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O que faz Star Wars uma experiência tão única é que ele acontece de maneira tão
inocente e engraçada. Normalmente é a violência que me puxa tão fortemente para
um filme –violência psicológica no caso de um personagem de Bergman ou a
mordida irracional de um tubarão. Mas quase não há violência em Star Wars. [...]. Ao
invés disso, há entretenimento tão direto e simples que todas as complicações do
filme moderno parecem se vaporizar.
"Star Wars" é um conto de fadas, uma fantasia, uma lenda, encontrando suas raízes
em algumas de nossas ficções mais populares. O robô dourado, o piloto com cara de
leão, e o pequeno computador em rodas devem ter sido sugestões do Homem de
Lata, o Leão Covarde e o Espantalho em “O Mágico de Oz”. (…) O equipamento é de
‘Flash Gordon’ e de ‘2001: Uma Odisséia no Espaço”, mas a realeza é de Robin Hood,
os heróis são de westerns e os vilões são uma mistura de nazistas com feiticeiros.
"Star Wars" faz uso de nossas fantasias pulp enterradas em nossa memória, e o faz de
maneira tão brilhante que reativa velhas emoções, medos, empolgações como se
nunca as tivéssemos abandonado.
(…)
O filme se apoia na força de narrativa pura, na forma mais básica de storytelling
conhecida pela humanidade, a Jornada. Todos os melhores contos que lembramos de
nossa infância tem a ver com herois indo em direção a uma viagem por estradas
cheias de perigo, esperando encontrar tesouro ou heroísmo. Em ‘Star Wars”, George
Lucas mira o simples e poderoso recorte do espaço sideral, o que é algo inspirado,
uma vez que não existem mais mapas na terra que avisam, “Aqui há dragões”.
Crítica positiva de Charles Champlin para o L.A. Times, também vendo paralelos com o western:
Entrevistas
McGregor (2005)
“Foi extraordinário usar meu figurino, pois eu era Obi-Wan Kenobi.
(...). Os filmes significaram muito pra mim quando criança. Eu tinha
5 ou 6 anos quando foram lançados...são mais do que filmes pra
mim. (...). E Star Wars, é o mesmo mundo, com novos personagens,
personagens mais jovens. São os personagens de contos de fadas que
fazem tudo funcionar tão bem.”
...
“Guiness criou esse personagem que se tornou um ícone. (...) O
terceiro filme, é minha última chance de fazer um personagem
semelhante ao de Alec Guiness.”
NOVOS FILMES
George Lucas sobre sua falta de envolvimento no Episódio VII e a
falta de originalidade do filme:
(…)
Todos estes filmes [continuações de franquias antigas do cinema],
entretanto, são tentativas de capitalizer em decadas de boa-vontade
contruída sobre seus predecessors – monetarizar o amor que as pessoas
possuem pelos ainda ressonantes originais. E mais do que alguns fazem
de maneira explícita. A primeira metade de Exterminador do Futuro: A
Salvação foi basicamente um passeio pelos dois primeiros filmes da série.
Jurassic World pegou muitos de suas subtramas, como o Apatossauro
adoecido e as crianças em perigo, de Jurassic Park.
MARK HAMILL: