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05 - Apresentação
06 - Quem escreve
07 - Prefácio do Autor
Cotidiano
10 - JOCUM, a Cultura da Morte e a Ética da Vida
14 - César e Deus: o duelo continua
17 - Brasil: Terra de Samba, Futebol e... Halloween
21 - A voz de Katrina... um gemido para ser ouvido!
24 - A Celebração da Mediocridade
Politica
29 - Por Que Não Voto em Pastores?
35 - Em Busca de um Aiatolá Evangélico
39 - E agora, “profetas”?
45 - A Teocracia dos Manipuladores
Devocionais
49 - Tente Outra Vez...
52 - Sobre Pipas e Piões
56 - Sobre Misericórdias “Vencidas”
60 - Quando Deus diz: “Dá licença?”
64 - Os Santos Também Sujam os Pés no Caminho
68 - Os Insípidos Bonecos de Sal
72 - O Meu Isaque?
77 - Minha Mensagem de Natal
81 - Meu Salmo 139 – A Oração da Minha Vida
86 - Antes que caia o véu...
90 - A Síndrome de Vaga-lume
Poesia
95 - Caminhada
97 - Amor Ritmado
98 - Só...
99 - Tantos
101 - Eu e o Mar
103 - Aula na Praia
104 - Adultério Literário
106 - É Vento
Triste Retrato
108 - Um Sorvete pra Matar a Fome
112 - Ouçam a Voz do Bêbado!
116 - Scooby-Doo, a Igreja e o Baú de Olhos
121 - Panis et Circenses... et Cultus
125 - Os Três Porquinhos e a Teologia da Prosperidade!
130 - Halloween Evangélico - Doces ou Travessuras?
133 - Jesus não sabia de nada!
137 - Eparrei, Jeová!
Esperança
141 - Ainda Há Esperanças...
145 - Quando Eu Penso em Desistir...
151 - Eu ainda sonho com uma igreja...
Apresentação
Banco Do Brasil
Ag. 3652-8
C/C 42472-2
Valeu JOCUM,
Não tive como não lembrar das várias vozes “cristãs” que
atribuíam as tsunamis à “ira de Deus” sobre um povo pagão,
idólatra. Não há como esquecer os vários “bem-feitos” que ouvi
e li sobre a tragédia na Ásia. “Eles estão colhendo o que
plantaram!”; “Onde estão os deuses deles?”
Mas por que estou dizendo isso tudo? Só pra mostrar que
escrevo sobre coisas que já estão em mim há anos... e que
sempre mexeram comigo: política e religião.
Quem assiste ao horário político gratuito (coisa que
adoro assistir!) sempre vê as maiores aberrações... e muitas
delas em nome de Deus! E aí a coisa começa a complicar... são
vários “pastores”, “bispos”, “evangelistas”, e outros “servos de
Deus” usando de maneira acintosa e esculhambadora o nome do
nosso Senhor para simplesmente ganhar um votinho aqui e
outro ali.
(...)
Vamos à Bíblia...
E agora, profetas??
Sabe por que Deus diz isso? Porque Ele é FIEL! Glórias
pois a Ele!
Eu creio em milagres!
Essa santidade que anda por aí, que não abre espaço aos
pés sujos no caminho, essa eu não quero! Essa santidade do
“não toque”, “não prove”, “não mexa” ... é a santidade dos
fariseus. Paulo já dizia que essa santidade na verdade é falsa
humildade, culto de si mesmo! (Cl 2.20-23). Essa santidade
daqueles que querem ser mais santos do que Deus, daqueles
que dizem que é pecado aquilo que Deus nunca chamou de tal,
essa eu rejeito! A santidade dos “levitas”, dos “apóstolos”, dos
“semi-deuses”, dessa eu quero distância.
Foi ele mesmo (Cristo) quem disse: “Quem quiser vir após
mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-
me.” Seguir a Jesus implica em renúncia, em cruz. Significa
abrir mão dos meus desejos carnais que me afastam da
vontade do Pai, por mais doloroso que isso me possa parecer.
Renunciar a amores, desejos, coisas do nosso mais profundo
ser que nos fazem querer olhar pra trás.
Entregar algo que nos é caro sempre foi difícil. Dar algo
que, ao nosso entender, é tão bom, nos faz tão bem, nos enleva,
nos alegra e saber que isso nunca mais será nosso é mais difícil
ainda. Entregar então algo que é a nossa própria vida... quase
impossível.
Entregar algo que nos é caro sempre foi difícil. Dar algo
que, ao nosso entender, é tão bom, nos faz tão bem, nos enleva,
nos alegra e saber que isso nunca mais será nosso é mais difícil
ainda. Entregar então algo que é a nossa própria vida... quase
impossível.
Pra terminar...
Entregar algo que nos é caro sempre foi difícil. Dar algo
que, ao nosso entender, é tão bom, nos faz tão bem, nos enleva,
nos alegra e saber que isso nunca mais será nosso é mais difícil
ainda. Entregar então algo que é a nossa própria vida... quase
impossível.
Feliz Natal!
Meu Salmo 139 –
A Oração da Minha Vida
Foi assim...
Quando menos se esperava, a prova.
E tudo ficou meio cinza, nublado...
A vida vem em ondas como o mar,
já dizia Vinícius...
De repente, o inesperado...
Sai da tua terra... da tua parentela...
Lugares desconhecidos, mistérios...
Só a certeza de caminhar
sem saber pra onde, nem como...
Só uma certeza: com quem se vai!
É assim...
Quando a gente menos espera, o chamado.
E a vontade dEle clareia... é manhã...
O choro durou a noite toda... tristeza...
Mas olhando lá na frente... certeza
Qual certeza? Nenhuma... só a incerteza,
ela por si só... a dar medo!
Como ir assim, nessa incerteza
E na fé do incerto... mas na fé?!
Crendo contra a esperança...
Certeza, só da incerteza do caminho
mas da companhia certa
E isso faz toda a diferença...
Será assim...
Quando menos se esperar, o caminho.
E se abrirá, estreito, paciente
Esperando nossos passos... caminhada
E a certeza, qual será? Nenhuma ainda...
Só aguardará a fé que é da jornada
De se andar rumo ao tudo, mas sem nada
Nada que nos faça dar a volta
Retornar ao ponto de partida... não!
O caminho é para a frente... sem ter vista
Sem pesar o peso certo do cansaço
É certeza de encontrar no Seu abraço
O consolo que é preciso no caminho
A certeza da Sua mão sempre estendida
Como certo é Seu amor não escondido
Como é vero o Seu perdão não merecido
Como é viva a Sua vida em nossa vida.
Agora é caminhar...
Amor Ritmado
Tantos absurdos
Tanto ouvido surdo
À doce voz
Tantos falsos mestres
Orgulhos incontestes
A brilharem, sóis.
Deuses travestidos
De apóstolos ungidos
Sedução
Tanta fé frustrada
E no final da estrada
Decepção
Mas...
E um sonho me invadiu...
Sonho com uma igreja onde o pastor não é nada mais que
um irmão revestido por Deus de um DOM para o crescimento
da mesma. E desejo ser pastor um dia (1 Tm 3.1). Que eu
mesmo testemunhe contra mim um dia se não for um pastor
como o que sonho. Que haja fidelidade ao Deus que vocaciona e
capacita. Que haja humildade para reconhecer que toda a
capacidade vem dEle e não de mim mesmo (Rom 12.3). Que haja
coerência entre o falar e o viver (Mt 5.37). Que eu não me
torne pesado para os irmãos e, se for preciso, que aprenda a
“fazer tendas” (2 Co 11.9; At 18.3)
Sonho com uma igreja que tenha problemas, mas que
aprenda com eles (Rom 5.3-5). Que haja graça no lidar com os
que caem (Gl 6.1), sabendo que é pela graça que somos o que
somos, e que a graça nos nivela sob o sangue de Cristo. Que
ninguém seja “punido”de seus erros, mas corrigido com
brandura para que o nome de Cristo seja exaltado na
reedificação deste irmão (Tg 5.19-20). Sonho com uma igreja
que deixe de ser um tribunal para ser um hospital, onde os
feridos são cuidados com amor e que, por esse amor, aprendam
a amar e se firmem no Deus que é amor! (1 Jo 4.8).
Sonho com uma igreja em que o culto seja vivo, mas não
irracional (Rom 12.1). Uma igreja em que o culto seja tão suave
como uma melodia clássica, mas tão impactante como uma
marcha nupcial. Um ambiente onde quem já é salvo sinta-se em
família, de verdade, sem títulos (ninguém em casa chama um
irmão de “irmão” – irmãos se chamam pelo nome, ou apelidos
carinhosos, mas nunca por “títulos”). Onde quem não é salvo
queira conhecer a Deus simplesmente pela beleza do amor
demonstrado entre os que ali estão (At 2.47).