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1 V2
d d
e N
dt dt
Assim, se diversas bobinas estiverem submetidas ao mesmo fluxo, a tensão induzida total
será proporcional a N, número de espiras da bobina na qual se mede a tensão.
∅ = ∅𝑝𝑖𝑐𝑜 . 𝑠𝑒𝑛(𝜔. 𝑡)
𝑑𝜆
𝑒= = 𝜔. 𝑁. ∅𝑝𝑖𝑐𝑜 . 𝑐𝑜𝑠(𝜔. 𝑡)
𝑑𝑡
𝐸𝑝𝑖𝑐𝑜 = 𝜔. 𝑁. ∅̂.
2. 𝜋. 𝑓. 𝑁. ∅𝑝𝑖𝑐𝑜
𝐸𝑒𝑓 = = 4,44 𝑓. 𝑁. ∅𝑝𝑖𝑐𝑜
√2
A tensão (V) que será medida nos terminais depende da corrente da bobina, pois
d
V r.I
dt
Tanto o primário do transformador como o seu secundário possuem resistência. Outro fenômeno
que ocorre é que nem todo o fluxo que passa no primário chega o secundário ( e vice-versa).
Nestas condições um modelo clássico para correlacionar tensões e correntes do primário e
secundário, é baseado nas equações
dI1 dI dI
V1 r1.I1 Ld 1. Lm . 1 r1.I1 Ld 1. 1 E1
dt dt dt
dI
V2 r2 .I 2 Ld 2 . 2 E2
dt
V1 r1.I1 jX d 1.I1 E1
V2 r2 .I 2 jX d 1.I 2 E2
N1
E2 E1
N2
Com Ld, sendo as indutâncias de dispersão, Lm a mútua entre os enrolamentos, E as f.e.m.
produzidas pelo fluxo mútuo, r as resistências dos enrolamentos. “1” e “2” representam o
primário e secundário, respectivamente.
Estas equações podem ser representadas de forma gráfica no circuito abaixo. Na região verde está
o modelo estudado em cursos básicos de eletromagnetismo.
Deste circuito, pode-se calcular as correntes, potências etc. tanto no primário como no
secundário.
Para fins de modelagem de sistemas elétricos de potência em regime permanente de
trabalho, normalmente busca-se um modelo ainda mais simplificado, no qual as grandezas são
todas referenciadas a um dos lados da máquina e as indutâncias definem as reatâncias do circuito
na frequência de trabalho. O modelo resulta em um circuito como abaixo,
X l1 R1 R2' X l' 2
I a N1 / N 2
I1 I2
Ic Im I 2' E2' aE2 ; I 2'
' a
V1 Rc Xm
E
2 E2
R2 a R2 ; X l 2 a 2 X l 2
' 2 '
E como seria a relação entre a tensão e corrente em carga, por exemplo, resistiva?
1. Relação de transformação e magnetização
Material
1 osciloscópio de canais isolados e ponta de prova de corrente
1 variac
1 transformador
4 multímetros
1 wattimetro alicate.
1 fonte cc (para medir as resistências do trafo usando a lei de ohm).
V1 (Vcc)
I1 (Acc)
R1
V2 (Vcc)
I2 (Acc)
R2
Utilize o osciloscópio de canais isolados e observe a corrente em vazio (I0)com a ponta de prova
de corrente em duas condições: baixa tensão (baixo fluxo) e alta tensão.
Anote as tensões eficazes aplicadas (V1) e as medidas (V2) e esquematize, no gráfico da terceira
coluna, a corrente observada. No gráfico, anote o valor de pico da corrente.
V1 V2
Corrente de primário
(V) (V)
Baixa
~55% de Vnom
Alta
~110% de Vnom
Qual a relação entre as tensões experimental V1/V2 nos dois casos. Compare a relação entre V1 e
Io nos dois casos: qual é maior? Justifique os resultados.
R:
150
E2 (V)
100
50
0
0 0.1 0.2
Imagnetização (A) 0.3 0.4
5. Trace a curva E1 x Potência (E1=V2.N1/N2). Interpole os pontos obtidos por um modelo que
represente as perdas no Ferro por uma resistência (P=E12/Rfe). Comente os resultados.
200
150
Perdas no Ferro (W)
100
50
0
0 0.1 0.2
E1(V) 0.3 0.4
B) Determinando os parâmetros do transformador
O modelo proposto (figura abaixo) possui 6 parâmetros. Assim sendo seriam necessárias 6
equações linearmente independentes para encontrar todos os parâmetros. Como mediremos
tensões e correntes, COM SUAS FASES, teremos, para cada equação que relaciona tensão com
corrente, a parte real e a parte imaginária. Assim sendo só precisaríamos de 3 equações
complexas para identificar os 6 parâmetros.
Nas figuras abaixo são apresentados os modelos típicos para análise da relação entre a
corrente e tensão do transformador. O modelo da direita é ainda mais simples que o da esquerda.
Nele se supõe que as resistências e indutâncias de dispersão do primário são suficientemente
pequenas para não afetar o valor do fluxo mútuo.
´ ´ ´ ´
Neste curso, vamos separar X1 de X2 (muitas normas não o fazem). Para tanto, optamos por
adotar algumas hipóteses construtivas: uma associada ao projeto do transformador e outra por
uma medição direta de um dos parâmetros.
1
Na verdade, conforme as escolhas, o sistema de equações seria não linear.
2
ABNT NBR NBR 5380
a2) Outras equações são obtidas simplesmente medindo a resistência estatórica em
corrente contínua3, entre duas fases.
Além destas equações teremos mais quatro, resultante de mais dois ensaios:
Xm = Vvz2/Qvz
Rc = Vvz2/Pvz
Para encontrar estes dois parâmetros, bastam as potências medidas: a parte reativa em
vazio (Qvz), a parte ativa (Pvz) ou a total ou aparente Svz e o fator de potência em vazio).
e, portanto4,
3
Esta equação supõe, de forma simplificada, que esta resistência normalmente é pouco dependente da
frequência de excitação e que os fluxos dispersos no estator produzem pouca variação das perdas associadas
ao parâmetro (veja a discussão de perdas suplementares, por exemplo, no capítulo de máquinas síncronas no
livro texto)
4
Observe que temos uma equação a mais. Já temos R1 e R2! Vamos usá-la para verificação.
2. Determinação dos parâmetros para as condições nominais
Recupere (ou calcule) as informações para a tensão nominal do ensaio já realizado outros dados.
Vvz (~a tensão nominal) V
Ivz A
Pvz W
Qvz var
N1/N2
R1medido
R2medido
Calcule as reatâncias e resistências equivalentes (Xeq e Req) a partir das potências medidas
Aplique tensão variável (reduzida! Inicie de zero e suba lentamente) à entrada do transformador e
preencha a tabela abaixo. Um dos pontos da tabela deve possuir um ponto próximo da corrente
nominal do transformador (Inom). Inicie as medições com correntes inferiores a 20% a Inom.
Meça valores até cerca de 30% superiores ao valor nominal.
V1 (eficaz)* I1 (eficaz)* I2
Comente: qual a relação N1/N2 mais provável (já medimos V1/V2 e I2/I1)?
Calcule os parâmetros e desenhe o circuito equivalente do transformador, com seus valores.