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A Depressão na Visão Metafísica

Postado por MIDELI GRACIA em 19 maio 2014 às 16:23Exibir blog

A depressão está sendo considerada e tratada como uma doença humana do mundo moderno,
quase uma epidemia, pois está presente na vida de ricos e pobres, de pessoas bem sucedidas
ou fracassadas, de pessoas bem ou mal nutridas sem uma lógica racional aparente. Na verdade
existe explicação para isso, mas ela não vem unicamente do domínio do paradigma materialista
da ciência médica psiquiátrica, e sim dos estudos metafísicos e das considerações espirituais
sobre a alma humana, que se encaixam perfeitamente sobre os resultados das mais recentes
pesquisas da neurociência sobre o cérebro e a mente.

O que é depressão?

Segundo a visão geral da medicina psiquiátrica, e salvo as exceções, a depressão é um distúrbio


afetivo de origem biológica e ambiental.

Numa publicação encontrada na internet, no site de um conceituado médico especializado em


psiquiatria pela USP e terapeuta junguiano*, encontramos a seguinte explicação: “A depressão
é uma doença, no sentido pleno da palavra, tão biológica quanto o diabete, a hipertensão ou
uma fratura. Muitas vezes é pior, por ser mortal, já que leva ao suicídio, ou incapacitante, já
que cronifica, tira o prazer das coisas, gera uma sensação de total falta de energia, profunda
tristeza e vazio”.

Este é um conceito limitado ao paradigma materialista, que desconsidera as questões


importantes relacionadas com a alma humana.

Vamos agora encarar a realidade metafísica da depressão, para compreender melhor também
os aspectos neurobiológicos e ambientais e quanto eles influenciam.

A metafísica é um ramo da ciência, com enfoque mais filosófico que científico, que estuda as
causas anteriores às manifestações físicas. Seus conceitos estão muito próximos da física
quântica. No âmbito das doenças, a metafísica estuda os movimentos da consciência através
das atitudes interiores que geram o efeito doença no corpo físico, levando em consideração
também as influencias do ambiente. A metafísica encara o corpo como um mecanismo da
manifestação da consciência e a alma como organizadora e estruturadora do corpo.
Na visão da metafísica, a depressão é encarada como um sinal de que estamos vivendo um
momento de intensa insatisfação e contrariedades com a nossa natureza interior. A depressão
é uma pressão do nosso ego racional sobre os desejos e aspirações da alma. Nossa alma indica
um caminho para mudar uma situação, para crescer, mas o ego através da mente racional
simplesmente nega a esse chamado da alma. Podemos assim dizer, que a depressão é uma
tristeza profunda e crônica resultante da negação das aspirações da alma. Qualquer que seja a
motivação embutida na depressão, a sua raiz principal e mais profunda está na alma humana
que não está sendo considerada nas escolhas e decisões relacionadas com a vida.

A insistência em ser aquilo que não somos e a persistência em fazer aquilo que não é da nossa
natureza faz com que nos sintamos tristes e frustrados, e a negação em dar atenção a esse
sentimento indicativo aprofunda a tristeza até se tornar uma pressão quase insuportável. Ao
persistir na negatividade mental e na tristeza, as emoções são afetadas e o cérebro
desencadeia processos bioquímicos no corpo, compatíveis com o estado da negatividade. Por
quanto mais tempo for a permanência nesse estado, mais crônica a situação se torna.

A depressão pode ser encarada como um sofrimento mental/emocional persistente, por


pressão – “sofrer de-pressão” – do ego sobre a alma. Quando o ego se torna o mais importante
guia dos desejos humanos, contrariando as verdadeiras aspirações da alma, o resultado é uma
profunda contrariedade de sentimentos e um conflito mental/emocional que vai murchando a
flor da vida na alma.

Podemos dizer, a partir dessas considerações, que depressão é uma doença da alma, ou, que
sua origem está na alma.

Daí se compreende porque pessoas que alcançaram o auge de suas realizações e do sucesso
também entram em depressão.

E as causas?

Embora a medicina psiquiátrica, de modo geral e salvo as exceções, descreva as causas da


depressão como sendo de múltiplas origens, mas dando enfoque principalmente a fatores
neuroquímicos e genéticos, portanto biológicos e físicos, e também a fatores ambientais, na
verdade isso tudo já está a meio caminho da depressão, ou seja, a causa é mais profunda e
anterior; está na alma. Os distúrbios neuroquímicos estão mais para efeitos multiplicadores do
que para causas originais da depressão. Vamos lembrar: a alma é a organizadora e
estruturadora do corpo, portanto, tudo o que se somatiza no corpo tem origem na alma.

Os distúrbios neurológicos, ou neuroquímicos, são resultantes das ações mentais e emocionais


negativas persistentes, pois o cérebro é o processador da consciência, da mente e das
emoções. Pode ser que essa tristeza profunda e crônica, que denominamos depressão, tenha
sua motivação num trauma do passado, ou numa frustração, ou qualquer outro evento
guardado com ressentimento e mágoa, na culpa e no remorso, mas esses são apenas
indicadores certos de que em algum momento houve um desvio na rota das aspirações da
alma.

As alterações neuroquímicas verificadas no cérebro de uma pessoa depressiva são os efeitos de


sua atitude interior negativa persistente, e não a causa da depressão. A depressão veio antes
que o cérebro a registrasse no âmbito físico do corpo. Mas a causa pode estar muito distante
da realidade atual da pessoa, por isso, de um modo geral são considerados fatores mais
próximos dessa realidade como sendo os seus causadores. Quando a causa considerada é física
e biológica, como uma disfunção neurológica com desequilíbrio nos neurotransmissores,
noradrenalina, dopamina e serotonina, ainda assim é preciso se considerar que isso foi
originado por uma consciência perturbada que habita esse corpo, e essa perturbação pode ter
suas raízes num passado muito distante em outra vida e trazida na alma.

São muitos os fatores que desencadeiam a depressão, mas qualquer que seja ele a raiz
principal está numa insatisfação com a vida. Uma frustração por um desejo não realizado, por
exemplo, pode ser motivo para uma pessoa se entristecer, mas o que a levará à depressão é
uma associação desse evento com a insatisfação que se encontra em um nível mais profundo
em sua alma, e a persistência no padrão da negatividade habitual.

Existem ainda fatores espirituais envolvidos na depressão, como motivadores ou


estimuladores, tais como a aproximação de um espírito desencarnado em sofrimento, ou
mesmo uma obsessão persistente, mas sempre com alguma associação ao modo como a
pessoa vive e expressa a sua natureza. A depressão infantil também pode ter como causa o
padrão depressivo trazido nas memórias de uma vida passada, ou seja, a causa está na alma
assim como em todos os casos.

Os estudos mais recentes apontam ser pouco provável que a depressão resulte puramente de
desequilíbrios químicos, exceto em raros casos de deficiências de vitaminas, acidente vascular
ou outros fatores debilitantes do organismo físico. Mas, mesmo assim ainda não seriam estas
as causas primárias e sim causas motivadoras secundárias. Depende muito da maneira como
cada um lida com as suas emoções diante das situações difíceis da vida, e isso está diretamente
relacionado ao grau de maturidade espiritual de cada um.

Enfim, são muitos os fatores desencadeadores da depressão, porém, a causa raiz na maior
parte das vezes está em algum tipo de insatisfação com a vida. E essa insatisfação resulta das
contrariedades com a natureza primordial e com as verdadeiras aspirações da alma, ou por
excessivo egoísmo. Uma pessoa feliz com a vida, madura e gratificada por tudo o que tem não
fica depressiva.

E a saída da depressão?

Existem muitas abordagens terapêuticas que podem ser aplicadas para a cura da depressão,
desde a da Psiquiatria, das várias linhas da Psicologia, e da Psicoterapia Holística que tem sua
própria abordagem, mais ampla, que estuda as causas metafísicas e espirituais além das
motivações físicas e ambientais.

A Psicoterapia Holística trabalha, a partir da compreensão metafísica e da espiritualidade


focada na alma humana, a modificação dos padrões mentais negativos condicionados e a
transformação da consciência para uma harmonização plena da natureza interior da pessoa
depressiva através do seu autoconhecimento, com orientações bem conduzidas, por técnicas
eficazes e florais.

Se a vontade da pessoa depressiva não for suficientemente forte para sair da depressão com
ajuda de psicoterapia e medicamentos alternativos, como florais, torna-se necessário combinar
a psicoterapia com medicação alopática, e aí entra a psiquiatria. Mas nunca somente
medicação, pois se a pessoa não recuperar o ânimo de viver, se não fizer a reconexão com a
sua alma, a depressão estará apenas sendo mascarada e a qualquer momento diante de nova
frustração ela pode retornar. É preciso alcançar uma compreensão mais profunda das razões de
se existir, senão fica difícil aceitar que a alma é algo tão importante no fluxo da vida.

Confiar que só os medicamentos psiquiátricos irão curar a depressão é ariscar perder uma vida.
No entanto há casos em que a medicação se faz necessária e sem ela a pessoa não consegue
raciocinar logicamente e positivamente para fazer as mudanças de mentalidade necessárias,
devido às deficiências no equilíbrio dos neurotransmissores. A cura definitiva da depressão
acontece com a mudança da atitude interior e a reconexão com a alma. É preciso unir as partes
em desarmonia e pacificar a alma, através de um corpo saudável e bem nutrido combinado
com atitudes mentais positivas que estimulam emoções saudáveis. O corpo é a última fronteira
da alma no âmbito da vida física, e tudo começa lá dentro, na alma, e se manifesta através dos
pensamentos, a mente, e das emoções que tocam o corpo físico através de sua matriz
energética no perispírito, o corpo etérico. A importância da boa e saudável atitude mental
positiva é vital para se viver em harmonia com a alma e suas aspirações. É a alma que expressa
no corpo e na vida as motivações que ensejam nossos sonhos e objetivos. Ela traz o programa
estabelecido para a nossa evolução na vida física.

Depressão se cura com o movimento da consciência na direção das aspirações da alma,


deixando de lado as ilusões do ego astuto e manipulador que ambiciona status, poder, riqueza,
em detrimento daquilo que preenche a alma com satisfação e felicidade. Status, poder e
riqueza são alcançáveis também pelos caminhos da alma, desde que estejam em seu programa
de vida.

O ego também é importante, porque senão ele não existiria, mas ele não pode ser o senhor da
vida. Ele é uma parte da alma projetado na personalidade, e sua finalidade é a de estimular a
identidade da personalidade para expressar seus talentos a serviço dela mesma. Ele é um
excelente servidor, servo da alma, mas quando dissociado dela reflete-se em ilusões. O ego é o
eu menor a serviço do Eu Superior, como um servo que serve a um senhor.

Se for o seu caso estar “curtindo uma depressão”, eu recomendo que não leve muito a sério o
que dizem a respeito dela, nem mesmo leve tão a sério a própria depressão, pois quanto mais
pensar nela mais se afundará nela. Não é uma questão de negligenciar, mas de diminuir a
importância e a energia aplicada nela. Lembre que energia segue o pensamento, então, cada
vez que pensar na sua depressão estará alimentando ela com mais energia e ela se vitalizará
cada vez mais. Abandone a ideia de que você é depressivo (a), isso é só um momento em sua
vida, aproveite ele para refletir sobre o quanto está longe de casa, de seu interior, afastado da
sua alma. Reflita sobre as contrariedades com a sua natureza interior e como está seguindo, ou
negligenciando, às suas verdadeiras aspirações da alma.

Joel Goldsmith foi um grande curador espiritual e dizia que as doenças não existem na nossa
natureza primordial e sim como resultado das desarmonias internas com essa natureza. Ele
ensinava que a cura acontece não pela intenção de curar-se da doença em si colocando o foco
na doença, mas ao contrário, por eliminar a ideia de doença da mente e simplesmente deixar-
se estar saudável sentindo-se parte da natureza primordial divina perfeita em todas as suas
dimensões. A mesma conclusão é encontrada nas pesquisas feitas hoje por médicos
conceituados como o Dr. Deepak Chopra, médico indiano radicado nos Estados Unidos, autor
de vários livros sobre saúde, espiritualidade e autoconhecimento.
A mente é o campo de atuação da consciência, ou, como muitos afirmam, ela própria é a
criadora de tudo. Se a mente está focada na depressão e na doença, grande parte da energia
vital vai para lá mantendo o estado depressivo e doentio. É claro que o sistema no qual está
inserida a medicina alopática e a psiquiatria tem outra visão, pois ele está organizado pelas leis
de mercado e não em favor do bem estar da vida do ser humano. Embora haja exceções no
âmbito dos profissionais médicos e psiquiatras, a diretriz geral do sistema indica para a
obtenção de lucro com as doenças, e os meios são justificativas para se alcançar os fins. O
sistema organizado pela indústria de medicamentos, que forma a base na qual a medicina e a
psiquiatria se desenvolveram no último século visa lucro com a doença, e nunca vai querer que
todos estejam saudáveis e sem depressão.

Você entrou no jogo e acredita na depressão e na doença como sendo parte da nossa natureza
primordial e da substância divina, como se Deus tivesse criado também a doença, a depressão
e todos os males humanos. Isso não é verdade. Tudo o que contraria a natureza primordial
perfeita caracteriza desvio de conduta perante as leis eternas. Toda doença é autodoença e
toda cura é autocura; os médicos, terapeutas e outros curadores são apenas estimuladores do
seu sistema interno de cura, seja através de procedimentos terapêuticos e medicamentos, seja
através da sua potencialização pela palavra estimulante. Muitas vezes você deve ter tomado
um comprimido placebo dado por seu médico e se curou sem saber que se tratava de pura
farinha sem nenhum princípio ativo. O que aconteceu? A palavra do médico associada com o
elemento físico do medicamento potencializou o seu sistema de autocura.

Lembro-me de um caso de uma cliente minha em terapia que sofria de crises agudas de renite
alérgica; um dia no trabalho teve uma dessas crises fortes, e sem olhar meteu a mão na bolsa
para pegar o comprimido habitual, só que em vez de pegar o comprimido da renite ela pegou
um anticoncepcional e tomou. Ela teve os mesmos sintomas colaterais do medicamento da
renite e o mesmo alívio, com o anticoncepcional. Será que anticoncepcional alivia os sintomas
da renite alérgica, ou foi o efeito autocura, placebo, que aconteceu potencializado pela crença
condicionada no medicamento?

Por que você não consegue então? É simples, você tem medo de confiar em sua natureza
primordial saudável, em si mesmo (a), em sua própria capacidade interior, porque não é mais
você quem está aí e sim um sistema sugerido pela sociedade. E o que é essa tal sociedade?
Nada mais que um conceito abstrato que nivela a todos pela média. Você se tornou uma
representação de um modelo aceito como real, mas que não passa de pura de ilusão. O
sistema é muito astuto e bem articulado para manter todo ser humano o mais inconsciente
possível de si através do medo provocado por “informações cientificamente comprovadas” a
respeito de doenças, epidemias e pandemias, para que assim cada indivíduo seja mais uma
peça produtiva, consumidora e lucrativa, uma utilidade inconsciente na sociedade. Você é só
isso? Você se contenta em ser uma utilidade?
Resumindo tudo em uma única frase: Depressão é abandono de si. Se você não consegue sair
da depressão sozinho (a) procure por uma ajuda terapêutica.

Importante

Este artigo é só uma reflexão particular sobre a natureza da depressão sob o ponto de vista
metafísico e da constituição da alma humana, sem pretensões maiores, escrito com base nas
experiências e observações pessoais.

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