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“Um mês de militância em Roma”

Publicado em 07/11/2013 por Pax Brasiliana

Publicamos aqui no blog a inédita tradução em português sobre a experiência de um


camarada espanhol que passou um mês militando na CasaPound de Roma.

Escrito por Camarada Fanático e traduzido por Conde de Olivares.

“Não são poucos os camaradas espanhóis que conhecem o movimento político italiano
da CasaPound, uma associação que ocupa edifícios abandonados para acolher famílias
italianas em situação de necessidade. Desde que o conheci admiro muito este
movimento, e como queria aprender mais sobre ele, decidi passar um mês em Roma,
onde colaborei com eles. Escrevo assim este artigo para compartilhar com os camaradas
espanhóis minha experiência ali e tudo que aprendi.

Cheguei a Roma no dia 2 de Maio pela manhã. Na estação Termini me esperava um


camarada espanhol que está de Erasmus* em Roma e que também colabora com esta
organização. Foi ele quem me ajudou a integrar-me com o pessoal nos primeiros dias,
coisa que agradeço bastante, já que quando cheguei meus conhecimentos de italiano
eram bastante limitados.

Em Roma, a maior parte do tempo eu passava em Val d’ala, 200, um edifício de


oficinas abandonado, localizado em um bairro trabalhador com forte presença
antifascista, que foi ocupado um mês antes da minha chegada e no qual pretendiam
alojar trinta famílias italianas. Era um edifício bastante espaçoso, de quatro andares, e
acima deles um terraço bastante grande. Tanto no terraço como em cada janela havia
numerosos objetos para se defender de possíveis ataques da extrema-esquerda, como
garrafas de vidro, pregos, tijolos, estilingues, bolas de gude, porcas, etc…

Sempre tinha bastante gente nesta ocupação, no mínimo umas dez pessoas, e se
dividiam em três turnos ao longo do dia. O primeiro turno é das 8 da manhã até às 4 da
tarde, o segundo turno é das 4 da tarde até a meia-noite e o terceiro da meia-noite até as
8 da manhã. Os turnos estavam indicados em um quadro onde as pessoas colocavam
seus nomes voluntariamente e, para falar a verdade, nunca faltavam nomes. Os
principais trabalhos que fazíamos ali eram preparar o edifício para as famílias, limpar,
pintar as paredes, carregar móveis e eletrodomésticos, instalação de água e eletricidade,
etc…

Sempre via rapazes bem jovens trabalhando em Val d’ala, entre 15 e 18 anos. Eram
todos bastante comprometidos e com muita vontade de trabalhar, apresentando-se como
voluntários para tudo. Além do compromisso havia bastante disciplina, os militantes
sempre eram muito atentos aos seus superiores em tudo. Uma vez tivemos que ficar
vigiando a rua pelas janelas, já que o ambiente no bairro estava um pouco tenso devido
aos antifascistas. Nos diziam que se os antifascistas gritassem para nós, nos insultassem
ou nos provocassem não devíamos fazer nada, só quando eles atacassem com algum
objeto poderíamos respondê-los com nosso pequeno “arsenal” de autodefesa
mencionado antes.
Me contaram que um dia um carro parou diante da casa e o condutor começou a insultá-
los. Os rapazes mais jovens começaram a jogar garrafas de vidro no carro, até que ele
foi embora. Depois disto o chefe da ocupação deu uma bronca nos rapazes, dizendo que
com esta atitude colocavam em perigo a ocupação e que estavam dando motivos para
que a polícia os desalojasse. O chefe mandou a cada um dos jovens fazer 50 flexões,
coisa que cumpriram rigorosamente. A estratégia dos antifascistas, desde o primeiro dia,
foi tentar criar um ambiente ruim no bairro para que os vizinhos reclamassem, atirando
fortes rojões de madrugada contra o edifício. Outro exemplo de disciplina que pude
presenciar ocorreu em uma noite na qual estava fazendo o turno noturno em Val d’ala.
Estávamos sentados no pátio do edifício trocando ideias, quando chegou um homem
mais alto, de uns 50 anos, que era um dos líderes da CasaPound. Ao chegar, disse a
cada um que nos colocássemos em distintas janelas para vigiar a rua, cobrindo os quatro
pisos. Os jovens obedeceram de acordo com as ordens. Estivemos toda a noite de
guarda vigiando a rua das janelas, e quando terminou nosso turno a maioria iria à escola
e à universidade diretamente, sem ter dormido nada durante toda a noite.

Ainda, não era aí o único lugar onde eu fazia ativismo, umas vezes fui com eles colar
cartazes por Roma. Nos juntávamos em um bom número de camaradas. Um grupo de
uns 10 foi para o centro de Roma, outro para o norte, outro para o leste e outro para o
sul, de acordo com a forma como tinham dividido a cidade para as seções do Blocco
Studentesco. A verdade é que na hora de colar cartazes são bastante perfeccionistas.
Tinham que estar todos os cartazes totalmente retos e perfeitamente alinhados. Se algum
era mal posto, o despregavam e voltavam a colar. Este processo era repetido quantas
vezes fosse necessário, até que os cartazes estivessem perfeitamente colocados. E aqui
também eram todos bastante jovens. Uma vez estivemos colando cartazes até às três e
meia da madrugada. E todos tendo que madrugar no dia seguinte para ir ao colégio ou
para o trabalho.

Depois de terminar meus turnos em Val d’ala, todas a noites me deixava ficar pelo Cutty
Sark, um bar que fica a uns 15 minutos da CasaPound. Neste bar também se fazem
turnos, onde os militantes de CasaPound trabalham de forma totalmente voluntária e
sem cobrar nada, já que todo o dinheiro que se arrecada no bar é para financiar as
atividades da CasaPound e o Blocco Studentesco. Ali passava quase todas minhas
noites falando com os camaradas italianos.

Muitas coisas das quais falamos eram de como se organizavam e de como tinham
chegado a tudo isso. Me diziam que tudo tinham conseguido veio pouco a pouco, com
trabalho e constância, mas sobretudo pouco a pouco. Me contaram que uma regra que
têm é que não fazem nenhuma ação se não sabem que vão vencer, que tudo o que fazem
é porque sabem que vão vencer. Em Roma eles têm algumas Universidades “tomadas”
onde fazem bastante ativismo os jovens do Blocco Studentesco, através do qual
conseguem atrair novos militantes. Existem várias universidades, como La Sapienza,
que não “tomaram”, mas me diziam que até que não tivessem um bom número de gente
nesta universidade e até que não tivessem tudo bem planejado, não tentariam dar uma
de fortes e apresentar-se às eleições estudantis. Como disse antes, só atuam quando
sabem que vão vencer. Por exemplo, comentavam que a ocupação com fins
habitacionais de Val d’ala, há dois anos não seria possível de manter, mas agora sim,
tinham gente o suficiente para os turnos de guarda e os trabalhos de acondicionamento.
Também me contaram o porquê do símbolo do Blocco Studendestco ser um raio. O
tomaram de Oswald Mosley e da União Britânica de Fascistas. Por que o raio? Pela sua
forma de atuar na política. Cada ação política era como um raio, todos juntos, unidos,
com muita força em um só ponto. Também perguntei a eles o que achavam da cruz celta
e porque não a utilizavam. Me disseram que é um símbolo que respeitam totalmente,
mas que não a usam já que fizeram uma renovação de sua imagem. Uma renovação de
seus símbolos e na sua estética, para ter mais facilidades na hora de levar sua mensagem
à gente comum da rua. Os únicos símbolos que utilizam são a bandeira da CasaPound, a
bandeira do Blocco Studentesco e a bandeira da Itália. E na estética, não vi ninguém
com estética skin, todos se vestiam normalmente, com suas camisetas e blusas do ZZA,
CasaPound e do Blocco, e outras seções de ativismo em torno da CasaPound, até
porque Roma tampouco é uma cidade onde predominem as “subculturas urbanas”.

Também me estiveram falando que existem camaradas de diferentes lugares da Europa


que criticam CasaPound, sobretudo pela sua última viagem de ajuda humanitária ao
Quênia. A estas críticas respondiam dizendo que esta é outra forma de lutar contra a
imigração, ajudando os países de origem dos imigrantes para que não tenham a
necessidade de emigrar a outros países, ainda que o próximo na lista de ajuda sejam os
garotos brancos de Pretória, na África do Sul. Eles são anti-imigração, mas não enfocam
tal questão a partir do ponto de vista xenofóbico de ódio ao imigrante, mas sim de um
ponto de vista de que a imigração é má tanto para os imigrantes quantos àqueles que
recebem a imigração. Um de seus lemas é “0% Racismo, 100% Identidade”.

No meio da minha estada ali, organizaram o festival de “La Tana delle Tigre”, onde me
encontrei com camaradas de Madrid, com os camaradas não conformes de Sevilha e a
Rata Negra Scooter Club, e Zona Cero Castellón, a quem mando um salve aqui. Nestes
dias houve uma competição de artes marciais, um concurso de arte de rua, o lançamento
de um livro, barracas de material político e apresentações musicais. Tudo isto se levou a
cabo na Área 19, uma antiga estação de trem abandonada que ocuparam para fazer
eventos e para onde levam o pub Cutty Sark no verão, por fazer muito calor. Este
festival terminou no sábado de noite com as apresentações de SottoFasciaSemplice,
ZetaZeroAlfa, SPQR e Ultima Frontiera, entre outros. A organização foi excelente
durante todo o festival, que inclusive tinha mães com seus carrinhos e bebês com toda a
tranquilidade do mundo.

Desgraçadamente, dias depois do concerto aconteceu algo que comoveu a todos. Um


jovem camarada da CasaPound sofreu um acidente de moto que o fez ficar vários dias
em coma até que faleceu. Foi uma notícia que nos entristeceu bastante a todos. Dias
depois de sua morte, nos reunimos todos no Cutty Sark para brindar em sua honra, foi o
dia em que o Cutty Sark estava mais cheio. Andrea Antonini, vice-presidente da
CasaPound, e Francesco Polacchi, responsável pelo Blocco Studentesco, disseram
algumas palavras recordando-o para finalmente brindar em sua honra. Uma cerimônia
bastante emotiva.

Uma semana antes de minha volta à Espanha ocorreu algo que desagradou a todos. A
Junta Municipal do Distrito queria desalojar Val d’ala já que segundo eles era um
perigo para o bairro devido aos possíveis enfrentamentos com os antifascistas. Durante
minha estada ali não houve nenhum, porém dias antes de eu chegar tinha aparecido uma
centena de antifascistas diante da ocupação, e, além disso, eles realizaram várias
manifestações não autorizadas em diferentes dias, bloqueando a rua principal. Apesar
disso, chegaram a um acordo com o governo. Abandonaram o edifício em troca de que a
administração municipal desse lugares para viver às trinta famílias italianas que iam
acolher ali. Deixaram o prédio, mas conseguiram dar um lar a trinta famílias italianas
em situação de grave necessidade. Os antifascistas, em teoria, segundo a decisão da
Junta de Distrito, também iam perder um local que tinham ocupado em fevereiro
passado.

Este foi o meu resumo sobre minha estadia em Roma e minha colaboração com este
movimento político. Espero que tenham gostado de meu artigo, com o qual quis
compartilhar minha experiência com vocês, e os tenha dado uma pequena ideia de como
trabalham nossos camaradas italianos.”

*Erasmus é o nome de um programa de intercâmbio entre países membros da UE.

Fonte: http://www.tribunadeeuropa.com/?p=7847

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O que representava Mussolini para as mais diversas


camadas ideológicas?
Publicado em 08/06/2013 por Pax Brasiliana
Benito Mussolini, o criador do Partido Nacional Fascista e maior expoente do Fascismo.

Por Clemente A. Pavolini

É de razoável entendimento que um verdadeiro fascista tenha o espírito voltado para o


sentimento “antiamericanista”. Depois das incursões norte-americanas na Repubblica
Sociale Italiana e futuras menções falsas a respeito do Estado Fascista em “latu sensu”,
não é raro o fato de um fascista detestar aos Estados Unidos e a Israel mais do que aos
próprios bolcheviques.

De antemão, cumpre ressaltar que o ódio aos bolcheviques é algo que deve,
primordialmente, ser analisado e, secundariamente, correlacionar os pontos em que o
bolchevismo causa prejuízo ao fascismo. Sob essa perspectiva, também seguirão pontos
em que Mussolini se entregou ao bolchevismo e aplicou algumas de suas teses ao
Estado Italiano, bem como à Repubblica Sociale Italiana, sob o espectro de reformas
sociais. Mussolini, sem dúvidas, a figura mais ressaltada dos primeiros trinta anos do
século passado, era também admirado por figuras do bolchevismo, como Lenin, Stalin e
Niccola Bombacci (fundador do PCI – Partido Comunista Italiano).

Para iniciar o estudo, cumpre ressaltar que a figura do Duce Mussolini esteve ligada à
figura de um “novo César”, que resgataria o Estado Italiano e daria a esse o lugar o qual
se acreditava merecer.

O primeiro ponto a ser estudado é o ponto do antissemitismo. Começar a estudar o


fascismo pelas perseguições aos judeus, é a mesma coisa que assistir a um filme pela
última parte. É comum para os leigos ou àqueles que preferem resumos à estudos.
Mussolini era apoiado pelo principal Rabi de Roma e por expressa maioria da parcela
judaica residente na Itália (bem como da comunidade judaica mundial). Inclusive, não é
demais ressaltar, os judeus estavam inseridos na política fascista italiana. Há relatos de
judeus nas origens do movimento fascista, em 1919, até a expulsão dos mesmos em
1938.
Importante é a notificação de que durante dezesseis anos, o fascismo não inseriu
políticas raciais em sua doutrina ou estatutos. As políticas raciais foram surgir apenas
em 1938 e foi recusada por boa parte dos ideólogos e políticos fascistas.

No tangente aos americanos, foram as questões raciais que deram início na reprovação
de figuras norte americanas em relação ao Duce da Itália. Durante dezesseis anos, o
Duce foi venerado pela comunidade norte americana, tendo seus expoentes naquele
País. De início, ironicamente, o fascismo era desprezado pelo coletivo Klux Klux Klan.
Tal desprezo se dava ao fato de a política fascista ser oriunda do socialismo e de
fascistas norte americanos serem imigrantes (genuinamente falando).

A coletividade norte americana passou, na verdade, a desprezar o fascismo, em 1934,


devido à incursão fascista na Etiópia. Porém, boa parte da mídia norte americana
manteve-se inerte sobre o tema. O Chicago Tribune inicialmente apoiou a invasão.
Outros meios de comunicação afirmaram ser hipocrisia condená-lo. O New Republic
disse que seria equivocado condenar a Mussolini, pois o culpado de tudo era o
capitalismo internacional.

O poeta americano Wallace Stevens, por exemplo, manteve-se favorável ao fascismo,


chegando a afirmar “Eu sou pró Mussolini, pessoalmente.”. A imagem de Mussolini
continuava intacta.

O famoso New York Times, em tom de admiração, chegou a publicar que “Mussolini
era o Roosevelt latino que primeiro age e depois procura saber se é legal. Ele tem sido
uma grande ajuda para a Itália”. O exposto foi escrito por Isaac Marcosson.
A Legião Americana foi fundada no mesmo ano em que Mussolini chegou ao poder.
Em seus primórdios buscou inspiração no movimento fascista italiano com a declaração
de seu líder: “Não se esqueçam de que os militantes do Partido Fascista são para a Itália
o que a Legião Americana é para os americanos”.

No ano de 1926, o humorista americano Will Rogers visitou a Itália e encontrou o


próprio Duce. Após conversa e alguns elogios, concluiu: “O governo ditatorial é o
melhor governo, desde que tenha o ditador correto”.

No ano seguinte, o diretor do Literary Digest fez a seguinte pergunta para a opinião
pública: “Existe escassez de grandes homens?”. O nome mais citado foi o nome de
Benito Mussolini, seguido de Vladimir Lenin. Também partiu da imprensa americana,
em um livro de autoria conjunta de Albert Einstein, a dedicatória final ao Duce. A
dedicatória continha as seguintes palavras: “Para Benito Mussolini, de um velho que
saúda o governante, o Herói da Cultura.”

Talvez nenhuma comunidade ou instituição norte americana tenha se incomodado com


o fascismo. Mas, inequivocadamente, nenhuma outra instituição foi tão pró Mussolini
quanto a Universidade de Columbia. Em 1926, ela criou um centro de estudos da
cultura italiana e um centro de palestras sobre os temas políticos da mesma. Era a
genuína casa do fascismo na América e uma escola para os ideólogos fascistas que
despontavam. Segundo John Patrick Diggins, o próprio Duce colaborara com a doação
de móveis para a casa.
Em outra passagem, o presidente do U.S Seel chamou o ditador italiano de “o maior
homem vivo” do mundo.
Os próprios magnatas de Hollywood promoveram a imagem do Duce. Tal promoção foi
dada na produção de um filme o qual o Duce participou – carece de fontes. No filme, o
Duce da Itália aparece como um grande homem e salvador da Pátria. A Columbia fez
propaganda desse filme em letras garrafais, apelando “A TODOS OS HOMENS DE
SANGUE VERMELHO DA AMÉRICA”, e pode ser “POSTA A TODAS AS
NECESSIDADES DA AMÉRICA”.

O fascismo certamente tinha seus críticos nas décadas de 1920 e 1930. Ernest
Hemingway era cético em relação a Mussolini desde o princípio. Henry Miller não
gostava do programa fascista, mas olhava à força do Duce com simpatia.
Vale ressaltar que a extrema-esquerda não se manifestou a respeito do fascismo durante
boa parte de seu programa.

Para o Cristianismo, a figura do Duce é um cheque em branco. Mas vale mencionar que
o mesmo era ateu e durante sua militância política pelo socialismo revolucionário,
combateu o catolicismo de certa maneira. Cumpre também mencionar que o Duce,
apesar de ter dado total autonomia ao Vaticano, afirmou, em sua prematuridade política,
que Deus estava morto. Em outra passagem, vale lembrar que Mussolini não obedecia
aos sacerdotes e professores religiosos. Outrossim, há a figura do Estado Fascista, que
concedeu espaço para o Cristianismo. Há uma declaração do mesmo onde diz que a
religião cristã deveria ser a religião oficial do povo italiano. Também é de suma
importância colecionar informações de relatos de figuras religiosas sobre o Duce. O
Padre Pio, em uma declaração sobre o Duce, disse: “Mussolini, quando morrer, andará
no paraíso.” Em outra ocasião, em uma situação onde atentaram contra a vida do Duce,
ressaltou: “Oremos por ele, porque sua vida está em perigo.”. Outra figura imensurável
que fez menções a respeito do Duce, é o Padre Pio XII, que ressaltou: “O maior homem
que eu conheci.”. O Cardial Idelfonso Schuster também expôs seu conceito acerca de
Mussolini com a seguinte declaração: “Nunca como antes (depois da morte de cesar) a
divina providência , envio Otaviano. Assim também em Italia surge o homem
providencial , o genial,o que salvo o estado, fundo o emprego e deu à consciência
italiana a mais perfeita união nacional.”.

Sabe-se que um dos maiores homens políticos da história era aficionado declarado de
Benito Mussolini. O nome desse homem é Mahatma Ghandi. Ghandi classificava
Mussolini como um grande homem, forte, estadista e dedicado ao seu povo de corpo e
alma.

Para concluir o exposto sobre o que a figura do Duce representava para os intelectuais e
figuras do século passado, cumpre mencionar sobre a aluvião de ideais socialistas
presentes no Duce. Mussolini, para o socialismo, era um guerreiro nessa cruzada, e seu
fascismo, um grande salto na experimentação dessa doutrina que ele criou através das
mesmas bases em que Lenin e Trotsky criaram as duas. Mussolini afirmava que se o
século precedente havia sido o século do capitalismo, esse seria o do fascismo.

Em se tratando de sociaismo, vale lembrar a resposta de Lenin quando indagado sobre o


Duce: “Mussolini? Um grande homem! Que pena que o perdemos” – que o perdemos
para o fascismo, ressalte-se -. Também cumpre ressaltar que o próprio Lenin havia dito
anteriormente que a revolução na Itália estava em mãos certas – não mencionando nada
após a concretização do Regime Fascista.
Nicola Bombacci, fundador do Partido Comunista Italiano, velho amigo de Lenin, tido
como “comunista arrependido”, com quem havia se encontrado por vezes, chamava o
próprio Duce de “Te” – tratamento pessoal informal -, se tornando um de seus melhores
amigos e auxiliando-o na formação da Repubblica Sociale Italiana, vindo a morrer ao
seu lado. Foi o próprio Bombacci quem proporcionou ao Duce o seu último testamento,
recomendando um jornalista socialista que marcara para sempre as últimas passagens de
Mussolini. Em uma dessas passagens, Il Duce ressaltou: “Eu lego a República aos
republicanos, não aos monarquistas, e o trabalho da reforma social aos trabalhadores,
não às classes médias.”. As últimas palavras de Bombacci foram: “Viva Mussolini!”,
“Viva o socialismo!”

Nicola Bombacci, fundador do PCI – Partido Comunista Italiano – em reunião com


Vladimir Lenin e outros comunistas.

Lenin tinha um certo aprecio pelo Duce. Stalin o respeitava – apesar de ter dito que
contra o fascismo utiliza-se a violência. Churcill também simpatizava. Getúlio Vargas,
Hitler, Franco, Plínio Salgado, José Antonio Primo de Rivera, Ramiro Ledesma Ramos,
Corneliu Codreanu, Perón e outros tantos nomes, dentre eles, o do pacifista e inclícito
homem, Mahatma Ghandi, viam o Duce com olhos simpáticos, fazendo declarações,
utilizando parte de seus pensamentos e apoiando em alguns casos.

Por fim, cumpre ressaltar a frase que mais soava na Itália fascista. Em função de um
grande pragmatismo, caráter, ambiguidade e polêmicas, nos cumpre gritar juntos mais
uma vez aquela pequena e curta frase: “SALUTO AO DUCE!”.

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Ação Integralista Brasileira em defesa da Unidade


da Espanha.
Publicado em 03/11/2013 por Pax Brasiliana

Neste breve artigo, queremos rememorar um episódio histórico que demonstra a


camaradagem, espírito de luta e mobilização dos movimentos de terceira posição
durante a década de 30 do século passado. Falaremos de um caso que, à época, ficou
bem famoso, ainda que hoje seja esquecido. Trata-se da invasão e depredação da
embaixada espanhola durante um protesto realizado pelos membros da Ação
Integralista Brasileira (AIB).

Tal invasão ocorreu em meio ao contexto imediatamente seguinte à Intentona


Comunista de 1935. Os comunistas brasileiros (ou não tanto, visto que contavam, nas
suas fileiras, com a judia nascida na Alemanha Olga Benário, o argentino Rodolfo
Ghioldi e o alemão Arthur Ernest Ewert, entre outros) acreditavam que as “condições
objetivas” estavam maduras para que estourasse, no Brasil, uma revolução conduzida
pelos stalinistas. Organizaram, com tal crença em mente, um levante em alguns quartéis
pelo país (no Rio de Janeiro os participantes do motim mataram alguns de seus
companheiros de farda notoriamente anti-comunistas na cama de seus alojamentos,
enquanto dormiam). Sua principal crença era a de que devido ao prestígio entre setores
militares de Luís Carlos Prestes, seu líder aqui no Brasil, os oficiais subalternos e praças
adeririam ao golpe rapidamente, levando à derrubada do governo de Getúlio.

Deflagrado em fins de novembro de 1935, o movimento comunista foi, todavia,


rapidamente reprimido, com poucas baixas, pelas forças leais ao Presidente Getúlio
Vargas. Isto permitiu que o Presidente tivesse espaço político no Congresso Nacional
para deflagrar o Estado de Guerra e prender Prestes em meio à legítima repressão, em
março de 1936. Este fato, por sua vez, fez com que deputados espanhóis republicanos
ligados à Internacional Comunista passassem a exigir, continuamente, a libertação de
Prestes. É interessante notar que tais deputados, tão preocupados com os direitos
políticos de brasileiros, não se incomodaram em momento algum com a prisão de José
Antonio Primo de Rivera, líder da Falange Espanhola, em abril de 1936, algo muito
mais espantoso, dado que Rivera, diferentemente de Prestes, não era o cabeça de
qualquer levante que já tivesse sido deflagrado (o que nos permite recordar o quão
tolerante e imparcial é a ordem democrática que liberais e esquerdistas reservam aos
seus inimigos).

Tal situação de repetida tentativa de ingerência de republicanos espanhóis em um caso


brasileiro, somada à revoltante situação de injustiça em que se encontrava o camarada
Primo de Rivera, fez com que os integralistas organizados na AIB respondessem com
um protesto em frente à embaixada espanhola no Rio de Janeiro, em junho de 1936. O
ponto alto de tal protesto foi a invasão e depredação da embaixada pelos bravos
integralistas, enviando uma clara resposta aos deputados republicanos da Espanha:
hipócritas, cuidem de seu país!

A repercussão de tal protesto foi grande o suficiente para amedrontar os serviços de


inteligência atlantistas atuantes em terras tupiniquins, como comprova o relatório da
Embaixada Britânica de 20/06/1936. As potências talassocráticas temiam, acima de
tudo, uma união dos movimentos de terceira posição através do mundo, na sua busca
pela liberdade dos povos contra o capital financeiro apátrida e desenraizador (união que
ficava patente na ação da AIB).

Desta forma, com este exemplo de camaradagem e combatividade por parte dos
integralistas de 1936 em mente, lembremos sempre que a hispanidade uniu e une todos
os militantes de terceira posição aqui na América do Sul e na Península Ibérica.

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