You are on page 1of 4

Granito

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


O granito (do latim granum grão, em referência à textura da rocha) é um tipo
comum de rocha ígnea ou rocha magmática, intrusiva ou plutónica de grão fino
não metamórfico, médio ou grosseiro, composta essencialmente pelos
minerais: quartzo, mica e feldspato, tendo como minerais acessórios mica
(normalmente presente), hornblenda, zircão e outros minerais. É normalmente
encontrado nas placas continentais da crosta terrestre.

O granito é quase sempre compacto (sem estruturas internas), duro e resistente,


sendo por essas qualidades usado como pedra para a construção civil. A
densidade média do granito situa-se entre 2,65 g/cm3[1] e 2,75 g/cm3[2] A sua
temperatura de fusão é de1215 - 1260 °C.[3] Os picos de granito noParque Nacional
Torres del Paine, Patagônia chilena
A composição mineralógica dos granitos é definida por associações muito
variadas de quartzo, feldspato, micas (biotite e/ou moscovite), anfíbolas
(sobretudo horneblenda), piroxenas (augite e hiperstena) e olivina. Alguns
desses constituintes podem estar ausentes em determinadas associações
mineralógicas, anotando-se diversos outros minerais acessórios em proporções
bem mais reduzidas. Quartzo, feldspato, micas e anfíbolas são os minerais Cortes variados de granito
dominantes nas rochas graníticas e afins.

Os feldspatos (microclina, ortóclase e plagióclases), são os principais condicionantes do padrão cromático das rochas silicáticas,
conferindo as colorações avermelhada, rosada e creme-acinzentada a estas rochas.

A cor negra variavelmente impregnada na matriz das rochas silicatadas, é conferida pelos minerais máficos (silicatos ferro-
magnesianos) sobretudo anfíbolas (hornblenda) emicas (biotite).

Nos granitos mais leucocráticos (claros), portanto com menor quantidade de minerais ferro-magnesianos, o quartzo e o feldspato
compõem normalmente entre 85% e 95% darocha.

A textura das rochas silicatadas é determinada pela granulometria e hábito dos cristais, sendo a estrutura definida pela distribuição
desses cristais. Composição, textura e estrutura representam assim parâmetros de grande importância para caracterização de granitos.

O granito é utilizado como rocha ornamental e na construção civil. Para o sector de pedras ornamentais e de revestimento, o termo
granito designa um amplo conjunto de rochas silicatadas, abrangendo monzonitos, granodioritos, charnockitos, sienitos, dioritos,
doleritos, basaltos e os próprios granitos.

Em Portugal a paisagem granítica revela-se principalmente em extensos planaltos, em serras, nas Beiras e em várias regiões
montanhosas. Há ainda a considerar um maciço de dimensões mais reduzidas, na serra de Sintra, com cerca de 10 por 5 quilómetros.

Índice
Mineralogia
Composição química
Origem
Origens geoquímicas
Intemperismo
Referências
Ligações externas

Mineralogia
Granitos são classificados de acordo com o diagrama QAPF para rochas
plutônicas de granulação grossa e são nomeados de acordo com a porcentagem
de quartzo, álcali-feldspato (ortoclásio, sanidina ou microclina) e plagioclásio
na porção A-Q-P do diagrama. De acordo com a convenção petrológica
moderna, granitos verdadeiros contém tanto plagioclásio quanto álcali-
feldspatos. Quando um granitoide é desprovido (ou quase) de plagioclásio, nos
referimos à rocha como um álcali-feldspato granito. Quando um granitoide
contém menos de 10% de ortoclásio, é chamado de tonalito; piroxênios e
anfibólios são comuns em tonalitos. Um granito contendo tanto muscovita
quanto biotita é chamado de binário, ou granito de duas micas. Granitos com
duas micas possuem alto teor de potássio e baixo de plagioclásio, e são Parede de granito em um muro deMadri.
normalmente granitos tipo-S ou tipo-A.

Composição química
Uma média mundial da composição química dos granitos, por porcentagem de
peso, baseado em 2485 análises:[4]

Diagrama QAPF de Streckeisen para


classificação de rochas plutônicas

SiO2 72.04% (sílica)


Al2O3 14.42% (alumina)
K2O 4.12%
Na2O 3.69%
CaO 1.82%
FeO 1.68%
Fe2O3 1.22%
MgO 0.71%
TiO2 0.30%
P2O5 0.12%
MnO 0.05%

Origem
Granitos tem composição félsica e são mais comuns recentemente no tempo geológico em contraste à antiga história ígnea
ultramáfica da Terra. Rochas félsicas são menos densas que rochas máficas e ultramáficas, e portanto, tendem a escapar da
subducção, enquanto rochas basálticas ou gabroicas tendem a afundar no manto abaixo das rochas graníticas dos crátons continentais.
Portanto, rochas graníticas formam o embasamento de todos oscontinentes terrestres.

Origens geoquímicas
Granitoides cristalizam a partir de magmas que têm composições em (ou próximas de) um ponto eutético (ou um mínimo de
temperatura em uma curva cotética). Magmas evoluirão até o eutético devida a diferenciação ígnea, ou porque eles representam
baixos graus de fusão parcial. Cristalização fracionada acaba por reduzir um melt em ferro, magnésio, titânio, cálcio e sódio, e
enriquecem o melt em potássio e silício. Álcali-feldspatos (ricos em potássio) e quartzo (SiO2) são os dois constituintes principais do
granito.

Este processo opera independentemente da origem do magma parental do granito e de sua química. Entretanto, a composição e
origem do magma que sofre diferenciação para granitos deixa certas evidências geoquímicas e minerais de qual seria a rocha-fonte.
Por exemplo, um granito que é formado por sedimentos fundidos pode ter mais álcali-feldspatos, enquanto um granito derivado de
basalto fundido pode ser mais rico emplagioclásio. É precisamente nisto que se baseia a classificação moderna.

Intemperismo
O intemperismo físico ocorre em larga escala na forma de juntas de desplacamento, que são o resultado da expansão e fraturamento
de um granito, à medida que há alívio de pressão quando o material sobrejacente é eliminado por erosão ou outros processos.

O intemperismo químico do granito ocorre quando ácido carbônico diluído (e outros ácidos presentes na chuva e na água freática),
alteram o feldspato em um processo chamado hidrólise.[5][6] Como demostrado na seguinte reação, isto faz com que o feldspato
potássico forme caulinita, com íons potássicos, bicarbonato e sílica como subprodutos.

2 KAlSi3O8 + 2 H2CO3 + 9 H2O → Al2Si2O5(OH)4 + 4 H4SiO4 + 2 K+ + 2 HCO3−

Referências
1. Webpages.sdsmt.edu. «Basic Rock Mechanics»(http://webpages.sdsmt.edu/~lstetler/merlot/rock_mechanics.htm) .
Consultado em 9 de maio de 2010
2. Kumagai, Naoichi; Sadao Sasajima, Hidebumi Ito (15 de Fevereiro de 1978). Long-term Creep of Rocks: Results
with Large Specimens Obtained in about 20 Y ears and Those with Small Specimens in about 3 Y ears (http://translat
e.google.com/translate?hl=en&sl=ja&u=http://ci.nii.ac.jp/naid/110002299397/&sa=X&oi=translate&resnum=4&ct=res
ult&prev=/search%3Fq%3DIto%2BHidebumi%26hl%3Den) . Journal of the Society of Materials Science (Japan) . 27.
[S.l.]: Japan Energy Society. pp. 157–161. Consultado em 16 de junho de 2008
3. minsocam.org - American Mineralogist, V olume 14, pages 81-94, 1929, The temperatures of magmas*, Esper s.
Larsen, Harvard University(http://www.minsocam.org/msa/collectors_corner/arc/tempmagmas.htm)
4. Harvey Blatt & Robert J. Tracy (1997). Petrology 2nd ed. New York: Freeman. p. 66. ISBN 0-7167-2438-3
5. «Granite [Weathering]» (http://www.ucl.ac.uk/earth-sciences/impact/geology/london/citycemetery/weathering/granite) .
University College London. Consultado em 10 de Julho de 2014
6. «Hydrolysis» (http://www.geolsoc.org.uk/ks3/gsl/education/resources/rockcycle/page3566.html). Geological Society
of London. Consultado em 10 de Julho de 2014

Ligações externas
Granite countertops (em inglês)
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Granito&oldid=51842237
"

Esta página foi editada pela última vez à(s) 16h24min de 18 de abril de 2018.

Este texto é disponibilizado nos termos da licençaAtribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY
-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte ascondições de utilização.

You might also like