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Os feldspatos (microclina, ortóclase e plagióclases), são os principais condicionantes do padrão cromático das rochas silicáticas,
conferindo as colorações avermelhada, rosada e creme-acinzentada a estas rochas.
A cor negra variavelmente impregnada na matriz das rochas silicatadas, é conferida pelos minerais máficos (silicatos ferro-
magnesianos) sobretudo anfíbolas (hornblenda) emicas (biotite).
Nos granitos mais leucocráticos (claros), portanto com menor quantidade de minerais ferro-magnesianos, o quartzo e o feldspato
compõem normalmente entre 85% e 95% darocha.
A textura das rochas silicatadas é determinada pela granulometria e hábito dos cristais, sendo a estrutura definida pela distribuição
desses cristais. Composição, textura e estrutura representam assim parâmetros de grande importância para caracterização de granitos.
O granito é utilizado como rocha ornamental e na construção civil. Para o sector de pedras ornamentais e de revestimento, o termo
granito designa um amplo conjunto de rochas silicatadas, abrangendo monzonitos, granodioritos, charnockitos, sienitos, dioritos,
doleritos, basaltos e os próprios granitos.
Em Portugal a paisagem granítica revela-se principalmente em extensos planaltos, em serras, nas Beiras e em várias regiões
montanhosas. Há ainda a considerar um maciço de dimensões mais reduzidas, na serra de Sintra, com cerca de 10 por 5 quilómetros.
Índice
Mineralogia
Composição química
Origem
Origens geoquímicas
Intemperismo
Referências
Ligações externas
Mineralogia
Granitos são classificados de acordo com o diagrama QAPF para rochas
plutônicas de granulação grossa e são nomeados de acordo com a porcentagem
de quartzo, álcali-feldspato (ortoclásio, sanidina ou microclina) e plagioclásio
na porção A-Q-P do diagrama. De acordo com a convenção petrológica
moderna, granitos verdadeiros contém tanto plagioclásio quanto álcali-
feldspatos. Quando um granitoide é desprovido (ou quase) de plagioclásio, nos
referimos à rocha como um álcali-feldspato granito. Quando um granitoide
contém menos de 10% de ortoclásio, é chamado de tonalito; piroxênios e
anfibólios são comuns em tonalitos. Um granito contendo tanto muscovita
quanto biotita é chamado de binário, ou granito de duas micas. Granitos com
duas micas possuem alto teor de potássio e baixo de plagioclásio, e são Parede de granito em um muro deMadri.
normalmente granitos tipo-S ou tipo-A.
Composição química
Uma média mundial da composição química dos granitos, por porcentagem de
peso, baseado em 2485 análises:[4]
Origem
Granitos tem composição félsica e são mais comuns recentemente no tempo geológico em contraste à antiga história ígnea
ultramáfica da Terra. Rochas félsicas são menos densas que rochas máficas e ultramáficas, e portanto, tendem a escapar da
subducção, enquanto rochas basálticas ou gabroicas tendem a afundar no manto abaixo das rochas graníticas dos crátons continentais.
Portanto, rochas graníticas formam o embasamento de todos oscontinentes terrestres.
Origens geoquímicas
Granitoides cristalizam a partir de magmas que têm composições em (ou próximas de) um ponto eutético (ou um mínimo de
temperatura em uma curva cotética). Magmas evoluirão até o eutético devida a diferenciação ígnea, ou porque eles representam
baixos graus de fusão parcial. Cristalização fracionada acaba por reduzir um melt em ferro, magnésio, titânio, cálcio e sódio, e
enriquecem o melt em potássio e silício. Álcali-feldspatos (ricos em potássio) e quartzo (SiO2) são os dois constituintes principais do
granito.
Este processo opera independentemente da origem do magma parental do granito e de sua química. Entretanto, a composição e
origem do magma que sofre diferenciação para granitos deixa certas evidências geoquímicas e minerais de qual seria a rocha-fonte.
Por exemplo, um granito que é formado por sedimentos fundidos pode ter mais álcali-feldspatos, enquanto um granito derivado de
basalto fundido pode ser mais rico emplagioclásio. É precisamente nisto que se baseia a classificação moderna.
Intemperismo
O intemperismo físico ocorre em larga escala na forma de juntas de desplacamento, que são o resultado da expansão e fraturamento
de um granito, à medida que há alívio de pressão quando o material sobrejacente é eliminado por erosão ou outros processos.
O intemperismo químico do granito ocorre quando ácido carbônico diluído (e outros ácidos presentes na chuva e na água freática),
alteram o feldspato em um processo chamado hidrólise.[5][6] Como demostrado na seguinte reação, isto faz com que o feldspato
potássico forme caulinita, com íons potássicos, bicarbonato e sílica como subprodutos.
Referências
1. Webpages.sdsmt.edu. «Basic Rock Mechanics»(http://webpages.sdsmt.edu/~lstetler/merlot/rock_mechanics.htm) .
Consultado em 9 de maio de 2010
2. Kumagai, Naoichi; Sadao Sasajima, Hidebumi Ito (15 de Fevereiro de 1978). Long-term Creep of Rocks: Results
with Large Specimens Obtained in about 20 Y ears and Those with Small Specimens in about 3 Y ears (http://translat
e.google.com/translate?hl=en&sl=ja&u=http://ci.nii.ac.jp/naid/110002299397/&sa=X&oi=translate&resnum=4&ct=res
ult&prev=/search%3Fq%3DIto%2BHidebumi%26hl%3Den) . Journal of the Society of Materials Science (Japan) . 27.
[S.l.]: Japan Energy Society. pp. 157–161. Consultado em 16 de junho de 2008
3. minsocam.org - American Mineralogist, V olume 14, pages 81-94, 1929, The temperatures of magmas*, Esper s.
Larsen, Harvard University(http://www.minsocam.org/msa/collectors_corner/arc/tempmagmas.htm)
4. Harvey Blatt & Robert J. Tracy (1997). Petrology 2nd ed. New York: Freeman. p. 66. ISBN 0-7167-2438-3
5. «Granite [Weathering]» (http://www.ucl.ac.uk/earth-sciences/impact/geology/london/citycemetery/weathering/granite) .
University College London. Consultado em 10 de Julho de 2014
6. «Hydrolysis» (http://www.geolsoc.org.uk/ks3/gsl/education/resources/rockcycle/page3566.html). Geological Society
of London. Consultado em 10 de Julho de 2014
Ligações externas
Granite countertops (em inglês)
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