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“Não são poucos os camaradas espanhóis que conhecem o movimento político italiano
da CasaPound, uma associação que ocupa edifícios abandonados para acolher famílias
italianas em situação de necessidade. Desde que o conheci admiro muito este
movimento, e como queria aprender mais sobre ele, decidi passar um mês em Roma,
onde colaborei com eles. Escrevo assim este artigo para compartilhar com os camaradas
espanhóis minha experiência ali e tudo que aprendi.
Sempre tinha bastante gente nesta ocupação, no mínimo umas dez pessoas, e se
dividiam em três turnos ao longo do dia. O primeiro turno é das 8 da manhã até às 4 da
tarde, o segundo turno é das 4 da tarde até a meia-noite e o terceiro da meia-noite até as
8 da manhã. Os turnos estavam indicados em um quadro onde as pessoas colocavam
seus nomes voluntariamente e, para falar a verdade, nunca faltavam nomes. Os
principais trabalhos que fazíamos ali eram preparar o edifício para as famílias, limpar,
pintar as paredes, carregar móveis e eletrodomésticos, instalação de água e eletricidade,
etc…
Sempre via rapazes bem jovens trabalhando em Val d’ala, entre 15 e 18 anos. Eram
todos bastante comprometidos e com muita vontade de trabalhar, apresentando-se como
voluntários para tudo. Além do compromisso havia bastante disciplina, os militantes
sempre eram muito atentos aos seus superiores em tudo. Uma vez tivemos que ficar
vigiando a rua pelas janelas, já que o ambiente no bairro estava um pouco tenso devido
aos antifascistas. Nos diziam que se os antifascistas gritassem para nós, nos insultassem
ou nos provocassem não devíamos fazer nada, só quando eles atacassem com algum
objeto poderíamos respondê-los com nosso pequeno “arsenal” de autodefesa
mencionado antes.
Me contaram que um dia um carro parou diante da casa e o condutor começou a insultá-
los. Os rapazes mais jovens começaram a jogar garrafas de vidro no carro, até que ele
foi embora. Depois disto o chefe da ocupação deu uma bronca nos rapazes, dizendo que
com esta atitude colocavam em perigo a ocupação e que estavam dando motivos para
que a polícia os desalojasse. O chefe mandou a cada um dos jovens fazer 50 flexões,
coisa que cumpriram rigorosamente. A estratégia dos antifascistas, desde o primeiro dia,
foi tentar criar um ambiente ruim no bairro para que os vizinhos reclamassem, atirando
fortes rojões de madrugada contra o edifício. Outro exemplo de disciplina que pude
presenciar ocorreu em uma noite na qual estava fazendo o turno noturno em Val d’ala.
Estávamos sentados no pátio do edifício trocando ideias, quando chegou um homem
mais alto, de uns 50 anos, que era um dos líderes da CasaPound. Ao chegar, disse a
cada um que nos colocássemos em distintas janelas para vigiar a rua, cobrindo os quatro
pisos. Os jovens obedeceram de acordo com as ordens. Estivemos toda a noite de
guarda vigiando a rua das janelas, e quando terminou nosso turno a maioria iria à escola
e à universidade diretamente, sem ter dormido nada durante toda a noite.
Ainda, não era aí o único lugar onde eu fazia ativismo, umas vezes fui com eles colar
cartazes por Roma. Nos juntávamos em um bom número de camaradas. Um grupo de
uns 10 foi para o centro de Roma, outro para o norte, outro para o leste e outro para o
sul, de acordo com a forma como tinham dividido a cidade para as seções do Blocco
Studentesco. A verdade é que na hora de colar cartazes são bastante perfeccionistas.
Tinham que estar todos os cartazes totalmente retos e perfeitamente alinhados. Se algum
era mal posto, o despregavam e voltavam a colar. Este processo era repetido quantas
vezes fosse necessário, até que os cartazes estivessem perfeitamente colocados. E aqui
também eram todos bastante jovens. Uma vez estivemos colando cartazes até às três e
meia da madrugada. E todos tendo que madrugar no dia seguinte para ir ao colégio ou
para o trabalho.
Depois de terminar meus turnos em Val d’ala, todas a noites me deixava ficar pelo Cutty
Sark, um bar que fica a uns 15 minutos da CasaPound. Neste bar também se fazem
turnos, onde os militantes de CasaPound trabalham de forma totalmente voluntária e
sem cobrar nada, já que todo o dinheiro que se arrecada no bar é para financiar as
atividades da CasaPound e o Blocco Studentesco. Ali passava quase todas minhas
noites falando com os camaradas italianos.
Muitas coisas das quais falamos eram de como se organizavam e de como tinham
chegado a tudo isso. Me diziam que tudo tinham conseguido veio pouco a pouco, com
trabalho e constância, mas sobretudo pouco a pouco. Me contaram que uma regra que
têm é que não fazem nenhuma ação se não sabem que vão vencer, que tudo o que fazem
é porque sabem que vão vencer. Em Roma eles têm algumas Universidades “tomadas”
onde fazem bastante ativismo os jovens do Blocco Studentesco, através do qual
conseguem atrair novos militantes. Existem várias universidades, como La Sapienza,
que não “tomaram”, mas me diziam que até que não tivessem um bom número de gente
nesta universidade e até que não tivessem tudo bem planejado, não tentariam dar uma
de fortes e apresentar-se às eleições estudantis. Como disse antes, só atuam quando
sabem que vão vencer. Por exemplo, comentavam que a ocupação com fins
habitacionais de Val d’ala, há dois anos não seria possível de manter, mas agora sim,
tinham gente o suficiente para os turnos de guarda e os trabalhos de acondicionamento.
Também me contaram o porquê do símbolo do Blocco Studendestco ser um raio. O
tomaram de Oswald Mosley e da União Britânica de Fascistas. Por que o raio? Pela sua
forma de atuar na política. Cada ação política era como um raio, todos juntos, unidos,
com muita força em um só ponto. Também perguntei a eles o que achavam da cruz celta
e porque não a utilizavam. Me disseram que é um símbolo que respeitam totalmente,
mas que não a usam já que fizeram uma renovação de sua imagem. Uma renovação de
seus símbolos e na sua estética, para ter mais facilidades na hora de levar sua mensagem
à gente comum da rua. Os únicos símbolos que utilizam são a bandeira da CasaPound, a
bandeira do Blocco Studentesco e a bandeira da Itália. E na estética, não vi ninguém
com estética skin, todos se vestiam normalmente, com suas camisetas e blusas do ZZA,
CasaPound e do Blocco, e outras seções de ativismo em torno da CasaPound, até
porque Roma tampouco é uma cidade onde predominem as “subculturas urbanas”.
No meio da minha estada ali, organizaram o festival de “La Tana delle Tigre”, onde me
encontrei com camaradas de Madrid, com os camaradas não conformes de Sevilha e a
Rata Negra Scooter Club, e Zona Cero Castellón, a quem mando um salve aqui. Nestes
dias houve uma competição de artes marciais, um concurso de arte de rua, o lançamento
de um livro, barracas de material político e apresentações musicais. Tudo isto se levou a
cabo na Área 19, uma antiga estação de trem abandonada que ocuparam para fazer
eventos e para onde levam o pub Cutty Sark no verão, por fazer muito calor. Este
festival terminou no sábado de noite com as apresentações de SottoFasciaSemplice,
ZetaZeroAlfa, SPQR e Ultima Frontiera, entre outros. A organização foi excelente
durante todo o festival, que inclusive tinha mães com seus carrinhos e bebês com toda a
tranquilidade do mundo.
Uma semana antes de minha volta à Espanha ocorreu algo que desagradou a todos. A
Junta Municipal do Distrito queria desalojar Val d’ala já que segundo eles era um
perigo para o bairro devido aos possíveis enfrentamentos com os antifascistas. Durante
minha estada ali não houve nenhum, porém dias antes de eu chegar tinha aparecido uma
centena de antifascistas diante da ocupação, e, além disso, eles realizaram várias
manifestações não autorizadas em diferentes dias, bloqueando a rua principal. Apesar
disso, chegaram a um acordo com o governo. Abandonaram o edifício em troca de que a
administração municipal desse lugares para viver às trinta famílias italianas que iam
acolher ali. Deixaram o prédio, mas conseguiram dar um lar a trinta famílias italianas
em situação de grave necessidade. Os antifascistas, em teoria, segundo a decisão da
Junta de Distrito, também iam perder um local que tinham ocupado em fevereiro
passado.
Este foi o meu resumo sobre minha estadia em Roma e minha colaboração com este
movimento político. Espero que tenham gostado de meu artigo, com o qual quis
compartilhar minha experiência com vocês, e os tenha dado uma pequena ideia de como
trabalham nossos camaradas italianos.”
Fonte: http://www.tribunadeeuropa.com/?p=7847
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Início
De antemão, cumpre ressaltar que o ódio aos bolcheviques é algo que deve,
primordialmente, ser analisado e, secundariamente, correlacionar os pontos em que o
bolchevismo causa prejuízo ao fascismo. Sob essa perspectiva, também seguirão pontos
em que Mussolini se entregou ao bolchevismo e aplicou algumas de suas teses ao
Estado Italiano, bem como à Repubblica Sociale Italiana, sob o espectro de reformas
sociais. Mussolini, sem dúvidas, a figura mais ressaltada dos primeiros trinta anos do
século passado, era também admirado por figuras do bolchevismo, como Lenin, Stalin e
Niccola Bombacci (fundador do PCI – Partido Comunista Italiano).
Para iniciar o estudo, cumpre ressaltar que a figura do Duce Mussolini esteve ligada à
figura de um “novo César”, que resgataria o Estado Italiano e daria a esse o lugar o qual
se acreditava merecer.
No tangente aos americanos, foram as questões raciais que deram início na reprovação
de figuras norte americanas em relação ao Duce da Itália. Durante dezesseis anos, o
Duce foi venerado pela comunidade norte americana, tendo seus expoentes naquele
País. De início, ironicamente, o fascismo era desprezado pelo coletivo Klux Klux Klan.
Tal desprezo se dava ao fato de a política fascista ser oriunda do socialismo e de
fascistas norte americanos serem imigrantes (genuinamente falando).
O famoso New York Times, em tom de admiração, chegou a publicar que “Mussolini
era o Roosevelt latino que primeiro age e depois procura saber se é legal. Ele tem sido
uma grande ajuda para a Itália”. O exposto foi escrito por Isaac Marcosson.
A Legião Americana foi fundada no mesmo ano em que Mussolini chegou ao poder.
Em seus primórdios buscou inspiração no movimento fascista italiano com a declaração
de seu líder: “Não se esqueçam de que os militantes do Partido Fascista são para a Itália
o que a Legião Americana é para os americanos”.
No ano seguinte, o diretor do Literary Digest fez a seguinte pergunta para a opinião
pública: “Existe escassez de grandes homens?”. O nome mais citado foi o nome de
Benito Mussolini, seguido de Vladimir Lenin. Também partiu da imprensa americana,
em um livro de autoria conjunta de Albert Einstein, a dedicatória final ao Duce. A
dedicatória continha as seguintes palavras: “Para Benito Mussolini, de um velho que
saúda o governante, o Herói da Cultura.”
O fascismo certamente tinha seus críticos nas décadas de 1920 e 1930. Ernest
Hemingway era cético em relação a Mussolini desde o princípio. Henry Miller não
gostava do programa fascista, mas olhava à força do Duce com simpatia.
Vale ressaltar que a extrema-esquerda não se manifestou a respeito do fascismo durante
boa parte de seu programa.
Para o Cristianismo, a figura do Duce é um cheque em branco. Mas vale mencionar que
o mesmo era ateu e durante sua militância política pelo socialismo revolucionário,
combateu o catolicismo de certa maneira. Cumpre também mencionar que o Duce,
apesar de ter dado total autonomia ao Vaticano, afirmou, em sua prematuridade política,
que Deus estava morto. Em outra passagem, vale lembrar que Mussolini não obedecia
aos sacerdotes e professores religiosos. Outrossim, há a figura do Estado Fascista, que
concedeu espaço para o Cristianismo. Há uma declaração do mesmo onde diz que a
religião cristã deveria ser a religião oficial do povo italiano. Também é de suma
importância colecionar informações de relatos de figuras religiosas sobre o Duce. O
Padre Pio, em uma declaração sobre o Duce, disse: “Mussolini, quando morrer, andará
no paraíso.” Em outra ocasião, em uma situação onde atentaram contra a vida do Duce,
ressaltou: “Oremos por ele, porque sua vida está em perigo.”. Outra figura imensurável
que fez menções a respeito do Duce, é o Padre Pio XII, que ressaltou: “O maior homem
que eu conheci.”. O Cardial Idelfonso Schuster também expôs seu conceito acerca de
Mussolini com a seguinte declaração: “Nunca como antes (depois da morte de cesar) a
divina providência , envio Otaviano. Assim também em Italia surge o homem
providencial , o genial,o que salvo o estado, fundo o emprego e deu à consciência
italiana a mais perfeita união nacional.”.
Sabe-se que um dos maiores homens políticos da história era aficionado declarado de
Benito Mussolini. O nome desse homem é Mahatma Ghandi. Ghandi classificava
Mussolini como um grande homem, forte, estadista e dedicado ao seu povo de corpo e
alma.
Para concluir o exposto sobre o que a figura do Duce representava para os intelectuais e
figuras do século passado, cumpre mencionar sobre a aluvião de ideais socialistas
presentes no Duce. Mussolini, para o socialismo, era um guerreiro nessa cruzada, e seu
fascismo, um grande salto na experimentação dessa doutrina que ele criou através das
mesmas bases em que Lenin e Trotsky criaram as duas. Mussolini afirmava que se o
século precedente havia sido o século do capitalismo, esse seria o do fascismo.
Lenin tinha um certo aprecio pelo Duce. Stalin o respeitava – apesar de ter dito que
contra o fascismo utiliza-se a violência. Churcill também simpatizava. Getúlio Vargas,
Hitler, Franco, Plínio Salgado, José Antonio Primo de Rivera, Ramiro Ledesma Ramos,
Corneliu Codreanu, Perón e outros tantos nomes, dentre eles, o do pacifista e inclícito
homem, Mahatma Ghandi, viam o Duce com olhos simpáticos, fazendo declarações,
utilizando parte de seus pensamentos e apoiando em alguns casos.
Por fim, cumpre ressaltar a frase que mais soava na Itália fascista. Em função de um
grande pragmatismo, caráter, ambiguidade e polêmicas, nos cumpre gritar juntos mais
uma vez aquela pequena e curta frase: “SALUTO AO DUCE!”.
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Desta forma, com este exemplo de camaradagem e combatividade por parte dos
integralistas de 1936 em mente, lembremos sempre que a hispanidade uniu e une todos
os militantes de terceira posição aqui na América do Sul e na Península Ibérica.