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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ - UNIFEI

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS


AVALIAÇÃO E CURRÍCULO (EDC 217)

Irene Raquel Santana Rodrigues


Gisele Ferreira Machado

RESUMO DO TEXTO:
AVALIAR A ESCOLA E A GESTÃO ESCOLAR: ELEMENTOS PRA UMA REFLEXÃO CRÍTICA
Almerindo J. Afonso

O autor aponta e discute a avaliação nas escolas e o lugar dos seus gestores nesse
processo. Avaliar a gestão escolar é também avaliar a própria escola no seu todo, uma vez que os
responsáveis pelos órgãos não podem ser e estar indiferentes ao que se ocorre no âmbito da escola.
É preciso envolver todos os fatores relacionados ao seu contexto organizacional, dimensões éticas,
simbólicas, políticas, socais e pedagógicas devem ser consideradas visando o desenvolvimento
pessoal e coletivo, contribuindo para a emancipação do sujeito. Diante disso nos levamos a pensar
nas estratégias para as fronteiras da avaliação na escola como uma organização educativa complexa.
A escola se configura como uma organização educativa bastante complexa, por envolver
diversas dimensões, por possuir regras tanto formais quanto informais, e também pela sua variedade
de comportamentos, pois em seu cotidiano os objetivos e fins dos sujeitos podem se configurar de
diversas formas, isto é, a escola como um ambiente que possui pessoas e tem sua existência para as
pessoas está formada por subjetividades. Desta forma, os projetos com fins pedagógicos, destinados
a essa instituição, não garantem que a atuação dos gestores ocorra de maneira adequada, porque os
perfis são diferentes uns dos outros, seus valores e competências.
Com os efeitos da globalização idéias voltadas para implementação de gestão empresarial
nas escolas públicas surgem, no qual os interesses econômicos estão vinculados, trazendo a imagem
de competitividade. Nessa configuração, os alunos são avaliados de maneira quantitativa, e são os
resultados que demonstram a qualificação do trabalho do professor, que tem o papel meramente
técnico, de ser eficaz e eficiente, resultando na transmissão de saberes para obter êxito. Uma escola
que se configura desta forma remete a gestores que mantenham uma sintonia organizacional, pois é
este responsável por apresentar os resultados obtidos, fazendo com que assuma uma postura
autoritária, na busca de criar condições para garantir bons resultados.
Utilizada como mecanismo de gestão das políticas educacionais e dos sistemas de ensino, a
avaliação em larga escala apresenta-se como um modelo de responsabilização baseada na lógica do
mercado. Com a divulgação de resultados, cujo modelo é baseado no controle administrativo-
burocrático, há a cobrança dos gestores da prestação de contas. Assim as formas de avaliação
privilegiadas pela administração do sistema educativo são baseadas em dados de natureza
quantitativa, porque é isso que facilita a medição, a comparação e o controle de resultados.
Os modelos oficiais se avaliação externa são modelos homogênicos de avaliação e, portanto,
estão alinhados a concepção excludentes do ser humano, de relações sociais, de práticas
pedagógicas e da dinâmica escolar. É preciso assegurar estratégias e movimentos para que as
práticas de avaliação escolar sejam democratizadas, para que o acesso, a permanência e o sucesso
escolar sejam de fato eficazes.
A avaliação não deve ser vista como um instrumento de punição ou meros números, e sim
como indicadora para ações promotoras da qualidade educacional. Essa responsabilidade é de todos.

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