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INDICE GENÉRICO:

1.Introdução ao SDH
1.1 .Razoes para o seu aparecimento
2.Estruturas SDH
2.1.Camadas de rede
2.2Equipamentos genéricos da tecnologia SDH
2.2.1.Terminais Multiplexers dos tipos I.1;I.2;II.1;II.2;II.2 STM16
2.2.2.ADM dos tipos:III.1;III.1 STM1;III.2;III.2 STM16 e LR(Line
Regenerador)
2.2.3.DXC(digital Cross-connect)dos tipos:DXC4/4 STM-n;DXC 3/1
STM-n ;DXC4/3/1 STM-n
3. Trama SDH
3.1 Estrutura de multiplexagem SDH
3.2.Constituição da trama SDH
3.3.Mapeamento de sinais PDH em SDH
3.4.Secções e caminhos
3.5.Justificações na frequência:
3.5.1.Justificação positiva
3.5.2.Justificação negativa
3.6.Defenição de concatenação e arrumação
3.7.Jitter e Wander em SDH
3.8.Classificação dos interfaces ópticos
4.Protecção em SDH
4.1.Arquitectura em Anel
4.2.Esquemas de protecção automática, comutação dual e single ended
4.2.1.Multiplexer Section trail Protection ring-MSP
4.2.1.1.MSDPring
4.2.1.2.MSSPring
4.2.2.Ligações erradas em MSSPring
4.2.3.Linear MSP Dedicated Unidirectional Protection (ligações topo a
topo)
4.2.4.Low –Order,High-Order trail e protecção SNC
5.OMG em SDH
5.1TMN-Generalidades
6.Breve descrição do equipamento de tecnologia SDH da marca NEC (STM4 e
STM16)

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1.INTRODUÇÃO AO SDH

1.1 Razões para o seu aparecimento

As redes PDH, ou seja as redes plesiocronas , já não satisfaziam os


requerimentos duma rede moderna capaz de enfrentar os novos desafios que a
inovação tecnológica introduz .Assim e muito sucintamente as razões do aparecimento
do SDH(Synchronous Digital Hierarchy) serão as seguintes:
As redes SDH têm esquemas de protecção automáticos que originam com que
haja valores mais elevados de disponibilidade e de qualidade de serviço, com débitos
mais elevados do que o PDH, alem da sua gestão ser centralizada e sua operação bem
como configuração do equipamento poder ser efectuada á distância ,reduzindo os
custos de operação e manutenção. Alem disso estas funções de Operação, Manutenção
e Gestão (OMG) associadas a uma rede TMN (telecomunication Management
Network) serão fornecidas pelo SDH. Uma das grandes limitações do PDH era a falta
de largura de banda disponível nos seus agregados, necessária ao fornecimento de
comunicações OMG que permitam a implementação eficaz de uma rede TMN, no
caso do PDH, e para Fornecer serviços com elevada disponibilidade e qualidade, foi
necessário equipamento especifico (unidades Q2M;Q8M Q34M e Q14M dependendo
do debito PDH) para fornecer os relatórios de analise de qualidade .Além disso está
analise não é tão rigorosa como no SDH uma vez que ela é baseada apenas numa
pequena parte da trama PDH.
No PDH existia equipamento de linha para FO (os ETLO´s, Equipamento
Terminal de Linha Óptica) e os equipamentos multiplexadores, enquanto que no SDH
está tudo junto, alem disso o SDH engloba na multiplexagem todo o processo da
informação necessária às funções de OMG, não necessitando duma rede de Supervisão
independente da rede de Transmissão.
No PDH verifica-se a existência de 3 hierarquias de Multiplexagem(Europa
Japão e EUA) totalmente distintas o que é extremamente grave nas comunicações
entre as três hierarquias uma vez que implica equipamentos adicionais para conversão
e adaptação de débitos. No SDH ,e devido a normalização , este problema não se
coloca uma vez que a hierarquia e única (STM1;STM4;STM16 e em testes STM64).

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-Falta de flexibilidade PDH nos casos em que queremos aceder a um feixe de
2Mbps, para um cliente, num feixe de v140Mbps uma vez que é necessário
desmultiplexar de 140Mbps para 34Mbps ,de 34Mbps para 8Mbps e finalmente de 8
Mbps para 2Mbps e depois fazer o inverso e multiplexar tudo até aos 140Mbps.O que
é extremamente gravoso quer em custos do equipamento necessário quer a nível de
OMG uma vez que são mais fontes possíveis de avarias alem de haver mais cabos
(onde as soldas frias poderão… existir).Daí que um ADD&DROP multiplexer SDH
possa efectuar as funções de uma cadeia de multiplexers PDH, alem de ter uma maior
eficiência no ADD ou no DROP de sinais e uma melhor integração na gestão da rede
(tal como já referi.).
As tramas SDH tem um maior overhead , o que é importante para canais de
comunicação para facilidades OMG. Assim no PDH as tramas apenas 1 bit vago nos
8M e 34M e 3 bit´s vagos nos 140Mbps,enquanto que o SDH possui elevadas
capacidades de overhead : SOH e POH.

2.ESTRUTURA DA REDE SDH

2.1.Camadas de Rede

A estrutura duma rede SDH poderá ser dividida em 3 grandes camadas,


nomeadamente:
Camada 1(core/transporte)- A nível de hierarquias de camadas é
considerada a de mais alto nível, no caso especifico da PT ´é normalmente
constituída por Anéis e Linha STM16.É utilizada para efectuar o transporte do
tráfego inter-regional e internacional e tem ADM(multiplexers Add&Drop)de
grandes capacidades.
Camada 2 (regional)- É usada para o transporte de tráfego em
diferentes regiões geográficas , nomeadamente grandes áreas urbanas e
metropolitanas. Nestes sítios a principal vantagens é a elevada flexibilidade de
encaminhamento de tráfego e de protecção , havendo também a possibilidade
de inserção de trafego não prioritário nas fibras ópticas . de protecção ou nos
circuitos de protecção. Nesta camada utiliza-mos um grande numero de
Equipamentos STM4

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Camada 3(local/acesso)- É utilizada para trafego local de baixa
capacidade ,nomeadamente pequenas áreas urbanas e até áreas rurais.

Com a prestação de serviços a outros operadores da rede fixa ou móvel poderão ser
consideradas outras camadas na rede local tais como acesso dos MSC dos operadores
móveis á centrais da PT, e já agora, existem anéis que interligam varias estações dos
outros operadores, mas em que um nó desse anel é uma estação da PT, que é para
onde é encaminhado todo o trafego entre operadores.

2.2.Equipamentos genéricos de tecnologia SDH

Existem vários fabricantes a nível mundial que fabricam equipamentos SDH, no


entanto, todos eles respeitam as normas pelo que , na teoria é possível num
determinado Anel ter-mos equipamento de diversos fabricantes. A PT utiliza
basicamente equipamentos da NEC (NEC600V para STM-4 ; NEC2500A e
NEC2500C para STM-16) e da ALCATEL tendo já utilizado , á 4/5 anos um
equipamento Israelita marca ECI que foi o primeiro equipamento SDH a instalar no
nosso pais. Assim , basicamente os equipamentos SDH são constituídos por:

2.2.1 Multiplexers

Existem dois tipos de multiplexers ;TM (terminal Multiplexers usados


basicamente nas linhas ponto a ponto) e os ADM (Add/Drop Multiplexers )Há a
possibilidade de flexibilizar o equipamento(hardware) pelo que um equipamento ADM
pode ser configurado como TM ou DXC(de pequena capacidade)Na rede existe, como
é obvio existe equipamento de tecnologia PDH e SDH apesar de já não se efectuar
investimento em PDH existe a necessidade de efectuar baldeações de trafego de PDH
para SDH pelo que é necessário haver um interface entre PDH e SDH , esse interface
é efectuado pelo TM e ADM. No equipamento SDH existem placas tributaria
de2MBPS ,34Mbps e 140Mbps que disponibilizam entradas para os sinais PDH das
diversas hierarquias.
Assim os TM(Terminal Multiplexers)-possuem apenas funções de multiplexagem
/desmultiplexagem no tratamento dos sinais tributários e agregados. Estes TM podem
realizar as funções de multiplexagem por dois processos: com posicionamento fixo dos
tributários no sinal agregado ou com a possibilidade de atribuição flexível da posição
dos tributários no sinal agregado. Basicamente os TM poderam ser representados pelo
seguinte esquema:

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Existem vários tipos de TM, nomeadamente: TM tipo I.1 ; tipoI.1 STM-1 ;
tipo I.2 ; tipo II.1 ; tipo II.2 ; tipo II.2 STM-16.Os TM do tipo I.1 efectuam a
multiplexagem dos sinais tributários PDH (G.703) num outro sinal agregado SDH
(STM-n),com posicionamento fixo dos tributários no sinal agregado, posteriormente
esse sinal STM será “injectado no Anel ou na Corda SDH consoante a topologia em
que estiver inserido o equipamento SDH. Este TM poderá ser representado pelo
seguinte esquema:

Os TM tipo I.2 são semelhantes ao do tipo I.2 apenas com a diferença de que
essa multiplexagem dos sinais tributários PDH(G.703) num sinal agregado SDH(STM-
n), em que esse n poderá ser 1 ou 4, é efectuado com posicionamento flexível dos
Tributários no sinal agregado.
Os TM do tipo II são semelhantes ao do tipo I com a diferença que agora os
sinais tributários e agregados são SDH. Assim um TM é do tipo II.1quando essa
multiplexagem dum sinal STM-n num outro STM-m (m maior que n) é fixa e do tipo
II.2 quando existe a possibilidade nas suas funções de multiplexagem de atribuir de um
modo flexível um VC3/4 de um STM-n em qualquer posição dum sinal STM-M(sinal
agregado).Como exemplo poderei considerar um TM do tipo II.2 STM-16 com acesso
para tributários STM-1 r STM-4 cujo esquema poderá ser representado pelo seguinte:

2.2.2.ADM(Add&Drop Multiplexer)

Tal como já referi esta é uma das grandes vantagens do SDH sobre o PDH , uma vez
que com este equipamento existe a possibilidade e a capacidade de aceder a qualquer
um dos sinais que constituem o sinal STM-n sem haver a necessidade de efectuar a
desmultiplexagem e terminar o sinal STM-n (utilização de ponteiro).Estes ADM são
muito utilizados, pelas suas características, na topologia em anel e o seu esquema

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poderá ser representado pelo seguinte:

Tal como nos TM também existem vários tipos de ADM consoante o debito
dos sinais de tributários e os agregados. Assim temos ADM do tipo III.1 quando existe
a possibilidade aceder a qualquer sinal tributário PDH(G.703) presente no sinal
agregado SDH(STM-n), este ADM pode ser Representado pelo seguinte esquema:

Assim, por exemplo temos um ADM do tipo III.1 STM-! Quando os sinais agregados
são do tipo STM-1 e os tributários do tipo G703 2Mbps,34Mbps.
Os ADM do tipo III.2 são aqueles em que os sinais tributários são também do
tipo SDH:

Como exemplo destes ADM temos os do tipo III.2 STM-16 quando os sinais
agregados são STM-16 e os tributários são STM-1 ou STM-4.
Os ADM do tipo IV são aqueles que são instalados na interface entre os tipos
de estrutura existentes(USA e Europa) uma vez que possuem as funções de translação
necessárias ao correcto interfuncionamento de redes baseadas em estruturas AU-#(nos
EUA) e AU-4(Europa) e poderá ser representado pelo seguinte esquema:

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Por vezes as Distancias entre Sites ou estações é muito elevado pelo que se torna
necessário efectuar a regeneração de sinal de x em x Km. A distância entre os
regeneradores (LR-Regeneradores de Linha) depende basicamente dos seguintes
factores:
a)Características do troço de FO nomeadamente a atenuação por KM e o numero de
estações intermédias com ligações com patch cords entre repartidores ópticos.
b)Do comprimento de onda utilizado.
c)Potência do sinal transmitido e sensibilidade dos receptores.
Basicamente este equipamento, que em Portugal é pouco utilizado, até pelas distâncias
em questão em Portugal poderá ser representado pelo seguinte esquema:

2.2.3. Digital Cross-Connect(DXC)

Este equipamento fornece a possibilidade de comutarmos qualquer entrada para


qualquer saída sem a necessidade de qualquer controlador externo. Existe 3 tipos de
DXC em SDH consoante a comutação sejam de sinais de alta , baixa ou alta e baixa
ordem. O seu esquema poderá ser representado pelo seguinte:

No caso do SDH o Cross-Connect do tipo I é aquele que apenas efectua


comutações de VC-4(contentor virtual de alta ordem em SDH):

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O do tipo II é aquele que efectua comutações ao nível dos VC-3 e VC-12 (contentores
virtuais de baixa ordem):

E finalmente temos os DXC do tipoIII que são os que fazem a comutação de todos os
tipos de VC quer sejam VC-4 VC-3 ou então VC-12.

3. TRAMA SDH

Poder-se-á dizer que o SDH é uma consequência natural do PDH com vista a
satisfação de novos requerimentos a nível de novas tecnologias. Assim houve a
necessidade de se adaptar o SDH ao PDH existente , afim de tirar proveito do que já
existe, o que originou com que se criassem “contentores com PDH” e depois inseri-los
numa trama originando o SDH.

3.1.Estrutura de Multiplexagem

Assim o mapeamento dos sinais PDH em SDH poderá ser representada, duma
forma simplificada, pelo seguinte esquema:

A unidade mais pequena designa-se por contentor (C-n) e contem a informação


útil (payload) para o contentor virtual (VC-n),assim para cada VC-n temos 1 C-n.

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Estes contentores podem ser definidos como de alta ordem ou de baixa ordem, e
contem mecanismos de adaptação para os débitos das três hierarquias, assim temos:
-Contentores C-12 (2048 Kbps)
-Contentores C-3 (34368 Kbps)
-Contentores C-4 (139264 Kbps)
Quando a um contentor C-n acrescentamos informação adicional destinadas ao
encaminhamento e processamento geral desse contentor (path overhead-POH) temos
um Contentor virtual (VC-n) que é organizado num bloco cuja estrutura de trama se
repete de 125s ou 500s. Existem 2 tipos principais de contentores virtuais: Os de
Alta ordem e os de baixa ordem.
Pode-se considerar VC-n de baixa ordem quando o “n”=12,3 sem o VC-n
composto pelo C-n(n=12,3) mais o POH(Low Order POH) do nível em causa. O VC-4
é de alta ordem sendo, obviamente composto pelo C-4 ou 3xTUG3 mais o POH (High
Order POH) do nível em causa.
A seguir aos contentores virtuais temos as unidades tributárias(TU-n) e quando
estes ocupam posições fixas e definidas no payload VC-n São definidos como grupo de
unidades tributárias (TUG-Tributary Unit Group),sendo ,estes TUG´s definidos de
forma a que seja possível misturar payload oriundos de TU-n diferentes ,isto para
aumentar a flexibilidade no transporte de informação. Como se pode verificar na
constituição da estrutura da trama SDH um TUG-2 consiste no conjunto de três TU-
12 e um TUG-3 consiste no agrupamento de sete TUG-2 ou de um TU-3.
A seguir ao VC-4 temos a unidade administrativa(AU-4,administrative unit-4)
que é a estrutura de informação que providência a adaptação entre o estrato de
caminho de alta ordem e o estrato de multiplexagem de secção. Consiste numa
informação de payload (VC-4) e num ponteiro da unidade administrativa (AU-4 ptr)
que indica o deslocamento do inicio do payload relativamente á secção de
multiplexagem (STM-n),pelo que a posição do AU-4 relativamente á trama STM-n é
sempre fixa. Quando um ou vários AU-4 ocupam posições fixas e definidas no
payload STM-n temos os AUG(AUG-Administrative Unit Group).
Um conjunto de AUG forma os STM, assim por exemplo se tiver-mos um
AUG temos um STM-1 se tiver-mos 4xAUG temos um STM-4,16xAUG temos STM-
16.
Deste modo um STM-n(Syncronous Transport Module-n) consiste em toda a
informação usada para suportar ligações em SDH. Assim um STM é constituído por
um payload e por um SOH (section overhead), sendo organizado numa trama que se
repete de 125 em 125s o que origina um débito de 64Kbps.
A STM-n de nível hierárquico inferior é o STM-1 cujo débito é de 155Mbps os
níveis hierárquicos seguintes possuem as seguintes taxas:

Nível Hierárquico SDH Bit Rate (Kbps)


1 155520
4 622080
16 2488320
64 9953280

É importantíssimo , em SDH, entender, quais as diferenças entre :


Mapeamento SDH(SDH mapping)
Multiplexagem SDH(SDH multiplexing)
Alinhamento em SDH(SDH aligning)

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Assim ,e muito sucintamente, poder-se-á entender como mapeamento em SDH como
sendo o procedimento através do qual os tributários(PDH) são adaptados dentro da
estrutura da trama SDH, através dos VCs, isto, obviamente acontece na fronteira duma
rede SDH.A multiplexagem em SDH é o procedimento através do qual vários sinais de
estrato de caminho de baixa ordem (LO VCs) são adaptados em estrato de caminho de
alta ordem (HO VC) ou vários sinais de caminho de alta ordem (HO VCs) são
adaptados numa secção de multiplexagem (STM-n).E o alinhamento em SDH é o
procedimento através a informação do ponteiro(deslocamento) do VC-n (em que
n=12;3 ou 4) é incorporada num TU-n (em que n=12 ou 3) ou numa AU-4 (no caso
dos VC-4) quando se adapta a referência de trama da entidade de transporte que a
suporta.
Uma forma muito usada para se exemplificar a estrutura de multiplexagem
SDH é fazer uma analogia com uma locomotiva de comboios. Assim, e como já referi,
um STM-n é constituído por uma componente de payload (digamos ...carga útil) que
poderá ser representada pela carruagem e outra de informação adicional, necessária
para o seu encaminhamento e processamento, designada por SOH, que é representada
pela locomotiva que “puxa a carruagem”. Assim no caso especifico do STM-1 temos
uma locomotiva a uma velocidade de 155,520Mbps a puxar 1xVC-4,nocaso do STM-
4 a locomotiva puxa 4xVC-4 a uma velocidade 4x155520=622080, no caso do STM-
16 a locomotiva puxa 16xVC-4 a uma velocidade 16x155520=2488320 e no caso do
STM-64 a locomotiva puxa 64xVC-4 a uma velocidade 64x155520=9953280. A nível
de implementação no terreno posso referir que ainda não existem Anel ou Cordas SDH
STM-64,apesar de haver estudo nesse sentido principalmente para longas distâncias e
tráfego internacional.
Um VC-4 pode comportar diversos tipos e quantidades de sinais tributários.
Assim e na sua capacidade máxima ele pode comportar as seguintes configurações:
a)1x140Mbps
b)3x34Mbps
c)63x2Mbps
d)1x34Mbps+42x2Mbps
e)2x34Mbps+21x2Mbps
f)células ATM

3.2.Constituição da Trama SDH

Tal como já foi referido a trama STM é toda a estrutura necessária para
suportar ligações entre 2 pontos em SDH. Esta pode ser dividida em três campos:
Payload ; SOH e AU Pointer (ponteiro da unidade administrativa).A sua estrutura
poderá ser representada pela seguinte figura:

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O SOH (Section Overhead) é usado no “dialogo” entre junções STM-n e é
composto por dois componentes: RSOH(Regenerator Section Overhead) e
MSOH(Multiplexer Section Overhead).Para o caso geral de uma trama STM-N (em
que N=1;4;16 ou 64) a constituição do SOH pode ser visto como um vector de três
coordenadas X(a,b,c) em que a o numero de linhas (1 a 3 e 5 a 9 ), b representa o
numero de colunas(1 a 9) e c representa a profundidade de cada uma das colunas e o
seu valor pode ir de 1 até N, conforme é representado na seguinte figura:

No caso especifico da trama STM-1 (logo N=1) a constituição do SOH seria:

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No caso especifico da trama STM-4 (logo N=4) a constituição do SOH seria:

Tal como já referi o SOH é composto por uma parte de regeneração designada
por RSOH e por uma parte de multiplexagem designada por MSOH. A Regenerator
Sction Overhead (RSOH) é constituída por:
a)Palavra de sincronismo, que é composta por 2 bytes (A1 e A2), em
que A1=11110110 e A2=00101000
b)Regenerator Section Trace/STM identifier(J0/C1), este byte é
repetitivamente transmitido como um identificador (Section Access
Point Identifier) de forma a que o receptor possa verificar a continuidade da
ligação com o emissor. Dentro da rede nacional ou dentro do domínio do
mesmo operador este Section Access Point Identifier pode ser usado tanto
como um byte (0-255) ou o formato do Access Point Identifier descrito na
clausula 3/G.831.Antigamente este byte(C1) era usado como identificador da
trama STM assim temos:C1=00000001(STM-1); C1=00000100(STM-4);
C1=00010000(STM-16) e C1=01000000(STM-64).
c)Monitorização de erros de bit da secção de regeneração(B1),está
função é implementada por um código de Bit Interleaved Parity 8(BIP 8)
usando paridade par.
d)Canal de voz(E1),acessível por regeneradores.
e)Canal reservado para efeitos do utilizador(F1),ligações temporárias
para canais internos de voz, efeitos de manutenção ou tráfego não prioritário.
f)Canal de comunicação de dados para a secção de regeneração
(D1,D2,D3).

Basicamente está secção de regeneração poderá ser representada pelo seguinte


esquema:

A parte de multiplexagem ´(MSOH) é constituída pelos seguintes elementos:


a)Monitorização de erros de bit da secção de multiplexagem(B2) ,esta
função é implementada por um código de Bit Interleaved parity Nx24 (BIT-
Nx24) usando paridade par. Este BIT-nx24 é determinado com base em todos

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os bits da trama STM anterior excepto a RSOH, sendo posteriormente
colocado nos bytes B2 da trama antes de ser scramblizado.
b)Canais de protecção da secção de multiplexagem (K1,K2) ,que é
utilizado na sinalização APS(Automatic Protection Switching).
c)Canal de voz(E2)
d)Canal de comunicação de dados para a secção de multiplexagem (D4
a D12)
e)Canal de sinalização(S1).Os bits 5 a 8 do Byte S1 servem para a troca
de mensagens de sincronização (Synchronization Status Message), que
descrevem qual o nível de qualidade de sincronização.
f)Canal utilizado para “Multiplex Section Remote Error
Indication”(MS-REI) (M1),para tramas STM-N este byte possui o numero (0-
255)de bits que foram detectados em erro pelo BIP-24xN(B2).Para tramas
STM-16 e superiores, este valor deve ser truncado em 255.
g)Os Canais Z1 e Z2 penso que ainda não foram especificados pelos
organismos internacionais de normalização.

Basicamente está secção de multiplexagem poderá ser representada pelo


seguinte esquema:

No alinhamento dos VC-4 aparece um ponteiro(AU pointer) cuja principal


função é a de indicar o inicio dos VC-4.Tal como já referi os VC-4 têm comprimentos
fixo de informação pelo que se eles não começarem no inicio dum AU a parte restante
será transportada no VC-4 seguinte, fazendo uma analogia com as carruagem dum
comboio esta situação poderá ser representada pela seguinte figura:

Pelo que para não perdermos a informação do VC-4 ,que desliza numa trama
STM-1, basta-nos saber o seu inicio, inicio esse que é fornecido pelo ponteiro do AU-
4.
Na figura seguinte estão representadas duas tramas STM-1, onde se pode ver a
zona do ponteiro da AU-4.Este ponteiro é constituído pelos bytes H1 e H2.

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que indicam o local do inicio do VC-4,sendo o valor do ponteiro determinado pelos
últimos 10 bit´s da palavra, como é representado pela figura:

Num STM-1 o payload ,carga útil, é constituído por um VC-4que por sua vez
recebe um C-4 ou então três TUG-3.O TUG-3 por sua vez é constituído por sete
TUG-2 ou por um TU-3, o TU-3 é constituído por um VC-3, existindo processamento
de ponteiro para o cálculo do deslocamento do VC-3 relativamente ao TU-3.Cada
TUG-2 é constituído por três TU-12. O TU-12 é constituído por um VC-12 existindo
processamento de ponteiro para cálculo do deslocamento do VC-12 relativamente ao
TU-12.Pelo que se conclui que na multiplexagem SDH o encadeamento dos
contentores virtuais não implica que estes tenham o mesmo relógio que a secção de
multiplexarem.
Esta estrutura de multiplexagem dá a possibilidade de se fazer o “drop-insert”
duma trama PDH de forma directa necessitando apenas de processar os respectivos
ponteiros. O processo a nível de secção de multiplexagem , consiste no calculo do
desfasamento entre o relógio emissor e os VC-4 em trânsito ,deste modo atribui um
ponteiro e , se necessário, efectua a justificação. Procedendo-se seguidamente ao
preenchimento do SOH. A desmultiplexagem analisa o SOH, recupera os VC4 e caso
este fique novamente em trânsito vai encaminha-lo para um novo STM-N (analogia
com o esquema das carruagens umas a seguir ás outras).De notar que na passagem de
STM-N para STM-M (N menor que M) os contentores virtuais VC4 têm sempre de
ser recuperados para se formar o STM-M.

3.3.Mapeamento de sinais PDH em SDH

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No SDH a estrutura de multiplexagem consiste no encaminhamento de tramas
PDH (2048Mbps;34368Mbps e 139264Mbps).
No caso dos 2048Mbps,o mapeamento poderá se assíncrono. ou de byte
síncrono. No caso de mapeamento assíncrono o sinal PDH de 2048Mbps será
mapeado para dentro dum VC-12.O bloco completo repete-se de 500 em 500s(que
são 4 tramas SDH),para alem do VC-.12 POH(bytes V5,J2,N2,K4) temos bits de
informação útil (bits do sinal PDH 2048Mbps),6 bits de controlo de justificação (3xC1
e 3xC2),2 bits de oportunidade de justificação (S1 e S2) e 8 bits de overhead para
comunicação de caminho. Temos também bits de enchimento sem qualquer
significado , que são os bits R(stuffing bits),este processo poderá ser melhor
exemplificado através da seguinte figura:

Os três bits C1 controlam se S1 é um bit de informação útil (I) ou se é um bit de


enchimento(bit R).Assim, se por exemplo C1C1C1=000 então S1 é um bit I, se
C1C1C!=111 então S1 é um bit R, o mesmo se passa com os três bits C2 relativamente
aos bits S2.Á recepção a decisão é por maioria ,assim se por exemplo se tiver-mos
C1C1C1=001, como o nº de 0 é maior do que o nº de 1 logo o bit S1 é um bit I.
Relativamente ao mapeamento de byte síncrono, ele é baseado num mecanismo
sincronizado byte a byte organizado em 4 tramas SDH(500s).Num bloco para alem
do VC-12 POH (bytes V5,J2,N2,K4) temos os bits de informação útil do sinal
2048Mbps.Existem dois tipos de mapeamento de byte síncrono, um que aceita
sinalização de canal associado (CAS) e que poderá ser representado pela seguinte

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figura:

e outro que aceita sinalização em canal comum (CCS), que poderá ser representado
pela figura:

No caso dos 34368Mbps o seu mapeamento será assíncrono, (tal como nos
139264Mbps) e será mapeado para dentro dum VC-3.O VC-3 é constituído pelo VC-3
POH e por um payload(informação útil) de 9x84bytes,repetindo-se de 125 em 125s.
Na figura seguinte podemos ver o VC-3 dividido em três troços, encontrando-se na
parte inferior a representação dum desses troços.

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Por cada troço existem bits de informação útil (I) do sinal PDH, 5bits de controlo de
justificação C1,5 bits de controlo de justificação C2, dois bits de oportunidade de
justificação (S1 e S”) e bits de sttuffing. Os 5 bits C1 controlam se S1 é um bit de
informação útil (I) ou se é um stuff bit R. Assim, se C1C1C1C1C1=00000 então S1 é
um bit R. Os 5 bits C2 controlam o bit S2 da mesma maneira. Á recepção é por
maioria ,analogamente ao caso dos 2 Mbps, assim se por exemplo se tiver-mos
C1C1C1C1C1=01001 o bit S1 é um bit I.
No caso do mapeamento dos sinais de 139264Mbps o seu mapeamento também será
assíncrono, e ele será mapeado para dentro dum VC-4.O VC-4 é constituído pelo VC-
4 POH e por um payload de 9x260 bytes (9linhas por 260 colunas) repetindo-se em
intervalos de 125s. A figura seguinte mostra-nos o mapeamento do sinal 139264Mbps
para apenas uma linha do VC-4:

Por cada linha temos bits de informação útil (I) do sinal PDH,5 bits de controlo de
justificação C, 1 bit de oportunidade de justificação S, bits de sttuffing e 2 bits de
overhead para comutação de caminho. Os 5 bits C controlam se o bit S é um bit de
informação útil (I) ou se é um bit de sttuffing. Assim , se CCCCC=00000 o bit S é um
bit I , se CCCCC=11111 então o bit S é um bit R.Á recepção a decisão é por maioria,
isto é, mesmo que por exemplo tenhamos CCCCC=10010 o bit S é um bit I porque o
numero de 0 é superior ao numero de 1.

17
3.4.Secções e Caminhos

Como já referi a trama STM-N é constituída por informação adicional que se


designa por SOH(Section Overhead ) , que é composta por uma componente de
regeneração designada por RSOH e outra de multiplexagem designada por MSOH, e
por um outro campo designado por informação útil (STM-N payload).
Assim entre equipamentos regeneradores temos secções de regeneração e
entre equipamentos de multiplexagem temos secções de regeneração e de
multiplexagem. Por outro lado os contentores virtuais irão originar os caminhos. O
caminho é todo o trajecto efectuado por um contentor virtual desde o ponto em que
entra na rede SDH até ao ponto em que sai da rede. O contentor virtual além de ser
constituído pelo sinal de transporte (que poderá ser um cliente PDH ou ATM) também
possui um cabeçalho com informação adicional, designada por POH (Path
Overhead),tal como poderá ser representado pela seguinte figura:

O SOH e os mapeamentos da informação útil dos sinais PDH e SDH ,já foram
referidos anteriormente pelo que para completar a constituição da trama SDH falta
apenas referir a informação adicional de caminho(POH-Path Overhead) .Como
também já referi o contentor virtual(VC-n) é constituído pelo contentor (C-n) mais o
POH do nível em causa, deste modo nós temos O High Order PO (HO-POH) para os
contentores de alta ordem (VC-4) e o Low Order POH (LO-POH) para os contentores
de baixa ordem (VC-3 e VCX-12).
Relativamente ao LO-POH ele é ,tal como acabei de referir, parte constituinte
do VC-12 (C-12+LO-POH), e a sua constituição pode ser representada pelo seguinte
esquema:

18
Relativamente ao HO-POH ele é ,tal como já referi ,juntamente com o
contentor C-4 ou o agrupamento de três TUG-3, parte integrante do VC-4 , e a sua
constituição poderá ser representada pela seguinte figura:

3.5.Justificação na frequência

Se eventualmente existir um deslocamento na frequência entre o bit rate da


AUG e o bit rate do VC-n, então o valor do ponteiro irá ser incrementado ou
decrementado consoante o caso. Se o valor do ponteiro for incrementado nôs teremos
uma justificação positiva, se for decrementado teremos uma justificação negativa,
sendo esses incrementos ou decrementos no valor de uma unidade. As operações
consecutivas de incremento/decremento do ponteiro são espaçadas de pelo menos de
três tramas, o que significa que a justificação é feita de 4 em 4 tramas, mantendo-se
constante o valor da justificação durante estas três tramas.

3.5.1.Justificação Positiva

No caso da justificação positiva ela verifica-se quando a velocidade do VC-4 é inferior


relativamente à da AUG, o que origina com que o alinhamento do VC-4 recue duma
forma periódica (deslizamento do VC-4 na trama STM-1) e o valor do ponteiro seja
incrementado de uma unidade. Esta operação é indicada através da inversão dos bits
I(bits 7;9;11;13 e 15) do ponteiro. Como existem 5 bits de incremento é possível
efectuar, á recepção , a decisão por maioria. O processo de deslizamento do VC-4 é
conseguido entrando na zona do payload, imediatamente a seguir aos 3 Bytes H3, com

19
3 stuff byes (3 bytes R).Deste modo o VC-4 termina 3 bytes á frente na trama STM-
1.Este processo poderá ser representado pelo seguinte esquema:

3.5.2.Justificação Negativa

A justificação negativa verifica-se quando a velocidade do VC-4 é superior


relativamente á da AUG o que implica com que o alinhamento do VC-4 avance
periodicamente (deslizamento do VC-4 na trama STM-1) e o valor do ponteiro seja
incrementado de uma unidade. Esta operação é indicada através da inversão dos bits D
(bits 8,10,12,14 e 16) do ponteiro. Como existem 5 bits de decremento é possível
efectuar ,á recepção, a decisão por maioria .O processo de deslizamento do VC-4 é
conseguido entrando na zona dos 3 três bytes H3, com 3 Bytes de informação útil do
VC-4.Deste modo o VC-4 termina 3 bytes mais cedo na trama STM-1.Este processo
poderá ser representado pela seguinte figura:

20
3.6. Definição de Concatenação e Arrumação

Pode-se entender concatenação como sendo um processo através do qual


varios contentores virtuais (VCs) se interligam entre si de forma a que sejam
interpretados como sendo um único contentor, de forma a que a sua integridade seja
mantida na rede, ou seja, o VC concatenado ao passar nós diversos nós da rede não
poderá ser desmembrado.
A arrumação (grooming)tem em consideração a agregação do trafego de caminho de
baixa ordem (VC-12, VC-3) por tipo de serviço, por destino, ou por categoria de
protecção em determinados caminhos de alta ordem (VC-4), os quais podem depois
ser convenientemente geridos (por operações OMG- Operação Manutenção e
Gestão).É também possível fazer grooming, de acordo com os critérios anteriores , de
caminhos de alta ordem (VC-4) em secções STM-N.

3.7.Jitter e Wander

Todas as redes de telecomunicações digitais necessitam dum sinal de relógio


que tem como função efectuar a sincronização., daí que uma boa rede de sincronização
é importantíssimo para uma correcta integração de serviços de telecomunicações
,posso adiantar que a P.T. está neste momento a implementar um sistema que poderá
ser interpretado como uma rede sobreposta cuja função é sincronizar todos os
equipamentos (transmissão e comutação ) a partir do mesmo “ponto”.
No entanto é impossível evitar a 100% a presença de Jitter/Wander num sinal
digital( o que origina a ocorrência de bits errados) ou analógico(modulação de fase
indesejável no sinal transmitido) pelo que deveremos ter em atenção os limites
máximos de jitter/wander de forma a que haja o correcto funcionamento e a
qualidade necessária num dado interface da rede.
Daí que num sinal digital ,como é o caso, os dois parâmetros mais importantes
a quantificar, em termos de medida, sejam os parâmetros respeitantes aos desvios de
fase(jitter e wander) que são presentes em transmissão digital. Assim e muito

21
sucintamente o jitter consiste num desvio de fase ,relativamente á nominal, que contem
elevadas frequências com pequenas amplitudes. O seu aparecimento é motivado pela
presença dos regeneradores de linha, métodos de justificação dos equipamentos
multiplexadores, relógios de “free-running”, entre outros .
O wander é manifestado através de baixas frequências e amplitudes elevadas, tendo
origem nos efeitos que as diferenças de temperatura e/ou condições climatéricas têm
no tempo de propagação dos meios de transmissão utilizados. A medida do wander é
sempre efectuada em relação a um outro sinal livre de wander. Como a sua medida
envolve baixas frequências ,logo elevados períodos de tempo, a seu valor apenas
poderá ser determinado com rigor ao fim de algumas horas ou até dias (isto sempre a
armazenar o desvio de fase).
As consequências destes fenómenos são basicamente manifestadas numa rede
através dos seguintes sistomas:
a)Ocorrência de bits errados, uma vez que os circuitos lógicos de decisão para leitura
de sinal não operam no instante óptimo.
b)Perda de informação devido ao esvaziamento dos buffers de entrada
(pouca informação à recepção ) ou então, devido ao enchimento dos buffers (excesso
de informação à recepção).As consequências muitas nomeadamente ES (Error
Segund); SES(Several Error Segund) ou LOS(Loss Of Signal).
c)Se a rede estiver a transportar um sinal que seja a codificação dum
outro sinal analógico, quando se fizer a reconstrução desse sinal analógico iremos Ter
um sinal degradado que ,na pior situação , pouco terá haver com o sinal analógico
emitido. O sinal desmapeado do payload SDH irá Ter componentes de jitter que
causarão modulações de fase indesejáveis. Se por um lado isto não é problema para
sinais de voz(penso que toleram um BER até 10 –9), será com certeza para sinais de
TV digitalizados cuja qualidade depende de se conseguir manter dentro de limites
apertados variações de fase pequenas.
d)Jitter no payload que é devido à existência de wander no meio de
transmissão nas redes híbridas SDH/PDH. Neste caso é extremamente complicado
determinar o ponto de rede onde existe a geração do wander ,uma vez que ele pode-se
manifestar num outro ponto por vezes distante daquele onde ele é gerado.(isto é
motivado pela acumulação dos sistemas).
Nos sistemas PDH o wander é filtrado ao mesmo tempo que se recupera ,
através de PLL(Phase Locked Loops), o relógio. No entanto as variações rápidas de
fase “Jitter” não são filtradas pelo que é vital que ele se mantenha dentro de limites
aceitáveis.
Em sistemas SDH teremos que considerar, também, as variações de fase rápidas e
lentas, tal como já foi referido, no caso de serem rápidas temos Jittter se forem lentas
teremos Wander. Nestes sistemas temos PLLs para a recuperação de relógio que são
sensíveis ao Jittter , mas existem também bufffers do tipo FIFO(First Input First
Output) que são sensíveis ao Wander. Estes buffers operam em “circuito aberto”
dependendo grandemente da sincronização inerente entre o relógio de escrita(sinal de
entrada) e o relógio de leitura(sinal de saída).A acumulação, em SDH do jitter e do
wander é motivada principalmente pelos seguintes factores:
a)caracteristicas dos relógios utilizados nos equipamentos ao longo da
rede.
b)a estratégia usada na rede de sincronização (haver um relógio
atómico que depois difunde o sinal para toda a rede.
c)o método como os equipamentos são sincronizados(se por exemplo
num Anel SDH falhar o sinal de entrada de clock haver a possibilidade de ele ir buscar

22
o sincronismo a outro nó ou então ,se eventualmente falharem os dois sinais de
sincronismo, o anel entrar em modo holdover.
d)os mecanismos automáticos de protecção da rede (nomeadamente os
tempos de comutação e o tipo de protecção existente).
Os limites máximos de jitter e wander admissíveis numa rede SDH são
definidos através da recomendação G.825:

Nivel STM f1(Hz) f3(KHz) f4(MHz) B1(UIpp) B2(UIpp)


STM-1 500 65 1,3 1,5 0,15
STM-4 1000 250 5 1,5 0,15
STM-16 5000 1000 20 1,5 0,15
1xUIpp= Unidades Intervalo
Assim para STM-1 UI=6,43ns ; STM-4 UI=1,61ns ; STM-16 UI=0,40 ns

O limite mínimo de tolerância máxima do jitter e do wander de entrada dum


equipamento pode ser representado pela seguinte figura:

A0 A1 A2 A A4 F0 F12 F11 F10 F9 F8 F1 F2 F3

STM-1 2800 311 39 1,5 0,15 12 178 1,6m 15,6m 0,125 19,3 500 6,5K 65K
STM-4 11200 1244 156 1,5 0,15 12 178 1,6m 15,6m 0,125 9,65 1000 25K 250K
STM- 44790 4977 622 1,5 0,15 12 178 1,6m 15,6m 0,125 12,1 5000 1M 1M
16

Os testes de jitter e de wander consiste em injectar á entrada dos equipamentos


jitter e verificar se eles cumprem ,sem afectar o seu bom desempenho, os valores da
figura e da tabela anterior. Esta medida é efectuada por frequência aumentando a
amplitude do desvio de fase até à ocorrência de bits errados detectados pelo código
BIP-24xN no equipamento SDH.
O jitter também é gerado pelos sistemas de linha óptica através do uso dos
regeneradores e o seu valor máximo não deverá ultrapassar 0,01 UI rms. Para isso é
importante determinar-mos a função de transferência do jittter dos equipamentos
regeneradores SDH. Normalmente isto é efectuado através dum teste cujas
caracteristicas são definidas através das recomendações especificas para os
equipamentos em causa, esta medida necessita de um gerador de jitter que possa
modificar a sua frequência .O medidor de jitter não deve aplicar qualquer filtro à
medida efectuada devendo estar apto a conseguir medir não só o jitter mas também o
wander. Esta medida consiste no calculo da relação logarítmica em dB´s entre o desvio

23
de fase à entrada e à sadia do equipamento variando a frequência do mesmo. Há 2
tipos de regeneradores consoante as caracteristicas do jitter e do wander.

Os parâmetros de transferência do jitter (Norma G.958) poderão ser


representados pela seguinte tabela:

Nível STM-n Fc(kHz) P(dB)


(tipo)
STM-1 (A) 130 0,1
STM-1 (B) 30 0,1
STM-4 (A) 500 0,1
STM-4 (B) 30 0,1
STM-16 (A) 2000 0.1
STM-16 (B) 30 0,1

Um dos testes que se devem fazer ao equipamentos antes de eles serem entregues para
trafego, é o teste de tolerância de jitter e de wander, assim este teste resume-se a
injectar-mos jitter nas entradas dos equipamentos SDH de modo a garantir que eles
cumpram os valores da seguinte figura:

E da tabela:

A1 A2 F0 KHz Ft KHZ

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STM1 (A) 0,15 1.5 6,5 65
STM1(B) 0,15 1.5 1,2 12
STM4(A) 0,15 1.5 25 250
STM4(B) 0,15 1.5 1,2 12
STM16(A) 0,15 1.5 100 1000
STM16(B) 0,15 1.5 1,2 12

3.8.Classificação dos interfaces ópticos


Nos sistemas SDH o meio de transmissão é a F.º isto porque os débitos são
mais elevados do que no PDH ,uma vez que o debito mais baixo é 155Mbps (STM-1),
e com débitos maiores é exigível um maior largura de banda , porque caso contrário
teríamos elevadas atenuações. Daí que em SDH os interfaces óptico tem um papel
preponderante. A recomendação G.957 especificou os interfaces ópticos em SDH, e a
recomendação G.958 especificou os equipamentos de linha. assim a nível de interfaces
óptico o que está a ser implementado no terreno é o seguinte:
a)“Intra-office”- interliga equipamentos com distâncias menores do que
2Km para fibra óptica do tipo G.652 (muito usado para ligação de
equipamentos STM-4 a STM-16 num mesmo edifício), este interface óptico
apenas actua na janela dos 1310nm e poderá do tipo I-1 (para STM-1);I-4
(STM-4) e I-16 (STM-16).
b)“Short-haul inter-office” corresponde a interligar distâncias de +/-
15Km para fibra óptica do tipo G.652 (na pratica estas distâncias poderão ser
maiores ,ordem dos 25Km, se os dois equipamentos forem ligados apenas com
um troço de F.O. sem passarem por repartidores ópticos intermédios com
elevadas atenuações), este interface óptico actua nas janelas de 1310nm e
1550nm e poderão ser dos seguintes tipos:S-1.1(STM-1, janela dos 1310nm);
S-4.1 (STM-4, janela dos 1310nm); S-16-1 (STM-16, janela dos 1310nm); S-
1.2(STM-1, janela dos 1550 nm); S-4.2(STM-4, janela dos 1550nm)e
finalmente S-16-2(STM-16, janela dos 1550nm).
c)“long-haul inter-office” para interligação de equipamento distanciados
de 40Km na janela de 1310nm para fibra óptica do tipo G.652 e de
aproximadamente 60Km na janela de 1550nm para fibra óptica do tipo
G.652,G.653 ou G.654 (no entanto, na pratica, estas distâncias poderão ser
superiores pelas razões anteriormente apontadas).Estes interface óptico
actuam, tal como já referi, nas janelas de 1310nm e 1550nm e poderão ser dos
seguintes tipos são definidos consoante o tipo de fibra óptica usado. Assim
para a janela dos 1310nm o tipo de fibra óptica é G,652 e os interfaces ópticos
são do tipo: L-1.1(STM-1); L-4.1 (STM-4) e L-16.1 (STM-16).Para a janela
dos 15550nm e para o tipo da fibra óptica G.652 e G.654 os interfaces ópticos
são do tipo: L-1.2; L-4.2 e L-16.2 .Para o fibra óptica do tipo G.653 os
interfaces são do tipo: L-1.3; L-4.3 e L-16.3.

É desejável que a gama de operação do  (comprimento de onda) seja o maior


possível, não só para o uso futuro de multiplexagem de comprimentos de onda numa
só fibra (por exemplo enviar juntamente com o sinal de trafego, outros sinais de
trafego, ou então um sinal de teste que possibilite, através dum OTDR incorporado,
detectar o ponto de corte da fibra e avisar a equipa de manutenção e reparação) como
também para fornecer flexibilidade na implementação de sistemas compatíveis
transversalmente. Daí que a escolha da gama do comprimento de onda a usar dependa
de vários factores nomeadamente: do tipo da fibra; das características da fonte ; da

25
gama de atenuação do sistema e da dispersão cromática do caminho óptico. Os
possíveis dispositivos emissores existentes são do tipo:
a)”LED”- Ligth Emiting Diode
b)”MLM”- MultiLongitudinal Mode Laser
c)”SLM” – SingleLongitudinal Mode Laser
A utilização do tipo do emissor depende, como é claro, das caracteristicas de
atenuação/dispersão da secção óptica e do nível hierárquico SDH(STM-N c/ N=1;4
ou 16).
Para cada interface óptico é importantíssimo especificar as caracteristicas de
atenuação; reflexão e de dispersão. Assim e para efeitos de atenuação são considerados
valores na ordem dos 0,4dB/Km para 2º janela (1310nm) e de 0,2dB/Km (1550nm)
para a terceira janela. Relativamente á dispersão ela é manifestada pelo alargamento a
nível temporal dum impulso óptico que percorre uma fibra. No caso do SDH, que
utiliza na pratica fibras monomodo, a dispersão deve-se ao facto de diferentes
comprimentos de onda possuírem velocidades de propagação diferentes(que tem haver
com o índice de refracção da fibra que por sua vez varia consoante o comprimento de
onda),os sistemas considerados limitados pela dispersão possuem valores de dispersão
consistentes com as “penalidades” máximas do caminho óptico considerado. Estas
“penalidades” máximas tomam em consideração o tipo de emissor especificado e o
coeficiente de dispersão da fibra sobre a gama de operação do comprimento de onda,
posso também referir que os sistemas que são limitados pela atenuação não possuem
valores máximos especificados. As reflexões são causadas por descontinuidades
refractivas ao longo do caminho óptico. Se estas reflexões não forem controladas ,
podem degradar a performance do sistema através do seu efeito distribuidor na
operação do laser ou por múltiplas reflexões que provoquem ruído na recepção. Estas
reflexões do caminho óptico são controladas se for especificado as perdas de retorno
ópticas mínimas no emissor e a reflectância discreta máxima entre os pontos emissor-
receptor.

26
Uma boa operação do sistema requer a especificação mínima da sensibilidade do
receptor e do nível de potência de sobrecarga mínimo. Estes parâmetros são
consistentes com a gama de potência média lançada para a linha e com a gama de
atenuação especifica para cada aplicação. Desta forma a sensibilidade do receptor é
definida como o mínimo valor médio aceitável recebido no ponto de recepção de
modo a alcançar uma taxa de erro menor ou igual a 1x10e-10.Este ensaio é
efectuado sempre em modo local, assim efectua-se um loop com um atenuador
óptico entre a emissão e a recepção e vai-se inserindo atenuação até houver erros
num sinal tributário que passa nessa carta óptica agregada, nessa altura mede-se o
valor do sinal de recepção na carta e toma-se esse valor como sendo a sensibilidade
do receptor, de notar que não são incluídas as penalidades de potência associadas
com a dispersão, jitter ou reflexões do caminho óptico porque o ensaio é feito em
modo local. Desta forma também se define a sobrecarga do receptor como sendo o
valor máximo aceitável da potência média recebida no ponto de recepção de modo a
se obter uma taxa de erro menor ou igual a 1x10e-10. Por curiosidade toma-se como
norma que as degradações totais do caminho óptico motivadas por reflexões ,
interferência intersimbolica, ”mode partition noise” e “laser chirp” não devam
ultrapassar 1dB.

4.PROTECÇÃO EM SDH

4.1.Arquitectura em anel

Ao contrário das redes PDH a arquitectura de uma rede SDH está baseada em
fortes esquemas de protecção de tráfego com caminhos alternativos a estrutura base
de toda esta arquitectura consiste em ligações de equipamentos de multiplexagem
“add-drop” em anel.
Este tipo de ligação em anel irá na prática inter-actuar com outros anéis
formando ,desta forma uma rede global ,está ligação é normalmente através de
cordas STM-16 ou STM-4 ou através de ligações de anéis em que um dos nós dos
anéis ficam no mesmo edifício sendo a ligação efectuada a nível de encaminhamentos
de VC-4.Isto não implica contudo que nas camadas mais elevadas de uma rede de
telecomunicações possam existir ligações tipo “meshed” que possibilitam esquemas
de protecção mais potentes que o próprio anel.
A protecção em anel tem algumas noções fundamentais, nomeadamente:
a)Routing “Uniform” vs “Diverse”, em anéis a distribuição de trafego “Diverse
Routing Protecção” implica com que o trafego circule somente num sentido,
enquanto que num anel “Uniform Routing” o tráfego circula em ambos os sentidos
num só trajecto.
b)Protecção Dedicada vs Partilhada, a protecção dedicada é aquela em
que para cada carta em tráfego existe um carta de protecção ,ou seja , 1+1.A
protecção partilhada é aquela em existe um carta de reserva para varias cartas “n” de
tráfego, ou seja , 1:n.Tambem se considera protecção partilhada aquela em que
somente uma percentagem das unidades de tráfego tem protecção. Nestes esquemas
partilhados o meio utilizado para protecção não está simultaneamente duplicando o
trafego podendo servir em situação de funcionamento normal de meio de transporte
para tráfego não prioritário, tal como já referi anteriormente. No da protecção
dedicada temos esta situação:

27
Enquanto que na protecção partilhada a situação é a seguinte:

c)Operação “single-ended”vs”dual-ended, a protecção “single-ended” é aquela que


comuta somente no extremo do trilho afectado no caso de uma falha unidireccional.
Assim em funcionamento normal teremos:

28
Falha unidireccional com comutação single-ended:

29
No caso de protecção “dual-ended” ambos os extremos das entidades comutam
numa falha unidireccional. Este processo tem a vantagem de manter o atraso em
ambos os sentidos da comunicação mas necessita de um canal de transporte no trilho
que permitirá o encaminhamento de um protocolo de protecção automática(APS).
Este Protocolo APS é implementado em canais de overhead (SOH,POH) das tramas
STM-n. Assim no caso de haver uma falha unidireccional com comutação dual-ended
teríamos:

4.2.Esquemas de protecção automática

4.2.1.”Multiplexer Section trail Protection ring(MSP)”

Baseada em comutação de VC-4s analisando toda a informação de overhead(SOH)


existente numa secção. Existem dois tipos de “MSP” normalizadas , o “dedicated”-
MSDPring e o “shared”-MNNPring. No “dedicated” o tráfego é transportado
somente numa fibra unidireccional tendo permanentemente na outra fibra , circulando
em sentido contrário uma duplicação em funcionamento. No caso de ser “dual-
ended” um protocolo “APS” será necessário. O anel “MSP” quando em esquema de
protecção “shared” tem 50% de tráfego em cada sentido não duplicando em situação
de funcionamento normal o trafego nos canais de protecção. Estes canais podem
transmitir tráfego não prioritário que em situação de falha será preterido o que traduz
uma protecção do tipo 1:n.Este tipo de protecção também solicita um protocolo
APS. De referir que este tipo de protecção “MSP” só é permitido a anéis acima de
STM-4 inclusiva dada a comutação apenas afectar secções.

4.2.1.1.“MS Dedicated Protection Ring-MS DPring”

Esta protecção é do tipo 1+1, ou seja, dedicada. Opcionalmente pode ser


providenciado nos bytes K! e K” o protocolo de critério de comutação automática
APS. Existe também , apesar de na pratica não ser utilizado , a possibilidade de
reversibilidade, ou seja o trafego voltar á carta inicial depois de ser resposta a
normalidade. Assim em funcionamento normal teremos:

30
MSDPring (funcionamento normal-caminho A-C e E-B)

MSDPring (falha bidireccional):

31
MSDPring (dupla falha bidireccional):

MSDPring ( falha nodal):

4.2.1.2.“MS SharedProtection Ring-MS SPring”

32
Num anel com protecção “MS Spring” a capacidade de transporte de uma secção de
multiplexagem é dividida em %0% entre serviço e protecção(do tipo 1:1).Podemos
dizer, tal como é exemplificado na próxima figura que, neste esquema de protecção
existe 50% de trafego em funcionamento em cada sentido e 50% de trafego de
protecção também em cada sentido, embora com direcções opostas, não duplicando
em situações de funcionamento normal o trafego nos canais de protecção. Assim
sendo, enquanto não existirem falhas, os canais destinados a protecção , podem
transmitir trafego extra que será não prioritário(i.e. em situação de falha perde-se).
Em caso de falha unidireccional ou bidireccional, a comutação deve ser efectuada em
ambos os equipamentos extremos á anomalia “dual-ended”, sendo providenciado nos
bytes K1 e K2 o protocolo de critério de comutação automática APS .O modo de
operação é do tipo revertivo o que significa que tudo volta ao normal depois de
resposta a anomalia. Assim em funcionamento normal teremos:

MSSPring (funcionamento normal-caminho entre A-D)

33
MSSPring (falha unidireccional)

MSSPring (falha bidireccional)

MSSPring (funcionamento normal-caminho entre A-B e A-D)

34
MSSPring (dupla falha bidireccional-caminho entre A-B e A-D)

4.2.2.Ligações erradas em MS Shared Protection Ring-MS SPring

35
A implementação de protecção de anéis SDH numa rede dum operador é muito
mais do que proteger um anel isolado. Actualmente a protecção está a ser efectuada
digamos anel a anel.
Podem existir num anel vários tipos de falhas. Falhas unidioreccionais e
bidireccionais simples ou múltiplas e falhas nodais simples ou múltiplas. Uma falha
nodal pode ser considerada como duas falhas bidireccionais adjacentes a um nó da
rede. No caso de falhas múltiplas ou falhas nodais em anéis bidireccionais podem
existir ligações erradas, neste caso é inserido nos canais respectivos AIS. Este
processo é apelidado de “squelching”. Este processo é elaborado pelos nós
adjacentes ás falhas em anéis com protecção MSSPring. Os sistemas de protecção
dedicados em anel não tem este problema de ligações erradas. A comutação pode ser
“sinale” ou “dual-ended”. Quando se dá uma falha unidireccional em anéis com
trafego “uniform routing” o processo de comutação nos nós pode ser “single-
ended”. É no entanto aconselhável que a comutação seja “dual-ended”. Assim uma
falha unidireccional é encarada como bidireccional e a comutação é dupla em ambos
os extremos nodais. Este processo necessita de um protocolo APS embebido nos
overheads dos contentores a proteger.

4.2.3.Linear MSP Dedicated Unidirectional Protection (Ligações topo a


topo)
Este tipo de protecção pode ser considerada , em termos de arquitectura como um
anel de dois nós, privilegiando-se nestes casos equipamentos que apresentem também
protecção de hardware 1+1 nos interfaces físicos STM-n utilizados em ligações topo
a topo em cadeia .Opcionalmente poderá ser providenciado nos bytes K1 e K2 o
protocolo de critério de comutação automática “APS”, existe também a possibilidade
de a protecção ser ,neste caso revertivel, ou seja o trafego reverter para as cartas
iniciais apôs a reparação da falha.

4.2.4.Low-Order,High-Order e protecção SubNetwork Connection (SNC)

Baseada na comutação de VC´s de caminho (VC12 e VC3) de baixa e alta ordem.


Tem como principio a monitorização da informação “POH” como meio de decisão de
comutação. Em ambos os casos a protecção é dedicada e efectuada nos nós terminais
de caminho. A comutação pode ser dual ou single ended necessitando no ultimo caso
ser definido um critério de comutação automática através de um protocolo APS.
A diferença entre protecção de trilho e de sub-rede está no facto de as sub-
redes não terem capacidade de monitorização inerente tal como qualquer estrutura
em trilho. Assim a modelização deste tipo de protecção inclui a formação de um sub-
estrato de protecção cuja matriz comuta caminhos alternativos para VCs sendo o
critério de comutação da informação de trilho do estrato que lhe é servido ou então
implementa um terminador de trilho na sua própria sub-rede que lhe permitirá
efectuar uma monitorização não intrusiva. O tipo de esquema de protecção de
caminho será fundamental na implementação de securização para clientes de rede
local.
A protecção “Trail LO/HO path” é uma protecção de caminho dedicada
unidireccional 1+1 ou1:1 usado para proteger uma ligação através de uma rede ou
multirede. Este método tem como critério de comutação o conteúdo do overhead de
caminho. O esquema de protecção pode ser unidireccional ou bidireccional 1+1, no
ultimo caso pode ser providenciado um protocolo de critério de comutação
automática. Este tipo de protecção tem a opção de reversibilidade para a configuração
inicial após a reparação da falha.

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A protecção “SNC LO/HO”, é uma protecção de caminho dedicada individual
unidireccional ou bidireccional 1+1 existente maioritariamente nas várias subredes
existentes em ligações em cadeia. Este método é baseado em critérios de comutação
retirados de informação local existente no elemento de rede onde o caminho é retirado.
Os critérios de comutação a utilizar devemter:
a)Monitorização inerente (estrato servidor) ; AIS no “TU” do contentor
virtual ou perda de ponteiro no “TU” do contentor virtual.
b)Monitorização não intrusiva; colocação de terminadores de caminho
extra para a análise dos overhead de caminho.
c)Monitorização tipo”Sublayer Trail”;neste caso a monitorização é
intrusiva em relação ao “POH” construindo-se um trilho através dos bytes vagos
existentes nos overhead de caminho.

5.OPERAÇÃO , MANUTENÇÃO E GESTÃO EM SDH

5.1.TMN

A sigla TMN significa Telecomunication Managment Networking e serve para


providenciar funções de gestão ás redes de telecomunicações e aos serviços que estas
redes efectuam aos seus clientes. Desta forma a TMN veio estabelecer e normalizar os
meios de comunicação entre ela própria e todas as redes de telecomunicações,(neste
contexto posso assumir uma rede como sendo um como sendo constituída por
equipamentos digitais e equipamentos de suporte associado) ,evitando ,desta forma, a
enorme “confusão existente a nível de gestão, uma vez que praticamente cada rede
tinha uma gestão digamos que proprietária. Assim, pode-se entender como conceito
básico que deu origem á rede TMN como sendo a necessidade de normalizar e
organizar uma arquitectura que efectue a interligação dos vários sistemas de operação
e manutenção e os equipamentos de telecomunicações (nomeadamente o SDH) isto
com o objectivo de trocar a informação de gestão de acordo com os interfaces ,
protocolos e mensagens comuns.
Desta forma a gestão que é associada ao TMN irá abranger várias áreas
nomeadamente no que se refere ao planeamento, instalação, operação, administração,
manutenção, e aprovisionamento de redes de telecomunicações e respectivos serviços
desempenhados. As areas de gestão mais importantes são:
a)gestão da performance
b)gestão de falhas
c)gestão de configuração
d)gestão de contabilidade
e)gestão de protecção e segurança
Assim, e em continuação do que já referi, as principais funcionalidades da
TMN consistem em:
a)troca de informação entre rede de telecomunicações e rede TMN
b)possibilidade de conversão da informação de gestão para um formato
que é comum na rede TMN
c)possibilidade de haver transferência de informação intra-rede de TMN
d)efectuar a analise e posteriormente actuar duma forma apropriada á
informação de gestão
e)manipular e filtrar a informação de gestão de forma a torna-la
inteligível para o utilizador.
f)Enviar essa informação para o utilizador com a representação
adquada.

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g)securizar o acesso a essa informação de gestão.
A TMN tem três conceitos primordiais na sua arquitectura:
a)Arquitectura de funcionamento TMN
b)Arquitectura de informação TMN
c)Arquitectura física TMN
A Arquitectura de funcionamento TMN, descreve e define as funções dos diversos
blocos que implementam a TMN. Dum modo sucinto esses blocos são:
a)”OSF-Operation System Function” que faz o processamento da
informação para se fazer a monitorização ,controle e coordenação.
b)”MF-Mediation Function” que serve para fazer o interface entre OSF e NEF. Pode
armazenar, filtrar, estabelecer limites ,ou então , condensar a informação.
c)”NEF-Network Element Function” é um elemento de rede que
pretende ser supervisionado. Elemento periférico de uma rede pública de transporte,
que pode servir de base para gerar ou receber toda a informação correspondente à sua
função.
d)”WSF-Workstation Function” esta função vai providenciar os meios que são
necessários para a interpretação da informação “TMN” para o utilizador final. Esta
função inclui toda a interface homem-máquina.
e)”QAF-Q Adapter Function” é responsável pela interface à rede TMN de todos os
NEFs não adaptáveis por natureza à “TMN”(por exemplo o PDH), ou seja, faz a
adaptação dos pontos de referência TMN a pontos de referência proprietários.
f)”DCF-Data Comunication Function”

6. BREVE DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO DA MARCA NEC.

6.1 NEC SMS600V

Trata-se dum equipamento em que os agregados , ou seja as cartas que fazem o


interface do equipamento com a linha, são STM-1 ou STM-4 e os sinais tributários são
de 2M ; 34M ; 140M e STM-1.
A capacidade máxima de tributários suportados por este equipamento quando
transmite um sinal agregado STM-1 é de :

Tributários Terminal ADM 2F SNC/P


2M 63 126 63
34M 3 6 3
140M 1 2 1
STM-1 E - 2 1
STM-1 O - 2 1

A capacidade máxima de tributários suportados por este equipamento quando


transmite um sinal agregado STM-4 é de :

Tributários Terminal ADM 2F SNC/P


2M 252 504 252
34M 12 24 12
140M 4 8 4
STM-1 E 4 8 4
STM-1 O 4 4 4
STM-4 O - 2 1

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A estrutura mecânica do SMS-600V é constituída por uma subrack principal,
também designada por core, e uma outra subrack de extensão. A subrack core ´é
constituída por unidades de interface de linha ; unidades interface tributárias ; unidades
de cross-connect ; unidades de sincronização ; unidade de acesso aos overheads e
unidade de gestão. Alem disso a subrack core possui 4 grupos de interface(IG A,IG
B;IG C e IG D) que podem ter cartas tributárias ou de interface para a extensão. A
subrack de extensão ´constituida por cartas que fazem a interligação com a subrack
core (a nivel de STM-1 e de gestão) e por cartas tributárias de 2M e 34M.
A subrack core tem 4 configurações possiveis, assim:
Regenerador-dois sistemas por subrack .
Terminal- dois sistemas por subrack só para o caso da configuração
terminal STM-1 ou STM-4.
ADD/DROP-os IG C , IG D são utilizados para fazer ADD/DROP de
sinais tributários no sinal agregado.
Wideband-utiliza 3 grupos de interfaces , o que permite fazer
ADD/DROP de 189x2M. Nocaso de se pretender fazer ADD/DROP de mais do que
189M.

6.2 NEC SMS600V

Trata-se dum equipamento em que os agregados , ou seja as cartas que fazem o


interface do equipamento com a linha, são STM-16 e os sinais tributários são de 140M
; STM-1 O ou E e STM-4
A capacidade máxima de tributários suportados pelo SMS-2500A quando
transmite um sinal agregado STM-16 é de :

Tributários Terminal Adm 2F MSSPRING 4F MSSPRING


STM-1 E/140M 16 32 16 32
STM-1 O 16 16 16 16
STM-4 O 4 8 4 8

A estrutura mecânica do SMS-2500A é constituída por uma subrack principal,


também designada por HS (high speed), e uma outra subrack MS (medium speed). A
subrack HS ´é constituída por unidades de interface de linha ; unidades de cross-
connect ; unidades de sincronização ; unidade de acesso aos overheads e unidade de
gestão. A subrack MS é constituida por unidades tributárias , unidades de acesso aos
overheads e unidade de gestão. Alem disso a subrack MS possui 4 grupos de interface
(IG A , IG B , IG C , IG D) que são reservados para as unidades tributárias.

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