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23/02/2015

PROGRAMA
• Forjamento.
Conformação dos Metais e – Introdução;
– Operação e equipamentos;
Moldagem de Polímeros – A deformação do material por forjamento;
– Cálculo de esforços no forjamento;
– Exercícios.
FORJAMENTO

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INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO
• É um processo mecânico de conformação mecânica efetuado com Forjamento é o processo de conformação mecânica pelo
esforço de compressão sobre um material dúctil, de forma que ele martelamento ou pela prensagem
obtenha a geometria final associada as propriedades desejada.
• Forjamento é o nome genérico de operações de
conformação mecânica, pelo martelamento ou pela Fator Martelamento Prensagem
prensagem, efetuadas com esforço de compressão sobre um
Aplicação da Força Golpes rápidos e Gradual e constante
material dúctil, de tal modo que ele tende a assumir o
contorno ou perfil da ferramenta de trabalho constituído por sucessivos
um par de ferramentas de superfície plana ou côncava, Tempo de contato da Baixo Alto
denominado matriz ou estampo. ferramenta-peça
• Esforço de compressão: Sucessivos golpes ou Prensagem
gradual para obtenção da peça. Deformação Superfície Toda peça
• A maioria das operações de forjamento é executada a Custo equipamento Menor Maior
quente; contudo, uma grande variedade de peças pequenas,
tais como parafusos, pinos, porcas, engrenagens, pinhões, Solicitação do solo Maior Menor
etc., são produzidas por forjamento a frio.
Solicitação ferramenta Maior Menor

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INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO
O forjamento é o mais antigo processo de conformar
metais, tendo suas origens no trabalho dos ferreiros
de muitos séculos antes de Cristo. A substituição do
braço do ferreiro pelas prensas e martelos
mecânicos ocorreu nas primeiras etapas da
Revolução Industrial.

Folha com o fio afiado

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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Livre
O forjamento pode ser dividido em dois grupos: Forjamento Livre (também conhecido como Forjamento em Matriz Aberta ou Conformação
Intermediária) pode ser realizado utilizando a força humana, quando então é denominado
• Forjamento em matriz aberta (Forjamento Livre) forjamento livre manual, ou com o auxílio, das prensas ou máquinas de forjar, neste caso
recebe a denominação de forjamento livre a máquina. Tanto numa situação quanto outra, o
formato da peça, assim como suas dimensões são obtidas pela habilidade do forjador em
manipular as máquinas e as ferramentas, sendo portanto uma operação a ser realizada por
profissional especializado.
No forjamento livre manual é comum o uso da bigorna
como elemento de apoio. A bigorna é assentada sobre
um bloco de concreto, ferro fundido ou ainda madeira e
também se faz uso de diversas outras ferramentas.
• Forjamento em matriz fechada Nas situações em que as peças já não são tão
pequenas, ou ainda que se deseje maior produção, o
forjamento livre pode ser realizado com máquinas,
neste caso a única mudança é que a força para a
deformação não é mais muscular, ela é produzida por
uma máquina, mas todo o controle da forma, dimensão
e deformação são realizados pelo forjador baseado na
sua habilidade e conhecimento.

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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Livre Forjamento Livre
No forjamento livre com utilização de máquinas o material é conformado entre matrizes planas ou de
formato simples, que normalmente não se tocam e que não contêm a forma da peça ou somente a
contêm em parte.

Martelo ou
prensa

Peça

Selim
Forjamento livre (Ferramentas simples)

O forjamento livre é apropriada para a confecção de peças de tamanhos diversos, que devem receber
formas simples e lisas com superfícies planas ou uniformemente redondas e em pequeno número
(por exemplo, eixos de navios e de turbinas, ganchos, correntes, âncoras, alavancas, excêntricos,
ferramentas agrícolas, etc.). É usado também para pré-conformar peças que serão submetidas
posteriormente a operações de forjamento mais complexas. Para o forjamento de peças pesadas de
um tamanho da ordem de 100 toneladas a moldagem livre é a única possibilidade de fabricação.

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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Livre Forjamento Livre
Recalque (esmagamento, achatamento): Compressão direta do material entre um
O forjamento em matriz aberta par de ferramentas de face plana ou côncava, visando primariamente reduzir a
consiste de operações altura da peça e aumentar a sua secção transversal.
relativamente simples de Recalque Estiramento Encalcamento
conformação por forjamento,
empregando matrizes abertas
ou ferramentas especiais,
podendo ter as finalidades de:
Rolamento Alargamento
Produzir peças acabadas de
feitio simples; Extrusão
Redistribuir a massa de uma
Seção transversal
peça bruta para facilitar a de matriz de Furação
obtenção de uma peça de rolamento Efeito do escoamento restrito na
geometria complexa por forma assumida pela peça: a -
posterior forjamento em laminação de forja barrilamento de um cilindro baixo
matriz fechada. e b - barrilamento de cilindro alto
Caldeamento (de ( h/D > 1,4 a 1,6 para aços
um elo de forjados a quente).
corrente)
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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Livre Forjamento Livre
Escoamento do material durante o recalque Recalque ou Recalcamento
A

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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Livre Forjamento Livre
Martelamento rotativo • Estiramento
Visa aumentar o comprimento de uma peça às custas da
sua espessura.

Peça forjada

Peça

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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Livre Forjamento Livre
• Estiramento • Estiramento

Esquema de estiramento de barra prismática por mordidas sucessivas

Formas sucessivas que assume


uma barra prismática, ao ser
parcialmente estirada à forja,
mantendo a seção quadrada ao final

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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Livre Forjamento Livre
• Estiramento

h1

Recobrimento dado as mordidas sucessivas no estiramento. Para


evitar dobramento, o L não pode ser muito pequeno e h0 / h1 < 1,3.
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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Livre Forjamento Livre
• Estiramento Axial
• Furação
Visa realizar o alargamento de peça tubular curta sobre
Abertura de um furo em uma peça, geralmente por meio mandril
de um punção de formato apropriado (mecanicamente
furação constitui indentação, semelhante ao ensaio de
dureza).

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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Livre Forjamento Livre
• Estiramento Axial
• Alargamento
Visa aumenta a largura de uma peça reduzindo sua espessura.

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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Livre Forjamento Livre
• Alargamento Laminação de forja: Reduz e modifica a
seção transversal de uma barra passando-a
entre dois rolos que giram em sentidos
apostos, tendo cada rolo um ou mais sulcos
de perfil adequado, que se combina com o
sulco correspondente do outro rolo.

Forjadora rotativa
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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Livre Forjamento Livre
• Estiramento Axial
• Rolamento
– Operação de distribuição de massa ao longo
do comprimento da peça, mantendo-se a
sessão transversal redonda enquanto a peça
é girada em torno do seu próprio eixo

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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Livre Forjamento Livre
Caldeamento: Visa produzir a soldagem de duas superfícies metálicas limpas e
Encalcamento: Variedade de estiramento em que se reduz a secção de uma aquecidas, postas em contato e submetidas à compressão. Abaixo exemplo de
porção intermediária da peça, por meio de uma ferramenta ou impressão adequada. aplicação na fabricação de correntes de elo de aço, onde as pontas aquecidas
serão submetidas à compressão.

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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Livre Forjamento Livre
Cunhagem: é um processo de prensagem
geralmente realizada a frio em que as
superfícies das peças são limitadas pelas
matrizes de modo que o perfil e a impressão
sejam reproduzidos perfeitamente. Usada
para fabricar moedas, medalhas, talheres e
outras peças pequenas, bem como para
gravar detalhes de diversos tipos em peças
maiores.
A cunhagem é realizada em prensas ou martelos de forja, submetendo o metal a
uma deformação entre as duas partes da matriz fazendo ultrapassar o limite de
escoamento sob compressão do metal. Geralmente aumentando a carga a cima do
limite de 3 a 5 vezes, para conseguir a deformação desejada.

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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Livre Forjamento Matriz Fechada
Cunhagem: O material é conformado entre duas metades de matriz
que possuem, gravadas em baixo-relevo, impressões
com o formato que se deseja fornecer à peça (ver
figura abaixo).
A deformação ocorre sob alta pressão em uma
cavidade fechada ou semifechada, permitindo assim,
obter-se peças com tolerâncias dimensionais melhores
do que no forjamento livre.

Matriz
Peça

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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Matriz Fechada Forjamento Matriz Fechada
O forjamento em matriz fechada usa blocos de matriz cuidadosamente Generalidades. Peças de formas complexas ou de precisão não podem ser
usinados para produzir peças forjadas com tolerâncias dimensionais obtidas por técnicas de forjamento livre, exigindo matrizes especialmente
bastante precisas. Normalmente, para justificar a utilização dessas matrizes preparadas que contenham o negativo (ou contorno) da peça a ser
relativamente dispendiosas, esse processo é usado para taxas de produção produzida. Tais matrizes são caras, exigindo na maioria das vezes, alta
altas. produção para justificar seu custo. A obtenção de um formato complexo
normalmente não é possível com uma única etapa de trabalho, exigindo
uma ou mais etapas de pré-forjamento.
As etapas de pré-forjamento podem ser efetuadas com o auxilio de
superfícies especialmente usinadas no próprio bloco das matrizes, ou em
equipamento separado, ou mesmo por meio de outros processos como a
laminação. O objetivo do pré-forjamento redistribuir o metal para posições
mais adequadas ao forjamento subseqüente.
A pré-forma assim obtida pode ser conformada para uma configuração
mais próxima da final em uma matriz de esboço, que assegura uma
distribuição adequada de metal, mas ainda não na forma final.
A decomposição da conformação de uma peça complexa entre diversas
etapas de trabalho e ferramentas permite em muitos casos economizar
energia e material, reduzir o desgaste das ferramentas e aumentar a
precisão do forjado.
Exemplos de componentes obtidos por meio do forjamento em matriz fechada
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Forjamento Matriz Fechada Forjamento Matriz Fechada
Comportamento do material no forjamento em matriz
Processos básicos de movimentação de material no forjamento em matriz; a- Nos casos em que a deformação ocorre dentro de uma cavidade totalmente fechada,
sem zona de escape, é fundamental a precisão na quantidade fornecida de material:
recalque, b- recalque com alargamento e c- ascensão (extrusão inversa). uma quantidade insuficiente implica falta de enchimento da cavidade e falha no volume
da peça; um excesso de material causa sobrecarga no ferramental, com probabilidade
de danos ao mesmo e ao maquinário.
Dada a dificuldade de dimensionar a quantidade exata fornecida de material, é mais
comum usar-se uma quantidade ligeiramente acima do necessário. As matrizes são
providas de uma zona oca especial para recolher o material excedente ao término do
preenchimento da cavidade principal. O material excedente forma uma faixa estreita
(rebarba) em torno da peça forjada. A rebarba exige uma operação posterior de corte
(rebarbação) para remoção.
Recalque Alargamento Ascensão
Extrusão: escoamento de material numa direção paralela ao do movimento das matrizes.
Quando o sentido do movimento do material é contrário ao do trabalho, tem-se a extrusão
inversa ou ascensão, que geralmente aumenta a altura da peça e envolve um grande
deslocamento de material sob atrito; neste caso são requeridas tensões elevadas na garganta da
rebarba, para possibilitar a ascensão completa do material na matriz.
Por que estudar o fluxo do material dentro da matriz?
Garantir o completo preenchimento da matriz
Determinar o número de etapas de forjamento
Determinar a forma da matéria prima
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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Matriz Fechada Forjamento Matriz Fechada

Zona de formação da rebarba


Funções da Rebarba:
– Atuar como “válvula de segurança” para o excesso de metal na cavidade da matriz;
– Regular o escapamento do metal, aumentando a resistência ao escoamento do
sistema de modo que a pressão cresça até valores elevados, assegurando que o
metal preencherá todos os recessos da cavidade.
Curva típica de pressão de forjamento, para o forjamento com formação de rebarba
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Forjamento Matriz Fechada Forjamento Matriz Fechada
De maior importância é que a rebarba regula o Material Necessário para o Forjamento
escape do metal, portanto uma rebarba muito
fina aumenta muito a resistência de escoamento Mi (massa do bloco inicial) = Mf (massa da peça
do sistema de maneira que a pressão sobe para
valores bem altos, assegurando que o metal
forjada) + Mr (massa da rebarba) + Mo (massa de
preencha todos os espaços da cavidade da material perdido na forma de óxido)
matriz. O segredo do projeto da rebarba é
ajustar de tal forma as suas dimensões de Equipamento Mo / Mi
maneira que a extrusão do metal através da Forno mufla a óleo 3 a 4%
abertura estreita para a rebarba seja mais difícil
do que preencher os detalhes mais intrincados Forno a óleo 2,5 a 3%
da matriz. Porém, isso não deve ser feito em Forno mufla a gás 2,5 a 3%
excesso para não só criar altas cargas de
forjamento, como também evitar problemas com
Distribuição da pressão na Forno a gás 2 a 2,5%
cavidade das matrizes no Forno elétrico 1 a 1,5%
a deformação ou quebra da matriz. O ideal é
forjamento de pá de turbina; a-
projetar a rebarba ao mínimo necessário à
sem rebarba e b- com rebarba Forno de alta frequência 0,5 a 1%
realização do trabalho. Valores usuais de Mo/Mi para aços em função do equipamento de aquecimento

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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Matriz Fechada Forjamento Matriz Fechada
Em geral, na forja em matriz o tarugo é
primeiro desbastado e esquadrinhado Barras (±2m) (peças
para ajustar o metal nas posições de 2 a 3 kg)
corretas na matriz para o forjamento
subseqüente. O tarugo pré-moldado é
então colocado na cavidade da matriz de
forja em bruto para atingir uma forma
Palanquilha
próxima à desejada. A maior parte da (peças pesadas)
mudança da forma ocorre quase sempre
nessa etapa. Em seguida a peça é
transferida para uma matriz de
Elementos estampados
acabamento, onde é forjada para a forma (peças pequenas)
e dimensões finais.
Matrizes múltiplas para a execução de
Bilete
etapas sucessivas do forjamento de peças
complexas. (peças pequenas)

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Forjamento Matriz Fechada Forjamento Matriz Fechada
Fluxo do material na matriz de forjamento

Peça defeituosa (uma etapa)

Conformação intermediária

Peça pronta

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Forjamento Matriz Fechada Forjamento Matriz Fechada
As operações de obtenção das formas intermediárias de uma peça constituem a Na etapa de distribuição de massas se procede a retirada de material das porções nas quais a
conformação intermediária, que se compõe normalmente de três etapas: seção transversal deva ser reduzida, e o acúmulo do material nas posições onde a seção deva
ser aumentada. As operações mais empregadas para esta etapa são: o estiramento, o
1. Distribuição de massas.
encalcamento, o alargamento, a laminação, a extrusão e o rolamento, sendo o recalque usado
2. Dobramento.
para aumentar a seção transversal.
3. Formação da seção transversal.
O dobramento (segunda etapa) pede ser executado durante o forjamento, sem um estágio
especial, quando for paralelo ao movimento da ferramenta. Em caso contrário, é efetuado numa
etapa específica durante ou mesmo após o forjamento da peça. Pode envolver ou não uma
redução da seção transversal da peça e uma defasagem do eixo da mesma como o caso do
forjamento de virabrequins.

A formação da seção transversal, ou esboçamento é a última etapa da conformação


intermediária, na qual as seções transversais são aproximadas das seções definitivas da peça,
de modo que as ferramentas acabadoras imprimam a forma e dimensões exatas da peça, com
um consumo mínimo de energia. Esta etapa envolve uma distribuição de massa
perpendicularmente ao eixo longitudinal da peça.

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Forjamento Matriz Fechada Forjamento Matriz Fechada
Etapas de forjamento de virabrequim, a partir de tarugo de seção quadrada
Etapas do forjamento de uma peça em matriz

a e b - laminado (10 e 20 passe);


a - barra inicial; b - após distribuição de massa; c - dobrada; d - pré confeccionada, c - pré conformado em matriz; d -
e - acabada acabado e e - após remoção de
rebarba
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Forjamento Matriz Fechada Forjamento Matriz Fechada
Etapas envolvidas na
fabricação de uma biela
automotiva

As cavidades 1 e 2 realizam
o desbaste e a expansão, a
cavidade 3 realiza o
“forjamento bruto” e as
cavidades 4 e 5 o
acabamento e a rebarbação,
respectivamente.

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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Matriz Fechada Forjamento Matriz Fechada
A etapa final no forjamento de uma peça em matriz fechada é remoção da rebarba
com uma matriz para apará-la (chamada matriz de rebarbação).

a e b - operações de forjamento de anel de rolamento; c - ferramental de a e c - rebarbação; b e d – rebarbação pela furação de peças forjadas. Em a e b
rebarbação e d - peça pronta. (p = linha de partição). só uma ferramenta tem gume de corte, em c e d - ambas.
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Forjamento Matriz Fechada Forjamento Matriz Fechada
• Operações de limpeza
superficial;
– Tamboreamento,
– Jateamento,
– Decapagem química e
neutralização.

Folga “s” entre estampo e matriz • Melhoria de propriedades


de rebarbação. O valor de “s” –
na tabela à direta mecânicas;
– Tratamentos térmicos.

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Forjamento Matriz Fechada
Projeto da peça a ser forjada:
Forjamento Matriz Fechada
Projeto da peça a ser forjada:
Sobremetal
Ângulos de saída e conicidade Na tabela abaixo são apresentados os valores recomendados para sobremetais na
Concordância dos cantos espessura, para caso de forjamento em matriz fechada.

Tolerâncias
Sobremetal: escolha do
Tipo de peça Sobre metal (mm)
sobremetal intimamente
relacionada às incertezas do Peças pequenas até 20 mm de diâmetro ou largura 0,5 a 1,0
projetista quanto à rigidez da Peças de dimensões médias de 20 a 80 mm de diâmetro ou largura 1,0 a 1,5
máquina utilizada, à
Peças de 80 a 150 mm de diâmetro ou largura 1,5 a 2,0
conformidade dos materiais
escolhidos para a peça e Peças de 150 a 250 mm de diâmetro ou largura 2,0 a 3,0
matrizes, bem como à fabricação
dessas matrizes (dimensões e
propriedades).

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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Matriz Fechada
Projeto da peça a ser forjada:
Concordância dos cantos: Deve-se evitar cantos vivos, que criam tensões e, eventualmente, Forjamento Matriz Fechada
levam metal a fissurar até 2 a 5 mm de profundidade. r1
Projeto da peça a ser forjada:
r2
h
Tolerâncias:
Peça forjada Peça final Deslocamento das duas “meias” matrizes
(usinada)
Valores mínimos para os arredondamentos dos cantos salientes e reentrantes – DIN 7523
Dimensão h Arredondamento dos
(mm) Arredondamento cantos reentrantes r2 (mm)
De até dos cantos Peças Peças
salientes r1 (mm) normais precisas
- 25 2 4 4
Matriz sem guia → Peça defeituosa Matriz guiada
25 40 3 6 5
(guias cônicas)
40 63 4 10 6
Desgaste da cavidade da matriz
63 100 6 16 8
100 160 8 25 10
160 250 10 40 16
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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Matriz Fechada Forjamento Matriz Fechada
Projeto da peça a ser forjada:
Projeto da matriz de forjamento (fatores a ser considerados):
Matriz simples ou matriz progressiva
Contração do metal da peça
Matriz simples ou matriz progressiva
Material da matriz
Dimensões da matriz (dimensionamento)
Canais de rebarba
Peça pronta
Guias da matriz (centragem)
Contração do metal da peça Matriz simples Matriz simples
Metal da peça % de dilatação Temperatura °C

Aço 1,0 1020 à 20


Bronze 0,8 520 à 20
Latão 0,9 520 à 20
Peça pronta
Cobre 0,8 520 à 20
Ligas leves 0,9 420 à 20 Matriz progressiva (2 estágios)
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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Matriz Fechada
Forjamento Matriz Fechada Projeto da peça a ser forjada:
Projeto da peça a ser forjada: Material da matriz Princípios observados no projeto de pré formas:
Solicitações do material da matriz: • Para evitar um aumento excessivo da pressão de forjamento (veja os
slides 52 e 53) as matrizes são usualmente projetadas de tal modo que a
Tensões até 200 kgf/mm2 rebarba fica reduzida à sua espessura mínima somente em uma largura
pequena (garganta ou costura) sendo permitido ao restante escoar
Oscilações térmica com velocidade de aquecimento superficial de 1000 à 3000c/s livremente dentro da calha ou bacia;
Características do material da matriz: • Raios das concavidades da pré forma devem ser maiores do que os
correspondentes na forma final;
Alta dureza; alta tenacidade; alta resistência à fadiga; altos limites de escoamento
e alongamento; alta resistência à quente; insensibilidade à oscilações térmicas de • Em forja com matrizes fechadas é extremamente difícil produzir
componentes com filetes muito agudos, almas finas e frisos ou arestas
curta duração; alta resistência ao desgaste. muito altas. Além disso, as matrizes de forja devem ser afuniladas para
Material das matrizes: Os materiais empregados na confecção das matrizes são
facilitar a remoção das peças acabadas.
aços especiais - tipo ferramenta - caracterizados por conterem carbono de médio a • Ângulos de saída tomados a partir das dimensões do forjado, servem
alto teor e elementos de liga como cromo, níquel, molibdênio, tungstênio e vanádio. para facilitar a extração da peça do interior das matrizes. Para evitar o
Exigem tratamento térmico tanto mais complexo, quanto maior a quantidade e a trancamento dos mandris quando da gravação das matrizes, os ângulos
internos são realizados menores que os externos: o ângulo de saída
porcentagem de elementos de liga presentes. varia 5°a 7° para superfícies internas e de 7° a 8° para superfícies
externas.
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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Matriz Fechada Forjamento Matriz Fechada
Projeto da peça a ser forjada: Dimensões mínimas das matrizes de forjamento Projeto da peça a ser forjada:
Dimensões da matriz (dimensionamento)
a – espessura de parede h – profundidade a – espessura de H - altura do
entre a aresta exterior e da impressão parede entre a bloco da matriz Espessura mínima parede a (mm) Altura mínima do
impressão
impressão e impressão Impressões bloco da matriz
Profundidade Aresta exterior
da impressão e impressão H (mm)
a
h (mm) a h
h h
H

6 12 10 100
10 20 16 100
16 32 25 125
25 40 32 160
40 56 40 200
63 80 56 250
100 110 80 315
125 130 100 355
160 160 110 400
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Forjamento Matriz Fechada OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Projeto da matriz de Forjamento
Forjamento Matriz Fechada
Canais de rebarba
b
Projeto da peça a ser forjada: Dimensões mínimas das matrizes de forjamento
s
Guias da matriz (centragem)

Área projeta da peça no Espessura da garganta Relação de rebarba b/s


plano da rebarba, sem da rebarba s (mm)
incluir a rebarba (cm2.10-1) Recalque Alargamento Ascensão

até 18 0,6 8 10 13 Guias cônicas

de 18 até 45 1,0 7 8 10

de 45 até 112 1,6 5 5,5 7

de 112 até 280 2,5 4 4,5 5,5

de 280 até 710 4 3 3,5 4 Guias com pinos


de 710 até 1800 6,3 2 2,5 3

de 1800 até 4500 10 1 2 2,5

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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS


Forjamento Matriz Fechada
Fabricação da matriz: (Processos utilizados) Forjamento Matriz Fechada
Usinagem convencional (Torneamento, furação, fresamento, outros).
• Para haver forjamento econômico com bons resultados:
Conformação (Recalque a frio ou a quente).
Usinagem eletrolítica (Uso de altas densidades de corrente ± 200 A/cm2). — Minimizar a carga de forjamento,
Usinagem por eletroerosão (Tensão alternada e temperaturas entre 1000 e 3000 0C). — Minimizar tempo de forjamento,
— Minimizar número de etapas e acessórios,
— Simplificar fabricação das matrizes e ferramentas,
— Garantir sanidade das peças obtidas.

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Forjamento Matriz Fechada Outras Classificações do processo:
Lubrificantes

Óleos e graxas com aditivos para resistência à alta pressão (forjamento à frio)
Serragem (grafite), (forjamento à quente) • Quanto a temperatura: a quente e a frio.
Os lubrificantes do forjamento têm que cumprir as seguintes exigências:
1. Estender a vida da matriz. • Quanto ao método de aplicação da carga: por
2. Manter a estrutura e a superfície de produtos forjados. impacto ou pressão.
3. Impedir redução da qualidade.
4. Não fazer nenhum dano ao corpo humano.
5. O lubrificante do forjamento deve ser facilmente removível da superfície do
molde lavando.

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Equipamentos:
Em princípio, há dois tipos gerais de equipamentos para forjamento:
os martelos (de forja ou de queda) e as prensas (mecânicas ou
hidráulicas):
Forjamento
1. Martelos de forja, que
Equipamentos deformam o metal através de
golpes de impacto na superfície do
Histórico mesmo (velocidades entre 3,0 e 20
m/s). Geram deformação irregular
nas fibras superficiais.

2. Prensas, que deformam o metal submetendo-o a uma


compressão contínua com velocidade relativamente
baixa (velocidades entre 0,06 a 1,5 m/s). Todas as
camadas da estrutura são atingidas, dando maior
Prensa de 50,000 ton homegeneidade à estrutura da peça.
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Equipamentos: Equipamentos:
Martelo de Forja Martelo de queda livre
• A força é provocada por um peso cedente, ou • Este equipamento consiste de uma base que suporta colunas, nas quais
são inseridas as guias do suporte da ferramenta, e um sistema para a
martelo. elevação da massa cedente a altura desejada.
• Essas máquinas são energicamente limitadas, pois • Podem ser forjadas grandes variedades de formas e tamanhos de peças.
a deformação resulta da dissipação da energia É possível girar a peça entre golpes sucessivos, Colocá-las em diferentes
cavidades e cortar a forma final com pequenas perdas de material.
cinética do martelo. • Normalmente uma peça é forjada com vários golpes repetidos.
• Existem três tipos de martelos de forjamento: • Mecanismos de elevação: Ar comprimido; cintas; correntes metálicas.
• O Trabalho máximo produzido pela massa cadente é a capacidade
- Martelo de queda livre, nominal do martelo.
- Martelo de dupla-ação, • Depende basicamente do peso do sistema cadente e da velocidade final
no momento do início do impacto.
- Martelo de contra-golpe.
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Equipamentos:
Martelo de queda livre

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Equipamentos: Equipamentos:
Martelo de dupla-ação Martelo de dupla-ação (continuação)
• Neste caso a energia é fornecida não somente pelo
peso da massa. Há um acionamento pneumático ou
hidráulico.
• Os martelos de dupla-ação são preferidos aos
martelos de queda livre quando se trata do
forjamento em matriz.
• Neste equipamento a massa cadente é conectada a
um pistão contido em um cilindro no topo do
martelo.
• A força exercida pelo pistão pode chegar a vinte
vezes o peso da massa cadente.
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Equipamentos: Equipamentos:
Martelo de dupla-ação (continuação) Martelo de contragolpe
• Caracteriza-se por duas massas que se chocam no meio do percurso com
a mesma velocidade, sendo que a massa superior é acionada por um
sistema pistão-cilindro.
• A massa inferior, ligeramente menor que a massa superior (cerca de 5%)
é acoplada normalmente à superior por meio de cabos.
• Vantagens em relação aos outros dois: Maior rendimento, pois o
trabalho é absorvido entre duas massas que se chocam e muito pouco
dele é transmitido às fundações, resultando em menor vibração
transmitida ao solo e à própria peça; e maior velocidade de acionamento
em relação MQL.
• Desvantagens: Maior desalinhamento entre as partes superior e inferior
da matriz; necessidade da força de forjamento estar localizada no meio
daa matriz para evitar grandes atritos entre as massas e as guias;
impossibilidade de manipulação da peça; e maior despesas de
manutenção.
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Equipamentos: Equipamentos:
Martelo de contragolpe (Continuação) Martelo de contragolpe (Continuação)

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Equipamentos: Equipamentos:
Prensas de Forjamento
• Submentem o metal a uma força de compressão à baixa
velocidade.
• A pressão aumenta quando o metal está sendo
deformado e isso provoca uma penetração maior da
zona deformada da peça.
• São três os principais tipos:
Prensas hidráulicas;
Prensas mecânicas (excêntricas e de fricção), e
Prensas recalcadoras.
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Equipamentos: Equipamentos:
MARCA:.........AGOSTINO COLOMBO Prensa Exc. Freio-Fricção
TIPO:Excêntrica (H) FREIO-FRICÇÃO Schuler 600
FORÇA MÁXIMA......................200 TONS
DIMENSÕES DA MESA...800 x 1120 mm tons MARCA:SCHULER
CURSO REGULÁVEL..................150 mm CAPACIDADE:..600 TON
REGULAGEM DO MARTELO......100 mm TIPO:......................H
GOLPES POR MINUTO................40 - 60
Altura Máxima MESA-MARTELO..600 mm DIMENSÕES DA MESA
POTÊNCIA INSTALADA. ..........21 - 32 cv ......3.000 X 2.000 MM
SOBRE-MESA ABERTURA....1.400 MM
EXTRATOR
PASSAGEM LATERAL ALMOFADA.....150 TON
PAINEL ELÉTRICO NOVO Sistema de Freio Fricção
MÁQUINA REFORMADA

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Equipamentos: Equipamentos:
Marca: Jundiaí Marca : Harlo ;Tipo : C; Capacidade :
Tipo: Freio/Fricção 100 toneladas
Capacidade 150 ton Dimensão da mesa 900 x 750 mm;
Sistema de Freio-Fricção Curso do martelo 130 mm
Distância entre mesa e martelo 495
mm; Distância entre centro martelo
- corpo 375 mm
Motor 10 hp/1750 rpm

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Equipamentos: Equipamentos:
1. Prensas de fuso
São constituídas de um par porca/parafuso, com a rotação do fuso, a massa
superior se desloca, podendo estar fixada no próprio fuso ou então fixada à porca
que neste caso deve ser móvel, dando origem a dois sub-tipos de prensas; as de
fuso móvel; e as de porca móvel. Ligado ao fuso há um disco de grande dimensão
que funciona como disco de inércia, acumulando energia que é dissipada na
descida. O acionamento das prensas de fuso podem ser de três tipos:
• através de discos de fricção;
• por acoplamento direto de motor elétrico;
• acionado por engrenagens.

Prensa de fuso movida pela fricção

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Equipamentos: Equipamentos:
2. Prensas excêntricas ou mecânicas
Depois do martelo de forja, a prensa mecânica é o
equipamento mais comumente utilizado. Pode ser
constituído de um par biela/manivela, para
transformar um movimento de rotação, em um
movimento linear recíproco da massa superior da
prensa.
O curso do martelo neste tipo de prensa é menor
que nos martelos de forjamento e nas prensas
hidráulicas. O máximo de carga é obtido quando a
massa superior está a aproximadamente 3 mm
acima da posição neutra central. São encontradas
prensas mecânicas de 300 a 12.000 toneladas. A
pancada de uma prensa é mais uma aplicação de
carga crescente do que realmente um impacto. Por
isto as matrizes sofrem menos e podem ser menos
maciças. Porem o custo inicial de uma prensa
mecânica é maior que de um martelo.

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Equipamentos:

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Equipamentos: Equipamentos:
3. Prensas hidráulicas
As prensas hidráulicas são máquinas limitadas na carga,
na qual a prensa hidráulica move um pistão num cilindro. A
principal característica é que a carga total de pressão é
transmitida em qualquer ponto do curso do pistão. Essa
característica faz com que as prensas hidráulicas sejam
particularmente adequadas para operações de forja do tipo
de extrusão. A velocidade do pistão pode ser controlada e
mesmo variada durante o seu curso.
A prensa hidráulica é uma máquina de velocidade baixa, o que resulta em tempos longos
de contato com a peça que pode levar a problemas com a perda de calor da peça a ser
trabalhada e com a deterioração da matriz. Por outro lado. a prensagem lenta de uma
prensa hidráulica resulta em forjamento de pequenas tolerâncias dimensionais. As prensas
hidráulicas são disponíveis numa faixa de 500 a 20.000 toneladas, já tendo sido
construídas, também, prensas hidráulicas de 50.000 toneladas. O custo inicial de uma
prensa hidráulica é maior do que o de uma prensa mecânica da mesma capacidade. São
disponíveis na literatura técnica fatores para conversão entre a capacidade das prensas e
dos martelos de forja.

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Equipamentos: Velocidades mais comuns em máquinas de forjamento
(Altan, em Dieter)

MÁQUINAS FAIXA DE VELOCIDADE


(m/s)
Martelo de queda livre 3,6 – 4,8

Martelo de dupla-ação 3,0 - 9,0

Prensa excêntrica 0,06 – 1,5

Prensa hidráulica 0,06 - 0,30

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OPERAÇÃO E EQUIPAMENTOS Aplicações


Revisão:
• De um modo geral todos os materiais conformáveis
podem ser forjados.
• Os mais comuns são os Aços (Comuns e ligados; aços
estruturais; aços p/cementação e para beneficiamento;
aços inoxidáveis ferríticos e austeníticos e aços
ferramentas).
• Ligas de Alumínio; de cobre (principalmente os latões).
• Ligas de Magnésio; de níquel (inclusive as superligas
como Waspaloy, Astraloy, Inconel, Udimet 700) e de
Titânio.

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Método: Tratamento térmico:


• Os processos convencionais de forjamento são
executados tipicamente em diversas etapas:
corte do material,
aquecimento,
pré-conformação mediante operações de
forjamento livre,
forjamento em matriz (em uma ou mais
etapas) e
rebarbação.

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O material de partida para o forjamento


FORJAMENTO Forjamento (2)
Peças com peso não
superior a 2 ou 3 kg,
Processos de Forjamento Forjamento (1)
são normalmente
produzidas a partir
de barras laminadas
• Prensagem
• Forjamento Livre
• Forjamento em Matriz
Peças de maior
peso são forjadas a
Máquinas de Forjamento partir de tarugos
• Prensas
• Martelo de Queda Livre (T=Q.H)
Peças delgadas,
• Martelo de Dupla-ação (T=(Q+F).H) como chaves de
• Martelo de Contra-golpe boca, alicates,
tesouras, tenazes,
facas, instrumentos
cirúrgicos, etc.,
podem ser forjadas
a partir de recortes
de chapas
laminadas
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Etapas de Forjamento
Os processos convencionais de forjamento são executados Defeitos em forjados
tipicamente nas seguintes etapas consecutivas:
1. Corte do material; Os produtos forjados podem apresentar os seguintes defeitos típicos:
A) Falta de redução: caracteriza-se pela penetração incompleta do metal na
2. Aquecimento (para forjamento a quente); cavidade da ferramenta. Isso altera o formato da peça e acontece quando são
usados golpes rápidos e leves do martelo.
3. Pré-conformação mediante operações de forjamento livre,
também conhecida como conformação intermediária; B) Trincas superficiais: causadas por trabalho excessivo na periferia da peça em
temperatura baixa, ou por alguma fragilidade a quente.
4. Forjamento em matriz (em uma ou mais etapas); C) Trincas nas rebarbas: causadas pela presença de impurezas nos metais ou
porque as rebarbas são pequenas. Elas se iniciam nas rebarbas e podem
5. Rebarbação; penetrar na peça durante a operação de rebarbação.
D) Trincas internas: originam-se no interior da peça, como consequência de tensões
6. Tratamento térmico (remoção de tensões, originadas por grandes deformações.
homogeneização da estrutura, melhoria da usinabilidade e
propriedades mecânicas).

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Defeitos em forjados Defeitos em forjados


Ilustração da dobra superficial (prega, fenda
E) Gotas frias: são descontinuidades originadas pela dobra de superfícies, sem a
de superposição) e da falha de enchimento,
ocorrência de soldagem. Elas são causadas por fluxos anormais de material
quente dentro das matrizes, incrustações de rebarbas, colocação inadequada do
material na matriz.
F) Incrustrações de óxidos: causadas pela camada de óxidos que se formam
durante o aquecimento. Essas incrustrações normalmente se desprendem mas,
ocasionalmente, podem ficar presas nas peças.
G) Descarbonetação: caracteriza-se pela perda de carbono na superfície do aço,
Formação de dobra (falha de enchimento) Formação de dobra superficial
causada pelo aquecimento do metal.
em peças com bruscas variações de seção. durante forjamento de peça.
H) Queima: gases oxidantes penetram nos limites dos contornos dos grãos
formando películas de óxidos. Ela é causada pelo aquecimento próximo do ponto
de fusão.

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CÁLCULO DE ESFORÇOS NO FORJAMENTO CÁLCULO DE ESFORÇOS NO FORJAMENTO


Martelo de queda livre (continuação)
• Sendo:
Martelo de queda livre (continuação)
T = trabalho fornecido pelo sistema cadente (kgm). • E, para a queda livre,
Q = peso do sistema cadente (kgf). v2 = 2gH
H = altura máxima da queda (m).
M = velocidade do instante do impacto (m/s).
g = aceleração da gravidade (m/s2). • Então, a capacidade nominal do martelo é
• O trabalho que pode ser transmitido (ou energia de golpe) é dada pela expressão:
expresso através da energia cinética disponível
imediatamente antes do início do impacto:
T=QxH
Mv 2 Qv 2
T= =
2 2g 113 114
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CÁLCULO DE ESFORÇOS NO FORJAMENTO CÁLCULO DE ESFORÇOS NO FORJAMENTO


Martelo de dupla-ação (continuação)
• Sendo:
Forjamento Livre
Considerando-se que não existe resistência lateral ao escoamento do
F = força exercida pelo pistão à massa cadente para
material e desprezando-se o efeito do encruamento, pode-se elaborar
imprimir uma maior aceleração à massa (kgf). o seguinte modelo matemático para a previsão de força no forjamento
a = aceleração provocada pela força F (m/s2). livre:
V = 2(g+a) H
• Mas como: F Q ,então
a= e M=
M g
 F
v = 2 gH 1 + 
 Q
• O trabalho máximo fica:
mv 2 m  F
T= = 2 gH 1 +  = (Q + F )H
2 2  Q
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CÁLCULO DE ESFORÇOS NO FORJAMENTO CÁLCULO DE ESFORÇOS NO FORJAMENTO


Forjamento em Prensa
O valor R é empírico e para o caso particular da deformação de
aços de baixo carbono realizado a quente a Tabela abaixo
fornece valores aproximados, tanto para ação de prensas, como
para martelos de queda.

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CÁLCULO DE ESFORÇOS NO FORJAMENTO


Exercícios
1. Diferencie as características dos produtos da laminação e do forjamento.
2. Quais os principais tipos de equipamentos de forjamento?
3. Compare vantagens e limitações dos martelos de queda livre e dos de duplo efeito.
4. Dêem uma resumida descrição das prensas de fuso, excêntricas e hidráulicas, assim
como as vantagens e limitações delas.
5. Faça uma comparação entre os processos de forjamento livre e forjamento em matriz com
relação à aplicabilidade, vantagens e desvantagens.
6. Quais os principais tipos de operações e aplicações do forjamento livre? Dêem uma
resumida descrição de cada operação.
7. O que é rebarba e qual sua importância para o forjamento em matriz fechada?
8. Porque o forjamento se dá em várias etapas?
9. Quais fatores têm que ser considerados no projeto da matriz de forjamento?
10. Quais fatores têm que ser considerados no projeto da peça a ser forjada?
11. Que exigências têm que cumprir os lubrificantes do forjamento?

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Exercícios
BIBLIOGRAFIA
12) Calcule a força necessária para conformar um tarugo retangular de aço de baixo • BIBLIOGRAFIA BÁSICA
carbono, de dimensões iguais a 98 mm de espessura, 110 mm de largura e 115 mm
de comprimento por ação de uma prensa até possuir uma espessura de 72,6 mm. – CETLIN, P. R.; HELMAN, H. Fundamentos da Conformação Mecânica dos Metais, 2ª Edição, Ed.
Artliber, 260 pg., 2005.
Resp: 248.916 kgf (248,92 ton-f) ou ( 24399 KN).
– SCHAEFFER, L. Conformação Mecânica, 2ª Edição, Ed. Imprensa Livre, 167 pg., 2004.
– SCHAEFFER, L. ROCHA, A. S., Conformação Mecânica - Cálculos Aplicados em Processos de
13) Calcule a força de forjamento de uma prensa numa matriz fechada supondo um Fabricação, 1ª Edição, Ed. Imprensa Livre, 200 pg., 2007.
material de aço de baixo carbono, cuja tensão de escoamento vale 127 MPa e a de – CHIARINI, V. Tecnologia Mecânica, 2 ª Edição, Vol. II, Ed. McGeaw-Hill, 315 pg., 2005.
ruptura 167 MPa,a área da seção do forjado sem rebarba igual a 3.000 mm2 e a – MANRICH, S. Processamento de Termoplásticos, 1ª Edição, Ed. Artliber, 431 pg., 2005.
constante referente ao modo de deformação igual a 3. – HARADA, J. Moldes para Injeção de Termoplásticos, 1ª Edição, Ed. Artiliber, 308 pg., 2004.

14) Qual será a força de forjamento em matriz fechada se o mesmo material for forjado • 8. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
em martelo. (Utilize o fator máximo de P/S) Resp: P= 54 tonf
– SCHAEFFER, L. Conformação de Chapas Metálicas, 2ª Edição, Ed. Imprensa Livre, 150 pg.,
2004.
– SCHAEFFER, L. Forjamento - Introdução ao Processo, 2ª Edição, Ed. Imprensa Livre, 202 pg.,
2006.
– BRITO, O. Estampos de Formar, 2ª Edição, Ed. Hemus, 220 pg., 2005.
– BRITO, O. Estampos de Corte, 2ª Edição, Ed. Hemus, 185 pg., 2004.
– ALTAN, T. Metal Forming: Fundamentals and Applications, 1ª Edição, ASM International, 353
pg., 1983.

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