentos e laudos
apresentados.
(AgRg no Ag n.º 1.048.547/SP. 5.ª Turma, Rel. Min. Jorge Mussi, DJe 15.12.2008).
(RMS n.º 20.577/RO, 5.ª Turma, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, DJ 7.5.2007).
Destacamos, ainda, que, no caso de recuperação da capacidade laborativa por parte do(a)
aposentado(a) por invalidez, existem regras próprias para o cancelamento desse benefício,
que citamos abaixo:
[...]
II – quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período de 5 (cinco) anos ou ainda
quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual
habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta a atividade:
a) no seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data em que for verificada a
recuperação da capacidade;
b) com redução de 50% (cinquenta por cento), no período seguinte de 6 (seis) meses;
c) com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual período de 6 (seis) meses,
ao termino do qual cessará definitivamente.
E ainda:
[...]
II – quando a recuperação for parcial ou ocorrer após o período de 5 (cinco) anos, ou ainda
quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual
habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta a atividade:
a) pelo seu valor integral, durante seis meses contados da data em que for verificada a
recuperação da capacidade;
c) com redução de setenta e cinco por cento, também por igual período de seis meses, ao
término do qual cessará definitivamente.
Desta forma, ainda que o INSS entenda pelo retorno da capacidade laborativa, o benefício
não pode ser cessado imediatamente, devendo ser cumprida a norma disposta no artigo 49,
inciso II, do Decreto n.º 3.048/1999.
Se não for possível a análise por uma Junta Médica, requer-se a remarcação de perícia
médica, de forma a se garantir a correta avaliação do caso por um especialista na área
psiquiátrica.
Salienta-se que deve ser observado, pelo perito ou pela Junta Médica, todo o histórico de
saúde do(a) recorrente, de forma que se requer o apensamento ao presente do processo
administrativo de concessão do auxílio-doença NB 000.000.000-0.
Destaca-se, ainda, que, mesmo que o INSS entenda pela melhora clínica bem como a
recuperação da capacidade laborativa, o benefício não pode ser cessado imediatamente,
devendo ser cumprida a norma disposta nos artigos 47 da Lei n.º 8.213/1991 e artigo 49,
inciso II, do Decreto n.º 3.048/1999.
Nestes Termos,
PEDE DEFERIMENTO.
Cidade e data.