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4 - Cl\d1 B, Jornl\1 do Brasil, quarta-lclr!

'l, 20-4-68

Panorama
1JE- JE - l 'E - Ul\1 • ASSUNTO
AS VISUAIS
JUV~NÀL l"ORTELLA e AJtt\lANl>O APJ.ALO - Fotas do F.VA~Dn.0 ~ I R A DAS· .ORIGENS
. À .~
PIU:MIO OE''PINTURA - O Muitos adultos podem desafio a todos. Quer nas De Elvl$· Pruley, lan.
JU.l'l de $eleçfto e prtmJa.ç~o ao não e ri.tender. Os menos dlscothtlques de NtnJa çado como um grito em
Prêmlo Air Fr11.nce de Plntu.m
de\'Cl'â reuntr..Jlê hoJe à tardo avisados podem não acef, Iorque, 11as cavu de Pa- plena J{ova Iorque, à u-
no Museu -de Arto MOdernn. a
ris, nos bares de RomaJ
tar. 03 ma.ti conservado- L<m.dres ou bôates ca·r io- P o ~ 1 ç li o Zo.nctrlna do•
f1m de dêllbero.r sõbre o as.iüri. BeaUes, uma história
to. Concorrem 120 qun.dro.s vtn- res podem abominar. Os cM e paulistas, a consta- e:dste para ser contada e
d-0.s do todo o Bra&JI, CIOiS quilf.l entendidos pode,n ài11id!r tação é únicat a. música que começou no, te,nilo•
•o st!rAo o.pre$tnt11.d0$ ao pu. as opiniões. ·Os- psicólo• da juventude está ai. dos nossos pais e a1)!l,,
bllco carioca. •no MAM, • ~ - gos, eelucadores e sociólo-
,ttr dll. pt6,(1n·u1. :stXtf\•1olra. Do.t -No Brasil, parttcular- lembrando os muitos gt.
cíuarcnto. M!leclç,nnd0$ um ·&e.ri gos podeni,se preocupar. mente, o fenômeno se de- neros musical$ c-011,tagt.
<> \'cnc~or o o "rclsta premJa.- Mas a grande verdade,. ·ve1,., prlnc1palme,ite, à antes que vieranJ até-nós
do 1t•à a PN1s o.. nm de '"'cr au
t,abti.lho no SRlão QQmi)o.rn•
porém, é q,.,e a nulsica,da televisão, c,ijo pocter de por fnfhiência do ráclio
Q6e,j <111: capital trai>CCSA. CoJlS. t,1ve11tude está at e já alcance , pôde encontrar (antes) e da televisão
m utçii.o do Jü.rl: 'Adolfo Block, plantou. st1a.s raízes, co- a classe mi!dia e in;etar ( hoje). A h.tstórla elos ca-·
Anl.ónJo Bento, MuJ&JO de Pau~ mo se pode percebe,·. 11a o micróbio do ritnu, al!t- beludos. A história do.
Ja, Carlos r'lc-Xt\ Júbelro, Esler expresão elos jovens: chiante. Logo 1iu,n pais ldolos jovens, muitos ·en•
EmfHo Ctl.rt.os, José Lu1& dt "Esta mtísica 1w.t ,Uber- onde 11,n g4Jieró começa-
Abreu, peb\ AJr ~11.nce e o re- camtnhadM e"' ,mlversl- ·
dator desta cohma. ta.'•, va a se impor - a bossa da4.es e qi,e tém .,,a músi•
O fe116ine110 do ye-ye.ye, nova - . e 1,m oritro - a ca 1mi. motivo para. mut..
HOJE NA )L\1S01'-~ - Imua-.. como a própria oontro• - mtlsica , trac!tctonal tas coisas. A h.istôria cf4
Pnl•se boje a uposlçio do .,.,.,. vérsta o demonstra) é u,,i voltava a se er{ll.ter, música da .;,iventude.
t~ equaforbwo Booner'"
llJdtt"O!J,. na Ma.tson de J,'nnce.
Cq.nw dl·YUJra.mOlJ n1. ~$.o ct.
Artes, !\lJdw,s (!Ontbbu b.))e•
t ari11- com met.at • <'l!rimw.,
conse111lndn tfettoa b:ltditos. •
I W'Prtt'ndw(fS, As li Jto:r,14,
AS RAÍZES LA FORA.
'
CURSOS NA OCA - A Ga-.
leria Oca. dtm\ JnkJo be'tl'C• Há mala ou menoo 10 Muslcalmente, o roek mente da música negra,
mente n stl.L5 C\lr$M: Hlstórla :.nos ~xplo<llu no:i Esta• tem profundas raizes na o rock e o twlsl integra•
da Art ê, ).)Or P1AVio de A<1uh10j dos Unidos mu nómc, que música negra. 1101·te-ame• , 1am o que se denominou
como ent.cnder • P1n~urt. Mo,. \i~ia logo depois, a "8 rlcana, de nítido conteú• de ritmo escuro. Foi nu•
dcrna, pel() PtOít'$.'Klr Carlot constituir pr'lticam"11te do popular. Conhecido ma reação a Isso que os
Cl\~lc:\ntt; Arran)Oà de PI(>. numa d na taize~ do fcüt>- pelo nome genérico ele beàch·boys - litera l•
res, Pô1" T••~!:: SJbo)·•~. l>t«-- menoye~)'e-yc; Elvis Prea- l'hytbm and bh1~s, o rock menw meninos da praia
J'AÇÍQ, -clo •..rqult(!t.o ~ !v HC!- lo,y. E.,al~mente na pé,. s a I u diretamente doo - ela Califórnia, lança•.
ct1 A .wonn~lw& ~ ~- tiia-mãe c\o ja,,. e uo bhies, cm sua forma mais 1-am o surf, dança basea•
te!, .::.:.:.íOã flõdÜl'.u \:., qbt~li.$. blue, g~neros mais acen• sincopada e rítmica, uma da no esporte do mesmo
tlc10 ~ !Qf{'l1e 17-025,{, tuadamente populares, espécie de boogie-woogic nome, cujos movimentos
ElvJs, conseguiria l ogo deturpado po,r uma acen• são imitados. D lz Iam
..\!tl'J". H GUtASSOl, -TA.1a- no seu primeiro disco so- tuação artificial que visa é!es: 1'Nós não somos ne-
N111 a b'f'lli~•• G lr:.::i.cl (R~ mar-se aos grandes Ido- a tornar mais. frenética gros, somos brancos. E
l\r.t,rfa Quil ..11., Gi > ~u u:r"". los de todos 011 campos
artísticos. ·
a dança. Essa de1·!vação nós cantamos branco",
=.!u:ndc. :i.u.....:. de H~tóda. du d(s subseqüentts múscas O surf é de o.-questração .
Al'W'lt, !IOb a" orletila(M de Alu(- O rock têz ,então renas- da juventude de formas limpa e viva, com uma
aio e Mn.r1Ang-d1l 7•JuM, No
cer as grandes danças populares e . folclóricas batida sêca e staccato e
mesmo Joeal um g:ru.PO de • r- que sempre convulsiona- classlcas tornou.se uma uns tremolos de voz em
tislM JIN:J)al'~•H p,an. expor ram a juventude norte. verdadeira tracUção até false!<, alto, que lembra.
colethmncnt.e.. en, Pórto Alfl•
americana e que alcan• hoJe. a sonoridade elos F o u r
,~ Sfü, Paulo e n() Rio: Sle
çaram seu auge na E.-a o u t r a caracteristlca Freshlnen.
êt~: 7.nluar, Antônio GroNO, do swlng, antes da Se- que, desde o advento do Sw·giram depols - e
- - - - -F~Uhu,d.-,-Fr..ndst-.-n&'
gunda. Guerra Mundial, rOCk, se torn ou ti:adiclo- continuam a surgir -
sende, Jotg,i G1.1ldM:d., l..uilJ
Refletindo as profundas nal na música da juven- novos ritmos, novas dati. 4

Carlo!f 1'1.it:1nd;i., Max Trlrnu mudanças na psicologia tude foi a !nlluência na çns, novas modas. novas
e N'oi,1e:INL da Gtun~. da Juventude, que acaba• moda e nas atitudes de atitudes e o movimentó,
va de ser conlrontada seus adeptos. Tudo come• agora conhecido genêri•
ESOULTUJtA NA A~A - com a maior carnificina çot) com o próprio Elvls camente como ye•ye--ye,
Numa prom()Çiio coujunt.., do da História, a nova dan- PresJey, com, seu cabelo ganha proporções cad!l
J:S e da A1r Prl\ntt-, será. rt:a•
ça se caracrelizava, como desgrenha.do, suas coste- vei mais avassaladoras.
lizndo nos dlas 7, 1t e 21 de
Jamais antes, por uma letas de 3 cent!metros, os Velo o madison, que na..
mato mll1$ uro ooncur.so de ea-
g r a n d e movimentação blu..jcans, os blusões de . da mais é do que o swinJ:
culturo nn. arda, a ser efe.tin-
que logo se transformou couro, botas e bonés, e revivido, o chá-chá•cha,
do nl\ Prl\lt\ de Copacab:ut•. em violência. continua até hoje: cada de r i t m o carlblano, o
Podem concorrer criança., de t nôvo ritmo, cada nova hully•gully, da. mesma
• 16 a.n~ grupad06 ein t.rél Essll violência passou ,a dança, uma nova moda. linha do rock e do twist,
C!\ief;OtlM, do acórdo çom . . ser e~ercida em tôdas as De,P.ois do r0<:k v e I o ·o zol'ba, o bost.ella e o
ldnd(>$, As in..~içóes poderio atividades dos jovens, o twts~, quando Chubby Jet ltiss, que não pega-
aer rell~s tio Serviço do Rela• num verdadeiro frenes!, Checker rebolou em alia rnm aqui, o p1•imeiro que
ções PllblSeM do J:B, nat AQ:b• encontrando sua mais velocidade e Ia n ç o u o se dança deitado no chão,
c\M de Copacabana do JB • total 1·eallzação na ligu. convite: "C'mon b a b y, o que não é multo contor-
na astocia. da Atr Pranct, no ra de James Dean, que let•s do the twlst" . Com tãvet e esta-aga as roupas.
Hotd Copacabana P:tlact. se tomou o grande exem_. o twJst comecou a haver Atualmente, as danças
pio na luta contra as uma maior part.Iclpação mats em voga são o mOn .. .,
l!AJtA Sf:XTi\•l'EIRA - Na convenções que a dura dos adolescentts no mo- kcy e o jerk, que defin.i•
próxima. ~t.,-reJn uma- .é.- realidade da, guerra aba• vimento de música · da ram wna nova maneira
rt~ de inaugurn~ Jmffild, Iara, Pablo Casais c!assi• juventude, característico. de dançar: mais estática
o calcndirlo art&Uco d.-.. CI• ficou o roek1n' roll como que se foi acent uando ca• e mais calcada. na mo..
da vez mais até hoje. A vimentação doo braços e
11
cfadt. No l\fasw de Ar~ M • • vcnenb pôsto em som",
dr.m.'t. além ~ mostn do Frank Slnati-a o chamou influência da moda, des- da cabeça.. A moda do
l'rimlo AJr Fr;in~, ~Mri abcr.. de. "afrodisíaco de odor ta vez, foi mais funcio• momento é baseada 11p
b 'tlJOO. up~ÇM) 1nd:h1chtal 11U1ço.so;' e o Cardeal Sn• na!: a fim de dar mais filme Dr. Jivago, ainda
de Ann.,. SruLc, mal• Mh. par• rnuel o qualificou de ºrit- llberdade aoo movlmen• não exibido no Brasil, e
M! do ACl!n'O do ~IAM. t:.m Co-
mo tribalº. Mas tudo não tos. as saias foram en- revive os trajes do fün
J)i\c:\bo.m M!t;\ lnaurvr.uta. no.
passava, na realidade, de curtadas e as cinturas da era czarista e o cabe•
n p leri:l, a Gt, eom uma. uma busca desorientada afrouxadas, pt·oduzlndo
cnteU't.1. de a.rUst.u do "'•n•
da libertação, da procura o que logo se tornou co• lo à Rasputin, e a bebi•
p;mb, s.Uu.:i.da u Rua Dlu
de padrões mais concor- nhecido como o traje de da • mais em voga é a
d.,. Roeb.1., S:?.; e BmJa,m.tm
des com a nova realidade discothêquc. menta, que 1ivaliza com
Slh'I\ tai o n~~ de • •
do após•guen·a. D e ri vada essencial• o uísque.
upo111ç::io na' Ga.lr.rb l\fdr:a
(Av. Copaeaban.1., 10G3, M>bN•
loja).

PARIS - O l\fast-U de
Moderna. de Po.rLs apreisent11. o
Art.
O PANORAMA DE CÁ
,.t\Ulo comparal.sori$, que, CO•
mo betn o fndl(:a o &eu nome,
pertnl~ aos vi.sito.nu.a estabe-
Joecrtm uma compara~ en•
No Brasil 1ião são raros mudança dos costumes, lar se rtstiingia pràtlca,
011 chamados fcnômehoo "que acompanha o tem- menre aos acontecimen-
tre ru. dtterenlrs tendblclu d& musicais, A inOuência de po".
arie pfcU.1nJ. Nce c•vnleta
tos camavalescos. Aí sim, ·
ritmos estran!1'eiros sem• a explosão era um fato
positivo. Convém acen- "
N.·H\o cotocadn.s, tanto as te. Por muit.os anos o râ•
pre se fêz sentir na popu•
ln.,: !igura.tl•n.t qua.nto aque.• lação mais . jovem dos d!o foi o grande respon•
1M que representam o ab.Stra,. tuar, ainda, que a. mar•
to e o barroco, Algum.n.s estão
gmndcs centros - em sável peln. fm'maçiio de cha dos anoo anota ai·
destaqu_e Rio e São Pau- uma classe de gerite que, guns dados ilnportanuis
11Minad114 com nomes JA !a.• to, naturalmente - em- não participando atlvic dentro dêste estudo:
mlllai•e3, flo púbUoo: AUJo.me,
bora sem o entusiasmo ou diretamente, entrega- J. as bóàtes não pa.rtl•
BAb01.Uet. CIWZ.OU, CndJou •• ,
dos tempos atuais. Basta va-se ao histerismo. dos cípavam pràUcamcnte de
llrnl\ ,eção Japonlo;n. lmporta.n.
que se diga a coqueluche, auditórios: os cantores e qualquer movimento -
M oaru!Xl um oonJu.nto b6.\.. e-m têrmos maiores, atin- 1·adloatores (incluindo o pela impossibilidade de a
bnt.e dJven;o de tMdtnclJ. tJ•
CUNtt'f'3... Alguma., eseunuma giu os nossos pais na sua naipe feminino). A bem classe média fl'eq!lentá-
mocidade, ao tempo do da verdade, os freqüenta• la;
eharle5ton, na década-de dores de salões de emls•
e t;apeçn.rlM, mtte li.$ QWlLI
u do Lurçat, completam ~
30. A Influência francesa sorns de rádio buscavam 2. as gafieiras apenas
expo.,tçllo que Jâ •e classltt(a pôs a nu, numa época em n~enns deliciar.se com a eram abertas a uma clas-
enttt M m• Ls afn.madu da. • que os pteceitos morais voz e presença de seus se lirnit.ada, a doo negros,
taç.lto p.\risfemé. ·
eram Intensos, alguns re• ldoloo. No caso, sem dite• e não representav~m
FLORENÇA -
Uma npore,i. calques tanto em môças renclaçiio de Idades, pois quase nada dentro do pa-
e e·m rapazes. o p(tbllco era consutuído norama;
çlo de escialturu do an&llta 0
por môças e senhoras, l'R·
polonétl F..dft•ard M:roe&kOWl'I A grande difei-enç'a , pazes e velhos. O grande 3. n. dlllculdadc de dl•
ruUxn.r•se-i 4tnt.ro en bnl't deve-se registrar (e isto período se situa ent.-e vulgação dos aconteci•
em Flottnç-.a.. Tr.-ta.•• de obn1 pô!1e ser um dado para 1940/ 50, havendo aí já Oll mentos dos grandes cen•
uccut.•uSas ci:n m:'ldeira. ele SI um estudo social mais primeiros passos para a troo muncUals, sempre
fflllh~ de a.nos, tt'17.ida. •o profundo) é' que naque- t elevisão. O certo, tam- chegados ao Brasil com
nb!;olo JunlAownk ooon ttnhl. les tempos a idade dos bém, era q ue havia um um considerável atraso,.
ta da. 'Mina 4.e Tal'c)W. AU eta. jovens "atacados pela fenômeno , classifica-
dança do charleston" os- do pelos mais rígidos co• É justo que se aponte,
tÃOi ~ P ~ em Jll"'&lJea no panorama dos fenô-
~ra. a 5Cc:3Cffll d ~ ·tmddra cilava entre 21 e 26 anos. mo sendo o 11 da macaca
rfftutrlllm 4:~, c1,e tr& UOf., Hoje, ao contrário, sfio de, audi tório••: A exemplo menos musicais com te•
meninas-môças, a partir do que ocorre hoje, as flexos na. juventude, a
tl'lU ~u 4 ~ub;u • •
Importação do bolero,
eng-enl•t.lro IIGmlllt Sawlt-ld dos 14· anosJ e rapazi- 1n o c i n h as agarravam,
tc,moo.,c ~h'd rt!dttdr h$e nhos1 jã aos l;i anos, beijavam e 1·as,rnvsm as Imediatamente lntrodu•
1,rno p.~rJI tris ll qaat;ro me• quem dão o grande sinal roupas de seus ldolos. Só :tido nos salões de bailes
llt5. ~, nudtlm de Unh.lta ama do sua participação no que, a ésse tempo, con- e em !est-lnhas parttcuJa.
ns M-C:l pode trwi.lrnente RI' momento musical. Essa forme acentuamos, não re.,. Aí a partldpação pô•
utllb::ub. ]),V,\ a. tnchlitrla 41, dl!erença de idades. se- ha\'ia a part\clnação dês- pular era. nítida, mas
.$ortlhnrla, pc1b possuJ um brt.. gundo uns poucos estu. se tlpo ele publico, o que atravé.~ de uma. dançll
Jbo e C!onto~;l.o atnord.l. diosoo, deve-se, principal• é comum nesta época. comum às idades. Até en.
~ &eu emprfro na tft• mente, às condições de tão, portanto, as classe.,
d6strb do .mciblllitlo ia.mWm vJda atuais, fncluindo a o observador ma Is sociais não se v l am
n.io est.i. excluído. maior liberdade dada pe- atento vai se lembrar de ldc.nt.Uicadas diretamen-
los pais aos !ilhos e à que a participação popu• te com uma dança que

>
\ .,
J J'omal do Brasil, ctuarh1.,tch-n, 20,<1,es,' Cad, B - 5

Panorama

GAVETA DE LETRAS

os fenômenos no Brasil ram a atmosfera. Tão lo- moderna bra.sllelra nos


não são raros? Foi visto, go se pôde observar o uso Estados· U n 1 d os com a
, . nesta anAlise, que pelo dos blues-jeans como tr a- Ida e vinda de artistas
mençs em três circuns- je oficial e as danças do nacionais e·a apa:rlção de
tânclas - uma das quais .rock-and-roll começ_ arein cançoos nas patadas de
de caráter permanente - a pegar em festinhas, sucesso norte-am·erlca•
éles .se ,;ucederam: passando pelos clubes nas, destacando-se Gaia.
sociais e assaltando as ta de Ipanema (Tom Jo-
,. 1. a doen~a do charles: boates. Em São Paulo O blm) . A maioria 'das boa•
ton; movimento também era tes se dedicava a shows
2, ó carnaval, e on1 intenso. DuM frentes, de bossa nova. N o m e s
atuação permanente; ent-ão, estavam forma- apareciam ~ f8"1~ SU•
3. a lnfiuência de cer- das: a dos jovens delln- cesso . Vendiam.se dLscos
v tos· ritmos rias da.nças de qUentes e a dos jovens em quantidade. Ao mes-
;, salão. preocupados exclusiva- mo tempo a música tra-
mente com a danç;,.. A d!clonnl. prepar:iva a rea-
Isto pode ser encarndo ç.ao que cu1m1nou com
como pontos que podem lden tld ade d e motivos, dois sbows montados no
,e- l

não de propósitos, po- Teatro de Arena e Teatro Sini011e de Dt.u1u:vfr: i:ngttfluncnto


acolher a designação fe-

l
nômeno, uma vez que fo- l'ém, misturou t udo e a Jovem, Opinião e Rosa - DA nEAUV.OJR - A Dl!usA.o
ram marcantes, mais que coisa foi caindo progres- de Ouro, respectlvamen- ~1r opéla_ do.,Li~ e.stâ an.un•
o normal. sivamente. A ésse melo te. A música tradicional CIILl)d.O para t.sto ano A, USUI\•
Chegou a Era da Tele- tempo, no entall.to, for- estava, pois, de pé outra dl.\ edlçAó <le o, Mandarln,, com
visão. Durante alguns maram-se várJos clubes vez . E um Jenõmeno que Simone. de Benuvofr oonqul-
de fãs do rock, espalha- curioso pode sei· mostra- tou o PJ'l?mlo Ooncoo~. ntóm de
anos, !oi objeto de luxo, ram--se toto!P"afias de EI- do: enquanto a bossa no-
urna peçá teat.rol d& mesma. all,
inacessível à classe mé- ,tora - A$ Bôca!l lnót.dt -;
dia, q_ue ainda dependia vis etc. · va estava se mantendo ,pouco ·conhecida d05 l e1torts.
Por volta de 1961 .os num bom lugar eon~ui$- .N'e:ã,m. peça. Simone levanta o
do t·ádlo como instru- ll)roõltma: do lndlv'iduo na &o•
mento de diversão. Bom artlstas C e 11 Campeio, lado, a música trad1cio- ciedadc o o que esta. pode ext,
que se ·consigne o dJsco Tonl Campeio, Sé r g I o nal ocupava as páginas gir dêle sem que o d ~l an!z.e.
como oittro veículo, espe• Murllo e outros começa- dos jornais através dos Em 011 M.i111d1~rin.-, Slmono con ..
ram a dar formas mais seus l'ep1·esentantes 1egi• b .. eôm otlglno.Udl\de o frtm,
claltnente o 78 rpm - fe- amplas a. um movimen- timos. B a . música jo- qUtll\ A , rnJetórlo. de tnt eJec.
lizmente ultrapassado. to de pôr em evidência a vem? Onde estava? Tra- tu11.is em face do., do.14 iµ-andes
conflitos mundiais que 1»loca,.
As nntura.is dificuldades ml1sica · dos jovens. Mo- balhava anõntmãrnente, .. 1·am o homem mOderno clittnt.o
de divulgação, a que nos vlmento que se arrastou, talve;. ,O certo é que os de um n terrível opç4o: o nthen ..
1·eportamos ligeiramente, mas não cieu para p~rar 1."apaz.es gravavam seus 1ne1\to ou o e'nstJamtnto. Si-
impediam que tivésse- com a eniáse i!e hoJe. discos (A CBS registra o mone de Benuvo1r oomo Je,111-
Paul. Sar4rc 0P.ltl,l'j!»l pelo en-
mos na ordem da dia o Nessa época, o panora- maior lndlce no catálo- snJamel'lto.•/ ,..
quadro mundial, com re• .má. dó. música braslleira go) e os espalhavam J?O- ,-'
lação à música. mais mo- em nevoento, ou melhor, lo Pais, enquanto dlsc-Jó• •••
derna. Há mais ou menos embaraçado. Em- s ã:o gueis trabalhavam m1\. o.1- EOAMBRlS - Os prlme1-rt1s
cinco anos é que- se co- Paulo começava-se a dar slças Jovens em seus pro- IG tfü1fos éb !Wl cc1~ de 11;
meçou a. receber, até com assistência a um outro gramas de rádio, empre- TTOS ··d e b61so, ·a. Ed1unerb prt!-
certo exagêi·o, o matel'Jal movimento, impol'tantís- s á ri os e.mp\lrravam os lt.nd.e enftt,ror qult11.enalmuite
nec::essálio a fazer jorral' simo. o da bossa nova, . moços par a programas ât banco e •Uvnrl:u1. A cnle,çút>
h:chd a11fc.rts' cnntav~dO.$ da.
os então Já grandes fa- cujas raízes, opostamen- de televisão. O programa lltcraltlh pclJcl:il wn10 Afalha
tos mundiais, dos quais te, nasceram no Rio. Bvl- Hoje é Dia de Rock, do ChrJstfo. e Rii:.h:u d S. J>r.it11CJ',
! iJ:U1-ava em plano eleva- dentemente, o movlmen- Sr. Ja!r de Taumaturgo, mullo · CC111l1eclilt1& no Br.u ,ll;
d1ssimo o trabalho de EI- t.o ganhava consistência pode ser apontado como #1.H:m tl e t.utros l111-1dm~1te tm•
rw,rln1!u rn.:u,ini!:dilc11 ent.re n~.
vls Presley. Houve uma em meio a wna juventu- um dos primeiros re~on- «mo R~lll'rl .Sih't.rbcrc. ln/ln
ascensão da classe méd ia cle mais apurada, do pon- sávels pela divulgaçao do Lewis, Rlcl1:1rd Hardwlclt e
e ela. chegou aos recepto- to-de-vista m u slcaí. A ritmo Jovem . Tal foi a John C r eti.SC)',
res de televJsão, deixan.R música tradicional, ao insistência que, pouco a
do a subconclição de tele- contrário, estag11ara-se e pouco, a musica Jovem •• •
vizinl10 para ser um pro- não havia esbôço de rea- foi pegando. J)A S.\GJ\="" - A D1h.1Sito 'SU..
prietário do seu apare,. ç.ã o ante a bos.sa nova, ropéJa. do Uvro e.stit «im p6,'0
lho. Houve, também, q ue créscla lentamente. Outro Ca'tor da maior. llvl'o de PrançoLsc Sag:m na.,
uma certa aproximação Houvo no Rio muitas importância d e v e ·ser Uvrarln:;; A Chamad!'· 811, 11
manüest<1Ções favoráveis anotado.. A exemplo de ,mo.s 885A edltól'a. acoinpMhn
de classes - a média e oa PM10.'I de Sngan, no Ja.11911.r
a rica - , através, pl'in- ao que se convéncionou Elvis Presley, no irifcio, o aeu. Bom Dia. T rl!lna. Nc;.se
cipalmente, doo jovens chamar mais ta r d-e de coube a. outra figura - 1hTo mnla re-cent.e. a. auto:o.
ligados à música popular música popular modétifa, desta vez um conjunto c:mqul.\tn o :ieu eauto de E>.Sert-
devido à exploração co- - a responsabilidade de vct· e pttnde o in~uê.$$e cio t.!1-
nas suas váxias manifes- tor pelo dlàlo,go e a nttrraUva,
tações. Era. un1 Inicio, m e r c Ia I da expressão injetar nos Jovens brasl- ambo.s bem tro.b-nlhndos. Hô. um
, como bem asseveram os l1ossa nova, com adesão leiros a injeção· do entu- v\.-;!Vct progretSo na ttcntea. do
registros dos jornais nas de boa parte da Juventu- siasmo: os ínglêSI!$ The -n;m\!U\~, o que evldenel-1\. um
noticias de acontecim_cn, de, esta porém de Idade . Beatles. Os rapazes -ca- ffll'lglo de m:itur:i:!o.de l\l\ ei:cri-
tos musicais. As revistas
importaram a doença do
rnais segura, a pat·tlr doo
20 a11os.
beludos que chegaram .a'
1·eceber a consagração
fo r a m, na verdade. os
tcrn.
...
rock, através de reporta- Os 1itmos estrangeiros grandes respónsâvels pe- JB EM VERSOS - A Llvr:utn
gens e fotos. O cinema . começaram a ser impor- Ia sucessão de fatos que A$ir Edll.O~ (l.!&lnou cont.rnt.o
contribuiu bastante para tados a partir d,i. Elvls culminou na r ealidade pcfa 1\ publtcaçíio dn pi ç.o.- em
,·er!CI$ J. B.., de Archibald Me,
isso lançando Presley Presley, com o se viu, de hoje: a vitória da mú- L.;bh, um dcs mnb importan..
como ator-central de a1- Uma q uase coincidência slca da juventude, que tM poetas no1·te-amcrlc11,n~ Clil\
guns filmes e exJ>loran- marco~ o comê ç o da ganha agora, no Brasil, nwnUfnC!.e. Pnra. n. i:r1uh1ç!io
do a sua música, contu1•, I.:il ccnvldad.n-' o. iX)t.itlt:i. U Un.
grande fase da música uma nova dimensão, com c oelho 'Prol:.\ 1,. obr~ .serâ ln,
bada e contagiante. En- dos· jovens, como vere- o aparecimento de seu clufda na coleç!o T~a.lil'o Mo,
fim, estava pronto o ca- mos. Sem tecer comen- primeiro l(der de verda- demo, dlrlg:1d.n por Mar1t1 Cln,
minho para a exploração Mrios ou prestar m aio- de, Roberto Carlos, que, ra MAChado.
que só viria algum tempo res informações sôbre o longe de obscurecer os DA AM.tRICi\ LATI NA -
depois. Jl e r io do compreendido demais, deu a todos uma. AÍ1drew M:tr$hall,jornali.&l~
A fase Presley come• entre-1960 e 1064, busca- projeção m ui to maior, ):)rltân\eo o autor de ,ul1'1 U\'TG
çou a: se 'lnflltrar 110 Bra- remos logo os marcos que dando unidade ao movi- sQbr~ o .Bras.U rece._1\~em~n to
deram i n i e i o ao movi- monto que antes se sub- lançndo nas U~rtn.s da Grii.•
sil com razoável rapidez. Eretnnh-il, JA tostá pl9.neJ:indc>
mento avassalador, l10Je div1dla em manifestações o ~eu t;11'ólCtmo ~rubl)lho Jióbre
Outras influências do ci- totalmente integrado à isoladàs de intérpretes de 11. 11.mt'!itcn IA;U1ia. Em maio
nema, especialmente a juventude. Em 1064 hou- vá1ios gêneros que hoje e Junho. vl$llarà. vã.dos Sl{llv.,.\
dos atóres James Dean e ve fatos curiosos dentro se i ncluem no conjunto . dn. rcglll.o a. Ibn d~ r~u1úr
Marlon Brando, os 1iJ. da música brasileira. Fl- do ye-ye-yc. 111:i.térlnl para o. $egunda obrn,
que provâvt!mente SQ lnUw-
lar!l,. Cou11t.r1es of tbe l'btc.
o primeiro ih'ro de Ma r.shall.
nruU, Io\ t<UWldo peta Thn.,
mes nnd Hudson Ltd., dei Lon,
drt.s, e consUtui o. n\ti.ls :ro,
t-enUl edição f1. Sél'le intl~uln.-
DEPOIMENTO: dn ,Ne\\' N1uton.-i and Peop!~
Llbr."11')" que ,lá ~nta com
JOSÉ RAMOS TINHORÃO obta$ sõbre a Chtn11.. Ml\lro•
co.~ · No,·n Zt làndla (! :hídl~
Ctillco, nufor do 11Tro Mllsica Popul.nr, u rn T,ma Em Debate O.:lde1tt411.i.
Cc>m ~o pAe:hta.s, o lh'ro
O gêrnlro da m1islca . música dos g1-andes Mes- Qu.e m achar que a ob- (:01\l~m Cllpltulo.t t.ôb!'e 0$ M~
pt•.::l-0$ hUt.órlco, poHOeo, so-
pi,pular co-n/uléicw por tres. servação não é verdade/: clnl e cultw'fl.1 do ft!Í.'I, lnch1•
y e • y e• y e, atualmente lnd:l ainda cêrc!\ de 100 to--
O que acontece, na ver- ra procure observar em. togrnfla;s e \'t\rlo.s IU{IP,:..S. O
apontado com.o fenl5me- da<le, é qne o ye-ye-ye, sà- prim.e tro lugar,. como e t.rob11lho ~ ,•atorl~11,C10 por um
n.o de wbm,úslco. bafeja- 1nd.iee detlllhndo. blbHosra.fll\.
biamcnte oi-ientado para moçada filha. da classe e breve ~no blosrMl<l'I aQê-J'..
da pelo agrado lnterna- média paulistana bá.te ca de umll.., ,t.O ~s.MlM pt•eeml-
(Atender, no que se refe- nentf'IS no d t-.sc1w0Mmc.nlo di\
'1 _cional representa apenas
·u m momento 1ia evot-u--
re ao tema, ao gósto des-
vinculado de preco,wei-
palmas p a r a Roberto
Carlos 11.0 auditório da
natá·o,
...
ção cw ritme dos negros TV Record, durcinte o O :\JE.S:\10 TEMA - S(lb a
tos uterários das moder- dirn;~o de Jncem;i :Flnamour
1wrte-amcricatios, cont1, programa Jovem Guar-
nas geraç;;es populares e ll l!d.lf-Orl:11 nra.'lllleusa ~-aJ
,, n,tamente aproveito.do da, e, se não fica,· safü- lantnr ílt'Jltro de POllOQ,tl d1à.f
ila classe médict ( a ex- n. 'Slfll aule,;â o Amêrlc.i. J.A\11-
pelos compositores co- feito, proct1re r-itm.at cont nn: lt.callltade e Itonu1.net, filUC
p ressão "vá vara o infer-
merei.ais dos Estados Inclui os 11~-sulnlH ,•olun1~1
no", 'lfSada por Roberto palmas o· Calhan1bcque e, 0 °$:.>l\hm· Preddc-1He. de )ti,
Unidos em suas invcn.- logo em segnida, o Pisa s·uel Ani:cJ ,,~tni-bs (Gwafo.
Carlos, é 1n1dto significa- 11\ala), com prd Acl•> de Qlo
• ções periódicas de novas tiva), veio na parte do na Fulõ. Será fácil com- Marii, Cnrp~ux, .Pedro Pata•
modas musica.is. provar que, no fundo, o m o. de Jun.n R11lín (Mbleo);
r itmo preencher um.a la- lp.rcfllcll) 1le Xl!lson ,vc-rne-çk
No caso do twist, do Titmo é o mesmo. Sodrf.l Ten"tt Alheia. dt' f._du.
cu.na criada pela bossa aNln Co.liaUrro Caldt'n.m tCo-
qt1ai o ye-ye-ye é 1Lm crls-
nova. l õmbb'I) ; (prdil.til11 de Jur"em~
ta!lzado partlc11lar, já t assim que se e:xpUca Flnan1011r); O Inferno d11.~ Be.-
o sucesso do ye-ye-ye ;-m ~ ,unelms.. dt C:ull.llS Fn.11:u
agora com caráter pró- Os defel!SDreS do hibri- rcosfa Rte.1,); O cavo.lo e sua
prio, éle representa um. dismo bossa-11ovtsto, po• to d 1ttvent1,de modema & m brll, d e- EnrlQlHI A,norln,
(Un1i;-u.a.n: Oficina n.(> 1. de
dos tnellwre,, 111.omentos dem do,,· pt1los de metro dos prbwfpais centros )llcuel O"lero $U \·i, t\l'enc,;uc-
na montage1n de. ritmos ?Lrbanos brasfl.elros: vi- b ) ; O s~ uto de L\1ZC$ ~u 0-\
e meiq, mas a. verdade é P:!A$0S Perdld0$, de Ale,Jo C:tr,
\ lndt1strializados para o que, tira11do o sainba cul- vendo-se longe dos nú- l)tnU-r (Cuba) : A M'o rl~ de
largo consnmo da massa. cleos rurai.s, onde ainda At'lt into crur., tlt C..rl us J't.1•
tivado ape11as pelas ca- t11W f.\lê.xlro~ ; et-mtu' rlo de
E é fsso q1u, está conf1m- madas populares, em se cultivam as 1núsicas Cru;;es. de' ;(,id~ ltt(l\l l'.1)2, t'l
Cçmlos. A 1'lul-n, A JO\•l"n\ d~
di.ndo os p1·econceíl'uosos seus red1tto8 fech ados, o tradici.onais, e. impedindo Ouatrn.. d«- Ju:t n D~b (Ílfl•
criticos do ye,ye•ye, pai-(1 de 011,vtr o equival.ente r,üblk.1 Oc1:ol.nJcn11-;1); Picçôea,
yc-ye-ye é o ritmo de de Jor-,te LuiJ n or;;:,i (JX'C-'
os qurLi a boa música po- maior comu.nicaçâo con1 urba.no do ritmo impor- r,\elo ele ,\danbs Fl.lho): A
Am!}:"I-L\lh!ldft, de )faria Lul.!.l
pular seria a bossa nova, a. massa., desde a utiliza- tado, o. qt1e é que o pes- &mbr.l. 0 DcUt'!qllt'.ute. de )l••
/ por exemplo, da mesma ç.ão do bai ão roral pelo sooi à.a b_ossa nova quer nuc:I )laJu ( C hHe): ,\ C !d!14e,
<' O.\ Cites, éle Mirlo \l'a.tp!II
1 o rm. a que_, para os espertlssim.o proftssio11al que a turm.a aplauda e 1.lOSI' i Perul: O Sol. de Ilum-
cante? huto' cb :\l:it.'l tF,q1t1,dt>r) l 0
a-m antes da mrísica eru... Um,berto T efxtira, na. dé- Como um Potro. clt- .-\tt.
.Ml.'ll"' ~
dita_, a boa música é a cada de 40. O ye-ye--ye, é claro. tõnlo Arr11I~ ('\'enezuc1a) e
muJtus <1ulr'o8.

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