Computadores

SEGUNDA-FEIRA 11 OUTUBRO 2004 DIRECTOR JOSE MANUEL FERNANDES EDITOR RUI JORGE CRUZ

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Net: vício ou A ‘Diciopédia’ As novidades da O Sateira Da estratégia à
conveniência para 2005 Fujitsu Siemens CD&DVD Burner acção e ao RPG
Estudos nos EUA mostram A Porto Editora lançou nova Os frutos de cinco anos Um ‘shareware’ alternativo Seis jogos, da mitologia dos
como o uso da Web já versão, para um público desta parceria germano- ao conhecido Nero, da vikings à lenda de Joana
entrou na vida das pessoas mais vasto e diversificado nipónica nas TI Ahead, para queimar discos d’Arc, entre outros quatro
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OPERADORES DIFERENCIAM OFERTAS COM MAIORES VELOCIDADES

Net por ADSL e

cabo até 1 megabit
por segundo
D
EPOIS DE ANDAREM anos a “pati-
nar” dentro das mesmas veloci-
dades — diferenciando as suas
ofertas apenas pelos limites
de “downloads”, de armaze-
namento e de caixas de correio oferecidas
—, os fornecedores de serviços de acesso à
Internet por banda larga começam agora
a apostar em novas classes de débito para
atrair mais clientes às suas listas, quer por
acesso directo quer através da rede da Por-
tugal Telecom (PT).
A escalada de velocidade a que assisti-
mos desde o passado mês de
Setembro indicia não só uma FÁTIMA
guerra pela preferência dos / Casa
utilizadores — sobretudo
dos “power users” e das pequenas e médias
empresas — mas também uma mudança
nas prioridades dos internautas, que pare-
cem estar a valorizar cada vez mais a velo-
cidade e menos o preço. A tendência fora já
identificada e é confirmada por Pedro Quei-
rós, director comercial da Cabovisão, devido
ao amadurecimento do mercado, que evolui
do tradicional “dial up” (acesso telefónico
convencional) para as ligações por banda
larga mas de menor velocidade, mais bara-
tas, mudando gradualmente para serviços
mais rápidos.
Em Setembro, a Oni e a Novis avan-
çaram com duas novas ofertas de acesso
à Internet — a primeira juntando voz e
dados para acesso directo e indirecto mas
mantendo velocidades de 512 kilobits por
segundo (Kbps) e 1 megabit por segundo
(Mbps); e a operadora da Sonaecom “esti-
cando” as classes de velocidade para 4 e 8
Mbps, embora com um âmbito de serviço
limitado a poucas centrais no país.
Agora é a vez de a TV Cabo lançar o
novo serviço residencial
CAÇADOR — o NetCabo Mega — com
dos Bits 1 Mbps, acompanhada de
tráfego nacional ilimitado,
um limite de 4 GB de tráfego internacional
nas horas diurnas e “downloads” ilimita-
dos também de endereços internacionais à
noite. O serviço deverá arrancar no dia 15 e
a mensalidade definida é de 45,1 euros.
A TV Cabo já tinha uma oferta empre-
sarial de 1 Mbps, ao passo que a Cabovisão
integrara, em Abril de 2003, um acesso simi-
lar no seu portfólio para clientes residen-
ciais, em conjunto com o serviço de televisão
e telefone sobre IP. A diferenciação ➜

7c1bf3e5-024b-435b-bb28-84bbcd8a7552
➜ de velocidades e modalidades de residencial. António Miguel Ferreira, OPÇÕES DE ACESSO À INTERNET EM BANDA LARGA
serviço é mesmo um dos apanágios desta director-geral da Via Net.Works, explica
Operador / Serviço Velocidade Limite Limite Caixas Mensalidade
operadora de cabo, que mantém um hon- que este serviço se somará ao acesso pro- ‘downloads ‘downloads’ de
roso segundo lugar na quota de mercado fissional da mesma velocidade já mantido nacionais internacionais Correio
de fornecedores de serviços de acesso à pela empresa mas que garantia melhores
Internet por banda larga em Portugal, a taxas de contenção (1/20) e, por isso, ACESSO POR CABO
seguir ao grupo PT e a grande distância maior qualidade de serviço. Cabovisão
dos restantes concorrentes. Embora satisfeito com o preço definido Net 128K 128 Kbps 5 GB 5 29
Seguindo a “onda” da TV Cabo, pela PT Comunicações para este novo ser- Net 256 K 256 Kbps 8 GB 5 36
também a TV Tel, um operador de cabo viço grossista — que ficará nos 20 euros Net 512K 512 Kbps 13 GB 5 46
Net 1Megabit 1024 Kbps 20 GB 5 105
que opera no Grande Porto, disponibili- —, o director-geral da Via Net.Works con-
zou na semana passada uma oferta de sidera que a PT deveria agora reduzir o TV Cabo
768 Kbps e 1 Mbps por preço praticado nos 512 Kbps NetCabo Speed On 640 Kbps 20 GB 1 GB 5 35
35 e 40 euros por mês, (16 euros), pelo que solicitou NetCabo 256 256 Kbps 10 GB 300 MB 5 22,50
que O mercado não
NetCabo 512 512 Kbps 20 GB 2 GB 5 35
respectivamente, à Anacom a suspensão desta NetCabo Light 256 Kbps s/ limite s/ limite 5 22,5 (15 horas)
acrescenta às restantes está ainda maduro nova oferta grossista da PT NetCabo Zzt! 256 Kbps s/ limite s/ limite 5 0,03 / minuto
velocidades que mantém Comunicações. NetCabo Mega 1024 Kbps s/ limite 4 GB 30 45,10
(ver quadro anexo). e a procura não Quanto à possibilidade de TVTel
Mas esta não é a única justifica os 2 Mbps, avançar com uma oferta gros- JetSonic 256 SL 256 Kbps s/ limite s/ limite 10 34,98
novidade de serviços de sista de 2 Mbps, um porta-voz JetSonic 256 2 GB 256 Kbps 2 GB s/ limite 10 17,48
acesso à Internet por pelo que a PT da PT explicou a Computado- JetSonic 512 4 GB 512 Kbps 4 GB s/ limite 10 24,98
banda larga no grupo PT. decidiu avançar res que a empresa não incluiu JetSonic 512 SL 512 Kbps s/ limite s/ limite 10 49,98
JetSonic 768 20 GB 786 Kbps 10 GB s/ limite 10 34,98
Na sequência de um sen- esta classe no seu portfólio e
tido provável de decisão
com uma oferta que, em resposta à Anacom,
JetSonic 1024 1024 Kbps 20 GB s/ limite 10 49,98
JetSonic Livre 768 Kbps s/ limite s/ limite - Por hora naveg.
da Anacom (já noticiada mais adequada defendeu considerar que
por Computadores a 14 ao mercado ainda não existe necessidade ACESSO ADSL
de Setembro: “Anacom no mercado para esta veloci- Grupo PT
Quer Mais Velocidade no residencial, dade. A mesma fonte afirmou Telepac ADSL 512 Kbps 40 GB 4 GB 10 38
Telepac ADSL 768 Kbps s/ limite 8 GB 15 68
ADSL”), a PT Comuni- a 1 Mbps. que o mercado não está ainda Telepac ADSL 1024 Kbps s/ limite 12 GB 20 106
cações avançou com uma maduro e que a procura não Sapo Pré-Pago 256 Kbps s/ limite s/ limite 0,03 / minuto
nova oferta de 1 Mbps a justifica o salto para os 2 SAPO Light 256 Kbps s/ limite s/ limite 22,5 (15 horas)
nível grossista, tendo emitido um pré- Mbps, pelo que a empresa decidiu avançar SAPO Standard 512 Kbps 20 GB 2 GB 34,99
SAPO Pro 512 Kbps s/ limite 4 GB 44,99
aviso a 17 de Setembro para a Anacom com uma oferta intermédia, mais adequada
e todos os ISP. A oferta comercial do ser- ao mercado residencial, a 1 Mbps. Novis
viço irá, por isso, iniciar-se em meados de Ainda sem data de lançamento mar- Net ADSL 512 Light 512 Kbps “dia: s/ limite; noite: 4 GB” s/ limite 34
Outubro, devendo esperar-se até ao final cada, a nova classe de velocidade do ADSL Net ADSL 1024 Light 1024 Kbps “dia:s/ limite;noite:10 GB” s/ limite 99
do mês um pacote Sapo ADSL com esta para o mercado residencial terá a potencia- ADSL Mega 4 MB (3) 4096 Kbps s/ limite horº laboral s/ limite 34
ADSL Mega 8 MB (3) 8192 Kbps s/ limite horº laboral s/ limite 64
classe de velocidade mas cujo preço não lidade de alargar o mercado, satisfazendo
está ainda definido. mais efectivamente os utilizadores que Oni
Outros ISP que usam a rede da PT hoje e cada vez mais procuram na Internet Oni Duo 512 (1) 512 Kbps 4 GB (s/ limite à noite 10 22,5 /20 (2)
Comunicações para suportar os seus ser- conteúdos multimédia, fazem “downloads” Oni Duo 1024 (1) 1024 Kbps e fim semª) 38 / 84 (2)
viços de ADSL deverão também incluir de aplicações e ficheiros, e se dedicam aos Via Net.Works
esta nova oferta no seu portfólio. A jogos “on-line”. E o preço poderá ser um Via ADSL Standard 512 Kbps s/ limite 5 49
Via Net.Works confirmou que pretende factor a ajudar a uma migração rápida da Via ADSL Premium 512 Kbps s/ limite 10 59
avançar com esta oferta residencial a 1 base instalada nos 512 Kbps para os 1024 Via ADSL Premium 768 Kbps s/ limite 10 109
Via ADSL Premium 1024 Kbps s/ limite 50 159
Mbps, que tem uma taxa de contenção de Kbps, gozando os internautas da duplica-
1/50 — semelhante à do serviço actual ção da largura de banda — o que, à falta Fontes: informação publicada nos ‘sites’ das empresas
(1) para clientes de acesso directo e indirecto da Oni; implica agregação de telefone”
de 512 Kbps, massificado no mercado de melhor, é sempre bem-vinda. ● (2) Para zonas Oni e zonas não Oni (respectivamente)
(3) Para clientes com acesso directo Novis

computadores .2 S E G U N D A - F E I R A . 1 1 . O U T U B R O . 2 0 0 4
S E G U N D A - F E I R A . 1 1 . O U T U B R O . 2 0 0 4 computadores .3
 tecpédia H E N R I Q U E C A R R E I R O ESTUDO DA YAHOO! SUGERE ‘LIGAÇÃO EMOCIONAL’

Canon Pixma Viver (ou não)

A
s impressoras de jacto de tinta começaram
por ajudar a eliminar de cena as suas congé-
neres matriciais de agulhas há já quase uma
década, e têm obrigado as laser a uma car-
reira mais discreta do que seria de esperar
no mercado doméstico. Mas a sua popularidade explodiu
sem a Internet
O
desde há dois anos, com a fotografia digital. Enquanto os que fazer durante duas
laboratórios fotográficos tradicionais sofreram, nalguns semanas sem acesso à
mercados, quebras de 45 por cento em cerca de 15 Internet? Nos EUA, uma
meses, as de jacto de tinta passaram a complemento dúzia de famílias, utili-
obrigatório da máquina fotográfica digital. zadoras habituais deste
Fabricantes como a HP, a Canon ou a Epson, que estão meio, participou num estudo — finan-
tanto no mercado da captura como no da impressão de ciado pela Yahoo!, empresa detentora
imagem, perceberam a oportunidade e têm-se esforçado do portal com o mesmo nome, e pela
para simplificar cada vez mais a ligação entre as máquinas agência de publicidade OMD — con-
fotográficas e as impressoras. Prova disso é a introdução, cebido para investigar uma possível
nas impressoras, de leitores de cartões de memória, de “ligação emocional” à Web. As famí-
ecrãs de cristal líquido para pré-visualização de imagens lias, num total de 28 participantes de
ou de suporte a protocolos de impressão directa, como vários grupos étnicos, rendimentos e
o PictBridge, que permitem usar a impressora a partir da escalões etários, receberam entre 725 e
máquina, sem passar pelo PC. 950 dólares pela participação no teste,
Mas, para além de todas estas características conforme revelou o jornal diário “USA
ergonómicas, o que os utilizadores finais procuram é Today” — o que denotará uma possí-
qualidade de impressão e menor custo. Enquanto a vel falta de apetência por este tipo de
qualidade tem vindo a subir regularmente, a economia testes se eles não fossem pagos.
não tem sido o ponto forte das impressoras de jacto Apesar de ser simplesmente indi-
de tinta. É certo que o preço, em si, das impressoras cativo, baseado numa amostra tão
tem vindo a baixar para níveis impensáveis — mas são reduzida, o “Internet Deprivation afirma que ela tem alguma impor- revista “Christian Science Monitor”
compensados pelas margens nos cartuchos de tinta, Study” concluiu que os participan- tância. Por outro lado, num recente Steve Jones, professor da Univer-
mantendo o preço por página (ou foto) sempre elevado. tes sentiram principalmente a falta trabalho divulgado pela Online Publi- sidade do Illinois (na cidade de
A Canon, que de acesso ao correio electrónico e à shers Association e realizado junto de Chicago) e fundador da Association
lidera o mercado pesquisa de moradas. pessoas entre os 18 e os of Internet Researchers. “Dizer algo
das máquinas “Não imaginei que ia PEDRO FONSECA 54 anos, 70 por cento dos como ‘Tenta desistir da Internet e,
fotográficas ser tão difícil”, declarou inquiridos considerou se não conseguires, és um viciado’
digitais “reflex”, Jim Callahan, um dos participantes, positivo o tempo gasto “on-line”. seria como tentar convencer alguém
fez agora um que disse ainda ter sentido a falta do O facto de se usar a Internet a desistir de falar”, diz Steve Jones,
ataque frontal acesso “on-line” às notícias e à meteo- para leitura de notícias ou interagir salientando que a Web constitui um
ao mercado das rologia. Um outro participante decla- com outros não permite que se fale elemento de todo o sistema da comu-
impressoras rou-se com tanta vontade para voltar em termos de “vício” — declarava à nicação. ●
fotográficas que, pela primeira vez, poderá ajudar a às rotinas “on-line” que até já nem se
baixar, na prática, o custo de impressão doméstica das importaria de ler as mensagens não
fotos.
A geração Pixma (nome que, segundo a empresa,
solicitadas de correio electrónico (o
chamado “spam”).
A Internet vai acabar?
resultou da contracção de “pixel” e “maximum”) visa A privação do acesso à Internet A Internet, tal como a conhecemos, “colapso” de algum modo antecipado
a produção de fotografias de qualidade profissional fez-se notar ainda em actividades poderá acabar mas apenas para ser por uma das criações artísticas em
mas também um grande controlo dos custos de como a reserva de viagens, a pesquisa substituída por algo mais complexo, torno dos computadores portáteis (na
manutenção. A chave reside na separação entre as de resultados desportivos ou até as que tornará ainda mais complicado imagem) que a própria Intel exibiu na
funções da cabeça de impressão e dos cartuchos de compras, devido ao hábito de com- passarmos duas semanas desligado edição da Primavera deste ano do IDF.
tinta, sendo cada uma destas peças substituível em parar preços antes de concretizar as dela. Graham Whitehead, consultor Tanto Whitehead como Gelsinger
separado pelo utilizador final. Os cartuchos de tinta são aquisições. A impossibilidade de pagar da British Telecom (BT), explicava, falam do fim de uma Internet tal
à parte, com três tinteiros dedicados às cores primárias, contas foi igualmente referida — mas no final de Setembro, no congresso como a conhecemos hoje mas não
e ainda dois tipos de preto diferentes: um para texto e importa salientar que o estudo permi- anual da Irish Internet Association, do seu desaparecimento — antes de
o outro para as fotos (dando este uma saturação e um tia o acesso à Internet para tarefas que a Internet “está a morrer”, apesar uma evolução necessária para a fazer
contraste mais elevados). profissionais ou questões financeiras; de a banda larga e as redes terem funcionar com o aumento de novos
Para evitar a situação comum de desperdiçar uma folha cerca de metade dos intervenientes, no um futuro brilhante — referia a utilizadores, mais problemas técnicos
quando se imprime com um cartucho quase esgotado, entanto, não fez uso destas excepções, ElectricNews.net. (provocados ou não pelos vírus) e
as Pixma possuem sensores que apenas deixam a não tendo acedido de qualquer forma. A forma anárquica e aleatória tráfego perturbador (como o “spam”),
impressão realizar-se se existir tinta suficiente em todos A maior parte dos participantes das redes públicas de acesso à e um maior número de equipamentos
os cartuchos. — todos eles dispondo de acesso à Internet está a levar as empresas ligados, que cada vez mais vão para
A cabeça de impressão substituível separadamente Net por banda larga — “virou-se” de telecomunicações a criarem além dos computadores.
é um dos segredos das Pixma. Segundo a Canon, para outros média, com um maior redes privadas de banda larga, com Este tipo de anúncios aparentemente
esta cabeça usa uma nova tecnologia que modifica uso do telefone (27 dos participan- voz sobre o Internet Protocol (IP), pessimistas não é novo. Por exemplo,
a forma como a tinta é pré-aquecida e também uma tes), da televisão (21), dos jornais por exemplo. Estas redes privadas, como lembra a publicação “Spiked”,
grande densidade de ejectores de tinta, que permite e de filmes (20 para ambos) e, por impulsionadas por empresas como Steve Linford, responsável do projecto
atingir resoluções de 4800 x 1200 dpi e velocidades último, da rádio, com apenas seis dos a BT, vão substituir a Internet — que Spamhaus, previa há mais de um ano
até 17 páginas a cores por minuto nalguns modelos. intervenientes a declararem terem “morreu ou está a morrer, cheia de que a Internet não iria durar mais que
A Canon promete, devido à constituição da cabeça aumentado as suas horas de audição. vírus [informáticos] e de pornografia”, seis meses…
— baseada na tecnologia MicroFine Droplet —, eliminar No caso da família de Callahan, por referiu Graham Whitehead. Mas a própria Internet também já
as inconsistências no tamanho das microgotas de tinta, exemplo, a factura telefónica aumen- Este tipo de redes — baseadas na não pode ser considerada nova,
que provocavam até agora um diferença visível entre tou dos habituais 100 dólares para próxima versão do IP, o chamado IPv6 nem na sua vertente gráfica, apesar
a impressão produzida, por exemplo, por uma laser e a 300 dólares nessas duas semanas. — terá igualmente uma aplicação da confiança que ela poderá
saída de uma de jacto de tinta. Outros declararam ter efectuado mais prática mais alargada quando continuar a inspirar. No próximo dia
Além disso, há uma novidade bem-vinda para todos visitas aos vizinhos, ter jogado mais equipamentos domésticos como os 1 de Dezembro, o World Wide Web
os utilizadores de redes “wireless”: alguns modelos ou praticado mais exercício. televisores, os sistemas de segurança Consortium (W3C) vai celebrar o
da nova gama virão com suporte directo para redes Numa outra componente do mesmo e, em geral, aparelhos que possam seu décimo aniversário, em Boston,
baseadas na norma 802.11b/g, o que permitirá ligá- estudo, foram inquiridos cerca de mil ser controlados de forma centralizada no Massachusetts (EUA), com uma
las em qualquer ponto a uma rede doméstica, sem lares no sentido de saber durante tiverem o seu próprio endereço conferência em que participará Tim
cabos ou dispositivos adicionais. quanto tempo estimavam que conse- de IP, podendo ser identificados Berners-Lee, um dos responsáveis
Num mercado tão dinâmico como o das impressoras, guiriam estar sem acesso à Internet. A inequivocamente. pela criação da WWW — o que
os concorrentes não tardarão a reagir. Mas é bom maioria das respostas variou entre os Antes de Whitehead, já Patrick proporcionará uma oportunidade
saber que estas características de economia, qualidade cinco dias e as duas semanas. Gelsinger, vice-presidente e “chief privilegiada para avaliar o seu
e conectividade passarão a ser obrigatórias pelos Um outro estudo, do Pew Internet technology officer” (CTO) da Intel, impacto passado e perspectivar o
fabricantes, até nos modelos das gamas de entrada. ● & American Life Project, detectou que declarara na mais recente edição do seu futuro. O “crescimento, os riscos
apenas 30 por cento dos utilizadores Intel Developers Forum (IDF) que a e as oportunidades que a Web
norte-americanos de Internet afirma “World Wide Web poderá entrar em enfrenta” na próxima década estarão
Tecpédia é uma enciclopédia em construção sobre a era digital ter problemas quando não a usa colapso nos próximos anos” — um no centro do debate. ● P.F.
normalmente, enquanto 88 por cento

computadores .4 S E G U N D A - F E I R A . 1 1 . O U T U B R O . 2 0 0 4
 ‘DICIOPÉDIA 2005’ PROCURA PÚBLICO MAIS ALARGADO
Multimédia para o povo
A
EDIÇÃO para 2005 da
“Diciopédia”, que estará
à venda dentro de uma
semana, é mais um
passo na tentativa de
democratização do multimédia em
Portugal. A edição anterior vendeu
mais de 40 mil cópias mas, desta vez,
a Porto Editora quer passar das 50
mil. Para isso, conta com uma área
informativa e estatística sobre fute-
bol, uma estratégia de “marketing”
assente nos pontos de venda — como
os hipermercados — e várias outras
novidades. E, como sempre, sem
apoios oficiais.
Já se tornou uma tradição, como a
editora destaca, que em cada Outono
chegue uma nova “Diciopédia”. Há
sete anos que é assim, mesmo com
o mercado multimédia nacional
num quase total marasmo. “Aposta
de médio prazo”, como destacou
Vasco Teixeira, administrador da
Porto Editora, a “Diciopédia” já se
impôs no mercado mais virado para
a tecnologia mas precisa de alargar
horizontes.
“Continuamos a acreditar que a
educação e o conhecimento passam
pela tecnologia”, afirmou José
António Teixeira, justificando um
investimento anual na casa dos
800 mil euros para fazer evoluir a
“Diciopédia” — que, curiosamente,
mantém preço idêntico desde a pri-
meira edição. Bastam 49,99 euros
para levar para casa esta edição,
na versão em DVD-ROM ou em CD-
ROM (com cinco discos), à escolha do
freguês. No ano passado, as vendas
repartiram-se mais ou menos a
meias entre os dois suportes e, neste
ano, a Porto Editora acredita que o
DVD venha a valer entre 60 a 70 por
cento do total. Em termos globais, a
“Diciopédia” vale um terço das recei-
tas da área multimédia “off-line” da
Porto Editora.
Nascida como dicionário enci-
clopédico, a “Diciopédia” é, pela
primeira vez, assumida pelos seus
criadores como uma enciclopédia
graças aos seus mais de 30 mil artigos
desenvolvidos. E, com as novidades
anunciadas, parece confirmar mais
uma vez por que razão é o produto
multimédia de maior sucesso em
Portugal.
Num país de futebol, ainda a
viver as euforias mediáticas do
Euro 2004, não será de estranhar
a inclusão de uma área específica
sobre o chamado desporto-rei. Esta
inovação no reino das enciclopédias
tem êxito garantido e oferece todos
os dados da temporada 2003-2004 e
ainda da fase final do referido Euro.
A base de dados integra todos os
desafios, com resultados, formação
das equipas e ainda uma linha tem-
poral que mostra os principais acon-
tecimentos em cada jogo (cartões,
golos, substituições). Em termos de
interface, é tudo simples, tornando
ime-diato recordar como decorreu o
Belenenses-Guimarães da tempo-
rada passada ou o Portugal-Ingla-
terra do Euro...
A integração do futebol, apesar
de inesperada, não pode ser vista
como algo a que se torça o nariz.
Até porque não impediu a equipa
liderada por José Carlos Medeiros
de melhorar muitas áreas habituais
e criar outras novas.
A pesquisa transversal é uma
das inovações. Cada busca inicial dá
extensa lista de resultados, juntando
artigos, recursos e mapas, de modo
a que o utilizador possa desde
logo orientar a sua pesquisa. Para
simplificar este tipo de operação, a
palavra ou a expressão pesquisada
passa a surgir assinalada nos textos
resultantes, facilitando a leitura.
No Atlas, há também novidades,
com acesso directo aos países — sem
ter de se ir fazendo um “zoom” virtual
—, colocação de meridianos e geração
de gráficos (de barras, “queijos”, etc.)
de comparação a partir de dados
estatísticos dos países.
A capacidade de personalização é
outra aposta: além de cores e fontes,
existe a área My Enciclopedia,
onde cada utilizador pode incluir
a sua selecção de temas, assuntos
e artigos, e ainda anotá-los,
funcionando como uma espécie de
histórico do seu uso da obra.
S E G U N D A - F E I R A . 1 1 . O U T U B R O . 2 0 0 4
Destaca-se ainda a navegação
relacional, que utiliza uma base
de informação de factos (400 mil)
e relaciona eventos, mostrados
através de uma “nuvem” que pode
ser girada. A interface é prática,
tem aspecto agradável e permite,
por exemplo, que, a partir de um
filme, surja uma nuvem com os
factos relacionados — actores,
realizador, etc. Seleccionando um
desses factos, passa-se para a
nuvem relacionada com esse facto
e por aí fora...
O conceito de “learning objects”
(algo como “objectos de aprendi-
zagem”) foi desenvolvido com 30
novas criações. Estes “objectos” são
uma espécie de “dossiers” temáticos
muito completos, conjugando vários
tipos de meios, que dão uma visão
global sobre o tema. Um exemplo
pode ser o 25 de Abril. Outra inclu-
são muito útil são 25 obras clássicas
portuguesas, completas, integradas
em formato PDF e, portanto, facil-
mente imprimíveis.
Para que a “Diciopédia” tenha
sempre uma mais-valia e mostre ao
utilizador as suas capacidades —
comunicar o seu potencial e conteúdo
é uma dificuldade assumida —, a
página de entrada tem citações do
dia, efemérides e um destaque
temático pré-programado, que muda
semana a semana. Ou seja, quando
se abre a “Diciopédia”, encontra-
se sempre algo de novo. Foi ainda
feito um esforço para simplificar,
melhorando, por exemplo, a área
Perguntas & Respostas, um sistema
de pesquisa com linguagem natural
(por frases).
Acentuando a componente de
“edutainment”, a Jogopédia (um
concurso de perguntas sobre todos
os temas) tem novas perguntas e
pode ser jogada “on-line” com outros
utilizadores. Na faceta mais popular,
há ainda a inclusão de uma base
de dados dos Óscares, permitindo
extrair todos os resultados de todos
os anos dos mais famosos prémios
de cinema, em paralelo com uma
cronologia de literatura.
Dez mil elementos multimédia
— animações, vídeo, fotografia,
som, etc. — estão integrados na
“Diciopédia”, que permite actuali-
zações “on-line”. Está organizada
em várias áreas, como dicioná-
rios (oito), enciclopédia, recursos,
atlas, arquivos (histórico, cientí-
fico, etc.), e integra diversas fer-
ramentas práticas, de uma tabela
periódica interactiva a conversores
e medidores de distâncias. ●
agenda
DFT 2004 – The 19th IEEE International Symposium
on Defect and Fault Tolerance in VLSI Systems
Data: 11-10-2004 a 13-10-2004
Local: Cannes, França
Contacto: Raoul Velazco
E-mail: raoul.velazco@imag.fr
URL: tima.imag.fr/Conferences/df
ICCD 2004 – International Conference on Computer
Design – VLSI in Computers & Processors
“The Convergence of Computing, Communications and
Consumer Electronics”
Data: 11-10-2004 a 13-10-2004
Local: San Jose, Califórnia, EUA
URL: www.iccd-conference.org
Directions 2004 – IT Governance and Business Value
Data: 12-10-2004 a 13-10-2004
Local: Centro de Congressos do Estoril, Lisboa
Organização: IDC
Contacto: Monica Kalman
E-mail: mkalman@idc.com
URL: www.idc.pt
AVLSIWS – 2004 IEEE International
Analog VLSI Workshop
Data: 13-10-2004 a 15-10-2004
Local: Macau, China
URL: www.umac.mo/AVLSIWS2004/
ICSICT 04 – The 7th International Conference
on Solid State and Integrated Circuit Technology
Data: 18-10-2004 a 21-10-2004
Local: Beijing, China
Contacto: Min Yu
E-mail: icsict@ime.pku.edu.cn
URL: ime.pku.edu.cn/icsict/
BIBLIOTECAS DIGITAIS:
UMA REVISÃO DE TECNOLOGIA
2º Ciclo de Seminários em Estudos de Informação e
Bibliotecas Digitais e Gestão de Sistemas de Informação
Local: Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da
Empresa (ISCTE), Lisboa
“Gestão de Informação: estudo da configuração desta
disciplina em Portugal”
Data: 18-10-2004
“Bibliotecas digitais: uma revisão da tecnologia”
Data: 8-11-2004
“What Canadian are Acessing on Public Library Internet
Terminals: A Transaction Log Analysis”
Data: 25-03-2005
URL: www.dct.iscte.pt/mestrados/comum/seminarios/
seminarios.2004.htm
BMAS – 2004 IEEE International Behavioral Modeling
and Simulation Conference
Data: 21-10-2004 a 22-10-2004
Local: San Jose, Califórnia, EUA
Contacto: Ken Kundert
E-mail: chair@bmas-conf.org
URL: www.bmas-conf.org
CSICS – 2004 IEEE Compound Semiconductor
IC Symposium
Data: 24-10-2004 a 27-10-2004
Local: Monterey, Califórnia, EUA
URL: www.csics.org
5ª Conferência da Associação Portuguesa
de Sistemas de Informação (APSI)
Data: 3-11-2004 a 5-11-2004
Local: Pavilhão de Congressos do Instituto Superior
Técnico (IST-UTL), Lisboa
E-mail: capsi@dei.ist.utl.pt
URL: capsi.dei.ist.utl.pt
ESWC - The 4th Annual European
Shareware Conference
“Opening doors across Cyberspace”
Data: 6-11-2004 a 7-11-2004
Local: Estrasburgo, França
URL: www.euroconference.org
CSI 2004 - 5ª Conferência de Sistemas de Informação
Tema: Código Seguro
Data: 25-11-2004
Local: Escola Superior de Tecnologia e Gestão – Instituto
Politécnico de Leiria
URL: www.dei.estg.ipleiria.pt/events/csi2004
computadores .5
 NOVOS MEMBROS DA UE DEVERÃO AUMENTAR INVESTIMENTOS NAS TI

BMC atenta às
oportunidades no Leste
A
BMC SOFTWARE pretende
investir em diversos
mercados na Europa de
Leste e acaba de assi-
nar um acordo com a
LNX Network Integration para a
distribuição dos seus produtos na
Hungria. No final do mês passado,
a empresa organizou em Viena uma
conferência de imprensa para apre-
sentar esta sua estratégia, novas
parcerias e soluções para a gestão
de dados e de infra-estruturas de
tecnologias de informação (TI).
Bob Beauchamp, “chief executive
officer” (CEO) da BMC Software,
declarou que o início da década de
90 representara “um período de
enorme crescimento na área das
TI” mas, depois disso, as empresas
passaram por anos mais difíceis,
“em que a prioridade foi poupar
dinheiro”. Para Beauchamp, esse
foi um momento importante para a
BMC, pois o “software” por si desen- facto de a empresa procurar, em
volvido destina-se a uma gestão
optimizada das infra-estruturas de
TI. “Todos as empresas estão hoje
dependentes das tecnologias de
informação e é necessário fazer a
ponte entre o negócio e as TI”, afir- todos os mercados: “Em toda a parte,
mou o CEO da BMC Software.
Uma das principais novidades na
estratégia da BMC é o virar-se para
a Europa Oriental. Um dos passos
para a concretização desse objectivo quais os benefícios para a empresa e
foi o acordo celebrado com a LNX
Network Integration,
que será a distribui- ISABEL GORJÃO SANTOS
dora das soluções da em Viena (Áustria)
BMC na Hungria.
“Acreditamos que a LNX irá forne-
cer um excelente serviço aos nossos
clientes e que isso ajudará a impul- maduro e as empresas exigem muita
sionar a área de Business Service
Management como chave da nossa
estratégia de crescimento”, conside- ponsável da BMC considera que,
rou Bob Beauchamp. Em dez anos,
a BMC passou de 200 para 6700
funcionários, operando actualmente
em 82 países.
“A BMC está já presente em
vários países [da Europa Oriental]
, como é o caso da Rússia, mas
agora pretendemos continuar a
crescer nestes países e decidimos
aumentar o número de distribuido-
res”, adiantou Jorge Dinarés, vice-
presidente da BMC para a Europa
do Sul. O investimento na Europa
de Leste tem muito a ver com o
facto de vários países desta região
terem entrado recentemente para
a União Europeia. “Esses países
precisam agora de investir muito
em infra-estruturas de TI”, acres-
centou Jorge Dinarés.
Mas, apesar do crescimento que
se prevê, tais investimentos “terão
que ser muito bem pensados e justifi-
cados”. “A situação dos vários países
tem que ser analisada caso a caso;
mas podemos dizer, por exemplo,
que, na Rússia, é já absolutamente
claro que as grandes empresas estão
a investir e compreendem que preci-
sam de fazê-lo rapidamente”, adian-
tou o responsável da BMC.
Dadas as suas responsabilidades
na BMC Software, Jorge Dinarés
conhece também a realidade portu-
guesa. E Portugal é, segundo diz,
um dos países onde a BMC tem
registado “um crescimento muito
considerável”, graças também ao
cada país, parceiros adequados que
conheçam a realidade local.
No entanto, apesar das especi-
ficidades de cada região, Dinarés
considera que há aspectos comuns a
e cada vez mais, é preciso justificar
muito bem o investimento que é
feito. Quando se apresenta uma
solução, as primeiras perguntas são:
qual o preço?” Dinarés disse que tais
preocupações estão
também relaciona-
das com a maturi-
dade dos mercados.
“O mercado das tecnologias de infor-
mação e comunicação está hoje mais
informação”.
Quanto a Portugal, este res-
embora não se trate de um mercado
muito grande — a empresa possui
apenas cerca de 40 clientes (como o
Banco de Portugal, a Caixa Geral de
Depósitos, o Banco Espírito Santo
ou a Portugal Telecom) —, ele tem
vindo a crescer “de forma muito sig-
nificativa”. Até 2002, a facturação
da BMC em Portugal cresceu mais
de 20 por cento, ou seja, acima da
média. A partir de então, a percen-
tagem não tem sido tão significativa
As novas parcerias da BMC
A par da nova estratégia, a BMC
Software anunciou também novas
soluções e parcerias na área da
gestão de infra-estruturas de TI e de
bases de dados. Para estas soluções, a
empresa estabeleceu recentemente
um acordo com a Corra Technology,
de New Jersey (EUA) mas que dispõe
de centros de desenvolvimento na
Europa Oriental, para a configuração,
instalação e manutenção de serviços
através da solução Patrol Express,
da BMC — a qual permite, de forma
simples, a monitorização e gestão dos
sistemas de TI. Também a Hughes-
Calihan, do Arizona (EUA), está a usar
o Patrol Express para a gestão remota
de serviços dos seus clientes.
“mas a situação continua bastante
satisfatória”. Um menor ritmo de
crescimento foi “normal, sobretudo
tendo em conta os anos de enorme
crescimento”.
O sector financeiro e a área das
telecomunicações representam grande
parte dos clientes das soluções da
BMC mas, a estes, juntam-se também
a administração pública, “que tem
vindo a tornar-se bastante importante
para o negócio da empresa”.
A oferta da BMC passa por solu-
ções que permitem gerir — muitas
vezes remotamente, a partir de salas
como a representada na imagem
— as infra-estruturas de TI dos
seus clientes . “Hoje, grande parte
das empresas têm sistemas de apoio
aos utilizadores que respondem às
solicitações pela sua ordem de che-
gada, ou seja, não existe, habitual-
mente, uma solução ‘inteligente’ que
permita saber o que é prioritário”,
explica Jorge Dinarés.
“É preciso compreender que os
vários problemas, como o facto de
uma impressora não funcionar ou
de um computador não arrancar,
têm prioridades diferentes”. Para
Dinarés, coisas simples — como uma
impressora que deixou de funcionar
— podem até ser o problema mais
grave que, em dado momento, acon-
tece no sistema de informação de uma
empresa. “Uma impressora que não
funciona poderá merecer uma res-
posta mais rápida do que, por exem-
plo, uma falha num servidor”. ●
Software
Na área da gestão de informação,
a BMC Software e a Princeton
Softech firmaram uma aliança para a
combinação das soluções SmartDBA
Performance Management, da BMC,
com as Active Archive, da Princeton.
Este acordo permitirá melhorar o
desempenho de bases de dados
armazenadas em sistemas baseados
em “mainframes” ou em sistemas de
computação distribuída. Para além
disso, foi também anunciado o Smart
DBA Recovery Management, que
permite assegurar a disponibilidade
dos sistemas mais importante para as
empresas, bem como a recuperação
de informação em caso de falha
desses sistemas. ● I.G.S.

computadores .6 S E G U N D A - F E I R A . 1 1 . O U T U B R O . 2 0 0 4
 NOVOS SERVIDORES E SOLUÇÕES DE ARMAZENAMENTO NO VISIT 2004
Fujitsu Siemens
comemorou cinco anos
N
um evento que assinalou o táteis Lifebook em 2001, trouxe
quinto aniversário Fujitsu Sie- para o mercado os computadores
mens Computers, a empresa de bolso Pocket Loox em 2002
apresentou as suas novidades, e investiu particularmente
dos equipamentos de grande con- na mobilidade e nas soluções
sumo aos servidores e soluções de armazena- para sistemas de desempenho
mento. Aquilo que, nos tempos da Siemens crítico no ano passado. Em
Nixdorf já foi o “Festival de Outubro” (numa termos de vendas, a Fujitsu
alusão às festividades anuais da cerveja da Siemens registou agora, pela
vizinha cidade de Munique) passou agora a primeira vez, um crescimento
chamar-se VisIT 2004 European IT Forum, significativo (15 por cento) na
reforçando a ideia de que esta parceria entre primeira metade do ano fiscal
a alemã Siemens e a japonesa Fujitsu para face aos resultados obtidos na
as tecnologias de informação no hemisfério primeira metade de 2003.
norte veio para ficar. Joseph Reger, “chief
A VisIT 2004 apresentou, nas instalações technology officer” (CTO) da
circundantes da fábrica de Augsburg, na empresa, referiria depois
Alemanha, uma vasta área de exposição, a as grandes mudanças
par de diversas conferências e sessões de tra-verificadas nos últi-
balho dirigidas aos cerca de 7 mil visitantes,mos cinco anos.
entre grandes clientes e representantes de O crescimento
cerca 70 parceirosexponencial das comu-
da Fujitsu Sie- nicações móveis e dos recursos
mens nos países de “wireless” (de comunicação sem fios) dos
do Velho Conti- equipamentos, bem como o facto de existirem
nente. agora servidores de maior capacidade e a um
Bernd Bis-
preço bastante mais acessível, foram alguns
choff, presidente dos exemplos referidos pelo CTO da Fujitsu
e “chief executiveSiemens. Para Reger, a automação dos sis-
officer” (CEO)
temas e a adaptação destes às necessidades
da Fujitsu Sie- específicas dos clientes foram também dos
mens, aproveitou factores mais relevantes verificados nos
o VisIT 2004 últimos anos.
para recordar os No VisIT 2004, foram apresentados os
momentos mais novos servidores Primergy S2, com capa-
importantes dos cidade para dois processadores Xeon, da
cinco anos de his-Intel, e a tecnologia Extended Memory 64
tória da empresa. (EM64T), que confere ao servidor a possibi-
Desde a sua lidade de funcionar com
criação — por aplicações desenvolvidas ISABEL GORJÃO SANTOS
“casamento” para 32 ou 64 bits. Os em Augsburg (Alemanha)
entre a divisão
novos servidores podem
de tecno-
assumir a forma de “torres” — o TX200 S2
logias dee o TX300 S2 — ou de modelos para “rack”
informação
(o RX200 S2 e o RX300 S2) e destinam-se,
da Siemens
sobretudo, a empresas de pequena ou média
(ex-Siemens dimensão. A frequência de relógio dos pro-
Nixdorf) e a Fujitsu Computers em 1999 cessadores Xeon pode ir dos 2,8 GHz aos 3,6
— que a Fujitsu Siemens representa “o resul- GHz.
tado da fusão entre a inovação, a engenharia A Fujitsu Siemens apresentou ainda
e a qualidade japonesas e alemãs”. os resultados de um estudo relativo ao
A nova empresa lançou os servidores Pri- custo total de operação — ou “total cost of
mergy em 2000, apresentou os primeiros por- ownership” (TCO) — dos equipamentos e ao
VisIT 2004 também para os utilizadores
Apesar de grande parte do que se viu e Quanto ao novo Tablet PC da Fujitsu
ouviu no VisIT 2004 se ter dirigido aos Siemens, sabe-se que pesará menos de 2
sistemas de informação empresariais e à quilogramas e que integrará uma segunda
sua infra-estrutura (ver texto principal), bateria, a fim de trabalhar cerca de 8 horas
isso não quer dizer que a Fujitsu Siemens sem necessidade de ser ligado à tomada
não tenha reservado alguma atenção aos eléctrica. Como é característica dos Tablet
produtos mais directamente destinados PC, basta rodar o ecrã para baixá-lo para
aos utilizadores — profissionais ou não transformar o Lifebook T4010 num “bloco”
— das tecnologias de informação, como electrónico, onde se pode escrever notas
os computadores de secretária ou o novo mesmo à mão.
portátil Lifebook T4010, um Tablet PC que Novos computadores de secretária da
em breve estará disponível. família Scaleo foram também lançados
Nos computadores de secretária, a pela Fujitsu Siemens, nomeadamente os
novidade residiu no Scenic C620 Green PC, modelos T, P e C. Trata-se de computadores
o novo modelo da linha de PC profissionais multimédia para uso doméstico, que
da Fujitsu Siemens. Este modelo, que podem vir equipados com diversos
é o sexto da família Green PC, integra processadores — dos Pentium 4
tecnologias “amigas” do ambiente: na HT ou Celeron, da Intel,
placa principal, foi reduzida ao mínimo ou Athlon 64, da AMD
a quantidade de chumbo e também —, com várias opções de
introduzidas outras tecnologias para conectividade (modem, LAN
poupança de energia e diminuição do 10/100 Mbit ou WLAN 54 Mbit)
ruído. Este novo modelo só deverá estar e com discos rígidos até 200 GB de
disponível no próximo mês de Janeiro. capacidade. ● I.G.S.
S E G U N D A - F E I R A . 1 1 . O U T U B R O . 2 0 0 4
retorno do investimento possi-
bilitado pela solução FlexFrame para mySAP
Business Suite. Trata-se de uma solução
desenvolvida pela Fujitsu Siemens com a
colaboração das empresas SAP e Network
Appliance que permite tornar a infra-estru-
tura mais flexível, simplificando-se a adopção
de novas aplicações e a respectiva utilização.
De acordo com o estudo, efectuado pela Bea-
ringPoint (uma empresa alemã de estudos de
mercado), esta solução permite reduzir em
cerca de 65 por cento os custos com o funcio-
namento dos centros de dados.
Uma solução para automatizar a gestão
da qualidade dos serviços prestados foi
também apresentada pela
Fujitsu Siemens Compu-
ters. Trata-se do Adaptive
Services Control Center
(ASCC), solução com que se pretende reduzir
a intervenção manual nos diversos sistemas
para garantir a qualidade do serviço. “Nos
últimos anos, a gestão dos sistemas tem-
se tornado cada vez mais complexa e os
administradores desses sistemas requerem
ferramentas que lhes permitam reduzir a
gestão manual”, adiantou Dieter Herzog,
vice-presidente executivo para a área dos
produtos empresariais da Fujitsu Siemens.
“O ASCC foi criado para proporcionar essa
mudança de forma dinâmica, tendo em conta
as prioridades e os fluxos de trabalho”.
Para a gestão do ciclo de vida da informa-
ção, a Fujitsu Siemens lançou a versão 3.0
do CentricStor, uma solução escalável para
protecção da informação, agora com novas
funcionalidades para a recuperação de dados
em caso de colapso dos sistemas.
A pensar na capacidade
de armazenamento das
pequenas e médias
empresas, foi também
apresentada a Fibre-
CAT N20i, uma solução
de “network attached
storage” (NAS) de entrada
de gama, que deverá estar
disponível no início do pró-
ximo mês. ●
Nova versão do ‘Dicionário
Bilingue Latim-Português
e Português-Latim’
A Jurinfor lançou a versão 5.0 do
“Dicionário Bilingue Latim-Português
e Português-Latim”. A nova versão está
disponível em CD-ROM, “on-line”, para
“download” e, pela primeira vez, em papel,
distribuído em anexo ao CD-ROM. Da
autoria de Américo Alves, licenciado em
Humanidades pela Universidade Católica
e professor de Latim, este dicionário
— cuja primeira versão viu a luz do dia
em 1998 e é apontado pela empresa
como o único compêndio electrónico
de latim em língua portuguesa — tem
mais de 87 mil entradas, entre vocábulos,
expressões jurídicas e genéricas. A nova
versão do produto apresenta um sistema
de pesquisa, desenvolvido pela Jurinfor,
que permite uma pesquisa com base em
palavras de qualquer classe gramatical, e
os resultados apresentados contêm todas
as ocorrências da palavra pesquisada.
Segundo a Jurinfor, o Dicionário Bilingue
proporciona acesso ao significado de
palavras isoladas e tem ao seu dispor a
tradução para português de expressões
em latim. Poderá também, a partir de
uma palavra portuguesa, encontrar as
correspondentes palavras ou expressões
em latim. Helena Marcos, directora de
“marketing”, declarou que a intenção “foi,
ao aumentar o nível de qualidade dos
manuais e suportes técnico-aplicacionais,
desenvolver um produto útil e de fácil
acesso a todos os utilizadores”.“Estas
versões possibilitam a todos os residentes
em Portugal, e nos países de expressão
portuguesa, o acesso a termos e a
traduções em Latim.” ●
‘Processing’ no ‘design’
é tema de ‘workshop’
Arranca hoje e decorrerá até sexta-
feira no Espaço Atmosferas, em Lisboa,
o primeiro “workshop” em Portugal
dedicado ao “processing” e aos princípios
do “design” computacional. Segundo
os seus organizadores, nos últimos
anos surgiu um novo movimento de
“designers” e artistas que “reconhece
o potencial do uso da programação
como ferramenta central de expressão e
não como um obstáculo à criatividade”.
O seu trabalho desenvolve-se a partir
da ideia de que o “software” não é
uma ferramenta neutra, antes “dá
forma e delimita o trabalho que é
produzido” – e o ideal para os criativos
que trabalham na área dos média
digitais será “uma nova forma de
literacia”, que combine “ler” (uso) com
“escrever” (programar) aplicações. O
“processing” é uma nova ferramenta
desenvolvida para que designers e
artistas aprendam e experimentem
com formas computacionais num
contexto visual — isto com base
numa linguagem simplificada mas
poderosa, construída sobre Java, a
qual permitirá um “rascunhar” fácil de
processos de “software”, enquanto a
sua interface simples deverá esconde
as complexidades de escrever e
compilar código. Este “workshop”
dará uma introdução ao “design”
computacional e à arte generativa.
O “processing” será usado para
analisar estratégias computacionais
para a criação de formas estáticas,
animadas e interactivas. Segundo os
seus organizadores, a abordagem
será prática e não teórica, e cada
participante “terá oportunidade de
progredir de acordo com o seu nível
de conhecimentos” (mais informações
no endereço www.atmosferas.net/
processing ). ●
computadores .7
 PROJECTO DO BLOCO DE ESQUERDA PRETENDIA CONCRETIZAR PROMESSA DO GOVERNO

PSD e CDS adiaram acesso

ilimitado ao ‘DR’ via Web DANIEL ROCHA

O
PSD E O CDS-PP reprova-
ram, na passada quinta-
feira, na Assembleia da
República, um projecto
do Bloco de Esquerda que
pretendia consagrar a gratuitidade do
acesso ilimitado ao “Diário da Repú-
blica” em formato electrónico, através
Internet. Na véspera, na apresentação
do diploma — que, tanto no debate
como na votação foi apoiado por toda
a oposição —, o deputado do Bloco de
Esquerda Francisco Louçã rejeitou a
prática actual de “o Estado obter uma
fonte de receita” por colocar na Internet
os diplomas legais constantes no Diário
da República. “A gratuitidade de acesso
ao ‘Diário da República’, em suportes
electrónicos hoje acessíveis, contribuirá
para a transparência legislativa”, sus-
tentou Francisco Louçã, citado pela
agência Lusa.
O voto contrário da maioria consti-
tuiu uma surpresa, pois — conforme foi
sublinhado por vários intervenientes no
debate —, numa reunião realizada na
manhã de quarta-feira pela comissão
parlamentar da especialidade, os repre-
sentantes do PSD e do CDS-PP haviam
dado a sua concordância que o projecto
avançasse para o plenário desde que
fossem salvaguardados os custos da sua
concretização para a Imprensa Nacio-
nal-Casa da Moeda (INCM), a entidade
que gere a infra-estrutura tecnológica
que disponibiliza a edição electrónica do
“Diário da República”. O que, aliás, seria
de esperar dado que do programa do
actual governo consta a adopção de medi-
das para uma “tendencial gratuitidade”
do acesso ao boletim oficial via Internet.
Nestas circunstâncias, a tarefa de
dar o dito por não dito coube ao deputado
do PSD Luís Campos Ferreira (na foto
quando, há dois anos, assumiu a direcção
do canal televisivo Parlamento, por cabo).
Campos Ferreira considerou o diploma do
Bloco de Esquerda “demagógico”, dizendo
carecer de “realismo e de articulação”.
Reconhecendo que o programa do Governo
prevê também a gratuitidade de acesso ao
“Diário da República” através da Inter-
net, retorquiu que, primeiro, “importará
avaliar o impacto financeiro” da medida,
“validar juridicamente” o novo suporte
electrónico e verificar quais as tecnologias
necessárias. Campos Ferreira disse ainda
que o Governo “está a proceder à elimina-
ção progressiva da distribuição gratuita a
um conjunto de entidades do ‘Diário da
República’ em papel”.
“O PSD é um moinho de vento, que mostrou-se de acordo com o diploma, Miguel Paiva, do CDS-PP, defendeu
de manhã diz que viabiliza o diploma alegando que “o desconhecimento da lei que “o conhecimento da lei não exige um
e de tarde já diz que é contra”, reagiu a ninguém beneficia” mas alertou para a acesso ilimitado ao ‘Diário da República’
o deputado do Bloco de Esquerda. No necessidade de se aferir “o efeito de uma por via da Internet”: “O Estado pode ir
mesmo sentido, o deputado socialista eventual aplicação imediata do diploma mais longe mas já hoje cumpre a sua
Vitalino Canas manifestou a sua “sur- do Bloco de Esquerda”: “Defendemos que obrigação de divulgar as leis”, acrescen-
presa” pela posição da bancada do PSD, se avance para a gratuitidade no acesso tou Miguel Paiva, antes de o deputado
dizendo ter ficado convencido de que os ao ‘Diário da República’ mas também social-democrata Luís Campos Ferreira
sociais-democratas iriam viabilizar o lembramos que o Estado deve encontrar reiterar que o Governo apresentará, em
projecto de lei do Bloco de Esquerda. formas de ressarcir os prejuízos daí breve, “um diploma com pés e cabeça
Pelo PCP, o deputado António Filipe decorrentes” para a INCM. sobre a mesma matéria”. ●

virose
Dia 11

OS VÍRUS DA SEMANA
VBS/Aqui, W32/Blurt@MM, WM/Alliance.A,
W97M/Alamat, W97M/Bablas.aj, WM/Eraser.A:Tw,
Possível falha em várias versões do Office, da Microsoft W97M/AntiSocial.e, WM/MERCY.B, WM/CVCK1.A,
WM/JUNKFACE.A;B

Não se verificou, na semana que passou, mais nenhuma
evolução no “caso da falha JPEG”, não tendo também surgido
nenhum novo vírus ou “worm” digno de nota. Entretanto, a
empresa de segurança Secunia alertou, na terça-feira passada,
para a existência de uma falha no Office, da Microsoft, que pode
permitir a execução de um ataque do tipo “denial-of-service”
(DoS) a computadores com versões antigas do “software”
— falha essa que não afecta o Office 2003.
Esta falha é do tipo “buffer overrun” e foi detectada no
Office 2000 mas também poderá verificar-se no Office XP. A
exploração da falha poderá permitir a um “hacker” assumir o
controlo remoto de um computador.
A Secunia — que classificou a falha como “altamente crítica”
— diz que ela é causada por um erro na maneira como o
Microsoft Word faz a validação de documentos quando os abre.
A exploração da falha pode ser feita através de documentos
especialmente concebidos para o efeito, podendo inclusive ser
utilizada para correr código mal-intencionado nos sistemas
vulneráveis.
A Microsoft está, entretanto, a investigar a existência ou não da
falha e a sua verdadeira importância, só depois decidindo se
fará distribuir algum “patch” ou se optará por qualquer outro
tipo de acção.
‘Patches’ para falhas no RealPlayer
mercado: Windows, Linux e Macintosh. Estas falhas podem ser Dia 12
exploradas por intrusos para executar código mal-intencionado WM/Eraser.A:Tw, WM/Envader.A (Intended),
e apagar ficheiros. W97M/Yous, W97M/Alamat, WM/Alliance.A, VBS/
Aqui, W97M/Cobra.a1
Segundo a empresa, ainda não há notícia de ataques
efectuados através do aproveitamento dessas falhas. São elas: Dia 13
a. Um erro ao correr localmente ficheiros com extensão .rm que W97M/Cobra.a1, VBS/Aqui, VBS/Zync, VBS/Alphae,
pode ser aproveitado para executar código arbitrário; este foi WM/BADBOY.A;B;C, Twno.A, W97M/Rapmak.a,
assinalado nos RealPlayer 8, 10, 10.5 Beta e 10.5 no Enterprise e WM/BOOM.A;B, W97M/Alamat, W97M/Yous,
no Windows, no RealOne Player versões 1 e 2 no Windows, nos W97M/Digma, WM/FRIDAY.A, WM/Envader.A
(Intended), WM/CVCK1.B;E, WM/Eraser.A:Tw,
Mac RealPlayer 10 Beta e Mac RealOne Player, e ainda nos Linux WM/Goldsecret.B:Int, WM/FRIDAY.D, W97M/Idea.A,
RealPlayer 10 e Helix Player no Linux; W97M/BackHand.A, WM/SHOWOFF.G
b. Um problema reportado nos RealPlayer 10, 10.5 Beta e 10.5 e
também no RealOne Player versões 1 e 2 (todos do Windows) e Dia 14
que pode ser explorado embutindo o “player” num sítio da Web W32/SoftSix.worm, W97M/Class.B, W97M/
de modo a depois executar código arbitrário no computador Class.D, W97M/Class.Q, WM/Eraser.A:Tw, WM/
PHARDERA.C ;D (INTENDED), W97M/Este, VBS/
local; San@M, W97M/Yous, VBS/Valentin@MM, W97M/
c. Um erro nos mesmos programas que permite apagar Alamat, W97M/Ekiam, VBS/Aqui, W97M/Cobra.a1
ficheiros num computador local através de ficheiros multimédia
enviados a partir de sítios mal- intencionados na Dia 15
Web. ● JOSÉ DOUTIL W97M/Cobra.a1, W32/Winur.worm.b, W32/
Winur.worm.a, VBS/Alphae, VBS/Zync, VBS/Aqui,
W97M/Alamat, X97M/Anis, W32/PetLil@MM, W32/
Urick@MM, Tribute.A;B, W97M/Yous, VBS/Count,
W97M/Courage.a, WM/Theatre.A, WM/Eraser.A:Tw,
AOS.A, Habir.A, W97M/Jackal.A, X97M/Hopper.r,
W97M/Class.ed, JS/Gigger.a@MM, W97M/Fifteen.a

A RealNetworks disponibilizou Dia 16

XM/Laroux.IC, WM/ERASER.H, WM/Eraser.A:
actualizações para colmatar algumas Tw, W97M/Yous, Tribute.A;B, WM/Concept.F;G;J,
falhas de W97M/Alamat, W97M/Cobra.a1, W97M/Cash,
segurança W97M/Akuma
detectadas
nos seus Dia 17
programas RealOne W97M/Akuma, W97M/Cobra.a1, W97M/Alamat,
W97M/Yous, VBS/Mantie.ow, W97M/Serpent, WM/
Player, RealPlayer e Helix Player, e Eraser.A:Tw, Acid.A (intended), W97M/Jackal.A,
que afectam as principais plataformas existentes no W32/Mypics.worm.25600

computadores .8 S E G U N D A - F E I R A . 1 1 . O U T U B R O . 2 0 0 4
 S H A R E WA R E FICHA

SATEIRA CD&DVD BURNER 1.47

Mais um programa
para gravar os CD e os DVD
O
SATEIRA CD&DVD
Burner é uma apli-
cação que permite
gravar todo o tipo de direito, automaticamente gravar
CD-ROM ou DVD,
seja com dados, fotos, músicas
ou mesmo filmes. O produto da
Sateira Software veio competir
com o popular Ahead Nero
neste segmento de
mercado, oferecendo NUNO BERNARDO
as mesmas — e
algumas novas — funcionalidades
por um preço mais baixo. Por
isso, não é de estranhar que
este programa tenha ganho,
rapidamente, a preferência dos
utilizadores, tendo hoje chegado
ao topo dos mais utilizados (e
comprados) produtos para a
gravação dos CD e DVD.
O Sateira CD&DVD Burner,
apesar do seu lançamento
recente, ganhou já vários prémios
e distinções, tendo obtido várias
pontuações de 5 estrelas nos sítios
da Web dedicados aos testes e à
análise de aplicações. O produto
inclui várias ferramentas, que
permitem realizar diversas
operações associadas à gravação
de informação nos populares discos
de 12 centímetros, centralizando
assim numa só aplicação todas
as funcionalidades necessárias
à execução desta tarefa. Para
tal, basta escolher os ficheiros
a gravar, o tipo de gravação a
efectuar, introduzir um disco no
gravador de CD ou DVD e já está.
Em poucos minutos, ter-se-á os
ficheiros ou arquivos gravados
num disco, que poderá funcionar
como arquivo, cópia de segurança
ou simplesmente como cópia para
oferecer a um familiar ou amigo.
Um dos pontos fortes do
programa é a sua interface,
que se divide entre um modo de
utilização baseado em assistentes
digitais — que guiam o utilizador
por todas as tarefas necessárias
à gravação de um CD — até ao
modo tradicional, onde, através
de menus, botões e cliques do rato,
é possível realizar as mesmas
operações. Por este motivo, o
programa adequa-se a todo o tipo
de utilizadores, desde os menos
experientes até aos fanáticos
da gravação de CD e DVD. Por
outro lado, o programa oferece a
funcionalidade Drop to CD, que
permite escolher um ficheiro,
um conjunto deles ou uma pasta
e, com o auxílio do botão do lado
os ficheiros num CD.
O Sateira CD&DVD Burner
possui suporte para os formatos
de gravação mais populares: CD-
R, CD-RW, DVD-R, DVD-RW,
DVD+R, DVD+RW
e DVD-RAM. Os
gravadores podem
ser internos ou externos, ligados
via USB ou FireWire. Graças
aos “drivers” incluídos no próprio
programa, a compatibilidade com
a grande maioria dos gravadores
comercializados no mercado
está assegurada. É só correr o
programa, que este encarrega-
se de detectar o
modelo instalado no
computador.
Se o utilizador
recorrer a discos de
reescrita múltipla,
o programa oferece
funcionalidades que
permitem limpar
e formatar esses
discos de forma
simples e imediata.
Com um simples
clique no rato, pode-
se apagar o conteúdo
de um CD-RW ou
um DVD+RW e
prepará-lo para
uma nova sessão de
gravação. Depois,
é só escolher os
ficheiros que se
pretende gravar,
adicioná-los a uma
sessão e gravá-los
no CD ou no DVD.
De acordo com
o tipo de ficheiros
escolhidos — sejam
eles fotos, vídeos ou
músicas —, o Sateira
CD&DVD Burner poderá gravar
um CD de áudio em qualquer leitor
Hi-Fi doméstico (ou no auto-rádio
do carro), um DVD de vídeo (que
pode conter os filmes das férias
da família) ou um CD de arquivo
com fotografias em formato digital
com os registos da última festa
de aniversário. Ao contrário do
Nero, este programa não oferece
os utilitários necessários à edição
de músicas, vídeos ou fotos, tendo
esse trabalho de ser realizado em
aplicações externas.
O Cover Designer é outra
das ferramentas incluídas no
pacote. Aqui, o utilizador poderá
criar as capas para os CD ou os
DVD que irá gravar. Usando
imagens originais ou digitalizando
fotografias ou outros elementos
através num “scanner”, torna-se
possível criar uma embalagem
mais cuidada. Este utilitário inclui
ainda ficheiros-tipo para todos os
modelos de caixas de CD e DVD,
para que, sem grande esforço, se
possa obter resultados de elevada
qualidade. No fim, é só enviar
o resultado para a impressora
e recortar a capa pelas marcas
indicadas. Na Internet, poder-se-
á encontrar também encontrar
milhares de capas de CD e DVD,
com os mais variados temas
e imagens — ou realizar uma
pesquisa no Google e encontrar os
sítios de referência onde é possível
encontrar este material.
O Sateira CD&DVD Burner
pode ser copiado gratuitamente
da Internet ( http://www.sateira-
software.com ) e usado à vontade
durante 30 dias — após os quais,
se pretender continuar a usá-lo,
o utilizador deverá registar-se,
pagando cerca de 25 euros. O
valor pedido pelo programa pode
ser considerado competitivo tendo
em conta as funcionalidades
oferecidas e o preço de produtos
concorrentes (o Ahead Nero, por
exemplo, custa quase o dobro). ●
Editor
Rui Jorge Cruz
Redactores, colaboradores
e cronistas
Ana Gerschenfeld, Ana Machado,
André Ruivo, António Granado,
Casa dos Bits, Fernando Santos,
Helena Viegas, Henrique Carreiro,
Henrique Saias, Isabel Gorjão
Santos, João Cruz, José Antunes,
José Doutil, Luís Félix, Miguel
Crespo, Nuno Bernardo, Paulo
Almeida, Pedro Fonseca, Rita
Cruz, Rita Hasse Ferreira
Secretariado
Paula Dias
Paginação
Ana Carvalho, Ivone Ralha,
Hugo Pinto, Jorge Guimarães
Projecto Gráfico & Designer
Luis Carlos Amaro/
Gráficos à Lapa
Computadores
é publicado às segundas-feiras
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Tel. 21-0111168
Fax 21-0111008
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S E G U N D A - F E I R A . 1 . M A R Ç O . 2 0 0 4

S E G U N D A - F E I R A . 1 1 . O U T U B R O . 2 0 0 4 computadores .9
 JOGOS
‘BESIEGER’, ‘WARLORDS BATTLECRY III’, ‘BEYOND DIVINITY’, ‘BATTLE MAGES’, ‘LORDS OF THE REALMS III’ E ‘WARS AND WARRIORS: JOAN OF ARC’
Inspirações medievais
O
S AMBIENTES medievais são,
desde sempre, grande fonte
de inspiração para histórias.
Mais ou menos mitológicas,
com bases históricas ou
apenas imaginadas, as criações inspiradas
pela Idade Média povoam
os imaginários do mundo MIGUEL
ocidental. Os videojogos
não são excepção, com guerreiros de
armadura, arqueiros e camponeses a
misturarem-se com criaturas imaginárias
e magos nos mais diversos estilos de jogo.
computadores .10 S E G U N D A - F E I R A . 1 1 . O U T U B R O . 2 0 0 4
“Beyond Divinity” é um jogo que
encerra um paradoxo. É exactamente
o esperado mas, ao mesmo tempo,
surpreendente. O que se esperava era
uma versão reformulada de “Divine
Divinity” (visto que há muito está
anunciada uma sequela, que
CRESPO é outro jogo), com melhorias
pontuais. O que se tem é
isso mesmo, mas com um interesse
redobrado. Claro que, como a base
tecnológica é a mesma de há dois anos
— e então já era apenas aceitável —, não
 JOGOS
se esperem grandes proezas. Mas o
ritmo, sempre com acontecimentos,
o desenvolvimento da história e
a jogabilidade extrema tornam
“Beyond Divinity” num prazer
continuado. A história é a habitual
luta entre o Bem e o Mal, com a
variante de o jogador ter de conviver
com um cavaleiro negro que não
pode morrer, pois, se um morrer,
morrem os dois. O jogo não é simples
nem fácil mas segue a linha clássica
dos “role playing games” (RPG),
com todas as suas características
evolutivas, e se destaca por uma
jogabilidade que atira para segundo
plano o ar antiquado e a interface
pouco óbvia.
“Besieger” é um jogo de
estratégia com um visual
interessante, pormenores mais
típicos de jogos de acção (como a
destruição de cenários) mas uma
mecânica habitual no género,
apesar de algumas tentativas de
inovação. Baseado na mitologia
viking, propõe campanhas pelos dois
lados em contenda, o que dá uma
visão curiosa e não necessariamente
coincidente da história. Por trás
está uma componente de gestão
de recursos e população (que pode
ser desenvolvida para unidades
militares), uso de heróis e estratégia
de defesa e ataque a povoações.
Olhando apenas para estes
dados, parece muito atraente. Só
que a inteligência artificial (IA) das
unidades é tão básica que estraga o
jogo. Os adversários não são capazes
de redefinir estratégias perante
a mudança das circunstâncias, as
unidades “tropeçam” umas nas
outras, não conseguem encontrar o
caminho, encravam, etc. Um pena…
“Warlords Battlecry III” é o
renascer de uma quase lenda.
O jogo original foi marcante e a
sequela conseguiu bons resultados.
Os anos passaram e tudo parecia
ter ficado por aí — mas não. No
entanto, este terceiro jogo não
faz jus aos antecessores. Não que
tenha piorado, antes pelo contrário;
mas não evoluiu o suficiente para
acompanhar o passar do tempo. De
alguma forma centrado no herói,
este jogo de estratégia em tempo real
sobrevaloriza o personagem central,
apesar de ele não ser indispensável.
Tem como grande trunfo a boa
inteligência artificial das unidades;
como negativo o aspecto visual fora
de moda. O esquema de missões foi
um pouco alterado e até de forma
dica
Desfragmentar
o disco rígido (2)
Aberto o Desfragmentador de Disco, vejamos como
funciona. Como se pode ver na imagem, o utilitário
apresenta uma primeira área onde é apresentada
a lista de volumes existentes no computador, com
as respectivas características: tipo de sistema de
ficheiros, capacidade e espaço livre.
Seleccionando um volume e carregando no botão
Analisar, o programa começa a correr o disco,
surgindo o resultado da análise na área “Estimativa
de utilização do disco antes da desfragmentação”
através de uma sequência de traços verticais
de várias cores. No fim da análise, o programa
apresenta uma pequena janela informativa, onde
é dito se é aconselhável ou necessário — ou não
— desfragmentar o disco analisado. A janela tem
três botões: um para ver um relatório, outro para
iniciar o processo de desfragmentação e um último
para fechar a janela.
positiva, mas, no geral, cada bom Carregando no botão Ver Relatório, abre-se nova
pormenor tem sempre alguma janela, chamada Relatório de Análise e onde são
pequena falha, pelo que acaba por apresentadas informações bastante detalhadas
não ser totalmente satisfatório.
sobre o volume analisado e sobre os ficheiros
“Battle Mages” tem uma boa
ideia-base e conjuga a estratégia mais fragmentados. Esta última informação inclui,
com o RPG, como seria de esperar para além do nome e caminho dos ficheiros e sua
na mistura de realidade com dimensão, o número de fragmentos em que os
fantasia. Em termos técnicos, não ficheiros estão “repartidos”.
há grandes falhas mas também As informações sobre o volume incluem
não se encontram rasgos de génio.
estatísticas sobre este, o seu nível de fragmentação,
Quanto ao esquema de jogo, está tão
batido que não oferece nenhum tipo a fragmentação dos ficheiros em geral e do ficheiro
de surpresa. No papel de um mágico, de paginação (Pagefile) e das pastas.
o jogador tem de acumular recursos A janela Relatório de Análise inclui ainda botões
e liderar um exército. Organizado para imprimir ou guardar o relatório — em
por missões simples, tem na formato de texto (.txt) e também para iniciar
componente de desenvolvimento do
Título “Besieger” a desfragmentação se for essa a “sugestão” do
personagem, a partir dos pontos que
Estilo Estratégia 6 /10 vão sendo acumulados, grande parte programa.
Fechando esta janela, voltamos ao
Plataforma PC da sabedoria. O resto vem da gestão
Produtor Dreamcatcher de recursos e do maior ou menor Desfragmentador de Disco. Na já referida área
Distribuidor Playgames jeito para atingir os fins propostos. “Estimativa de utilização do disco antes da
Edição Setembro 2004 “Lords of the Realm” é uma desfragmentação”, pode-se agora ver uma
série de estratégia com dez anos
representação gráfica do nível de fragmentação do
Título “Warlords que evoluiu do jogo por turnos para
Battlecry III” 7 /10
tempo real. E a verdade é que os
seus valores se mantêm e com uma
volume analisado, em que o vermelho representa
os ficheiros fragmentados, o azul os ficheiros
Estilo Estratégia
actualização pertinente. Visualmente contíguos, o verde os ficheiros de sistema que não
Plataforma PC
é agradável, a música bem escolhida podem ser movidos e o branco o espaço livre.
Produtor Enlight e a mecânica comprovada. Não
Distribuidor Playgames Depois de analisado o disco, carrega-se no botão
será particularmente original mas
Edição Setembro 2004 Desfragmentar, surgindo novo gráfico — agora na
a lógica de proteger territórios e
castelos, alargar a área de influência área “Estimativa de utilização do disco depois da
Título “Battle Mages” e evoluir de nobre de terceira até rei desfragmentação”.
Estilo Estratégia 5 /10 tem os seus atractivos. A componente Para uma execução eficaz, o Desfragmentador
Plataforma PC de gestão é básica, mas a de de Disco exige a disponibilidade de, pelo
Produtor GMX Media preparação dos exércitos antes das menos, 15 por cento de espaço livre em disco,
Distribuidor Infocapital batalhas é fundamental, até porque utilizável para as operações de “consolidação”
Edição Agosto 2004 pode haver acção simultânea em
vários locais e alguns dos exércitos dos ficheiros. Se não existir tal disponibilidade, é
terão de ficar por conta própria, pois aconselhável libertar espaço antes de executar a
Título “Beyond Divinity”
Estilo RPG 8 /10
não existe sequer possibilidade de
pausa. Outra impossibilidade é a
desfragmentação. ● JOSÉ DOUTIL
Plataforma PC
criação de novos soldados, tornando
Produtor Digital Jesters
fundamental a monitorização e
Distribuidor PlayGames posterior cura dos “feridos”.
Edição Julho 2004 “Wars and Warriors: Joan of
Arc” pega num personagem muito
Título “Lords of the interessante e foge do inevitável,
Realms III” 6 /10 colocando a heroina num jogo
Estilo Estratégia de acção que tem pormenores de
Plataforma PC estratégia (controlando as tropas) e
Produtor Sierra RPG (evoluindo os personagens). É
Distribuidor Infocapital pena é que o envolvimento histórico
Edição Julho 2004 tenha sido esquecido quase por
completo e que a concretização das
Título “Wars and Warriors ideias tenha demasiadas falhas
Joan of Arc” 6 /10
técnicas. A câmara é, no mínimo,
irritante. A detecção de colisões
Estilo Acção
falha demasiado e os combates
Plataforma PC
não entusiasmam. É pena, porque
Produtor Enlight o tema é bom, graficamente até é
Distribuidor Playgames agradável e tem alguns conceitos
Edição Julho 2004 interessantes. ●
S E G U N D A - F E I R A . 1 1 . O U T U B R O . 2 0 0 4 computadores .11
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