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GT11N2 Princípios da Usina de

Visão Geral/Operação Turbina a Gás

Módulo de Treinamento

João Augusto CF

Alstom (Suíça) Ltda.


GT11N2 Princípios da Usina
Visão Geral/Operação de Turbina a Gás

Nós nos reservamos todos os direitos sobre este documento e as informações aqui
contidas. A reprodução, utilização ou divulgação a terceiros sem autorização
expressa é proibida. Copyright© por ALSTOM Power 2000

Este é um módulo de treinamento.


Todos os valores e ajustes mencionados / anexados são para fins informativos
somente. Os valores podem ser alterados até o início da operação.
Para obter valores atuais por favor consulte o Manual de Instruções.

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Visão Geral/Operação de Turbina a Gás

Índice

Objetivos do Módulo ....................................................................................................................... 4


Visão Geral ...................................................................................................................................... 5
Processo da Turbina a Gás ............................................................................................................ 5
Descrição do Funcionamento ........................................................................................................ 8
Sistema de Admissão de Ar ........................................................................................................8
Turbina de Fluxo Axial.................................................................................................................8
Compressor de Fluxo Axial .......................................................................................................13
Câmara de Combustão .............................................................................................................15
Engrenagem Desmultiplicadora para Redução da Velocidade de Rotação .. Erro! Indicador não
definido.
Gerador-Excitador.....................................................................................................................19
Resumo .......................................................................................................................................... 23
Figura 1: Funcionamento do Conjunto Turbogerador a Gás ..................................................... 24
Figura 1.1: Com Conexão Direta entre o Compressor e o Gerador ...........................................24
Figura 1: Funcionamento do Conjunto Turbogerador a Gás ..................................................... 25
Figura 1.2: Com Conexão Indireta entre o Compressor e o Gerador.........................................25
Figura 2: Diagramas de Velocidade de um Estágio de Reação da Turbina............................... 26
Figura 3: Direções dos Fluxos no Rotor...................................................................................... 27
Figura 4: Diagrama de Forças de um Estágio de Reação da Turbina........................................ 28
Figura 5: Diagramas de Velocidade de um Estágio do Compressor ......................................... 29
Figura 6: Diagrama de Forças de um Estágio do Compressor .................................................. 30
Figura 7: Vista Detalhada de um Combustor Tipo Silo com Queimadores EV ......................... 31
Figura 8: Conjunto Turbogerador de Alta Potência .................................................................... 32
Figura 9: Excitação sem Escovas, Controle de Voltagem e Partida .......................................... 33
Figura 10: Excitação Estática, Controle de Voltagem e Partida................................................. 34

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Objetivos do Módulo

Ao completar esta seção, o treinando estará apto a:


 Definir o objetivo de um conjunto turbogerador a gás.
 Justificar o uso das palhetas da turbina.
 Definir de que forma o processo de uma turbina a gás pode ser maximizado com
relação à sua eficiência.
 Descrever as vantagens da combustão ecologicamente correta quando aplicada a
uma turbina a gás.
 Fornecer as razões segundo as quais a aceleração do gás da combustão através das
palhetas da turbina afeta outras quantidades do gás da combustão.
 Justificar a inclusão de um compressor de ar dentro do conjunto turbogerador a
gás.
 Citar as razões pelas quais a combustão ecologicamente correta exige vários
queimadores.
 Explicar o papel do excitador dentro do princípio da indução eletromagnética.
 Definir os motivos do uso de um dispositivo de partida estática para dar a partida
no conjunto turbogerador a gás.

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Visão Geral

Esta seção
 faz uma revisão do processo da turbina a gás e
 explica então em breves palavras como é realizado o processo através
 do projeto e
 do layout dos principais componentes do conjunto turbogerador.

Processo da Turbina a Gás

Figuras 1.1 e 1.2 Um conjunto turbogerador a gás converte a energia química contida em um
combustível em energia elétrica, que é então distribuída para a grade ou para a rede.
Esta conversão de energia ocorre em várias etapas.
 A energia química contida no combustível é
 liberada por combustão e
 transformada em energia térmica na câmara de combustão.
 Esta energia térmica é encaminhada para a turbina
 O calor do gás da combustão é convertido
 inicialmente em energia cinética e
 posteriormente em energia mecânica.
 Utilizam-se as palhetas da turbina para este fim.
 A energia mecânica é então transmitida ao gerador, seja através de um eixo
diretamente acoplado ou através de redutor de velocidade.
 Utilizando o princípio da indução, o gerador transforma esta energia mecânica em
energia elétrica, a qual ele distribui para a rede através de seus
 bucha de alta tensão (HV),
 disjuntor e
 transformador principal para elevação da tensão.

O calor é convertido em energia cinética com a ajuda de um bico tipo giclê.


 Desta forma o arranjo das palhetas da turbina cria múltiplos giclês para converter
a energia térmica do gás da combustão em energia cinética.
 Esta última desenvolve então uma força exercida sobre as palhetas móveis da
turbina fornecendo um torque que representa a energia mecânica da turbina.
O calor ou a energia térmica são representados principalmente pelos valores de
 pressão
 temperatura e
 volume.

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Figuras 1.1 e 1.2 Para abranger e englobar todos os valores que representam a forma de energia do
calor, utiliza-se o conceito de entalpia.
 Os valores de pressão, temperatura e volume são interrelacionados.
 Assim, por exemplo, se a pressão de um fluido é reduzida, a sua temperatura
diminui e o seu volume aumenta.
Por outro lado, ao passar por um giclê, a pressão do fluido diminui e sua velocidade
aumenta.

Assim, arranjando-se as palhetas da turbina numa sequência adequada, é possível


extrair a máxima energia mecânica a partir do calor do gás da combustão.
 Esta conversão de energia pode ser repetida até que a pressão do fluido alcance
um valor bem próximo da pressão atmosférica.
 Nesse momento o fluido é descarregado da turbina para a atmosfera à baixa
pressão e, comparativamente, à alta temperatura.

Para se obter elevada eficiência na conversão da energia,


 utiliza-se uma alta temperatura de entrada na turbina (TIT – “Turbine Inlet
Temperature”), e
 o processo de expansão é finalizado
 aproximadamente à pressão atmosférica e
 com uma elevada temperatura do gás de exaustão ou temperatura após a turbina
(TAT – “Temperature After Turbine”).
Para se maximizar o uso do calor deste gás de exaustão a alta temperatura, é
acrescentada uma caldeira de vapor para recuperação de calor (HRSB – “Heat
Recovery Steam Boiler”).
 A HRSB utiliza o calor do gás de exaustão para converter água em vapor, que é
alimentado para um conjunto turbogerador a vapor.
 Este conjunto turbogerador por sua vez entrega energia elétrica adicional para a
rede.
 Este processo de maximização é chamado de arranjo de ciclo combinado.

Quando se utiliza energia na forma de calor, é necessário aplicar-se-lhe o valor da


entropia. Esta última representa simultaneamente algumas das importantes
características do calor, ou seja, representa:
 A direção na qual o calor flui espontaneamente, ou seja, de um nível de
temperatura mais alta para um nível de temperatura mais baixa.
 O grau de convertibilidade do calor em outras formas de energia, ou seja, que o
calor não pode nunca ser 100% convertido em uma outra forma de energia.
 A irreversibilidade dos diferentes processos reais; ou seja, perdas irreversíveis de
energia em forma de calor ocorrem nos processos reais.

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Figuras 1.1 e 1.2 A combinação adequada dos valores de temperatura e entropia permite representar
graficamente a quantidade de calor de um processo que é disponível para conversão
em uma outra forma de energia, principalmente em energia mecânica.
 O calor é representado pela área compreendida pelas curvas que representam as
diferentes mudanças de estado do fluido dentro do processo.

As Figuras 1.1 e 1.2 mostram um processo de turbina a gás com combustão padrão,
na forma de duas representações interrelacionadas:
 A parte superior mostra esquematicamente o arranjo do equipamento de um
conjunto gerador de turbina a gás.
 A Figura 1.1 mostra um conjunto turbogerador a gás sem caixa de redução.
 A Figura 1.2 mostra um conjunto turbogerador a gás com caixa de redução.
 A parte inferior mostra graficamente o processo da turbina a gás em um diagrama
temperatura entropia ou diagrama de calor.

A correlação entre ambas as representações é explicada a seguir:


 Entre os pontos 1 e 2 o ar é comprimido dentro do compressor.
 Observe o aumento da entropia durante o processo de compressão.
 Entre os pontos 2 e 3 ocorre o processo de combustão.
 Observe que este processo ocorre sob pressão elevada e constante.
 O processo de combustão é representado por uma entrada de calor que ocorre
com o combustível.
 Entre os pontos 3 e 4 o gás da combustão expande-se através da turbina.
 Observe o aumento da entropia durante o processo de expansão.
 Entre os pontos 4 e 1 ocorre a descarga do gás de exaustão.
 Observe que este processo ocorre sob pressão baixa e constante.
 A descarga do gás de exaustão para a atmosfera é representada como uma
extração de calor.
 A área compreendida pelas curvas de processo 1-2-3-4-1 representa o calor que é
convertido em energia mecânica pela turbina a gás.

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Descrição do Funcionamento

Iremos agora abordar o processo da turbina a gás em termos do trabalho realizado


 pelo sistema de admissão de ar,
 pela turbina,
 pelo compressor
 pelo combustor,
 pela caixa redutora e
 pela excitatriz do gerador.

Sistema de Admissão de Ar

Nenhuma parcela de energia mecânica pode ser acrescida ao ar até que este chegue à
primeira fileira de palhetas rotativas do compressor.
 Portanto, o compressor remove o ar em frente ao primeiro estágio de modo a
reduzir a pressão nesse local.
 A pressão atmosférica força então o ar de admissão através do filtro e do coletor
para substituir o ar removido.
A pressão no sistema de admissão está continuamente caindo à medida que o ar se
movimenta do exterior em direção à seção de admissão do compressor.
 Isto significa que o mancal radial situado junto à entrada do compressor deve ser
cuidadosamente projetado de modo a assegurar que não haja risco de ocorrer
sucção de óleo para dentro da tomada de ar, onde o mesmo contaminaria as
palhetas.

Turbina de Fluxo Axial

Figura 2 A turbina de fluxo axial é assim chamada porque a direção principal do fluxo do gás
da combustão através da turbina é paralela ao eixo de rotação principal da turbina.

Conforme explicado anteriormente, a turbina converte o calor ou a energia térmica


do gás da combustão em energia mecânica. Esta conversão de energia é realizada
com a ajuda de palhetas. Existem duas espécies de palhetas:
 Palhetas fixas, palhetas do estator ou pás.
 São afixadas à carcaça da turbina.
 Guiam ou direcionam o gás da combustão numa direção otimizada sobre as
palhetas móveis.
 Palhetas móveis, palhetas do rotor ou buckets.
 São montadas sobre a superfície externa (periférica) do rotor.
 Transferem a energia mecânica ao rotor.

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Figura 2 As palhetas móveis


 são dispostas em fileiras umas atrás das outras de modo que o gás da combustão
possa atravessá-las todas e
 têm a conformação de canais com o formato de um bocal convergente.
O conjunto combinado formado por uma carreira de aletas e uma carreira de palhetas
é chamado de um estágio da turbina.
 É no estágio da turbina que ocorre a conversão da energia, de calor para energia
mecânica.
A Figura 2 mostra um desses estágios da turbina, como segue:
 Na parte superior encontra-se uma representação em perspectiva.
 Na parte inferior encontra-se uma vista de topo, incluindo os triângulos ou
diagramas de velocidade.

O gás da combustão adentra a fileira de aletas com uma certa velocidade absoluta c0.
 Em virtude do formato de bocal dos canais entre as palhetas, a velocidade
absoluta do gás da combustão
 aumenta para c1 e
 adentra a fileira de palhetas com esta velocidade.
A aceleração do fluido (gás da combustão) acontece às custas de:
 Uma diminuição da pressão do fluido.
 Um diminuição da temperatura do fluido.
 Um aumento do volume do fluido.

Esta velocidade absoluta c1 na entrada da fileira de palhetas, se decompõe em:


 uma velocidade relativa w1 e
 uma velocidade tangencial u1

Devido ao formato de bocal da fileira de palhetas, na sua saída a velocidade relativa


do fluido aumenta para w2 (w2 > w1).
 a velocidade tangencial de saída u2 permanece a mesma devido ao valor constante
do raio das palhetas (r1 = r2).
 Assim, na saída da fileira de palhetas a velocidade absoluta c2 assume de novo
praticamente a mesma direção e intensidade que possuía na entrada da fileira de
aletas (c2 ≈ c0).
 Desta mesma forma o fluido adentra os demais estágios e essa decomposição de
velocidades repete-se novamente.
A direção da velocidade absoluta c está aproximadamente alinhada com a direção
longitudinal do eixo.

O benefício dos diagramas de velocidade é duplo. Os mesmos são utilizados para:


 Fornecer o formato da lâmina da palheta.
 Calcular a energia mecânica desenvolvida pela turbina.
Este último ponto é basicamente desenvolvido de agora em diante.

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Figura 2 Da mecânica:
M = F.r sendo:
M: torque [N.m]
F: força giratória [N]
r: raio de giro [m]

Da segunda lei de Newton:


F = m.∆c/∆t = ∆I/∆t sendo:
F: força [N]
m: massa [kg]
∆c: diferença de velocidade [m/s]
∆t: intervalo de tempo [s]
∆I: diferença de impulso [kg.m/s] ou [N.s]

Segue-se que:
M = ∆I.r/∆t = ∆D/∆t sendo:
∆D: mudança do momento angular [N.m.s] ou [J.s]
Segue-se também que:
M = m.r.∆c/∆t

e:
∆c = c2 – c1
c2 = velocidade absoluta de saída [m/s]
c1 = velocidade absoluta de entrada [m/s]
é válido:
M = m.r (c2 – c1) / ∆t = ή.r.(c2 – c1)
sendo:
ή: vazão do fluido [kg/s]

Dentro de um estágio da turbina, aplicam-se as seguintes considerações ao torque


desenvolvido:
M = ή (r1.c1u – r2.c2u)
sendo:
r1: raio de giro na entrada [m]
r2: raio de giro na saída [m]
c1u: componente tangencial de c na entrada [m/s]
c2u: componente tangencial de c na saída [m/s]

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Figura 3 A decomposição da velocidade absoluta em suas componentes pode ser vista na


Figura 3.
 Aqui a trajetória do fluxo de um fluido é representada esquematicamente nas
seções de entrada e saída de um rotor.
 O raio na entrada é r1 e
 o raio na saída é r2.

 As velocidades absolutas de entrada e de saída são c1 e c2 respectivamente. Cada


uma destas velocidades é decomposta da seguinte forma:
 cm é a componente axial ou meridiana.
 Esta componente da velocidade não tem influência sobre a conversão de energia
porque não possui raio de giro.
 cr é a componente radial.
 Esta componente da velocidade também não tem influência sobre a conversão
de energia porque também não possui raio de giro.
 cu é a componente tangencial.
 Esta componente da velocidade influi sobre a conversão de energia porque
possui o raio de giro r.

Para uma máquina de fluxo axial, aplicam-se as seguintes condições:


 r1 = r2 = r
 u1 = u2 = u

Da mecânica:
Pmec = M.ω
sendo:
Pmec: potência mecânica [W]
M: torque [N.m]
ω: velocidade angular [l/s]
segue-se que:
Pmec = ή (r1.ω.c1u – r2.ω.c2u)

Da mecânica:
u = r.ω
segue-se que:
Pmec = ή (u1.ω.c1u – u2.ω.c2u)

A fórmula anterior mostra a importância decisiva da energia cinética no


desenvolvimento da potência mecânica da turbina.
 A energia cinética é representada pelo produto das velocidades u.cu.
Para o caso especial da turbina de fluxo axial, segue-se que:
Pmec = ή.u (c1u – c2u)

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Figura 3 Para um dispositivo motriz, como uma turbina a gás, é válido: c2 < c1.
Conseqüentemente:
 A potência mecânica desenvolvida é positiva.
 É fornecida a partir do dispositivo motriz.

Figura 4 Para completar o quadro a respeito da turbina de fluxo axial, é necessário examinar-
se as forças que atuam nas palhetas.
 A Figura 4 mostra a força atuante sobre uma palheta individual qualquer, de um
estágio da turbina.
 A força resultante que atua sobre a palheta provém da ação combinada
 da vazão do gás da combustão e
 da mudança de direção e intensidade da velocidade relativa.
Traduzindo numa fórmula, temos:

FR = ή.∆w = ή.(w2 – w1)


sendo:
FR: força resultante que atua sobre a palheta [N]
ή: vazão do gás da combustão [kg/s]
∆w: mudança da velocidade relativa [m/s]
w1: velocidade relativa de entrada [m/s]
w2: velocidade relativa de saída [m/s]

A força resultante se decompõe em três componentes:


 Fax é a componente axial na direção do eixo de rotação principal do rotor.
 É responsável pela força de empuxo exercida pelo rotor da turbina.
 Fr é a componente radial na direção do raio do rotor.
 Não está mostrada na Figura 4.
 É responsável pela força de tração exercida sobre a palheta.
 Fu é a componente tangencial na direção da velocidade tangencial.
 É responsável pela força de rotação que resulta no torque do rotor.
Uma vez que w2 > w1, a força resultante é positiva.
 Isto significa que a FR da turbina é uma força de acionamento ou força motriz.

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Compressor de Fluxo Axial

Figura 5 Além da adição de calor ao fluxo de ar, o processo da turbina a gás requer pressão.
 Esta última é fornecida pelo compressor.
O compressor
 é fixado ao mesmo eixo que a turbina e
 funciona de forma similar, porém em oposição à ela.
No compressor o eixo rotativo movimenta as palhetas móveis através do ar.
 As palhetas móveis acrescentam energia mecânica ao ar através do aumento de
sua velocidade e
Considerando que é mais difícil comprimir um meio que realiza trabalho do que
expandi-lo com palhetas axiais,
 são necessários mais estágios para comprimir o ar e
 menos estágios são necessários para expandir o gás da combustão.

É bastante difícil igualar exatamente o fluxo de massa de um compressor e de uma


turbina em todas as velocidades de rotação.
 Para obter a máxima eficiência possível, procuramos assegurar que exista um bom
equilíbrio dos fluxos de massa na velocidade de rotação nominal.
 Entretanto, isto significa que,
 os fluxos de massa não estarão bem equilibrados nas velocidades de rotação
mais baixas e
 o compressor sofrerá esforços irregulares e trepidações se não forem feitos
ajustes no fluxo da massa de ar.
Para contornar este problema o compressor é equipado com válvulas de segurança ou
válvulas de purga:
 elas são abertas para expelir o ar durante a partida e o desligamento, ocasiões em
que a velocidade de rotação do rotor é baixa.
 elas são fechadas quando o eixo atinge a velocidade de rotação nominal,
 na qual o equilíbrio dos fluxos de massa é bom.

Assim como com a turbina, as palhetas do compressor


 são arranjadas em fileiras umas atrás das outras de modo que o ar possa atravessá-
las todas e
 também tomam a conformação de canais com o formato de um bocal divergente.
O conjunto combinado formado por uma carreira de palhetas e uma carreira de aletas
é chamado de um estágio do compressor.
 É no estágio do compressor que ocorre a conversão da energia, de energia
mecânica para energia pneumática.
A Figura 5 mostra um desses estágios do compressor, como segue:
 Na parte superior encontra-se uma representação em perspectiva.
 Na parte inferior encontra-se uma vista de topo, incluindo os triângulos ou
diagramas de velocidade.

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Figura 5 Conforme descrito anteriormente, o conjunto de palhetas do compressor é disposto


num arranjo que fica em oposição ao conjunto de palhetas da turbina.
 Conseqüentemente, também o seu funcionamento se dá de forma oposta; isto é,
ele converte a energia mecânica do rotor em energia pneumática.
 A energia mecânica do rotor é disponível na forme de energia cinética que é
absorvida pelo ar.
No interior do conjunto de palhetas do compressor, o fluido (ar) é desacelerado às
custas de:
 Um aumento da pressão do fluido.
 Um aumento da temperatura do fluido.
 Uma diminuição do volume do fluido.

Assim como no interior da turbina, para o caso especial do compressor de fluxo


axial, a potência mecânica é dada pela fórmula:
Pmec = ή.u (c1u – c2u)

Para uma máquina acionada, como um compressor, é válido c2 > c1.


Conseqüentemente:
 c2u > c1u
 A potência mecânica desenvolvida é negativa.
 Ela é absorvida pela máquina acionada.
A experiência mostra que é válida a seguinte relação:

PmecC ≈ 2/3 PmecT


sendo:
PmecC: potência mecânica absorvida pelo compressor
PmecT: potência mecânica fornecida pela turbina.

Figura 6 Para completar o quadro a respeito do compressor de fluxo axial, é necessário


examinar-se as forças que atuam nas palhetas.
 A Figura 6 mostra a força atuante sobre uma palheta individual qualquer, de um
estágio do compressor.
 A força resultante que atua sobre a palheta provém da ação combinada
 da vazão do ar e
 da mudança de direção e intensidade da velocidade relativa.
A fórmula é a mesma que para a turbina.
A força resultante também se decompõe em três componentes:

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Figura 6  Fax é a componente axial na direção do eixo de rotação principal do rotor, porém
em sentido oposto à força axial da turbina.
 Ela compensa em grande parte a força de empuxo exercida pela turbina.
 O restante da força de empuxo é suportado por um correspondente mancal de
empuxo.
 Fr é a componente radial.
 Não está mostrada na Figura 6.
 Aplicam-se os mesmos comentários que no caso da turbina.
 Fu é a componente tangencial na direção da velocidade tangencial, porém em
sentido oposto.
 Opõe-se à força tangencial da turbina.

Uma vez que w2 < w1, a força resultante é negativa.


 Isto significa que a FR do compressor é uma força de retardamento.

Câmara de Combustão

Na câmara de combustão a energia química do combustível é liberada na forma de


calor para dentro do ar da combustão. Por meio desta ação o ar:
 Aumenta sua energia específica (entalpia específica).
 Eleva sua temperatura a valores de pico.
 Converte-se em gás da combustão.

Para se aumentar a eficiência da turbina, a temperatura de entrada na turbina tem que


ser aumentada. Este fato tem influência sobre:
 Resistência do material.
 Vida útil dos componentes do gás aquecido.

Numa combustão ecologicamente correta, o processo caracteriza-se pelo uso de


queimadores especiais, os assim chamados queimadores ecologicamente corretas
(EV – “Environmental Burners”).
 Estes se aplicam aos seguintes tipos de combustores:
 o combustor de silo e
 o combustor anelado.

Figuras 1.1 e 7 Esta lição abordará o primeiro dos dois acima.


Em comparação com um processo convencional de combustão de queimador único,
os resultados são:
 Maior eficiência da turbina a gás.
 Menor concentração das emissões do gás de exaustão, especificamente a
concentração da emissão de NOx.

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A combustão ecologicamente correta funciona nas seguintes etapas:


 Ar comprimido é alimentado para o interior dos queimadores EV de cone duplo,
criando uma mistura combustível/ar homogênea e pobre.
 Um fluxo em forma de vórtice é induzido, devido ao formato dos queimadores.
 Ele se divide na saída dos queimadores EV para o interior da câmara de
combustão, formando uma zona de recirculação.

Figura 7  A mistura combustível/ar inflama-se numa chama única, de baixa temperatura, em


forma de anel.
 A zona de recirculação estabiliza a chama no espaço livre dentro da câmara de
combustão, impedindo o contato com a parede do combustor.

 O gás quente da combustão:


 Sai da câmara de combustão.
 Move-se através da tubulação de gás quente.
 Expande-se ao longo da turbina.
 Descarrega para a atmosfera na forma de gás de exaustão ou gás de fumeiro.

A descrição a seguir:
 Se aplica a um combustor de silo equipado com queimadores EV.
 Explica brevemente o seu princípio de funcionamento.

O ar comprimido flui para o fundo do combustor.


 Aqui ele se divide nas seguintes correntes:
 a corrente primária e
 a corrente secundária.

A corrente primária:
 Flui de baixo para cima através do espaço aneliforme existente entre a carcaça
externa e a camisa intermediária.
 Durante este deslocamento, ela resfria o revestimento intermediário.
 Penetra em sua maior parte na zona de combustão primária.
 Aqui ela atravessa os queimadores EV misturando-se com o combustível.

A corrente secundária:
 Flui de baixo para cima através do espaço anular existente entre as camisas
intermediária e interna. Durante este deslocamento, ela resfria:
 os visores,
 o revestimento interno,
 o aço segregado.

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Figura 7 O gás da combustão flui de cima para baixo através do tubo central do combustor.
 Esse tubo central é composto de:
 um arranjo de aço segregado e
 camisa interna.
Conseqüentemente, existe uma distribuição homogênea de temperaturas na entrada
da turbina.

A partir da descrição acima, as características principais de um combustor de silo


são:
 É montado de topo, de uma única vez.
 É do tipo de contrafluxo ou circulação de retorno vertical.
 Seu projeto permite:
 fácil acesso e
 paradas para inspeção curtas e rápidas.
 Fácil inspeção visual da trajetória do gás aquecido, inclusive da primeira carreira
da turbina:
 palhetas fixas e
 palhetas móveis.
 Dependendo das exigências do cliente, intercambiabilidade simples entre os
vários tipos de queimadores disponíveis, tais como:
 queimador único (SB – “Single Burner”)
 queimador ecologicamente correta (EV – “Environmental Burner”)
 queimador de baixo índice de aquecimento (LHV – “Low Heating Value
Burner”)
 Aceita: elevadas vazões de injeção de água ou vapor para:
 controle da emissão de NOx
 aumento da potência elétrica.
 Boa estabilidade da chama.

O queimador EV:
 É um queimador de combustível dual, para combustíveis gasosos e/ou líquidos.
 Funciona com base num princípio elementar de projeto:
 O queimador tem o formato similar a 2 meios-cones.
 Estes são ligeiramente defasados lateralmente de modo a formar 2 aberturas de
largura constante.
 As aberturas se estendem por todo o comprimento do componente.
 Baseia-se no princípio da divisão do vórtice:
 A mistura homogênea combustível/ar deixa o cone e é inflamada.
 Na saída do queimador o vórtice se divide, formando uma zona de recirculação
que estabiliza a chama no espaço livre existente dentro da câmara de combustão.

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Visão Geral/Operação de Turbina a Gás

As 2 aberturas existentes entre os meios-cones:


 Permitem que o ar da combustão entre no queimador.
 São equipadas com uma série de orifícios ao longo de suas bordas.
 Através destes orifícios, o combustível gasoso é injetado na direção radial para
dentro do queimador.
 Permitem um arranjo no qual o combustível e o ar são intensamente pré-
misturados antes da queima.
Excesso de ar é uma característica de projeto do queimador EV que resulta em:
 Uma temperatura de chama aproximadamente 500°C (278°F) mais baixa do que a
de um queimador convencional.
 Uma concentração da emissão de NOx muito baixa.
 A formação de NOx depende principalmente da alta temperatura e do longo tempo
de permanência no combustor.

Podemos dizer que uma combustão ecologicamente correta com queimadores EV:
 Cria uma mistura combustível/ar extremamente homogênea.
 Conduz a uma combustão plena e total.
 Inibe de maneira eficiente a emissão de NOx.

Redutor de Velocidade

Figura 8 O redutor de velocidade:


 Aplica-se somente quando o conjunto turbogerador a gás está conectado a uma
rede de eletricidade de f = 50 Hz.
 Faz o ajuste das velocidades de rotação diferentes:
 da turbina a gás: n = 3.600/min e
 do gerador: n = 3.000/min.
 Não tem impacto na operação da usina geradora de energia.
 isto devido à sua elevada eficiência, da ordem de 98,6%.

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Gerador-Excitador

Figura 9 O gerador é aquele componente do conjunto turbogerador


 Que converte a energia mecânica da turbina a gás em energia elétrica e
 alimenta esta energia elétrica para o barramento ou rede.
Esta conversão de energia baseia-se no princípio da indução eletromagnética
 Esta última exige a ação simultânea de:
 Um campo magnético, criado por um forte ímã.
 Uma bobina elétrica que envolve o magneto.
 Um movimento relativo entre o magneto e a bobina.

Figura 9 Quando o princípio da indução eletromagnética é aplicado, aparece uma tensão


induzida nos terminais do estator.
 Um gerador é a execução prática do princípio eletromagnético.
O rotor do gerador é o magneto.
A bobina, envolvendo o magneto, é o enrolamento do estator.
O movimento relativo entre o magneto e a bobina é fornecido pelo rotor do
dispositivo acionador ou motriz (turbina a gás).

Para reforçar o campo magnético o rotor possui o seu próprio enrolamento, chamado
enrolamento de excitação.
 Através deste enrolamento de excitação passa uma corrente contínua, chamada
corrente de excitação.
 A variação da corrente de excitação muda o valor da tensão induzida.
 Desta forma a voltagem pode ser estabilizada, apenas variando-se a corrente de
excitação.

Figuras 9 e 10 A corrente de excitação é fornecida por uma fonte de energia elétrica independente,
chamada sistema de excitação.
 Existem basicamente dois tipos de sistemas de excitação que desempenham a
mesma tarefa, que são:
 O sistema de excitação estático e
 O sistema de excitação sem escovas com diodos rotativos.
O primeiro é mostrado na Figura 10.
O segundo é mostrado na Figura 9.

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Figura 9 Primeiramente, é brevemente descrito o sistema de excitação sem escovas.


O sistema de excitação:
 É um sistema de controle em loop fechado.
 Inclui os 4 componentes típicos de um sistema desse tipo. São eles:
 o controlador,
 o atuador,
 o objeto e
 o sensor.
O controlador:
 É o regulador de voltagem.
 Fornece a corrente contínua para o atuador.
 É alimentado com uma corrente de entrada alternada (AC).
 Converte a corrente de entrada AC em uma saída de corrente contínua (DC).
 É alimentado com os seguintes sinais:
 valor configurado estabelecido e
 valor real efetivo.
 Possui:
 um canal automático e
 um canal manual.
 É mostrado na Figura 9.

Figura 9 O atuador:
 É o excitador sem escovas.
 É também um gerador que inclui:
 um campo magnético e
 uma bobina elétrica envolvendo esse campo magnético.
 É um pequeno gerador no qual:
 o magneto é fixo e
 a bobina elétrica gira.
 É mostrado na Figura 9.
O objeto:
 É o gerador.
 Não é abordado aqui.
 É mostrado na Figura 9.
O sensor:
 É representado pelo transformador situado na linha de retroalimentação (feedback)
do valor real efetivo.
 Não é abordado aqui.
 É mostrado na Figura 9.

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Figura 10 Em segundo lugar, é brevemente descrito o sistema de excitação estática.


O sistema de excitação:
 É também um sistema de controle em loop fechado.
 Também inclui os 4 componentes típicos de um sistema desse tipo. São eles:
 o controlador,
 o atuador,
 o objeto e
 o sensor.
O controlador:
 É o regulador de voltagem.
 Dá comandos para ajustar o atuador.
 É alimentado com uma corrente de entrada alternada (AC).
 Converte a corrente de entrada AC em uma saída de corrente contínua (DC).
 É alimentado com os seguintes sinais:
 valor configurado estabelecido e
 valor real efetivo.
 Possui:
 um canal automático e
 um canal manual.
 É mostrado na Figura 10.

Figura 10 O atuador:
 É um banco de tiristores.
 Estes são dispositivos estáticos.
 É alimentado com uma entrada AC.
 Retifica a entrada AC para uma saída DC.
 Alimenta o campo do objeto com corrente DC através do disjuntor de campo.
 É mostrado na Figura 10.
O objeto:
 É o gerador.
 Inclui escovas que são usadas para suprir corrente DC para o campo durante:
 a operação normal e
 a partida do conjunto turbogerador.
 Não é abordado aqui.
 É mostrado na Figura 10.
O sensor:
 É representado pelo transformador situado na linha de retroalimentação (feedback)
do valor real efetivo.
 Não é abordado aqui.
 É mostrado na Figura 10.

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Quando funciona o gerador:


 Sua tensão de saída é medida e retroalimentada para o controlador.
 Aí ela é comparada com o valor configurado que foi estabelecido.
 Qualquer diferença entre estes dois valores dispara um comando para modificar
a corrente de excitação para o excitador e consequentemente também a corrente
de excitação para o gerador.
 Esse ajustamento continua sendo feito até que a diferença entre o valor
configurado e o valor efetivo atinja um valor preestabelecido.
 A corrente de excitação para o excitador é retificada pelo controlador a partir de
uma entrada de corrente alternada proveniente do gerador principal.
 A corrente de excitação para o gerador é retificada por diodos rotativos a partir
da saída de corrente alternada do excitador.
Para excitar o campo com corrente contínua, antes da partida do gerador, o
controlador é alimentado a partir de
 uma bateria ou
 um magneto permanente.

Sendo uma máquina de combustão, a turbina a gás necessita de ajuda externa para
dar a partida e iniciar seu funcionamento.
 Aqui ocorre algo similar ao que acontece com o motor de um automóvel.
 Para que ele possa iniciar o funcionamento, é necessário o acoplamento de um
motor de partida.
Com o conjunto gerador de turbina a gás, o motor de partida é o próprio gerador.

Um motor elétrico:
 Tem os mesmos componentes que um gerador.
 Funciona em direção oposta.
 Converte energia elétrica em energia mecânica.
 Isto significa que através da aplicação de uma tensão ao enrolamento do estator
e de uma corrente de excitação ao magneto, o rotor passa a girar.

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Figuras 9 e 10 Este princípio é aplicado no interior do conjunto turbogerador a gás:


 Um dispositivo de partida estática (SSD – “Static Starting Device”) é alimentado
com energia elétrica a partir da rede.
 Uma saída do SSD fornece tensão com frequência variável para o enrolamento
do estator.
 A outra saída do SSD fornece corrente de excitação diretamente para o rotor.
 Variando-se a frequência da tensão aplicada, a velocidade de rotação do rotor
pode ser correspondentemente modificada.
Se o que for disponível for um sistema de excitação sem escovas, a corrente de
excitação para a partida é fornecida através de escovas retráteis.
 Estas são colocadas na extremidade não acionada do excitador.
Se o que for disponível for um sistema de excitação estático, a corrente de excitação
para a partida é fornecida através de escovas permanentes.
 Estas são as mesmas escovas que são utilizadas para o fornecimento normal da
corrente de excitação.

Quando não existe mais a necessidade do motor de partida:


 O SSD é desconectado e
 A turbina a gás acelera por si mesma sob combustão.

Resumo

Esta seção descreveu os princípios fundamentais que orientam o projeto e operação


da turbina a gás.

Para se assegurar que você tenha entendido a matéria abordada, faça uma revisão de
cada um dos Objetivos (página 4).

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Figura 1: Funcionamento do Conjunto Turbogerador a Gás

Figura 1.1: Com Conexão Direta entre o Compressor e o Gerador

Combustível
(óleo / gás)

Câmara de
combustão

Turbina Gerador

Gás de
exaustão Ar

Fornecimento de
calor

Extração de calor

Turbina a gás com combustão padrão

h = Entalpia específica T = Temperatura s = Entropia específica p = Pressão

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Figura 1: Funcionamento do Conjunto Turbogerador a Gás

Figura 1.2: Com Conexão Indireta entre o Compressor e o Gerador

Combustível
(líquido / gás)

Engrenagem Gás de combustão


Gás de exaustão
Desmultiplicadora
Eletricidade para Redução
da Velocidade
de Rotação Câmara de
combustão

Gerador Turbina

Ar

Fornecimento de
calor

Extração de calor

Turbina a gás com combustão padrão

h = Entalpia específica T = Temperatura s = Entropia específica p = Pressão

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Figura 2: Diagramas de Velocidade de um Estágio de Reação da


Turbina

Fluxo de
entrada

Aletas

Palhetas, em
movimento

Estator

c = Velocidade absoluta a1 = Ângulo de entrada para c1


w = Velocidade relativa b1 = Ângulo de entrada para w1
u = Velocidade tangencial a2 = Ângulo de saída para c2
b2 = Ângulo de saída para w2

0 = Plano imaginário de controle na entrada da palheta estacionária


1 = Plano imaginário de controle na entrada da palheta móvel
2 = Plano imaginário de controle na saída da palheta móvel

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Figura 3: Direções dos Fluxos no Rotor

1 = Entrada Cr = Componente radial


2 = Saída Cu = Componente tangencial
C = Velocidade absoluta r = Raio de rotação
Cm = Componente axial ou meridiana

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Figura 4: Diagrama de Forças de um Estágio de Reação da


Turbina

Fluxo de
entrada

Aletas

Palhetas, em
movimento

Estator

c = Velocidade absoluta α1 = Ângulo de entrada para c1 FR = Força resultante


w = Velocidade relativa β1 = Ângulo de entrada para w1 FU = Força tangencial
u = Velocidade tangencial α2 = Ângulo de saída para c2 Fax = Força axial
β2 = Ângulo de saída para w2
0 = Plano imaginário de controle na entrada da palheta estacionária
1 = Plano imaginário de controle na entrada da palheta móvel
2 = Plano imaginário de controle na saída da palheta móvel

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Figura 5: Diagramas de Velocidade de um Estágio do Compressor

Fixação da raiz do
estator

Fluxo de
entrada

Palhetas do Aletas do
rotor estator

Estator

c = Velocidade absoluta α1 = Ângulo de entrada para c1


w = Velocidade relativa β1 = Ângulo de entrada para w1
u = Velocidade tangencial α2 = Ângulo de saída para c2
β2 = Ângulo de saída para w2

1 = Plano imaginário de controle na entrada da palheta móvel


2 = Plano imaginário de controle na saída da palheta móvel
3 = Plano imaginário de controle na saída da aleta do estator

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Figura 6: Diagrama de Forças de um Estágio do Compressor

Fixação da raiz do
estator

Fluxo de
entrada

Palhetas do Aletas do
rotor estator

Estator

c = Velocidade absoluta α1 = Ângulo de entrada para c1 FR = Força resultante


w = Velocidade relativa β1 = Ângulo de entrada para w1 FU = Força tangencial
u = Velocidade tangencial α2 = Ângulo de saída para c2 Fax = Força axial
β2 = Ângulo de saída para w2

1 = Plano imaginário de controle na entrada da palheta móvel


2 = Plano imaginário de controle na saída da palheta móvel
3 = Plano imaginário de controle na saída da aleta do estator

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Figura 7: Vista Detalhada de um Combustor Tipo Silo com


Queimadores EV

Tubo coletor de distribuição


e válvulas

Acesso central

Queimadores EV
múltiplos

Tijolos

Isolamento
Camisa intermediária

Carcaça externa do
combustor Camisa interna

Visor

Passagem para alojamento


interno da turbina

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Figura 8: Conjunto Turbogerador de Alta Potência

Acoplamento
de saída

Acoplamento
de entrada

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Figura 9: Excitação sem Escovas, Controle de Voltagem e Partida

Regulador Automático
de Voltagem (AVR)
Alimentação AC

Valor estabelecido

Valor efetivo

Excitação
de partida

Corrente de
excitação
(DC)

Tensão alternada / Corrente Alternada Dispositivo Alimentação AC


de partida
estática

Escovas para
excitação
de partida

Disjuntor de partida

Excitador Transfor-
madores Disjuntor do gerador
Gerador

Saída de energia do gerador

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Figura 10: Excitação Estática, Controle de Voltagem e Partida

Disjuntor do
gerador

Transformador
de excitação

Regulador Autom.
Aliment
ação de Voltagem
Retificador
Retroalimentação
do valor efetivo Valor estabelecido

Corrente de
excitação para
partida

Sistema de Excitação Estática

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