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João Gilberto Cunha

Tópicos de Instalações
Elétricas em Canteiro
de Obras
Comentários da NR-18

São José dos Campos


2011
Editor: João Gilberto Cunha
www.joaocunha.com.br

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução no todo em partes, por


qualquer meio, sem autorização do editor.

Cunha, João Gilberto.


Tópicos de Instalações elétricas em Canteiro de
obras: Comentários da NR-18 / João Gilberto Cunha - São José
dos Campos: 2015.

ISBN 978-85-910927-2-7

1. Instalações elétricas - regulamentação de segurança 2. Norma


Regulamentadora No 18 (NR-18) 3. Segurança do trabalho - Brasil

CDU - 34:331.823:621.3(81)(094)

Índice para Catálogo Sistemático


1 Brasil: Trabalhadores de instalações e serviços elétricos: segurança
do trabalho: NR-10: Direito do trabalho 34:331.823:621.3(81)(094)

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SUMÁRIO

Apresentação 5
Objetivo e campo de aplicação 7
Instalações Elétricas 8
Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas 24
Apresentação
Seguindo o caminho aberto pela NR-10 Comentada o
trabalho é continuado por esta obra: Tópicos de Instalações Elé-
tricas em Canteiro de Obras.
A obra apresenta comentários da seção 21 da NR-18, on-
de o autor procura esclarecer o texto legal com exemplos e vincu-
lações à normalização e às demais normas regulamentadoras, em
particular com a NR-10.
Nas instalações elétricas de canteiros de obras existe uma
ligação, nem sempre muito clara, entre a NR-10 e a NR-18. Esta
ligação é ainda dificultada pelas terminologias adotadas nos dois
regulamentos - que são diferentes. Tenta-se neste livro fazer uma
ligação entre as duas terminologias, e ainda entre a da NR-18
com a das normas técnicas brasileiras, publicadas pela ABNT.
O autor espera que tenha contribuído para o entendimen-
to deste importante regulamento de segurança.

Julho de 2011
João Gilberto Cunha
18.1 Objetivo e Campo de Aplicação

18.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabele-


ce diretrizes de ordem administrativa, de planeja-
mento e de organização, que objetivam a implemen-
tação de medidas de controle e sistemas preventivos
de segurança nos processos, nas condições e no
meio ambiente de trabalho na Indústria da Constru-
ção.

O item 18.1.4 da NR-18 estabelece que a observância do


estabelecido nesta NR não desobriga os empregadores do cum-
primento das disposições relativas às condições e meio ambiente
de trabalho, determinadas na legislação federal, estadual e/ou
municipal, e em outras estabelecidas em negociações coletivas de
trabalho, logo pode-se entender que a observância da NR-18 não
desobriga o cumprimento das demais Normas Regulamentado-
ras. Portanto nos canteiros de obras os EPIs devem estar em con-
formidade com a NR-6, e isto é evidente, mas também nas insta-
lações elétricas, além da observância da seção 18.21 é necessário
o cumprimento da NR-10.
De forma geral, pode se dizer que a NR-10 apresenta as
prescrições relativas às instalações e serviços em eletricidade em
geral, e isto inclui os canteiros de obras, e as prescrições da NR-
18 é específica para os processos, nas condições e no meio ambi-
ente de trabalho na Indústria da Construção (canteiro de obras).
Então, pode-se entender que as prescrições da NR-18, referente
as instalações e serviços em eletricidade complementam, modifi-
cam ou substituem as prescrições contidas na NR-10, para os can-
teiros de obras. Em tudo que não for disposto diferentemente na
NR-18, permanecem válidas e aplicáveis as prescrições estabele-
cidas pela NR-10.

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18.21 Instalações Elétricas

18.21.1 A execução e manutenção das instalações


elétricas devem ser realizadas por trabalhador quali-
ficado, e a supervisão por profissional legalmente
habilitado.

A NR-18 determina que os serviços em instalações elétri-


cas em canteiros de obra devem ser realizados por “trabalhadores
qualificados”. Não há definição para trabalhadores qualificados
na NR-18, o termo qualificado no item 18.21.1 refere-se ao artigo
Artigo 180 da CLT, que determina que somente profissional qua-
lificado poderá instalar, operar, inspecionar ou reparar instala-
ções elétricas. O termo qualificado foi estabelecido pela Lei nº
6.514, de 22.12.1977. Este termo foi revisto na NR-10 publicada
na Portaria n.º 598, de 07 de dezembro de 2004, o que antes era
qualificado foi dividido em qualificado e capacitado, e foi intro-
duzido o conceito de autorizado. Pontanto, pode-se entender que
a NR-18 determina que a execução e manutenção das instalações
elétricas devem ser realizadas por trabalhador autorizado, poden-
do ser capacitado ou qualificado.
O item 18.21.1 trata também da supervisão dos trabalhos
de execução e manutenção, neste caso a exigência é que o traba-
lhador seja habilitado, ou seja, com registro no competente conse-
lho de classe - CREA.

18.21.2 Somente podem ser realizados serviços nas


instalações quando o circuito elétrico não estiver
energizado.

Alinhando-se com os critérios internacionais de seguran-


ça em instalações elétricas, e também com a NR-10, a NR-18 que

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estabelece que a desenergização é uma medida prioritária para o
controle do risco elétrico.
Um aspecto importante de ser lembrado é que, de acordo
com o o item 10.5.1 da NR-10, somente serão consideradas dese-
nergizadas as instalações elétricas liberadas para trabalho, me-
diante os procedimentos apropriados, obedecida a sequência
abaixo:
a) seccionamento;
b) impedimento de reenergização;
c) constatação da ausência de tensão;
d) instalação de aterramento temporário com equipotencializa-
ção dos condutores dos circuitos;
e) proteção dos elementos energizados existentes na zona con-
trolada; e
f) instalação da sinalização de impedimento de reenergização.

Portanto, para que os trabalhos de desenergização sejam


feitos de forma eficaz é recomendável que seja elaborado um pro-
cedimento de trabalho específico para a desenergização das insta-
lações elétricas nos canteiros de obra, e este procedimento deve
atender integralmente as prescrições da seção 10.5 da NR-10
mais, de acordo com o item 10.5.3, qualquer alteração à sequên-
cia estabelecida no item 10.5.1 só pode ser feita se for mantido o
mesmo nível de segurança originalmente preconizado.

18.21.2.1 Quando não for possível desligar o circuito


elétrico, o serviço somente poderá ser executado
após terem sido adotadas as medidas de proteção
complementares, sendo obrigatório o uso de ferra-
mentas apropriadas e equipamentos de proteção
individual.

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A NR-18 estabelece que quando não for possível dese-
nergizar o circuito devem ser adotadas outras medidas de prote-
ção coletiva para controlar os riscos elétricos, chamada na norma
regulamentadora de medidas de proteção complementares. Estas
medidas devem garantir a segurança dos trabalhadores.
As normas técnicas brasileiras de instalações elétricas
definem as condições necessárias para que uma medida possa
efetivamente garantir a segurança das pessoas. Somente com o
atendimento de todas as prescrições estabelecidas na norma técni-
ca uma medida tem a eficácia necessária para ser considerada
como medida de proteção coletiva (medidas de proteção comple-
mentares).

18.21.3 É proibida a existência de partes vivas ex-


postas de circuitos e equipamentos elétricos.

A proteção das partes vivas expostas e, portanto acessí-


veis, na normalização brasileira é chamada de proteção básica ou
proteção contra contato direto. Duas medidas de proteção são
eficazes para proteger as todas as pessoas (trabalhadores e usuá-
rios) contra o contato com as partes vivas dos circuitos e equipa-
mentos: a isolação das partes vivas e o uso de invólucros e barrei-
ras.
No caso da proteção por isolação, as partes vivas devem
ser completamente recobertas por uma isolação que só possa ser
removida através de sua destruição. A isolação deve ser capaz de
suportar as solicitações mecânicas, químicas, elétricas e térmicas
às quais possa ser submetida. As tintas, vernizes, lacas e produtos
análogos não são considerados, geralmente, como provendo uma
isolação suficiente para garantir proteção básica eficaz.
No caso da proteção por meio de invólucros e barreira, as
partes vivas devem ser confinadas no interior de invólucros ou
atrás de barreiras que garantam grau de proteção no mínimo
IPXXB ou IP2X, para baixa tensão, ou no mínimo IPXXC ou

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IP3X, para alta tensão. Sendo que quando for necessário remover
as barreiras, abrir os invólucros ou remover partes dos invólucros,
tal ação só deve ser possível:
a) com a ajuda de chave ou ferramenta; ou
b) após desenergização das partes vivas protegidas pelas
barreiras ou invólucros em questão, exigindo-se ainda que a ten-
são só possa ser restabelecida após recolocação das barreiras ou
invólucros; ou
c) se houver ou for interposta uma segunda barreira, entre
a barreira ou parte a ser removida e a parte viva, exigindo-se ain-
da que essa segunda barreira apresente grau de proteção no míni-
mo IPXXB ou IP2X, para baixa tensão, ou no mínimo IPXXC ou
IP3X, para alta tensão, impeça qualquer contato com as partes
vivas e só possa ser removida com o uso de chave ou ferramenta.

18.21.4 As emendas e derivações dos condutores


devem ser executadas de modo que assegurem a
resistência mecânica e contato elétrico adequado.

As conexões devem ser realizadas de modo que a pressão


de contato independa do material isolante. Quando estas cone-
xões forem prensadas, elas devem ser realizadas por meio de fer-
ramentas adequadas para o tipo de tamanho de conector utilizado,
de acordo com as recomendações do fabricante do conector.
As conexões de condutores devem ser realizadas de ma-
neira que não fiquem submetidas a qualquer esforço de tração ou
de torção, em alguns casos particulares isto pode não ser possível,
como nos casos de linhas aéreas e de linhas de contato alimentan-
do equipamentos móveis.
As conexões dos condutores elétricos devem poder su-
portar os esforços impostos pelas correntes circulam nestes cabos,
em condições normais ou em condições de falta, como o curto-
circuito. Além disso, não devem sofrer modificações inadmissí-
veis em decorrência de seu aquecimento, do envelhecimento dos

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isolantes e das vibrações que ocorrem em serviço normal. Em
particular, devem ser consideradas as influências da dilatação
térmica e das tensões eletroquímicas, que variam de metal para
metal, bem como as influências da temperatura que afetam a re-
sistência mecânica dos materiais.

18.21.4.1 O isolamento de emendas e derivações


deve ter característica equivalente à dos condutores
utilizados.

As conexões de condutores entre si devem ser adequadas


aos materiais dos condutores e instaladas e utilizadas de modo
adequado, de acordo com as recomendações dos fabricantes, e a
isolação deve ser capaz de suportar as solicitações mecânicas,
químicas, elétricas e térmicas às quais possa ser submetida.
Se necessário, devem ser tomadas precauções para que a
temperatura atingida nas conexões, em serviço normal, não afete
a isolação das partes condutoras conectadas.
Para que a medida de proteção básica seja mantida, a iso-
lação elétrica retirada do cabo, para a execução de uma emenda
ou derivação, deve ser reconstituída com o mesmo nível de prote-
ção que a garantida pelo cabo.

18.21.5 Os condutores devem ter isolamento ade-


quado, não sendo permitido obstruir a circulação de
materiais e pessoas.

Os condutores elétricos devem ter a proteção básica para


controlar o risco de choque elétrico para as pessoas que possam
acessá-los. Para que esta proteção seja eficaz a tensão de isolação
do condutor deve ser compatível com a tensão nominal da insta-
lação, além disso o fabricante do condutor deve garantir por en-
saios que a isolação está em conformidade com norma técnica

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aplicavél ao condutor. Esta conformidade pode ser verificada por
exemplo, pela marca de conformidade (sêlo do INMETRO).

18.21.6 Os circuitos elétricos devem ser protegidos


contra impactos mecânicos, umidade e agentes cor-
rosivos.

Os cabos elétricos podem ser condutor isolado e cabo uni


ou multipolar. O condutor isolado é um fio ou cabo dotado ape-
nas de isolação e o cabo uni ou multipolar é um cabo que além da
isolação é dotado também de cobertura. Normalmente um condu-
tor isolado tem a isolação de 750 V e um cabo uni ou multipolar a
isolação de 1 kV, por isto é comum se referir a cabos de 750 V e
1 kV, ao invés de condutor isolado e cabo uni ou multipolar. Mas
a diferença fundamental entre os dois é a cobertura. O condutor
isolado é um cabo sem cobertura e o cabo uni ou multipolar é um
cabo com cobertura.
A função da cobertura é proteger a isolação do cabo con-
tra os impactos mecânicos, umidade e agentes corrosivos, por
isto, no caso de condutores isolados que não têm cobertura esta
proteção deve ser feita por um conduto fechado. Logo como regra
geral pode-se dizer que um condutor isolado só pode ser usado
em uma linha elétrica com um conduto fechado e um cabo uni ou
multipolar pode ser usado, além do conduto fechado, em linha
abertas. Esta exigência está explicitada nas maneiras de instalar
contidas no capítulo 6 da NBR 5410.

18.21.7 Sempre que a fiação de um circuito provisó-


rio se tornar inoperante ou dispensável, deve ser
retirada pelo eletricista responsável.

Nas instalações elétricas temporárias, tais como canteiros


de obras, muitos circuitos são usados para tarefas específicas e
temporárias, tornando-se sem utilidade após o término da tarefa.

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A manutenção destes circuitos (fiação) após o final da tarefa faz
com que este circuito possa ser usado de forma inadequada para
outras tarefas ou mesmo introduzindo riscos no ambiente de tra-
balho. Devido a isto estes circuitos devem ser retirados imediata-
mente após o seu uso. Isto é uma características de instalações
elétricas temporárias.

18.21.8 As chaves blindadas devem ser convenien-


temente protegidas de intempéries e instaladas em
posição que impeça o fechamento acidental do cir-
cuito.

As chaves blindadas são chaves que têm a função de in-


terruptor, ou seja, podem interromper correntes de carga e que
tem um grau de proteção adequado para serem usadas no exterior.
O grau de proteção mínimo para os equipamentos elétricos de um
canteiro de obra é IP 44. Portanto, para que uma chave seja con-
venientemente protegidas de intempéries em um canteiro de
obras deve ter um grau de proteção igual ou superior a IP 44.
Outro aspecto importante é a sua instalação, a chave deve
ser instalada de forma que os contatos não fechem por ação da
força da gravidade, ou seja, a gravidade deve atuar sempre no
sentido de abrir os contatos da chave e nunca de fechar, pois os
choques mecânicos ou as vibrações pode causar o fechamento
inadvertido dos contatos da chave.

18.21.9 Os porta-fusíveis não devem ficar sob ten-


são quando as chaves blindadas estiverem na posi-
ção aberta.

Quando for usadas chaves fusíveis, elas devem ser insta-


ladas de tal forma que quando a chave estiver aberta os fusíveis
estão desenergizados, isto é feito ligando a chave na fonte e o
fusível na carga. Esta instalação é importante pois simplifica os

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trabalhos de substituição dos fusíveis, pois este trabalho é realiza-
do sem tensão.

18.21.10 As chaves blindadas somente devem ser


utilizadas para circuitos de distribuição, sendo proibi-
do o seu uso como dispositivo de partida e parada
de máquinas.

Um dispositivo de partida e parada de máquinas deve


limitar, quando necessário, a corrente de partida ou impedir a sua
reenergização automática no caso de um retorno de energia elétri-
ca depois do desligamento, ou seja, pode ter características espe-
cíficas exigidas por razões de segurança ou funcionamento. Uma
chave blindada é um dispositivo muito rudimentar para executar a
função de comando funcional de uma máquina, esta é a razão da
proibição do seu uso para esta função.

18.21.11 As instalações elétricas provisórias de um


canteiro de obras devem ser constituídas de:

Um aspecto muito importante é que as prescrições conti-


das nos regulamentos e normas técnicas, em particular na NR-18,
são requisitos mínimos. Portanto, quando a NR-18 determina, no
item 18.21.11, os componentes que devem estar presentes nas
instalações elétricas temporárias de canteiro de obras, não são
restringidos os demais componentes, desde que o mínimo seja
atendido.
Outro aspecto importante a ser considerado é que o regu-
lamento está mais preocupado com a função que com o compo-
nente em si, pois é a função que garante a segurança do trabalha-
dor e do usuário. Logo, um outro componente onde as caracterís-
ticas de funcionamento especificadas são atendidas pode ser usa-
do, como por exemplo, um disjuntor pode ser usado onde o regu-
lamento prescreve um fusível.

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a) chave geral do tipo blindada de acordo com a
aprovação da concessionária local, localizada
no quadro principal de distribuição.

A chave geral de uma instalação temporária de canteiros


de obra, que na maior partes das vezes é alimentada por uma rede
de distribuição de baixa tensão, é na grande maioria dos casos um
disjuntor, com características nominais determinadas pela conces-
sionária de energia local. No pedido de fornecimento a concessio-
nária já determina, baseado na sua norma de atendimento a con-
sumidores, as características do dispositivo de proteção geral.

b) chave individual para cada circuito de derivação;

A instalação elétrica de um canteiro de obras deve ser


dividida em tantos circuitos quantos necessários. A divisão dos
circuitos são feitos em quadros de distribuição, de tal forma que
um circuito possa ser seccionado sem risco de realimentação
inadvertida através de outro circuito, isto é garantido com a colo-
cação de um dispositivo de seccionamento na origem de cada
circuito.
Na origem dos circuitos devem ser colocados dispositivos
com funções adequadas para garantir a segurança dos trabalhado-
res que utilizam as cargas alimentadas por este circuito e os traba-
lhadores que realizam trabalhos de manutenção neste circuito.
As cargas e circuitos devem ter as seguintes proteções,
no mínimo:
 proteção contra choques elétricos;
 proteção contra efeitos térmicos;
 proteção contra sobrecorrentes;
 desligamento de emergência; e
 seccionamento.

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c) chave-faca blindada em quadro de tomadas;

Os circuitos de tomadas de corrente nos canteiros de


obras, que são locais onde o risco de choque elétrico é agravado
pelas condições ambientais, devem ser protegidos contra choques
elétricos por contato direto (proteção básica), proteção contra
contatos indiretos (proteção supletiva) e proteção adicional por
dispositivos DR de alta sensibilidade (corrente residual diferenci-
al residual igual ou inferior a 30 mA).
Os dispositivos DR em canteiro de obra são obrigatórios
em virtude do fato de que eles são a medida de proteção contra
choques elétricos adequada para esta situação, de acordo com a
NBR 5410.
Além dos dispositivos DR os circuitos de tomadas de
corrente devem ser protegidos contra sobrecargas e curto-
circuitos, o que pode ser feito tanto por fusíveis quanto por dis-
juntores.

d) chaves magnéticas e disjuntores, para os equipa-


mentos.

Um equipamento fixo ou uma máquina elétrica fixa deve


ter o seu dispositivo de partida e parada. Este dispositivo realiza o
comando funcional e por isto deve apresentar a capacidade de
interromper e estabelecer a corrente de carga do equipamentos Os
seccionadores, quando não têm a capacidade de abertura em car-
ga, e os dispositivos fusíveis não devem ser utilizados para co-
mando funcional.
A NBR 5410 apresenta, como exemplo, os seguintes mei-
os de se realizar o comando funcional:
 interruptores;
 dispositivos a semicondutores;
 disjuntores;

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 contatores;
 telerruptores;
 tomadas de corrente com corrente nominal igual ou inferior a
16 A.

Quando a proteção do alimentador do equipamento for


realizada por disjuntor este dispositivo pode ser o dispositivo de
proteção e de comando, ou pode ser usado só para proteção e um
outro dispositivo ser usado para a função de comando. Quando a
proteção for realizada por fusível, um outro dispositivo deve ser
selecionado para a função de comando (partida e parada) do equi-
pamento ou máquina elétrica, neste caso o mais usual é o uso de
um contator.

18.21.12 Os fusíveis das chaves blindadas devem


ter capacidade compatível com o circuito a proteger,
não sendo permitida sua substituição por dispositi-
vos improvisados ou por outros fusíveis de capacida-
de superior, sem a correspondente troca da fiação.

Como regra geral a NBR 5410 estabelece que os condu-


tores vivos de um circuito devem ser protegidos, por um ou mais
dispositivos de seccionamento automático contra sobrecargas e
contra curtos-circuitos. Para que a proteção dos condutores contra
sobrecargas fique assegurada, a NBR 5410 estabelece que devem
ser atendidas as seguintes relações:
a) IB  In  Iz , e
b) I2 1,45 Iz
Onde:
IB é a corrente de projeto do circuito;
Iz é a capacidade de condução de corrente dos conduto-
res, nas condições previstas para sua instalação;

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In é a corrente nominal do dispositivo de proteção (ou
corrente de ajuste, para dispositivos ajustáveis), nas condições
previstas para sua instalação.

18.21.13 Em todos os ramais destinados à ligação


de equipamentos elétricos, devem ser instalados
disjuntores ou chaves magnéticas, independentes,
que possam ser acionados com facilidade e segu-
rança.

A NBR 5410 estabelece como critério geral que toda ins-


talação deve ser dividida, de acordo com as necessidades, em vá-
rios circuitos, devendo cada circuito ser concebido de forma a
poder ser seccionado sem risco de realimentação inadvertida,
através de outro circuito.
Os circuitos terminais devem ser individualizados pela
função dos equipamentos de utilização que alimentam.
Na origem de cada circuito, em um quadro de distribui-
ção deve ser instalado um dispositivo de proteção, que proteja
adequadamente o cabo.

18.21.14 As redes de alta-tensão devem ser instala-


das de modo a evitar contatos acidentais com veícu-
los, equipamentos e trabalhadores em circulação, só
podendo ser instaladas pela concessionária.

A altura mínima de instalação de uma rede aérea, de alta


ou de baixa tensão, é determinada em função do tipo de circula-
ção que pode ser feita em baixo dela.
No caso dos canteiros de obra devem ser tomados cuida-
dos especiais com a circulação de materiais com grande compri-
mentos como, por exemplo, tubulação e barras de aço. Outro as-
pecto importante é a operação de guindastes e levantamento de
carga embaixo de redes aéreas. Normalmente estes trabalhos são

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classificados pela NR-10 como trabalho em proximidade, que
exige que os trabalhadores para realizarem estes trabalhos, que
não são elétricos, devem ser autorizados e devem receber os trei-
namentos de segurança estabelecidos para estes trabalhos.

18.21.15 Os transformadores e estações abaixado-


ras de tensão devem ser instalados em local isolado,
sendo permitido somente acesso do profissional le-
galmente habilitado ou trabalhador qualificado.

Quando as subestações não têm os componentes protegi-


dos contra choques elétricos por barreiras ou invólucros, de acor-
do com o estabelecido na NBR 14039, mas por interposição de
obstáculos ou colocação fora de alcance, de acordo com as pres-
crições da NBR 14039, fica caracterizado no entorno das partes
energizadas zona de risco e zona controlada e, nestes casos, só é
permitido o acesso a profissionais autorizados, de acordo com a
NR-10. Um aspecto importante a ser ressaltado é que o impedi-
mento do acesso deve ser feito por chaves e não por sinalização.
Na subestação com transformador em poste, a uma altura
especificada pela norma, não é necessário a instalação em locais
isolados, porque, neste caso, os trabalhadores ficam na zona livre
de AT e só tem acesso aos equipamentos de BT.

18.21.16 As estruturas e carcaças dos equipamentos


elétricos devem ser eletricamente aterradas.

Todas as massas dos equipamentos elétricos de uma ins-


talação devem ser aterradas, através da ligação dos invólucros
metálicos (estruturas externas e carcaças dos equipamentos) no
condutor de proteção.
Um aspecto importante a considerar é que equipamentos
classe II podem ter partes metálicas acessíveis, mas não são con-
siderados massas e neste caso não é permitido o aterramento des-

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tas partes. A NR-18 exige no item 18.22.20 que todos os equipa-
mentos manuais sejam classe II.

18.21.17 Nos casos em que haja possibilidade de


contato acidental com qualquer parte viva energiza-
da, deve ser adotado isolamento adequado.

A proteção contra contato direto ou proteção básica é


uma medida de proteção coletiva contra choques elétricos exis-
tente na normalização internacional e brasileira.
Onde existe o risco de contato direto, e portanto choque
elétrico, deve ser adotada uma medida de controle para este risco.
As duas medidas de proteção coletivas para controlar os riscos de
contato direto são: A isolação (básica) das partes vivas e o uso de
barreiras ou invólucros. Estas medidas destinam-se a impedir
qualquer contato com partes vivas.
A isolação usada para a proteção contra os contatos dire-
tos deve ser capaz de suportar as solicitações mecânicas, quími-
cas, elétricas e térmicas às quais possa ser submetida.

18.21.18 Os quadros gerais de distribuição devem


ser mantidos trancados, sendo seus circuitos identifi-
cados.

Quadro geral de distribuição ou quadro de distribuição


principal, de acordo com o item 3.1.2 da NBR 5410, é o primeiro
quadro de distribuição após a entrada da linha elétrica na edifica-
ção. Naturalmente, o termo se aplica a todo quadro de distribui-
ção que seja o único de uma edificação.
No caso de um canteiro de obras, que não é uma edifica-
ção, é o primeiro quadro de distribuição após a entrada de serviço
da energia elétrica fornecida pela concessionária. Considera-se
entrada de serviço o conjunto de materiais, equipamentos e aces-
sórios necessários às instalações elétricas para o atendimento à

21
unidade consumidora, situado entre o ponto de derivação
(conexão) da rede de distribuição da distribuidora e a origem da
instalação.
No caso do canteiro de obras possuir um sistema de gera-
ção própria de energia elétrica considera-se quadro de distribui-
ção principal o primeiro quadro de distribuição à jusante (depois)
do sistema de geração.

18.21.19 Ao religar chaves blindadas no quadro ge-


ral de distribuição, todos os equipamentos devem
estar desligados.

O item 18.21.19 estabelece um procedimento de trabalho


e não um requisito para a instalação elétrica, quando determina
que ao religar chaves blindadas os equipamentos devem estar
desligados. Mas este procedimento pode ser facilitado ou dificul-
tado pela solução adotada no comando funcional dos equipamen-
tos.
Os equipamentos devem ter os seus dispositivos de parti-
da próprios, isto é, independente da proteção do circuito. Mas
estes dispositivos de partidas podem ser de duas formas: os que
precisam de alimentação elétrica para manterem ligado, por
exemplo os contatores, e os que independem de energia elétrica
para poderem permanecerem ligados, que são os casos das chaves
mecânicas.

18.21.20 Máquinas ou equipamentos elétricos mó-


veis só podem ser ligados por intermédio de conjun-
to de plugue e tomada.

Na normalização brasileira os equipamentos são classifi-


cados quando a sua mobilidade durante o uso em:
 equipamento estacionário;

22
 equipamento fixo;
 equipamento manual e
 equipamento portátil.
Os equipamentos de uma instalação elétrica podem ser
alimentados diretamente (por caixas de derivação, utilizadas para
a ligação de equipamentos) ou através de tomadas de corrente. Os
equipamentos fixos são alimentados diretamente os equipamentos
estacionários, manuais ou portáteis são alimentados através de
tomadas de corrente. Os equipamentos manuais e os equipamen-
tos portáteis são chamados genericamente de equipamentos mó-
veis.
A definição na normalização brasileiras para os diversos
tipos de equipamentos é a seguinte:
Equipamento estacionário - equipamento fixo, ou equipamento
sem alça para transporte, com massa tal que não possa ser mo-
vimentado facilmente.
Equipamento fixo - equipamento projetado para ser instalado
permanentemente em um lugar determinado.
Equipamento manual - equipamento portátil projetado para ser
suportado pelas mãos durante sua utilização normal e no qual o
motor elétrico de acionamento, se existente, é parte integrante
do equipamento.
Equipamento portátil - equipamento elétrico que é movimenta-
do quando em funcionamento, ou que pode ser facilmente des-
locado de um lugar para outro, mesmo quando ligado à fonte de
alimentação.

23
18.22 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Di-
versas
De acordo com o item 18.1.4, a observância do estabele-
cido na NR-18 não desobriga os empregadores do cumprimento
das outras Normas Regulamentadores, em particular no caso de
máquinas, equipamentos e ferramentas diversas devem ser aplica-
das as prescrições da NR-12 - Segurança no o trabalho em máqui-
nas e equipamentos.
A NR-12 define referências técnicas, princípios funda-
mentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integrida-
de física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a
prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto
e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos.

18.22.7 As máquinas e os equipamentos devem ter


dispositivo de acionamento e parada localizado de
modo que:

Os dispositivos de acionamento e parada das máquinas


ou equipamentos são de dois tipos para funcionamento normal e
em caso de emergência.

a) seja acionado ou desligado pelo operador na


sua posição de trabalho;

Para o acionamento e parada de uma máquina ou equipa-


mento em situação normal de funcionamento, a operação do dis-
positivo deve ser feita exclusivamente pelo operador da máquina
ou equipamento. Este dispositivo deve ser possível de ser opera-
do a partir de sua posição de trabalho, para que o acionamento e a
parada seja feita de forma segura e seja garantida uma ergonomia
para o trabalhador.

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b) não se localize na zona perigosa da máquina ou
do equipamento;

Para que possa ser garantida a condição de que o disposi-


tivo de acionamento e parada, os dois tipos de funcionamento
normal e em caso de emergência, não seja localizado na zona pe-
rigosa da máquina ou do equipamento deve ser considerado não
somente a posição do dispositivo mas, também, a condição de
alcance normal do trabalhador quando o mesmo esteja operando
o dispositivo. Isto garante que o trabalhador não toque acidental-
mente alguma parte perigosa enquanto tiver operando o dispositi-
vo de acionamento e parada da máquina ou equipamento.

c) possa ser desligado em caso de emergência por


outra pessoa que não seja o operador;

Nesta alínea a NR-18 trata do dispositivo de parada de


emergência. Neste caso, quando os movimentos produzidos por
máquinas e equipamentos puderem causar perigo ao operador ou
outras pessoas nas proximidades desta máquina ou equipamento,
devem ser previstos meios de parada de emergência. Esta parada
deve atuar de tal forma que o perigo seja controlado e a seguran-
ça das pessoas seja garantida. São exemplos de máquinas e equi-
pamentos que requerem parada de emergência: escadas rolantes,
elevadores e correias transportadoras.
A parada de emergência é realizada com um dispositivo
de fácil acesso e de tal forma que uma única ação seja suficiente
para a sua função. O dispositivo mais usado para esta aplicação é
o botão tipo cogumelo ou tipo soco.
A localização do dispositivo de parada de emergência
deve ser adequadamente escolhido, de fácil acesso e nas proximi-
dades do equipamento ou parte dele que possa oferecer perigo. O
dispositivo deve ser facilmente identificável como parada de
emergência para que qualquer pessoa possa acioná-lo, inclusive
quando quem tiver em perigo for o operador.
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d) não possa ser acionado ou desligado, involuntari-
amente, pelo operador ou por qualquer outra forma
acidental;

O dispositivo de acionamento e parada em condição nor-


mal deve ser construído e instalado de tal forma que não seja pos-
sível a sua atuação de forma acidental, tanto do operador quanto
de qualquer pessoa nas suas proximidades.
O dispositivo de acionamento e parada deve ser concebi-
do, instalados e protegidos de modo a limitar os perigos resultan-
tes de um defeito interno no funcionamento da máquina ou equi-
pamento comandado.

e) não acarrete riscos adicionais.

O dispositivo de acionamento e parada deve ser construí-


do de forma garantir a segurança do trabalhador opera este dispo-
sitivo, devendo ser protegido contra choques elétricos por invólu-
cro e barreira, de acordo com os requisitos estabelecidos pela
NBR 5410.
Os plugues e tomadas, sempre que possível, não devem
ser usados como acionamento de máquinas ou equipamentos.
Quando a corrente nominal da máquina ou equipamento for supe-
rior a 20 A é proibido a utilização dos plugues e tomadas para o
seu comando.

18.22.10 Toda máquina ou equipamento deve estar


localizado em ambiente com iluminação natural e/ou
artificial adequada à atividade, em conformidade
com a NBR 5.413/91 - Níveis de Iluminância de Inte-
riores da ABNT.

Para garantir a segurança dos trabalhadores que operam


as máquinas e equipamentos, a NR -17 estabelece que deve ser

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proporcionado ao trabalhador um ambiente com iluminação ade-
quada. O nível de iluminamento prescrito vale para que o traba-
lhador possa realizar suas atividades em condições adequadas não
importando se a instalação é de carater permanente ou temporá-
rio. A iluminação é considerada adequada, quando for atendido
os níveis de iluminamento estabelecidos pela NR-17.

18.22.19 Os condutores de alimentação das ferra-


mentas portáteis devem ser manuseados de forma
que não sofram torção, ruptura ou abrasão, nem
obstruam o trânsito de trabalhadores e equipamen-
tos.

Os condutores de alimentação dos equipamentos são fa-


bricados em conformidade com normas específicas para esta uti-
lização a NBR 13249. A primeira medida para garantir que estes
condutores não sofram torção, ruptura ou abrasão é utilizar o tipo
correto de condutor. Os condutores de acordo com esta norma
devem apresentar maior durabilidade e flexibilidade. Estas carac-
terísticas são conseguidas usando-se materiais adequados na iso-
lação e cobertura dos condutores.
Outro aspecto importante é o uso de cabos multipolares,
ou seja, condutores que tenha a cobertura (camada protetora da
isolação).
Os condutores devem ser fixados convenientemente para
que não fiquem submetidos a nenhum esforço de tração ou de
torção, a não ser nas linhas aéreas onde eles são dimensionados
para isto.
Os condutores de alimentação dos equipamentos devem
ser colocados em locais onde não exista tráfego de pessoas ou
equipamentos, caso não seja possível, devem ser providas prote-
ções mecânicas para garantir a sua integridade.

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18.22.20 É proibida a utilização de ferramentas elé-
tricas manuais sem duplo isolamento.

Um componente de dupla isolação é um componente que


tem a isolação básica e a isolação suplementar, estes componen-
tes são também chamados de classe II.
O equipamento que tem isolação dupla em todas as suas
partes vivas, por norma, não pode ter previsão para aterramento
ou outras precauções que dependam das condições da instalação.
Portanto, o cordão de ligação de um equipamento de dupla isola-
ção tem pluges de “dois pinos”, sendo proibido adicionar um ter-
ceiro pino para aterramento das partes metálicas acessíveis.
Os equipamentos classe II se subdividem nos seguintes
tipos:
a) equipamento classe II com carcaça isolante, durável e
substancialmente contínua, que envolve todas as partes metálicas
(exceto pequenas partes: placa de identificação, parafusos, rebites
etc.), que devem ser isoladas das partes vivas por isolação pelo
menos equivalente à isolação reforçada. Essa carcaça pode cons-
tituir a isolação suplementar ou pode ser parte da isolação refor-
çada;
b) equipamento classe II com carcaça metálica, substan-
cialmente continua, que tem isolação dupla em todas as suas par-
tes, exceto naquelas em que é utilizada isolação reforçada por ser
impraticável a aplicação de isolação dupla;
c) equipamento classe II com carcaça mista, que combina
as características dos tipos com carcaça isolante e com carcaça
metálica.
Esses equipamentos são identificados pelo símbolo

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Sobre o autor:

 Engenheiro Eletricista (UFU - 1981);


 Mestre em Engenharia Eletrônica (ITA -1988);
 Diretor da Mi Omega Engenharia;
 Coordenador da Comissão da ABNT responsável pela norma
NBR 14039 "Instalações elétricas de média tensão de 1,0 a 36,2
kV";
 Coordenador da Comissão da ABNT responsável pela elabora-
ção da norma de subestações pré-fabricada de alta tensão;
 Membro e coordenador de grupos de trabalho da Comissão da
ABNT responsável pela norma NBR 5410 "Instalações elétricas
de baixa tensão";
 Membro da Subcomissão Técnica de Instalações Elétricas de
Baixa Tensão do Comitê Brasileiro de Avaliação da conformida-
de, na elaboração da Regra específica da certificação das insta-
lações elétricas no Brasil;
 Professor da matéria de Legislação e Normas Técnicas do curso
de Especialização em Instalações Elétricas Prediais da UFG;
 Palestrante da ABNT para divulgação da norma de instalações
elétricas de baixa tensão NBR 5410;
 Elaborou os comentários das Normas Brasileiras de instalações
elétricas de baixa e média tensão, respectivamente: a NBR
14039: 2003 e a NBR 5410:2004;
 Colaborador e colunista da Revista Eletricidade Moderna;
 Autor de diversos trabalhos técnicos na área de instalações elé-
tricas de baixa e media tensão.
Este livro foi publicado
pelo autor.

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