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ESTRUTURAS DE AÇO-05

Prof. Alberto Leal, MSc.


Grupo HCT
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1. Dimensionamento da alma das vigas


1.1 Considerações iniciais

• A alma das vigas promove a ligação entre as mesas e tem como função
principal absorver os esforços cortantes.

• Usualmente, costuma-se concentrar maior área de aço nas mesas para


buscar uma maior eficiência à flexão. Neste contexto, a alma apresenta
geralmente espessuras reduzidas.

• O dimensionamento da alma é embasado na flambagem do elemento sob


ação das tensões de cisalhamento.
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1.1 Considerações iniciais

• As almas de perfis laminados são poucos esbeltas, isto é, pequena relação


entre ℎ0 /𝑡0 . Neste sentido, a capacidade resistente está associada à tensão
de escoamento ao cisalhamento 𝑓𝑣 = 0,60𝑓𝑦 .

• Em perfis fabricados, a esbeltez costuma ser mais elevada e, por isto, são
especificados enrijecedores de alma.

𝑘𝐸
𝜏𝑐𝑟 = 0,904 2
(ℎ𝑤 𝑡0 )
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1.1 Considerações iniciais

onde:

𝜏𝑐𝑟 é a tensão de cisalhamento crítica de flambagem local elástica de um painel


de alma.

𝑘 é um coeficiente que depende das condições de contorno e do espaçamento 𝑎


dos painéis de alma.
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1.2 Tensões de Cisalhamento

• As tensões de cisalhamento 𝜏 em decorrência do esforço cortante são dadas por:

𝑉 é o esforço cortante na seção considerada.

𝑆 é o momento estático em relação ao centro geométrico da


𝑉𝑆 seção, referente à área compreendida entre uma das
𝜏= bordas e o ponto onde deseja-se obter a tensão.
𝐼𝑡
𝐼 é o momento de 2ª ordem.

𝑡 é a espessura da chapa no ponto onde se mede a tensão.


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1.2 Tensões de Cisalhamento

• No caso do perfil I, a aplicação da fórmula do cisalhamento demonstra que


praticamente toda a tensão é absorvida pela alma.

• Outro ponto importante é que a avaliação da tensão pode ser aproximada pela
razão entre a força cortante e a área da alma, isto é, pela tensão média (𝜏𝑚é𝑑 ).
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1.2 Tensões de Cisalhamento

onde 𝑉𝑠𝑑 é o esforço cortante de cálculo.

𝑉𝑠𝑑 𝐴𝑣 é a área efetiva de cisalhamento, dada por:


𝜏𝑠𝑑 =
𝐴𝑣
• Perfil I: 𝐴𝑤
• Seção retangular cheia: 2/3 𝐴𝑔
• Seção circular cheia: 3/4 𝐴𝑔
• Seção circular vazada: 1/2 𝐴𝑔
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1.3 Vigas sem enrijecedores transversais

• As vigas I com alma pouco esbelta não apresentam risco de flambagem por
cisalhamento e o esforço cortante resistente de cálculo é dado por:

𝑉𝑅𝑑 = 𝐴𝑤 (0,6𝑓𝑦 ) 𝛾𝛼1

• O limite para que a alma seja considerada pouco esbelta é 2,46 𝐸 𝑓𝑦 .

 Limite aço ASTM A36: 69,6


 Limite aço ASTM A572: 58,8
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1.3 Vigas sem enrijecedores transversais

• Em vigas I com valores de esbeltez superiores ao limite anteriormente citado, a


resistência ao cisalhamento é reduzida por um coeficiente 𝐶𝑣 .

• É possível dispensar ainda o emprego de enrijecedores em trechos de vigas cujo


esforço cortante solicitante de cálculo seja inferior a:

𝑉𝑅𝑑 = 𝐴𝑤 0,6𝑓𝑦 𝐶𝑣 𝛾𝛼1


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1.3 Vigas sem enrijecedores transversais

• O coeficiente 𝐶𝑣 representa uma transição entre a resistência ao escoamento por


cisalhamento e a flambagem elástica.

OBS: Limite superior para


2,46 𝐸 𝑓𝑦 7,50𝐸 alma sem enrijecedor
𝐶𝑣 = 𝐶𝑣 = 2
(ℎ𝑤 𝑡0 ) 𝑓𝑦 (ℎ𝑤 𝑡0 )
ℎ𝑤 𝑡0 ≤ 0,42 𝐸 𝑓𝑦 = 260

2,46 𝐸 𝑓𝑦 < ℎ𝑤 𝑡0 ≤ 3,06 𝐸 𝑓𝑦 ℎ𝑤 𝑡0 > 3,06 𝐸 𝑓𝑦


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1.3 Vigas sem enrijecedores transversais

1º Passo: Determinação do coeficiente 𝐶𝑣 (VS 1000x140)

• Como a esbeltez da viga VS1000 x 140 é superior a 3,06 𝐸 𝑓𝑦 , a flambagem é do


tipo elástica.

7,50𝐸 7,50 ∙ 20.000


𝐶𝑣 = 2 = 2 ∴ 𝐶𝑣 = 0,403
𝑓𝑦 (ℎ𝑤 𝑡0 ) 25 ∙ (975 8,0)
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1.3 Vigas sem enrijecedores transversais

2º Passo: Determinação do esforço cortante resistente de cálculo.

𝐶𝑣 ∙ 0,60 ∙ 𝑓𝑦 ∙ 𝐴𝑤 0,403 ∙ 0,60 ∙ 25 ∙ 0,80 ∙ 97,5


𝑉𝑅𝑑 = =
𝛾𝛼1 1,10

𝑉𝑅𝑑 = 429 𝑘𝑁
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1.3 Vigas sem enrijecedores transversais

1º Passo: Determinação do coeficiente 𝐶𝑣 (VS 550x64)

• Como a esbeltez da viga VS 550 x 64 está compreendida entre 2,46 𝐸 𝑓𝑦 e


3,06 𝐸 𝑓𝑦 , ocorrerá flambagem do tipo inelástica.

2,46 𝐸 𝑓𝑦 2,46 20.000 25


𝐶𝑣 = = ∴ 𝐶𝑣 = 0,826
(ℎ𝑤 𝑡0 ) (531,0 6,3)
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1.3 Vigas sem enrijecedores transversais

2º Passo: Determinação do esforço cortante resistente de cálculo.

𝐶𝑣 ∙ 0,60 ∙ 𝑓𝑦 ∙ 𝐴𝑤 0,826 ∙ 0,60 ∙ 25 ∙ 0,63 ∙ 53,1


𝑉𝑅𝑑 = =
𝛾𝛼1 1,10

𝑉𝑅𝑑 = 376 𝑘𝑁
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1.3 Vigas sem enrijecedores transversais
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1.3 Vigas sem enrijecedores transversais
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1.4 Vigas com enrijecedores transversais

• Em vigas com enrijecedores de alma, o valor limite da esbeltez, isto é, para que
não ocorra a flambagem, é dado por λ𝑝 .

260
𝑘 = 5,0, para 𝑎 ℎ𝑤 ≥ 3 ou 𝑎 ℎ𝑤 > ( )2
ℎ𝑤 𝑡0
λ𝑝 = 1,10 𝑘𝐸 𝑓𝑦
5
𝑘 =5+
( 𝑎 ℎ𝑤 )
2 para todos os demais
casos.

𝑎 é a distância entre os enrijecedores.


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1.4 Vigas com enrijecedores transversais

• Nas vigas sujeitas ao efeito da flambagem da alma, o esforço cortante resistente


de cálculo é dado em função do coeficiente 𝐶𝑣 , conforme mostrado
anteriormente.
λ𝑝 λ𝑟 = 1,37 𝑘𝐸 𝑓𝑦
λ𝑝 ≤ ℎ𝑤 𝑡0 < λ𝑟 → 𝐶𝑣 =
ℎ𝑤 𝑡0
OBS: Após a flambagem por cisalhamento em
λ𝑝 vigas com enrijecedores transversais, a alma
ℎ𝑤 𝑡0 > λ𝑟 → 𝐶𝑣 = 1,24 ( )2 transforma-se num sistema treliçado com
ℎ𝑤 𝑡0 diagonais tracionadas, denominado “campo de
tração”.
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1.4 Vigas com enrijecedores transversais

• O limite superior adotado para vigas com enrijecedores transversais é dado


pelos seguintes valores:

• ℎ𝑤 𝑡0 ≤ 11,7 𝐸 𝑓𝑦 para 𝑎 ℎ𝑤 ≤ 1,50

• ℎ𝑤 𝑡0 < 0,42 𝐸 𝑓𝑦 para 𝑎 ℎ𝑤 > 1,50


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1.4.1 Exercício-01
Uma viga soldada em aço MR250,
representada na figura, possui:

 Vão de 22m.
 Altura da alma de 2m.
 Largura das mesas de
0,60m.
 Contenção lateral das
mesas nos apoios e no meio
do vão.
 Carregamento distribuído
variável de 110 kN/m, mais
o peso próprio da viga.

Determine o esforço cortante


resistente de cálculo.
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1.4.1 Exercício-01
1º Passo: Determinação do coeficiente 𝑘.

𝑎 ℎ0 = 1300 2000 = 0,65

5
𝑘 =5+ 2 = 16,834
(𝑎 ℎ𝑤 )

2º Passo: Determinação da esbeltez da alma.

ℎ0 𝑡𝑤 = 2000 12,7 = 157,48

λ𝑝 = 1,10 𝑘𝐸 𝑓𝑦 = 127,65

λ𝑟 = 1,37 𝑘𝐸 𝑓𝑦 = 159,00
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1.4.1 Exercício-01

ℎ0 𝑡𝑤 = 2000 12,7 = 157,48

λ𝑝 = 1,10 𝑘𝐸 𝑓𝑦 = 127,65

λ𝑟 = 1,37 𝑘𝐸 𝑓𝑦 = 159,00

Como λ𝑝 ≤ ℎ𝑤 𝑡0 < λ𝑟

λ𝑝 127,65
𝐶𝑣 = =
ℎ𝑤 𝑡0 157,48

𝐶𝑣 = 0,81
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1.4.1 Exercício-01
3º Passo: Determinação do esforço cortante
resistente de cálculo.

𝐶𝑣 × 0,70 × 𝑓𝑦 × 𝐴𝑤
𝑉𝑅𝑑 =
𝛾𝛼1

0,81 × 0,60 × 25 × 1,27 × 200,0


𝑉𝑅𝑑 =
1,10

𝑉𝑅𝑑 = 2.805 𝑘𝑁
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1.5 Dimensionamento dos enrijecedores

• Os enrijecedores são constituídos de chapas


soldadas e podem estar dispostos aos pares ou
apenas de um lado.

• Divisão da alma em painel para reduzir o efeito da


flambagem. Além disso, em alguns casos, melhora
a resistência da seção transversal à torção.

• No lado tracionado, não há necessidade de contato


entre o enrijecedor e a mesa, desde que a distância
entre os referidos elementos esteja entre 4 (quatro)
e 6 (seis) vezes a espessura da alma.

• A esbeltez do enrijecedor não deve ultrapassar os


valores tabelados para que não ocorra flambagem
local.
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1.5 Dimensionamento dos enrijecedores
• O enrijecedor intermediário deve ter rigidez
suficiente para impedir a flambagem da alma.

• Nesse sentido, o momento de inércia do enrijecedor


simples ou duplo em relação ao eixo no plano
médio da alma deve ser superior a:

2,5
𝐼 = 𝑎 𝑡0 3 2 − 2 ≥ 0,5 𝑎 𝑡0 3
(𝑎 ℎ𝑤 )

onde:

𝐼 é o momento de inércia do enrijecedor unilateral ou


de um par de enrijecedores em relação ao plano médio
da alma.

𝑎 é o espaçamento entre os enrijecedores.


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1.5.1 Exercício-02
Tendo em vista o exercício apresentado no
subitem anterior, pede-se que seja verificado
o enrijecedor numa seção intermediária,
sabendo que existe uma chapa disposta
apenas num dos lados da alma.
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1.5.1 Exercício-02
1º Passo: Determinação da espessura
mínima do enrijecedor.

- Sabe-se que os enrijecedores devem ser


dimensionados de forma que não haja
flambagem local.

- Nesse sentido, a esbeltez do elemento


deve ser inferior ao limite estabelecido
para o Grupo 04 relativo a componentes
“não enrijecidos”.

𝑏
< 18,4 → 𝑡𝑚í𝑛 = 8,15 𝑚𝑚
𝑡

- Sendo o enrijecedor especificado com


chapa 9,5 mm, pode-se afirmar que a
espessura é adequada.
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1.5.1 Exercício-02
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1.5.1 Exercício-02
2º Passo: Avaliação da rigidez do
enrijecedor.

𝑡 × 𝑏 3 0,95 × 153
𝐼= =
3 3

𝐼 = 1.069 𝑐𝑚4

- Sendo a rigidez mínima do enrijecedor


estabelecida pela ABNT NBR 8800:2008
pela expressão:

2,5
𝑎 ∙ 𝑡03 2 −2
𝐼≥ (𝑎 ℎ0 )

0,5 ∙ 𝑎 ∙ 𝑡03
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1.5.1 Exercício-02
2º Passo: Avaliação da rigidez do
enrijecedor.

2,5
130 ∙ 1,273 2
− 2 = 1.043 𝑐𝑚4
0,65

0,5 ∙ 130 ∙ 1,273 = 133 𝑐𝑚4

- Diante do exposto acima, fica evidente que


o critério de rigidez é atendido.

3º Passo: Avaliação do espaçamento do


enrijecedor.

- O espaçamento do enrijecedor deve estar


compreendido entre os seguites limites.
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1. Dimensionamento da alma das vigas


1.5.1 Exercício-02
3º Passo: Avaliação do espaçamento do
enrijecedor.

𝑎 260 2
≤( )
ℎ0 ℎ0 𝑡0

𝑎
≤ 3,0
ℎ0

- Foi adotado no exemplo em questão uma


relação 𝑎 ℎ0 equivalente a 0,65 e,
portanto, em conformidade com os
requisitos estabelecidos.

𝑎 130 𝑎
= → = 0,65
ℎ0 200 ℎ0
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1.6 Forças concentradas
• Em vigas sujeitas a cargas concentradas em
regiões de alma não enrijecida, podem ocorrer
os seguintes tipos de ruptura:

(a) Escoamento local da alma

(b) Enrugamento da alma (web crippiling)


com flambagem localizada.

(c) Flambagem da alma com ou sem


deslocamento lateral da mesa tracionada.

(d) Flambagem da alma por compressão


transversal.

• É necessária a colocação de enrijecedores de


alma se a capacidade resistente da viga sem
enrijecedor for insuficiente.
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1.6.1 Escoamento da Alma
• No intuito de evitar a ocorrência de
escoamento local da alma sob ação de forças
concentradas, pode-se verificar a seguinte
expressão:

1,10
𝑅𝑑 = ∙ 𝑅𝑛
𝛾𝛼1

1,10
𝑅𝑑 = ∙ 𝑙𝑎 ∙ 𝑡0 ∙ 𝑓𝑦
𝛾𝛼1

onde:

𝑡𝑜 é a espessura da alma da viga estrutural


analisada.

𝑓𝑦 é a tensão limite de escoamento, dada em


função do materiaL
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1.6.1 Escoamento da Alma

𝑙𝑎 é a extensão da alma solicitada, admitindo uma distribuição de tensões na


proporção 2,5:1,0, conforme pode ser visto na figura acima.
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1.6.1 Escoamento da Alma
• Para carregamentos aplicados em seções
intermediárias 𝑙 > ℎ , pode-se escrever:

𝑅𝑛 = (5𝑐 + 𝑎′ ) ∙ 𝑓𝑦 ∙ 𝑡0

• Por outro lado, se o carregamento atuante


estiver em seções próximas à extremidade,
pode-se escrever a resistência nominal por:

𝑅𝑛 = (2,5𝑐 + 𝑎′ ) ∙ 𝑓𝑦 ∙ 𝑡0

• A espessura 𝑐 em perfis laminados é igual a


soma entre a espessura da mesa e o raio de
curvatura na ligação mesa/alma.
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1.6.1 Escoamento da Alma
• Se a capacidade resistente for inferior ao
esforço solicitante, deve-se detalhar chapas
em ambos os lados da alma.

• Deve-se estender ainda o enrijecedor até,


pelo menos, metade da altura da alma.
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1.6.2 Enrugamento da Alma
• A expressão analítica que define a capacidade
resistente ao enrugamento da alma é dada
por:

𝑅𝑑 = 𝑅𝑛 𝛾𝛼1

𝑎′ 𝑡0 1,5 𝑡𝑓
𝑅𝑛 = 𝐾 ∙ 𝑡02 1 + 3 ( ) 𝐸 ∙ 𝑓𝑦 ∙ ( )
ℎ 𝑡𝑓 𝑡0

onde:

𝐾 = 0,66 para cargas intermediárias, quando


aplicadas a uma distância da extremidade maior
que ℎ 2.

𝐾 = 0,33 para cargas de extremidade.


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1.6.2 Enrugamento da Alma
• Em cargas de extremidade cuja relação
𝑎′ ℎ > 0,2, deve-se determinar a resistência
nominal a partir da expressão:

𝑎′ 𝑡0 𝑡𝑓
𝑅𝑛 = 0,33 ∙ 𝑡02 1 + (4 − 0,2) ∙ ( )1,5 𝐸 ∙ 𝑓𝑦 ∙ ( )
ℎ 𝑡𝑓 𝑡0
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1.6.3 Flambagem por compressão
• A flambagem da alma sob ação de forças
concentradas nas duas mesas é dada pela
resistência nominal abaixo descrita:

24∙𝑡03
𝑅𝑛 = ∙ 𝐸 ∙ 𝑓𝑦
ℎ𝑤

• Caso o par de forças seja aplicado próximo às


extremidades, numa distância menor que
ℎ 2, a resistência deve ser reduzida em 50%.
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1.6.4 Flexão local da mesa
• Uma força concentrada é transferida para a
alma mediante flexão localizada da mesa.

• A capacidade resistente da mesa é dada pela


seguite expressão:

6,25 ∙ 𝑡𝑓2 ∙ 𝑓𝑦
𝑅𝑑 =
𝛾𝛼1

• Caso o esforço solicitante seja superior ao


resistente, deve-se colocar enrijecedores em
ambos os lados.

• A força resistente é reduzida em 50% cuja


distância até a extremidade da viga seja
inferior a 10 ∙ 𝑡𝑓 .

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