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BRASÍLIA – DF
2014
SÉRGIO LUIZ PEIXOTO
BRASÍLIA – DF
2014
Reprodução parcial permitida desde que citada a fonte.
xx f.
1. Assunto. I. Título
SÉRGIO LUIZ PEIXOTO
_________________________________________
Nome do Examinador
__________________________________________
Nome do Examinador
___________________________________________
Nome do Examinador
Nota: ______
"Seja você quem for, seja qual for à posição social que você tenha na
vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força,
muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé
em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega
lá."
Ayrton Senna
Agradecimento
Agradeço primeiramente а Deus, pelo dom da vida, por ser essencial e autor do
mеυ destino, guia e socorro nas horas de angústia.
A minha esposa Norma, qυе de forma especial е carinhosa contribuiu na minha
formação acadêmica dando-me força е coragem, apoiando-me nos momentos de
dificuldades, quero agradecer também aos meus filhos Lucas e Nathalia, cientes da
importância deste trabalho, iluminou de maneira especial os meus pensamentos na
buscar de mais conhecimentos.
Agradeço ainda aos meus irmãos, cunhados, cunhadas sobrinhos e sobrinhas,
que diante da perda de nossa querida mãe, avó, sogra e grande amiga me deram
forças e incentivo a concluir este trabalho.
Agradeço a esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que
pela oportunidade que hoje vislumbro um horizonte superior, eivado pela acendrada
confiança no mérito e na ética aqui presente. E ao meu orientador pelas suas
correções e incentivos apesar do pouco tempo que lhe coube.
Quero também agradecer ao setor de Engenharia da CEB Distribuição pela
orientação e disponibilidade de material para os estudos e conclusão deste trabalho.
Agradeço ainda a todos os que ouviram os meus desabafos, que presenciaram e
respeitaram o meu silêncio, que partilharam este longo passar de anos, de páginas, de
livros e cadernos, que tantas vezes machucamos, que fez meu mundo um mundo
melhor, que me acompanharam, choraram, riram, sentiram, participaram,
aconselharam, dividiram as suas companhias, os seus sorrisos, as suas palavras e
mesmo as ausências foram expressões de amor profundo. As alegrias de hoje também
são suas, pois seus amores, estímulos e carinhos foram armas para essa minha vitória.
Homenagem póstuma
The deep foundations, as is the case of the continuous helix and the precast concrete
piles have its sizing using the SPT rehearsals. The calculations for the load capacity of
these foundations are often performed using semi-empirical methods. In order to better
understand the behavior of these stakes, calculations were performed by semi-empirical
methods AOKI & VELLOSO and DECOURT – QUARESMA (1978) which are the most
used and appreciated in Brazil for these types of sizing, and in addition, we used a third
semi-empirical method of LOBO (2005) that uses Dynamic Force SPT sampler
penetration in soil for design of foundations. In these calculations, we propose to
compare which are more effective methods for sizing tests as STP.
LISTA DE TABELAS
comprimento, martelo com pino guia e cabeça de bater de 3,6 kg. Belincanta
Tabela 9 - Coeficientes K e α (Aoki e Velloso, 1975 apud Cintra e Aoki, 2010) ............ 53
Tabela 19 - Valores da capacidade de carga por ponta da estaca Hélice Contínua para
os métodos apresentados............................................................................... 70
Tabela 21 - Valores da capacidade de carga por ponta da estaca hélice contínua para
os métodos apresentados............................................................................... 70
Tabela 23 - Valores da capacidade de carga por ponta da estaca hélice contínua para
os métodos apresentados............................................................................... 73
Tabela 25 - Valores da capacidade de carga por ponta da estaca hélice contínua para
os métodos apresentados............................................................................... 75
LISTA DE FIGURAS
Figura 12 - Resultado típico de uma sondagem RCPTU (DANIEL ET AL., 1999) ......... 31
1
4.1.12 - PATOLOGIAS CARACTERÍSTICAS ......................................................... 41
4.1.13 - ENSAIOS DE QUALIDADE ....................................................................... 41
4.2 - ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO ................................................ 42
4.2.1 - INTRODUÇÃO ............................................................................................. 42
4.2.2 - VANTAGENS ............................................................................................... 42
4.2.3 - DESVANTAGENS........................................................................................ 43
4.2.4 - UTILIZAÇÃO ................................................................................................ 43
4.2.5 - PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS ............................................................. 45
5 – MÉTODOS DE CÁLCULOS DE CARGA................................................................. 47
5.1 - MÉTODOS DE PROVA DE CARGA ................................................................. 47
5.2 - MÉTODOS SEMI-EMPÍRICOS ......................................................................... 48
5.3 - MÉTODO AOKI - VELLOSO (1975) .................................................................. 50
5.3.1 CONTRIBUIÇÃO DE LAPROVITERA (1998) E BENEGAS (1993)................ 54
5.3.2 - CONTRIBUIÇÃO DE MONTEIRO (1997) .................................................... 56
5.4 - DECOURT – QUARESMA (1978) ..................................................................... 58
5.5 - MÉTODOS DE LOBO (2005) ............................................................................ 62
6 - LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE SONGAGEM............................................................ 67
7 – METODOLOGIA ...................................................................................................... 68
7.1 – CAPACIDADE DE CARGA POR ATRITO LATERAL E DE PONTA PARA
ESTACA HÉLICE CONTÍNUA PARA O PERFIL DE SONDAGEM SPT SETOR H
NORTE QNH – TAGUATINGA - DF.......................................................................... 68
7.2 – CAPACIDADE DE CARGA POR ATRITO LATERAL E DE PONTA PARA
ESTACA PRÉ-MOLDADE DE CONCRETO PARA O PERFIL DE SONDAGEM DO
SPT SETOR H NORTE QNH – TAGUATINGA – DF ................................................ 69
7.3 – CAPACIDADE DE CARGA POR ATRITO LATERAL E DE PONTA PARA
ESTACA HÉLICE CONTÍNUA PARA O PERFIL DE SONDAGEM DO SETOR DE
GARAGENS MINISTERIAL NORTE BRASÍLIA – DF ............................................... 71
7.3 – CAPACIDADE DE CARGA POR ATRITO LATERAL E DE PONTA PARA
ESTACA PRÉ-MOLDADA DE CONCRETO PARA O PERFIL DE SONDAGEM DO
SETOR DE GARAGENS MINISTERIAL NORTE BRASÍLIA – DF ............................ 74
8 - CONCLUSÃO........................................................................................................... 76
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 79
ORGANOGRAMA DO TRABALHO PROPOSTO.......................................................... 81
SONDAGEM REALIZADO NO SETOR H NORTE QNH – TAGUATINGA – DF ........... 82
2
SONDAGEM REALIZADO NO SETOR DE GARAGENS MINISTERIAL NORTE
BRASÍLIA – DF.............................................................................................................. 84
3
1 - INTRODUÇÃO
4
nos procedimentos, erros nas contagens dos golpes e até o excesso de atrito entre as
peças do equipamento de sondagem criando assim uma falta de uniformidade dos
seus resultados. De nada adianta a utilização dos melhores recursos da eletrônica e
dos sofisticados programas para cálculos da capacidade de carga dos recalques das
fundações, se os dados de entrada forem obtidos de maneira grosseira e sem nenhum
controle (VELLOSO, 1998).
Isto traz dúvidas quanto à qualidade dos resultados obtidos por empresas que
executam os ensaios de SPT. Até que ponto, podemos confiar nos resultados obtidos,
realizados por empresas distintas em solos como as mesmas características. Qual o
nível de eficiência está sendo atingida pelos ensaios? A utilização correta do SPT pode
ser o passo primordial para a padronização dos ensaios.
1.1 - OBJETIVOS
O presente trabalho tem por objetivo fazer uma comparação entre os métodos
para estimativa de capacidade de carga de fundações profundas adotadas no Brasil.
Analisaremos os métodos baseados no NSPT, tais como, AOKI - VELLOSO (1975),
DECOURT - QUARESMA (1978) e LOBO (2005). Com base nestes métodos queremos
determinar a capacidade de carga, de dois tipos de estacas (pré-moldada de concreto
e Hélice contínua), implantadas no mesmo tipo de solo de fundação a partir do mesmo
NSPT.
5
2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
6
m necessários à cravação do amostrador por 0,30 m no solo, a partir de seu apoio no
fundo da perfuração obtido com o peso do conjunto hastes-amostrador cabeça-de-
bater.
7
reconhecimento dos solos”, criando se a NBR 6484 (2001), “Solo - Sondagens de
simples reconhecimento com SPT - Método de ensaio”, que é, atualmente, a norma
vigente no país.
8
- Cabeça batente, com rosca especial, confeccionada em aço de 95% a 100%
de carbono por revestimento;
- Revestimento constituído por: tubo de aço, sem costura, para pressão, com 2
1/2” de diâmetro interno e 6mm de espessura mínima de parede, com rosca especial
em ambas extremidades, conforme descrição abaixo:
- Seção de 3,00 m;
- Seção de 2,00 m;
- Seção de 1,50 m;
- Seção de 1,00 m;
- Seção de 0,50 m;
- Duas sapatas cortantes, com rosca especial, confeccionada em aço de 95% a
100% de carbono;
- Cabeça batente, com rosca quadrada de uma entrada e três filetes por
polegada nas duas extremidades p/ haste;
- Hastes constituídas por: tubo de aço, sem costura, com 1” de diâmetro interno
e 4 mm de espessura mínima de parede, com rosca especial e peso 2,97 Kg/ml,
conforme descrição abaixo:
- Seção de 3,00 m - sete varas
- Seção de 2,00 m - cinco varas
- Seção de 1,00 m - três varas
- Seção de 0,50 m - duas varas
- Amostrador padrão bipartido longitudinalmente, tipo Raymond com 2” de
diâmetro externo e 1 3/8” de diâmetro interno, figura em anexo;
- Cruzeta de lavagem com entrada de 3/4” e saída de 1”;
- Lâmina de lavagem de 2” x 1/4”, soldada em tubo de aço, sem costura, com 1”
de diâmetro interno e 4 mm de espessura mínima de parede, com 0,5 m de
comprimento, com rosca comum para ser adaptada a tubo de 1”;
- Cruzeta de lavagem (tubo de 2 1/2” x 3” x 0,30m), com rosca especial para
descarga d’água, com luva para tubo de aço, sem costura, para pressão, de 2” de
diâmetro interno, soldada a 0,05m da rosca;
- Balde interno para tubo de 2”, para esgotar água do furo;
- Bomba de areia de sucção para tubo de 2”;
- Trado concha de 4” de diâmetro, com rosca comum, para adaptar em tubo de
1”;
- Trado helicoidal de 2” de diâmetro, com rosca comum, para adaptar em tubo
de1”;
9
- Braçadeira para sacar tubo de diâmetro externo, em chapa de 3/4”, com 3” de
largura e 0,70 m de comprimento;
- Ferramenta para sacar tubo de guia;
- Chave de grifa de 24”;
- Chave de grifa de 18”;
- Chave de alçar;
- Tenaz com corrente para tubo de 2 1/2” até 4” (tipo jacaré);
- Cabo de aço de 3/8" com 20,0 m;
- Escova de aço;
- Sacos plásticos pequenos para amostra individual;
- Saco plástico grande para coleção de amostra do furo;
- Etiquetas gomadas para identificação da amostra (furo, nº amostra,
penetração);
- Balde metálico com capacidade para 20 litros;
- Recipiente com capacidade de 20 litros para transporte de gasolina;
- Recipiente com capacidade de 10 litros para transporte de óleo lubrificante;
- Jogo de chave de boca de 1/4” até 1 1/2”;
- Trena de 20 m;
- Metro de madeira, de balcão;
- Mangueira de borracha transparente com 20 m, para nivelamento.
10
Figura 2 - Vista geral de uma equipe de sondagem de simples reconhecimento com
ensaio SPT, (BELINCANTA, 2004)
Quando da sua locação, cada furo de sondagem (ver NBR 8036) deve ser
marcado com a cravação de um piquete de madeira ou material apropriado. Este
piquete deve ter gravada a identificação do furo e estar suficientemente cravado no
solo, servindo de referência de nível para a execução da sondagem e posterior
determinação de cota através de nivelamento topográfico. (NBR 6484/2001)
O martelo, conectado a uma haste guia, é suspenso pela corda de sisal, através
de uma roldana, e então é solto de uma altura de 0,75m, caindo sobre a cabeça de
bater, levando o amostrador-padrão a penetrar no solo. O martelo deve cair de forma
livre sem interferências para não haver perda de energia. O amostrador é cravado em
0,45 m de solo, contando-se o número de golpes necessários para a cravação do
amostrador-padrão em cada 0,15 m. São desprezados os golpes dos primeiros 0,15 m,
considerado como cravação inicial ou de assentamento. O número de golpes do
martelo necessários para a penetração do amostrador-padrão, na sequência, nos
próximos 0,30 m, é denominado de índice de resistência à penetração, NSPT. Este
11
número de golpes reflete a resistência do solo à penetração do amostrador-padrão. O
ensaio é repetido na sequência, ao longo da profundidade, a cada metro de perfuração.
(DANIEL FERMINO DA SILVA – 2008).
12
Figura 3 - Tubo de circulação de água e trépano de perfuração recomendados pela
NBR 6.484/2001, (MODIFICADO DE BELINCANTA, 2004)
13
2.4 - SPT-T (STANDARD PENETRATION TEST – COM MEDIÇÃO DE TORQUE)
O mesmo autor afirma ainda que a introdução desse ensaio na rotina dos
serviços de sondagem assim como o estabelecimento das regras básicas para sua
interpretação é obra de DECOURT - QUARESMA FILHO (1991 - 1994). A medição do
torque necessário para se vencer a aderência (atrito) do amostrador-padrão com o solo
que o envolve, logo após a sua cravação no ensaio do SPT, obtendo com isto um
parâmetro útil à estimativa da resistência lateral das fundações por estacas. O aparelho
usado para tal é o torquímetro, figura 6 e 7, juntamente com todo o restante do
equipamento necessário ao SPT (Figura 2).
Aplica-se à haste uma torção, medindo, por meio de um torquímetro usado como
braço de alavanca e mantido na horizontal, o momento de torção máximo necessário à
rotação do amostrador, para obter, assim, uma medida da resistência lateral.
14
relação T/N é aproximadamente 1,2. A partir daí, DECOURT (1996) propôs que se
definisse a equivalência entre o SPT e o SPT-T, como sendo o valor do torque T (Kgf.
m) dividido por 1,2, tendo por base o conceito de N equivalente (Neq.). (CBR - ABPv –
FUNDESP).
Entretanto, deve-se frisar que, a sua utilização deverá ser feita com muita
cautela. As comprovações existentes estão muito longe de se constituir numa prova
definitiva de ampla aplicabilidade, a partir da premissa estabelecida, para os solos da
BST SP (Bacia Sedimentar Terciária de S. Paulo). (CBR - ABPv – FUNDESP).
15
2.5 - CLASSIFICAÇÕES DO SOLO SEGUNDO SUA COMPACIDADE OU
CONSISTÊNCIA À PENETRAÇÃO DO AMOSTRADOR-PADRÃO
O solo que está sendo penetrado pelo amostrador-padrão pode ser classificado
segundo o número de NSPT necessário ao amostrador para penetração referente ao
ensaio SPT, como mostra a Tabela 1, da NBR 6484/2001.
Argilas
(NSPT)
0–2 Muito mole
3–5 Mole
6 – 10 Média
11 – 19 Rija
>19 Dura
16
2.6 - APLICAÇÕES DOS RESULTADOS OBTIDOS COM O ENSAIO SPT
Com os dados obtidos na sondagem SPT é possível classificar o solo das zonas
de estudos, a espessura de cada camada e as suas unidades geotécnicas entre elas:
Aterro e matéria orgânica; Areia fina e grossa com ou sem pedregulhos; Areia siltosa;
areia silto-argilosa; Argila siltosa; e Turfa. Com esses perfis de sondagem SPT,
também é possível determinar, além da sua estratigrafia, o NSPT máximo e o mínimo,
as unidades geotécnicas características e o nível d’água (quando existente) presente
para cada zona estudada. Desse modo, conseguimos traçar um perfil geotécnico
característico de cada zona estudada.
17
Figura 8 - Exemplo de relatório de sondagem do tipo SPT.
(TOPGEO ENGENHARIA - 2009)
18
2.7 - VARIAÇÕES DE ENERGIA NO ENSAIO SPT, SUAS CAUSAS E
CONSEQUÊNCIAS
(Eq. 2.1)
( )
Onde:
ξ - energia nominal do SPT em Joules;
Pm - Peso do martelo padrão em Newton;
Hq - Altura de queda padrão do martelo em metros.
19
significativamente. Assim, segundo estes autores, as ondas que viajam pelas hastes
indo e vindo apos o impacto do martelo não produzem penetração adicional
significativa.
20
(2004), relata que segundo suas pesquisas, o valor de eficiência dos equipamentos de
SPT brasileiro seriam de 72%. Desde então este o valor (ou exatos 70%) tem sido
utilizados pelo meio técnico e acadêmico como valor de referencia. Nos Estados
Unidos e na Europa, por conta do acionamento automático do equipamento de SPT, a
eficiência gira em torno de 60%. Quanto maior a eficiência de um determinado
equipamento, menor será o numero de golpes necessários para cravação do
amostrador-padrão se comparado a outro equipamento de SPT com menor eficiência.
2.8 - EQUIPAMENTOS
21
Tabela 2 - Influência do tipo de martelo, para composição de 14 m de comprimento,
martelo com coxim de madeira e cabeça de bater de 3,6 kg. BELINCANTA (1998),
apud SCHNAID 2002, modificada.
Martelo
cilíndrico
vazado,
Nova 66,5 50 3,74 5,6 74,2 39 5,30 71
acionado com
corda.
1:
Coeficiente de Variação
22
Tabela 4 - Influência decorrente da massa da cabeça de bater, para composição de
14m de comprimento, martelo cilíndrico com coxim de madeira. BELINCANTA (1998),
apud SCHNAID 2002, modificada.
2.9 – OPERADOR
Por outro lado, o fato do ensaio CPT não coletar amostra, foi aos poucos sendo
assimilado pelos projetistas, pois a resistência de ponta do cone era medida de 20 em
20 cm, o que resultava em um número de informações cinco vezes maior do que se
obtinha pelo SPT. O ensaio de cone possibilitava, por exemplo, que pequenas
camadas drenantes fossem identificadas no interior de uma camada argilosa, as quais
confeririam ao solo um comportamento mais favorável em relação ao projeto em
questão, principalmente no tocante as suas propriedades de deformabilidade e de
compressibilidade.
24
Nos últimos 20 anos o ensaio de cone tem se disseminado de forma irreversível
no mercado dos ensaios geotécnicos de campo, a despeito da relutância de muitos
projetistas, acostumados com o conforto das correlações dos parâmetros do solo com
o número de golpes do SPT. Pode-se dizer que o ensaio de cone é tecnologicamente
mais avançado que o ensaio SPT, possibilitando uma maior qualidade das informações
do subsolo e uma maior produtividade comercial.
O ensaio CPT consiste da cravação estática de uma ponteira cónica (de ângulo
apical de 60º) com secção transversal normalmente de 10 cm 2, (ou 15 cm2), a
velocidade constante (20 ± 5 mm/s), medindo-se a força necessária à referida
cravação, que compreende duas parcelas de resistência, uma de ponta e outra relativa
ao atrito lateral.
Nos E.U.A é normatizado pela ASTM - D1586-58 (1958). Standart method for
penetration test and split barrel sampling of soil.
26
Figura 10 - Cone Elétrico (PENETRÔMETROS PARA CPT – BEGEMANN)
27
3.2 - APLICAÇÃO PRÁTICA DO ENSAIO
A princípio pode-se dizer que o ensaio CPT Mecânico não tem limitações quanto
a profundidade do ensaio. Profundidades maiores que 30 m com ou sem lâmina d’água
poderão exigir controles especiais, tais como o controle da verticalidade usando
pêndulos magnéticos.
28
3.3 - DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
29
- Linearidade e rugosidade dos tubos externos.
- Atrito entre a haste interna e as paredes internas do tubo externo.
- Sistema de medição de força (célula de carga).
4 – FUNDAÇÕES PROFUNDAS
31
Neste último item, incluem-se as estacas pré-moldadas, as Strauss, as do tipo
Franki e as estacas escavadas (com ou sem o emprego de lama bentonítica). Neste
trabalho, abordaremos apenas as estacas de Concreto pré-moldado e estacas Hélice
contínua.
4.1.1 - INTRODUÇÃO
33
Figura 14 – Etapas de execução de uma estaca Hélice Contínua monitorada –
(BRASFOND, 2001)
4.1.3 – PERFURAÇÃO
34
especialmente na hora de se escolher o trado. Segundo Penna Et. Al. (1999) as
características mais importantes do trado são o tipo e inclinação da lâmina de corte
colocada na sua ponta, passo da hélice e a inclinação da hélice em relação a vertical.
Estas características vão influir na velocidade de perfuração, na capacidade de
atravessar camadas resistentes e na maior ou menor retirada de solo durante a
descida do trado.
4.1.4 – CONCRETAGEM
35
CAPUTO Et Al. (1997). O consumo de cimento é elevado, entre 400 a 450 Kg/m 3. O
uso de aditivos plastificantes tem sido muito usado. O fator água-cimento é geralmente
em torno de 0,53 a 0,56. O abatimento (slump) do concreto situa-se entre 200 e 240
mm. Assim como a perfuração, a concretagem deve ocorrer de forma contínua e
ininterrupta, mantendo as paredes onde se formará a estaca, sempre suportadas
(acima da ponta do trado, pelo solo encontrado entre as pás da hélice, e abaixo, pelo
concreto que é injetado). Durante a extração da hélice, a limpeza do solo contido entre
as pás, é feita manualmente, figura 15, ou com um limpador de acionamento hidráulico
ou mecânico acoplado ao equipamento, que remove este material, sendo este,
removido para fora da região do estaqueamento com o uso de pá carregadeira de
pequeno porte.
36
pode impossibilitar o uso destas estacas quando sujeitas a esforços de tração ou
quando utilizadas como elemento de contenção. Para eficiência da instalação da
armadura, a mesma deve ser em forma de gaiola e projetada de modo a ter um peso e
uma rigidez compatível com o seu comprimento. Deve-se sempre armar a cabeça da
estaca para garantir sua integridade estrutural, entretanto, por razões executivas
(escavação mecânica do solo a volta da estaca para a confecção dos blocos), é boa
prática armar o trecho superior da estaca da ordem de 4 m (Alonso 1998). É de
responsabilidade do engenheiro projetista de fundação o dimensionamento adequado
da armadura necessária para as estacas.
37
4.1.6 - CARACTERÍSTICAS DA BOMBA
4.1.7 – VANTAGENS
38
4.1.8 - DESVANTAGENS
4.1.9 – EQUIPAMENTOS
39
4.1.10 - MONITORAMENTO DA EXECUÇÃO
40
devido à nova solicitação de flexão composta. Caso o dimensionamento da estaca seja
insuficiente para esta nova solicitação, deve-se corrigir a excentricidade total mediante
recurso estrutural. Sempre que uma estaca apresentar desvio angular em relação à
posição projetada, deve ser feita verificação de estabilidade, tolerando-se, sem
medidas corretivas, um desvio de 1:100. Desvios maiores requerem detalhe especial
A qualidade das estacas do tipo hélice contínua podem ser atestadas por dois
testes mais comuns, sendo eles: PIT e prova de carga estática. O PIT é um ensaio que
visa determinar a variação ao longo da profundidade das características do concreto. É
usado para detectar falhas nas estacas moldadas in loco. O ensaio acontece
colocando-se um acelerômetro no topo da estaca para a captura de ondas de tensão.
Após a instalação, são aplicados golpes na superfície da estaca, criando as ondas que
serram monitoradas pelo acelerômetro. A análise da propagação dessas ondas
fornecem dados sobre a integridade da estaca como fissuras, estrangulamentos ou
alargamentos. A prova de carga estática consiste em sobre a estaca ensaiada ser
montado um sistema de reação, onde um macaco hidráulico será instalado para
exercer uma reação conhecida. Através dispositivos de medição se registram os
deslocamentos e os recalques. Este teste pode levar a uma otimização do projeto
quando realizado em uma estaca teste prévia, pois os resultados asseguram a
capacidade de carga da estaca.
41
4.2 - ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
4.2.1 - INTRODUÇÃO
4.2.2 - VANTAGENS
Por ser uma estaca fabricada em uma indústria, esse elemento pode ter um
rígido controle tecnológico e de qualidade das matérias-primas (cimento, areia e pedra
são os essenciais, podendo ainda utilizar aditivos e adições conforme particularidades),
de suas dosagens e do concreto misturado (abatimento de tronco de cone ou “slump”,
moldagem de corpos de prova). Conforme for a necessidade de um concreto mais ou
menos resistente, a dosagem pode ser re-estudada para atender as necessidades
específicas de uma obra, como concretos mais resistentes ou com adições específicas
para uso em ambientes agressivos, por exemplo.
Ainda através do rompimento dos corpos de prova em uma prensa axial, sabe-
se a resistência média e o desvio padrão das resistências dos concretos produzidos na
fábrica, obtendo-se assim o fck (resistência característica do concreto à compressão) e
42
podendo manter um controle de qualidade das peças pré-moldadas, garantindo assim
a sua confiabilidade.
Por fim, pode-se ter certa noção de capacidade de carga adquirida pelo conjunto
“estaca-solo” ao monitorar-se o seu comportamento no decorrer da cravação e também
pelas “negas” obtidas durante a cravação, possibilitando ao engenheiro de fundações,
tomar as medidas corretivas, caso necessário, imediatamente.
4.2.3 - DESVANTAGENS
4.2.4 - UTILIZAÇÃO
43
água ou mesmo em obras com lâminas d'água como em lagos, rios e baías. Atenção
acentuada deve-se prestar no dimensionamento de fundações com esta solução em
solos nos quais forem constatadas as presenças de matacões de rocha, podendo-se
optar por outra solução que seja mais apropriada (quando houver contratempos como
estes, o projetista de fundações deve estar ciente da situação e sempre bem informado
quanto ao desenvolvimento dos serviços, inclusive devendo prestar visitas técnicas à
obra mesmo quando esta não for de sua execução).
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Tabela 7 - Estacas Pré-moldadas de Concretos
Tipo de Estaca Dimensão (cm) Carga Nominal (kN)
20 x 20 250
Pré-moldade vibrada Quadrada 25 x 25 400
T = 6,0 a 9,0 Mpa 30 x 30 550
35 x 35 800
Ø 22 300
Pré-moldade vibrada circular Ø 29 500
T = 9,0 a 11,0 Mpa Ø 33 700
Ø 20 250
Pré-moldade protendida circular Ø 25 500
T = 10,0 a 14,0 Mpa Ø 33 700
Ø 20 250
Ø 23 300
Ø 26 400
Pré-moldade protendida circular Ø 33 600
T = 9,0 a 11,0 Mpa Ø 38 750
Ø 42 900
Ø 50 1.300
Ø 60 1.700
Ø 70 2.300
A descarga das estacas em sua obra deve ser feita de modo a não atrapalhar
passagem de veículos e equipamentos, nem tampouco o deslocamento do
equipamento “bate-estacas”, figura 18. Também deve ser colocar as estacas em local e
posição tais que não impeçam nem dificultem a cravação de outras estacas.
45
desenvolvimento dos serviços facilitará inclusive a conferência dos relatórios que serão
enviados juntamente com a medição dos serviços. Estes contêm data de cravação,
seção e comprimento da peça, profundidade cravada e negas obtida ao término da
cravação do elemento e são normalmente relacionadas conforme se realiza a cravação
das estacas, agrupadas por seção das estacas.
46
5 – MÉTODOS DE CÁLCULOS DE CARGA
De acordo com recomendações da Norma NBR 6122, deve-se adotar para carga
admissível, a partir deste método, o menor dos dois seguintes valores:
Onde:
47
5.2 - MÉTODOS SEMI-EMPÍRICOS
Qu = Qp + Qs (Eq. 5.3)
onde:
Qu - capacidade de carga de ruptura do elemento de fundação
Qp - carga suportada pela ponta da estaca
Qs - carga suportada pelo atrito lateral da estaca com o solo
E ainda:
Qu = Qp + Qs = qp.Ap + ql.As = qp.Ap + ql.U.∑∆L (Eq. 5.4)
Onde:
qp - resistência de ponta da estaca
Ap - área da ponta da estaca
ql - resistência limite de cisalhamento ao longo do fuste da estaca
As - área lateral do fuste da estaca
U - perímetro do fuste da estaca
∑∆L - somatório de trechos do fuste da estaca (L ∑∆L é o comprimento da
estaca)
48
Figura 19 – Capacidade e transferência de carga de uma estaca isolada –
(modificado – ALONSO, 1996a)
Para atingir o objetivo presente trabalho, foi feita uma revisão bibliográfica sobre
sondagem à percussão e SPT, tipos de fundações e métodos de estimativa de
capacidade de carga de estaca, em particular dos métodos adotados no presente
trabalho. Em seguida, levantaram-se dados referentes ao local destinado a implantação
das estacas, com sondagens SPT, a partir das quais se traçou o perfil estratigráfico
estimado do mesmo. De posse destas informações partiu-se para aplicação dos
métodos de AOKI & VELLOSO (1975), DECOURT & QUARESMA (1978 e 1991) e
LOBO (2005). Por fim, realizou-se a análise comparativa. As formulações e conceitos
básicos dos métodos utilizados no presente trabalho serão apresentados a seguir.
Este método foi apresentado para o cálculo da carga última (Qult) em função dos
valores da resistência de ponta (qp) e da resistência lateral (ql) medidos no ensaio
CPT. Ele propõe que, tanto as tensões-limite de carga última de ponta quanto à de
atrito lateral são avaliadas em função da tensão de ponta medida no ensaio CPT.
Porém, para se aplicar a metodologia que considera os resultados de ensaios de
campo executados no Brasil, foram feitas correlações entre os valores determinados
em campo por ambos os ensaios (CPT, SPT).
AVIZ (2006) explica que este método prevê a capacidade de suporte de uma
estaca baseado nas informações fornecidas pelo ensaio SPT, ou seja, de acordo com a
descrição das camadas que compõem a estratigrafia do subsolo, nível do lençol
freático e número de golpes do ensaio (NSPT).
50
Para entender-se o mecanismo de transferência de carga da estaca para o solo
imagina-se que a carga (P) vai sendo dissipada ao longo do fuste, até que é sobrada
uma parcela a ser resistida pela ponta da estaca (Pp). Logo, para a capacidade de
carga (R), tem-se a equação 5.5;
Onde:
Qult - Carga de ruptura, ou capacidade de carga de uma fundação em estacas;
ql - Parcela de carga de ruptura devido ao atrito lateral solo-estaca desenvolvido
ao longo do fuste da estaca (capacidade de carga do fuste);
qp - Parcela de carga de ruptura resistida pela ponta da estaca (capacidade de
carga de ponta).
l ∑ ⍙l l) (Eq. 5.6)
Onde:
U - Perímetro da seção transversal do fuste;
Δl - Trecho do fuste onde se admite rl constante.
rl - adesão ou atrito (kPa) na camada de espessura Δl (m);
qp (Eq.5.7)
Onde:
Ap - Área de ponta da estaca;
rp - capacidade de carga do solo na cota de apoio do elemento estrutural de
fundação (kPa);
51
/ (Eq. 5.9)
Onde:
qc = resistência de ponta do ensaio de Cone (CPT);
fc = atrito lateral unitário do ensaio de Cone (CPT);
f α . (Eq. 5.10)
α (Eq. 5.12)
α (Eq. 5.13)
∑ (Eq. 5.14)
53
b) – Para estacas escavadas;
{ (Eq. 5.16)
Pode-se também adotar para carga admissível o valor igual ao valor da equação
4.15, quando a estaca estiver apoiada em rocha.
Como nem todos os 15 tipos de solos tinham sido avaliados por DANZIGER,
Alguns valores foram complementados através de interpolação por LAPROVITERA
(1988). Os valores finais de K e α constam na Tabela 10.
54
Tabela 10 – Coeficientes K e α (LAPROVITERA, 1988)
Tipo de Solo K(kgf/cm2) α (%)
Areia 6,0 1,4%
Areia Siltosa 5,3 1,9%
Areia Siltosa-argilosa 5,3 2,4%
Areia Argilosa 5,3 3,0%
Areia Argilo-siltosa 5,3 2,8%
Silte 4,8 3,0%
Silte Arenoso 4,8 3,0%
Silte Areno-Argiloso 3,8 3,0%
Silte Argiloso 3,0 3,4%
Silte Argilo-Arenoso 3,8 3,0%
Argila 2,5 6,0%
Argila Arenosa 4,8 4,0%
Argila Areno-Siltosa 3,0 4,5%
Argila Siltosa 2,5 5,5%
Argila Siltosa-Arenoso 3,0 5,0%
55
5.3.2 - CONTRIBUIÇÃO DE MONTEIRO (1997)
Com base em sua experiência na firma Estacas Franki Ltda, MONTEIRO (1997)
estabeleceu correlações diferentes, tanto para k e α, mostradas na Tabela 12, como
para F1 e F2, mostradas na Tabela 13.
(Eq. 5.18)
Onde:
qp,ult – Resistência de ponta;
qps – valores de ponta acima;
qpi – valores de ponta para baixo.
56
Figura 20 – Determinação da resistência de ponta segundo MONTEIRO (1997)
57
Tabela 13 – Coeficientes de transformação F1 e F2 (MONTEIRO, 1997)
Tipo de Estaca F1 F2
58
E que a capacidade de carga da estaca é dada por:
qp = K. NSPT,M (Eq.5.21)
Onde:
T – Valor do torque medido no ensaio do tipo SPT- T (kgf,m)
Qult - Carga de ruptura, ou capacidade de carga de uma fundação em estacas;
Qp - Carga da ponta da estaca;
Ql - Carga de ruptura do fuste (atrito lateral);
qp – capacidade de carga do solo na cota de apoio do elemento estrutural de
fundação (kPa);
Ap – Área da ponta da estaca;
ql – capacidade de carga do solo na cota de apoio do elemento estrutural de
fundação (kPa);
NSPT,M - a média entre os SPT na profundidade de ponta da estaca;
As – Área do fuste da estaca.
K - Coeficiente característico do tipo de solo.
(Eq.5.22)
(Eq.5.23)
O Cálculo do atrito lateral de fuste (rl) é feito com base no valor médio do índice
de resistência à penetração do SPT ao longo do fuste (Nl). No cálculo de (Nl) adotam-
se limites para (Nl), sendo que Nl ≥ 3 e Nl ≤ 15, desconsiderando os valores que serão
59
utilizados no cálculo da resistência de ponta e para estacas de deslocamento, o valor
superior muda de 15 para 50.
l
( (Kpa) (Eq. 5.24)
(Eq. 5.25)
Onde:
(Np) - é valor médio de golpes entre os três valores correspondentes à ponta da
estaca, o imediatamente anterior e o imediatamente posterior.
Qu αQ β Ql (Eq. 5.26)
60
Onde;
Qult - carga última;
α e β - coeficientes tabelados que dependem do tipo de solo e estaca;
Qp - parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca;
Ql = parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da estaca.
Tipo de Estacas
Tipo de solo
Tipo de Estacas
Tipo de solo
61
5.5 - MÉTODOS DE LOBO (2005)
(Eq. 5.27)
Onde;
Mm - massa do martelo (kg)
g - aceleração da gravidade (m/s2)
hq - altura de queda padrão do martelo (m)
Onde:
- penetração permanente do amostrador;
Mh - massa da haste;
Mm - Massa do martelo;
EPM - variação da energia potencial do martelo;
EPH - variação da energia potencial da haste;
EPT - energia potencial teórica;
g - aceleração da gravidade.
63
t1 = 0 t2 = t t3 =
Martelo = 65 kg
0,75
2
g = 9,806 m/s Centro de massa do MARTELO
0,75
Instrumentação Instrumentação
Instrumentação
hm(t1)
hm(t3)
Haste
hh(t1)
hh(t3)
Amostrador
Referência
η= (Eq. 5.29)
Onde;
√ (Eq. 5.31)
64
DECOURT (1989) considerou as perdas de energia que ocorrem durante a
queda do martelo através da introdução de um fator de eficiência (e1). Esse fator foi
definido como sendo a relação entre a energia cinética do martelo (Eci), em um instante
imediatamente antes do impacto entre o martelo e a cabeça de bater, e a energia
nominal do SPT, equação 5.32. O valor da energia (Eci) pode ser facilmente calculado
quando se conhece o valor da velocidade de impacto do martelo (vi).
vi = √ (Eq. 5.33)
ηi (0,5 . Mm . vi2 / 478,2) . 100% (Eq. 5.34)
65
Com base em suas experiências, Odebrecht conclui propões os valores para η1,
η 2 e η 3 sendo;
η1 = 0,764
η2 = 1
η3 = 1 – 0,0042l
Onde;
d η [η ( ⍙ ) η ⍙ (Eq. 5.36)
66
Onde:
Mm - massa do martelo;
Mh - massa da haste;
η1 - eficiência do golpe;
η2 - eficiência das hastes;
η3 - eficiência do sistema;
- penetração do amostrado no solo - 0,3/NSPT (m/golpes)
g - aceleração da gravidade.
l (Eq. 5.37)
/ ∑ d ⍙L d /a (Eq. 5.38)
Onde:
α - coeficiente de correção da resistência lateral;
β - coeficiente de correção da resistência de ponta;
a1- área lateral total do amostrador (área lateral externa + área lateral interna =
(30(5,1+3,5)= 810,5cm2)
⍙L - espessura de cada camada de solo considerado (m);
U - perímetro da estaca;
Ap - área da ponta da estaca;
ap - área da ponta do amostrador SPT =(5,12 . 0,25 = 20,4cm2)..
67
7 – METODOLOGIA
68
Tabela 18 - Valores da capacidade de carga por atrito lateral
69
Tabela 19 - Valores da capacidade de carga por ponta da estaca Hélice Contínua para
os métodos apresentados
RELATÓRIO FINAL
Estaca Tipo Diâmetro (cm) N.A (m)
Moldada in-loco Hélice Contínua 60 3,85
Carga Admissível na cota de apoio da Estaca (kN)
Cota (m) Aoki-Velloso Decourt-Quaresma Lobo Média
23,00 3.790,08 1310,73 2314,66 2471,82
Capacidade de Carga
Aoki-Velloso Décourt-Quaresma Lobo Média
Q Adm (kN)
0 1000 2000 3000 4000 5000
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Profundidade (m)
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
70
7.2 – CAPACIDADE DE CARGA POR ATRITO LATERAL E DE PONTA PARA
ESTACA PRÉ-MOLDADE DE CONCRETO PARA O PERFIL DE SONDAGEM DO
SPT SETOR H NORTE QNH – TAGUATINGA – DF
69
Tabela 20 - Valores da capacidade de carga por atrito lateral
ESTACA PRÉ MOLDADA DE CONCRETO - SPT Setor H Norte QNH – Taguatinga -
DF
Prof. (m) Tipo de solo N SPT A&V (KN) D&Q (KN) Lobo (KN) Média (KN)
1 Argila Arenosa 2 61,07 45,96 16,82 41,28
2 Argila Arenosa 2 65,60 74,96 16,91 52,49
3 Argila Arenosa 2 70,12 103,96 17,00 63,69
4 Argila Arenosa 2 74,64 132,96 17,09 74,90
5 Argila Arenosa 2 79,17 161,96 17,18 86,10
6 Argila Arenosa 2 83,69 202,27 26,71 104,22
7 Argila Arenosa 6 210,36 247,48 84,02 180,62
8 Argila Arenosa 7 254,47 303,33 130,11 229,30
9 Argila Arenosa 10 361,91 359,64 212,46 311,34
10 Argila Arenosa 13 476,14 397,41 321,14 398,23
11 Argila Arenosa 6 291,79 432,62 319,87 348,09
12 Argila Arenosa 8 673,63 586,66 399,13 553,14
13 Argila Arenosa 6 570,23 628,67 439,73 546,21
14 Areia Siltosa 6 596,08 642,51 497,66 578,75
15 Areia Siltosa 5 552,99 722,10 543,11 606,07
16 Areia Siltosa 10 919,21 803,00 683,06 801,75
17 Areia Siltosa 10 962,30 894,47 796,10 884,29
18 Areia Siltosa 10 1.005,38 930,43 915,28 950,36
19 Areia Siltosa 9 979,53 1136,69 1021,91 1046,04
20 Areia Siltosa 27 2.259,15 1476,95 1485,32 1740,47
21 Areia Siltosa 41 3.340,57 1868,03 2123,25 2443,95
22 Areia Siltosa 45 3.792,96 2136,42 2775,05 2901,48
23 Areia Siltosa 50 4.331,52 2250,85 3530,42 3370,93
Tabela 21 - Valores da capacidade de carga por ponta da estaca hélice contínua para
os métodos apresentados
RELATÓRIO FINAL
Estaca Tipo Diâmetro (cm) N.A (m)
Pré-Moldada Vibrada Concreto 60 3,85
Carga Admissível na cota de apoio da Estaca (kN)
Cota (m) Aoki-Velloso Décourt-Quaresma Lobo Média
23,00 4331,52 2250,85 3530,42 3370,93
70
GRÁFICO 2 - Capacidade de carga por atrito lateral da estaca
Capacidade de Carga
Aoki-Velloso Décourt-Quaresma Lobo Média
Q Adm (kN)
0 1000 2000 3000 4000 5000
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Profundidade (m)
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
71
A análise dos dados da Tabela 22 e 23 demonstram mais uma vez que o
método mais arrojado é o de AOKI & VELLOSO (1975), e é o que apresenta os valores
de capacidade de carga por atrito lateral mais equilibrado. A diferença percentual entre
a carga de ponta de AOKI & VELLOSO e a capacidade de carga média é de
aproximadamente 55%. A metodologia mais conservadora e de DECOURT &
QUARESMA (1978), podendo ser confirmado pela diferença entre as capacidade de
carga da ponta da estaca apresentado nos três métodos proposto.
72
média da capacidade de carga por atrito lateral ao longo da profundidade, obtida a
partir dos valores alcançados pelos métodos em propostos.
Tabela 23 - Valores da capacidade de carga por ponta da estaca hélice contínua para
os métodos apresentados
RELATÓRIO FINAL
Estaca Tipo Diâmetro (cm) N.A (m)
Moldada
HÉLICE CONTÍNUA 60 4
in-loco
Carga Admissível na cota de apoio da Estaca (kN)
Cota (m) Aoki-Velloso Décourt-Quaresma Lobo Média
22,00 3808,08 1412,54 2230,73 2483,78
Capacidade de Carga
Aoki-Velloso Décourt-Quaresma Lobo Média
Q Adm (kN)
0 1000 2000 3000 4000 5000
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Profundidade (m)
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
73
7.3 – CAPACIDADE DE CARGA POR ATRITO LATERAL E DE PONTA PARA
ESTACA PRÉ-MOLDADA DE CONCRETO PARA O PERFIL DE SONDAGEM DO
SETOR DE GARAGENS MINISTERIAL NORTE BRASÍLIA – DF
74
Tabela 24 - Valores da capacidade de carga por atrito lateral
ESTACA PRÉ MOLDADA DE CONCRETO - SETOR DE GARAGENS
MINISTERIAL NORTE BRASÍLIA – DF
Prof. (m) Tipo de solo N SPT A&V (KN) D&Q (KN) Lobo (KN) Média
1 Argila Arenosa 4 122,15 89,85 31,02 81,01
2 Argila Arenosa 4 131,19 111,84 31,19 91,41
3 Argila Arenosa 4 140,24 128,18 31,36 99,93
4 Argila Arenosa 3 118,75 155,04 24,52 99,44
5 Argila Arenosa 5 186,61 171,37 38,61 132,20
6 Argila Arenosa 3 136,85 192,84 38,32 122,67
7 Argila Arenosa 3 143,63 225,24 54,07 140,98
8 Argila Arenosa 7 272,56 287,21 120,73 226,83
9 Argila Arenosa 10 380,01 368,20 203,08 317,09
10 Argila Arenosa 13 494,24 406,52 311,76 404,17
11 Argila Arenosa 9 401,50 445,82 352,49 399,94
12 Argila Arenosa 12 974,25 792,08 469,94 745,42
13 Argila Arenosa 6 612,34 802,71 483,72 632,92
14 Areia Siltosa 8 776,06 757,16 573,19 702,14
15 Areia Siltosa 8 810,53 862,72 654,40 775,88
16 Areia Siltosa 10 982,87 931,24 774,49 896,20
17 Areia Siltosa 10 1025,95 981,51 887,54 965,00
18 Areia Siltosa 9 1000,10 1333,71 988,66 1107,49
19 Areia Siltosa 27 2279,72 1951,12 1436,76 1889,20
20 Areia Siltosa 41 3361,15 2663,95 2051,39 2692,16
21 Areia Siltosa 45 3813,53 3133,99 2677,56 3208,36
22 Areia Siltosa 50 4352,09 3292,78 3404,79 3683,22
Tabela 25 - Valores da capacidade de carga por ponta da estaca hélice contínua para
os métodos apresentados
RELATÓRIO FINAL
Estaca Tipo Diâmetro (cm) N.A (m)
Pré-Moldada Vibrada Concreto 60 4
Carga Admissível na cota de apoio da Estaca (kN)
Cota (m) Aoki-Velloso Décourt-Quaresma Lobo Média
22,00 4352,09 3292,78 3404,79 3683,22
75
GRÁFICO 4 - Capacidade de carga por atrito lateral da estaca
Capacidade de Carga
Aoki-Velloso Décourt-Quaresma Lobo Média
Q Adm (kN)
0 1000 2000 3000 4000 5000
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Profundidade (m)
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
8 - CONCLUSÃO
76
Diante dos estudos feitos neste trabalho, podemos verificar que pela
metodologia de AOKI & VELLOSO (1975) obtivemos resultados bem acima da média
entre as outras metodologias propostas para capacidade de carga por atrito lateral e
total.
Os valores obtidos pelo método de LOBO (2005) ficaram próximo da média dos
valores obtidos pelos métodos semi-empíricos proposto, sendo uma boa alternativa
para dimensionamento de fundações profundas, porém devemos fazer mais estudos
para valores de N baixos, já que a força dinâmica é baixa nestes casos.
77
Fica aqui proposto um trabalho no sentido de certificar as empresas que
executam ensaios de sondagem onde as obrigará a qualificar-se para oferecer serviços
de sondagens com qualidade e confiança.
78
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALONSO, U.R. (1998). Prova de carga horizontal em Estaca Hélice Contínua – Revista
Solos E Rochas, São Paulo.
BROOMS, B. B., & FLODIN, N., (1988) History Of Soil Penetration Test, Isopt-1, de
Ruiter (Ed.), Balkena, Rotterdam, Isbn 9061918014. Pp. 169.
79
PAGNUSSATTI, HERIBERTO & SANTOS, ADAILTON ANTONIO DOS - Análise
Comparativa dos Métodos de Estimativa de Capacidade de Carga de Fundações
Profundas - Estudo de Caso - Artigo Submetido ao Curso de Engenharia Civil da Unesc
- Como Requisito Parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil.
80
ORGANOGRAMA DO TRABALHO PROPOSTO
Revisão Bibliográfica
Metodologia de trabalho
Acompanhar a execução de SPT
Brasília - DF.
82
83
SONDAGEM REALIZADO NO SETOR DE GARAGENS MINISTERIAL NORTE
BRASÍLIA – DF
84
85