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Escola E.

B 2,3/S de Vila Flor


Disciplina de Filosofia
10º B

No mundo actual nem todos os animais vivem em bem-estar, muitos não têm um dono
que se importa com a sua saúde ou a sua felicidade. Nem todos têm o comer à sua
espera, não têm de beber, não têm uma cama quente ou um abrigo, muitos não têm
qualquer amigo. Se tens um animal e gostas e realmente te importas com ele, não
suportarias vê-lo sofrer, mas e os outros lá fora, porque sim, há muitos animais que
sofrem neste mundo cruel. Muitos para fins económicos como a produção de pêlo para a
indústria de moda, para experimentações científicas e muitos outros, e também para o
divertimento como a caça e o uso de animais em circos. O mundo também pertence aos
animais, mais até do que a nós, pois os animais apareceram primeiro.

Direitos dos animais


Esta declaração contém artigos com os direitos dos animais e foi proclamada em 15 de
Outubro de 1978 e aprovada pela UNESCO e pela ONU.

1º Artigo

1. Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.

2º Artigo

1. Todo o animal tem o direito de ser respeitado.

2. O homem, enquanto espécie animal, não pode atribuir-se o direito de exterminar os


outros animais ou de os explorar, violando esse direito. Tem a obrigação de empregar os
seus conhecimentos ao serviço dos animais.

3. Todos os animais têm direito à atenção, aos cuidados e à protecção do homem.

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3º Artigo

1. Nenhum animal será submetido a maus tratos nem a actos cruéis.

2. Se a morte de um animal é necessária, esta deve ser instantânea, indolor e não


geradora de angústia.

4º Artigo

1. Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu
próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático, e a reproduzir-se.

2. Toda a privação de liberdade, incluindo aquela que tenha fins educativos, é contrária a
este direito.

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5º Artigo

1. Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente em contacto com
o homem, tem o direito a viver e a crescer ao ritmo das condições de vida e liberdade
que sejam próprias da sua espécie.

2. Toda a modificação do dito ritmo ou das ditas condições, que seja imposta pelo
homem com fins comerciais, é contrária ao referido direito.

6º Artigo

1. Todo o animal que o homem tenha escolhido por companheiro, tem direito a que a
duração da sua vida seja conforme à sua longevidade natural.

2. O abandono de um animal é um acto cruel e degradante.

7º Artigo

1. Todo o animal de trabalho tem direito a um limite razoável de tempo e intensidade de


trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso.

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8º Artigo

1. A experimentação animal que implique um sofrimento físico e psicológico é


incompatível com os direitos do animal, quer se trate de experimentações médicas,
cientificas, comerciais ou qualquer outra forma de experimentação.

2. As técnicas experimentais alternativas devem ser utilizadas e desenvolvidas.

9º Artigo

1. Quando um animal é criado para a alimentação humana, deve ser nutrido, instalado e
transportado, assim como sacrificado sem que desses actos resulte para ele motivo de
ansiedade ou de dor.

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10º Artigo

1. Nenhum animal deve ser explorado para entretenimento do homem.

2. As exibições de animais e os espectáculos que se sirvam de animais, são incompatíveis


com a dignidade do animal.

11º Artigo

1. Todo o acto que implique a morte de um animal, sem necessidade, é um biocídio, ou


seja, um crime contra a vida.

12º Artigo

1. Todo o acto que implique a morte de um grande número de animais selvagens é um


genocídio, ou seja, um crime contra a espécie.

2. A contaminação e destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio.

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13º Artigo

1. Um animal morto deve ser tratado com respeito.

2. As cenas de violência nas quais os animais são vítimas, devem ser proibidas no cinema
e na televisão, salvo se essas cenas têm como fim mostrar os atentados contra os direitos
do animal.

14º Artigo

1. Os organismos de protecção e salvaguarda dos animais devem ser representados a


nível governamental.

2. Os direitos dos animais devem ser defendidos pela Lei, assim como o são os direitos do
homem.

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Abusos de animais
Tráfico de Animais

Muitas pessoas sonham em ter em casa um papagaio ou um macaco como animal de


estimação, mas não imaginam os prejuízos que isso pode causar à natureza:

• Cerca de 12 milhões de animais selvagens são retirados das florestas todos os anos
para serem vendidos (é a segunda causa de destruição da fauna depois da
desflorestação).

• De cada DEZ animais capturados, somente UM chega ao destino final (NOVE


morrem no caminho, devido às péssimas condições de transporte).

• Ter um animal destes em casa é perigoso para sua saúde, além de causar um grande
sofrimento para o bicho (ele deixa de se reproduzir, recebe uma alimentação inadequada
e enfrenta uma grande solidão).

• Existem pessoas que compram animais, arrependem-se e depois não sabem o que fazer
com eles (se for solto, o bicho morre porque não sabe viver em liberdade; vários acabam
por ser levados para os zoológicos, que não têm capacidade para receber dezenas de
animais todos os dias).

• Todos os seres vivos dependem da natureza para sobreviver. Os animais formam uma
cadeia responsável para o seu equilíbrio. E é da natureza que obtemos desde alimentos
até remédios. Se tirarmos os animais, acabaremos com o elo, e mais perigo correram as
pessoas.

Só o tráfico de drogas e de armas é maior do que isso. Se mais ninguém comprar, os


traficantes terão que mudar de actividade e milhões de animais deixarão de ser
sacrificados. Se já tem um animal, cuide bem dele. Mas não compre outro.

Testes em Animais

Todos os anos, milhares de novos cosméticos, produtos de limpeza e de higiene pessoal


são lançados no mercado. Potencialmente, muitos deles foram testados em animais em
vários estágios do seu desenvolvimento. Antes de aparecerem nas estantes do
supermercado, esses produtos passam por um longo e complexo processo de experiência
que deixam milhões de animais mutilados, queimados, envenenados e expostos à acção
de gases em testes ultrapassados e desnecessários.

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Os fabricantes alegam que os testes garantem a segurança dos produtos utilizados em


circunstâncias normais ou em caso de algum acidente, como a ingestão dos mesmos. O
verdadeiro interesse, no entanto, é limitar a responsabilidade da companhia perante um
possível caso de acção judicial movida por um consumidor.
Produtos comprovadamente tóxicos que foram testados em animais são regularmente
introduzidos no mercado. Não importa a quantidade de testes aplicados em animais; isso
não altera o fato de que muitos desses produtos são danosos se ingeridos ou se utilizados
inadequadamente. Além disso, muitos desses produtos não fornecem informações sobre
os tratamentos efectivos em casos de danos de saúde. Eles se limitam a indicar a
toxidade e é só.
Em 1998, a Inglaterra decretou a proibição de testes em animais no processo de
fabricação de cosméticos. É um importante passo no caminho da libertação daqueles que
nada fizeram para merecer tamanha crueldade.

Teste de Draize

É utilizado para medir a acção nociva dos ingredientes químicos encontrados em


produtos de limpeza e em cosméticos. São observadas as reacções causadas à pele e aos
olhos de animais.

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O teste Draize para a irritação da pele consiste em imobilizar o animal enquanto


substâncias são aplicadas em peles raspadas e feridas (fita adesiva é pressionada
firmemente na pele do animal e arrancada violentamente; repete-se esse processo até
que surjam camadas de carne viva). Os coelhos são os animais mais utilizados nos testes
Draize porque são baratos e fáceis de manusear. Seus olhos grandes facilitam a
observação dos resultados. No entanto, os olhos de coelho são um modelo pobre para os
olhos humanos:

• A espessura, estrutura de tecido e bioquímica das córneas do coelho e do humano são


diferentes;

• Coelhos têm ductos lacrimais mínimos (quase não produzem lágrimas);

• Resultados de testes são sujeitos às interpretações ambíguas; o que aparenta ser um


dano grave para um técnico pode parecer brando para um outro.

Este teste serve para detectar qual a quantidade da substância que matará a metade
do grupo de animais, num tempo pré-determinado, se ingerida ou inalada forçadamente
ou, então, exposta de alguma maneira. Criado em 1920, o teste serve para medir a
toxicidade de certos ingredientes. Cada teste LD-50 é conduzido por alguns dias e
utiliza 200 ou mais animais. Durante o período de teste, os animais normalmente sofrem
de dores angustiantes, convulsões, diarreia, supuração e sangramento nos olhos e na
boca. No fim do teste, os animais que sobrevivem são sacrificados. Esse teste prova ser
ineficaz porque os resultados variam muito dependendo da espécie de animal utilizado.

Existem várias alternativas para o experimento animal:

• Simulações por computador

• Utilização de culturas de células (in vitro) para estudos de toxicidade e irritação

• Utilização de olhos humanos dos bancos de olhos ou das membranas de ovos de


galinha

• Utilização de tecido humano: o laboratório Pharmagene, na Inglaterra, vem


desenvolvendo a técnica de stock de tecidos humanos retirados durante a biopsia ou
algum tipo de tratamento de pacientes hospitalizados

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Peles

Existem relatos de viagens à China onde é possível encontrar diversos armazéns,


repletos de peles de cães e gatos, pilhas de peles de gatos malhados e de pastores
alemães, somos sufocados pela grandeza do sofrimento presente até no ar que
respiramos; sabemos que todos estes animais tiveram uma morte agonizante,
estrangulados, afogados ou sangrando até a morte. Muitos tiveram a sua pele retirada
enquanto ainda vivos. Numa viagem recente à China defensores dos direitos dos animais
depararam com uma descoberta aterradora: enormes quantidades de pele de cachorro a
serem tingidas de preto ou castanho, tornando-as virtualmente indistinguíveis de outros
tipos de peles, como a de raposa ou vison, funcionários embalam centenas de peles
tingidas e prontas para comercialização em caixas destinadas à exportação.

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Matadouros Clandestinos

Os matadouros comerciais, das grandes empresas, normalmente utilizam uma pistola


de ar comprimido para abater o animal, método considerado, ideal para um abate com
menos sofrimento. No Brasil, porém, predominam os matadouros clandestinos, que
abatem os bois “à marretada”. Normalmente uma única pancada na cabeça não é
suficiente para que o animal morra. Ele, a sofrer terrivelmente, debate-se, enquanto o
funcionário lhe desfere novas pancadas até que pare de se mexer. Muitas vezes o animal
desmaia e, ao acordar, estão a serrar-lhe os membros e a tirar-lhe couro. As fêmeas
grávidas são mortas e seus fetos retirados, vivos, e deitados no lixo, ou usados para
alimentação de cães e outros animais.

Animais em Circo

Muito se tem falado sobre a tortura de animais em circos internacionais. Os donos dos
"espectáculos" alegam que os seus animais são bem tratados, recebem alimentação à
vontade, e encontram-se felizes e reproduzem-se. A realidade, porém, aqui mostrada
através de imagens chocantes, é bem mais dura do que aparenta.

Os elefantes são mantidos em pequenos espaços, acorrentados pelas patas, sem


alimento... Ao se recusarem a trabalhar, são chicoteados, espancados com barras de
ferro em forma de gancho, afiado. Por serem animais dóceis, sujeitam-se a toda a
espécie de castigos, e, raramente, reagem em tom ameaçador.

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Os chimpanzés têm as suas presas arrancadas, recebem pouca alimentação para que
não cresçam muito, são obrigados a usar roupas humanas e tratados, na frente do
público, como gente. Atrás das cortinas, porém, sua a realidade é macabra. Ficam
acorrentados por longos períodos, no escuro, recebem banhos gelados, choques
eléctricos, são espancados, separados de suas crias, e, por vezes, vendidos como animais
de estimação.

Os ursos, animais que sempre foram temidos pela ferocidade, são mantidos em
pequenas jaulas, alimentando-se de restos, deitados sobre as próprias fezes, sem água
para beber, sem espaço para se movimentar. A musculatura fica atrofiada, impedindo
que se locomova de forma correcta. As presas e unhas são, por vezes, arrancadas, para
que não fira o tratador e não se auto flagele, por desespero. Ficam neuróticos,
balançando a cabeça e roendo as grades. São obrigados a andar de bicicleta, usando
saiotes coloridos.

Animais para a alimentação

CRIAÇÃO INTENSIVA: as galinhas passam a vida inteira sem se poder locomover,


pisando em fios de arame, sem descanso para os pés, com a luz acesa 24 horas por dia.
Gado e porco ficam confinados sem possibilidades de andar e ver a luz do sol. As
porcas matrizes são confinadas em pequenas baias, para que não se mexam e permitam
que os porquinhos mamem se parar pois, desta forma, se desenvolvem mais rápido. Tão
logo sejam desmamados, a fêmea terá seu cio induzido, emprenhará e voltará à rotina
cruel.

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PATÊ DE FÍGADO DE GANSO: São usados, por ano, cerca de 10 milhões de gansos
e patos para a produção do patê. As aves são mantidas, por toda a sua curta vida, em
confinamento permanente dentro de gaiolas mínimas, o que as impede de fazer qualquer
movimento. Alimentadas de 3 a 5 vezes ao dia – quando são seguradas pelo pescoço --,
têm seus bicos abertos, onde é introduzido um cano metálico de 20 a 30 cm de
comprimento, que chega até o estômago do animal. Uma alavanca então é accionada e
bombeia, de uma vez, através desse cano, uma mistura de milho, gordura e sal. Cada ave
é forçada a ingerir até 3,5 kg dessa ração por dia, o que equivale a um ser humano ser
forçado a comer 12,5 kg de macarrão por dia.

Após a alimentação, um anel elástico é apertado no pescoço da ave para impedir que
regurgite. Após 4 semanas de alimentação forçada, o animal é morto e seu fígado,
retirado para produzir o patê.

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VITELA: A trajectória de sofrimento do bezerro começa já no 1º dia de vida, quando é


apartado da mãe e trancado em um compartimento que não oferece espaço para que se
movimente. Muitos não permitem até que o animal se deite. E isso por cerca de seis
meses. A intenção é impedir o desenvolvimento da musculatura e garantir a carne tenra.
A alimentação é feita apenas com leite. "Privar o bezerro do consumo de fibras e
minerais presentes nas pastagens gera uma deficiência de ferro que pode levar à
anemia", explica o veterinário José Luciano Andriguetto, professor do Departamento de
Zootecnia da Universidade Estadual do Paraná. Para evitar que os animais adoeçam, os
produtores geralmente fornecem grande quantidade de antibióticos. Com 4 a 6 meses de
vida, os bezerros são retirados do compartimento. Experimentam a liberdade em alguns
passos trôpegos e vão direitos para o abate.

Touradas

Afinal, além de se dever respeito aos animais, criaturas sensíveis, também se deve
reconhecer o direito às pessoas conscientes e normalmente impressionáveis, de não
serem confrontadas com práticas cruéis e de pretenderem que elas não tenham lugar,
até para a sua tranquilidade interior.

O Homem, o touro e o cavalo, entre muitas outras espécies, embora possuindo


exteriores e aptidões diferentes, são criaturas com grande semelhança nos sentidos, nas
necessidades vitais, nas reacções, na busca de segurança, na ânsia por liberdade, nas
sensações de ansiedade, medo, susto, fúria, cansaço e esgotamento, dor, nas sensações
provocadas por infecção e doença, no sofrimento por morte violenta (abate ou acidente).

Os animais são dotados de irritabilidade e de sensibilidade. Os estímulos são captados


por receptores e transmitidos através de trajectos nervosos a centros nervosos. Todos
estes elementos, alem de terem funções comparáveis, são semelhantes nos vertebrados e
praticamente análogos dentre os mamíferos, grupo que inclui o Homem, o touro, o cavalo.

Todos os mamíferos experimentam ansiedade, medo, raiva, são atingidos pela dor e
detestam de maneira semelhante o sofrimento que esta provoca, quer se trate do Homem,
do cavalo ou do touro.

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Pele e tecidos subjacentes são sensíveis à dor, logo também a zona da cernelha (zona
acima das espáduas) onde são cravadas as farpas pelos «bandarilheiros» em Portugal e
Espanha. O mesmo acontece a quando da acção do «picador» e da estocada do
«matador» em Espanha e, contra a lei portuguesa, em Barrancos de Portugal.

Grandes diferenças residem, principalmente, na menor inteligência dos animais e na


sua incapacidade de se organizarem e se queixarem por palavras perante o Homem.

Qualquer pessoa com alguma informação e compreensão reconhecerá, visto que,


certamente, detesta a sua própria dor e sofrimento, que aquilo que os protagonistas
centrais de cada tourada, o touro e o cavalo, têm que suportar na lide é uma tortura.

Touro

O touro é retirado da vida na natureza em companhia da manada e logo privado da


liberdade da campina, metido violentamente e apertado em gaiolas minúsculas,
transportado em pânico, claustrofobia, fúria e luta até à praça. Por vezes é sujeito, sem
anestesia, ao corte da ponta dos cornos em zona viva, enervada e dolorosa, para que se
iniba de marrar com violência. Por vezes é-lhe aplicada pomada ou pó nos olhos para
provocar irritação nesses órgãos e lhe diminuir concentração e visão. Muitas vezes é
agredido antes da tourada com choques por aguilhão eléctrico nos testículos, para o
fazer irromper na arena aparentando ser braviamente perigoso, mas, na realidade,
saltando de susto e de dor. A seguir, na lide, é provocado, enfurecido, ferido por farpas,
magoado, cansado até o esgotamento e, em Barrancos de Portugal, até é morto por
estocada (ou várias estocadas até acertar);

Findada a lide é levado para o matadouro, estafado e com feridas dolorosas a


infectarem-se e a fazê-lo adoecer, até que o abate, oxalá que rápido, o liberte de tanto
sofrimento. Se for na Ilha Terceira dos Açores, o touro poderá ser «recuperado» para
vir a ser usado mais tarde em corridas à corda, forte tradição naquela ilha.

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Cavalo

Um cavalo de lide tem que enfrentar stress e risco de ferimento e de morte.


O cavalo é um ser que, quando se sente ameaçado, busca instintivamente a sua
segurança e sobrevivência na fuga ou no pôr-se a uma distância que considere suficiente
para escapar ao perigo. Ele consegue realizar a fuga com relativa velocidade e aguenta-
a com bastante resistência por distâncias consideráveis.
Quando a causa ameaçadora ou algo estranho se encontra próximo e, também,
quando outros motivos intervêm (luta entre garanhões disputando éguas, da égua quando
não aceita o garanhão, da égua em defesa do potro, de uns e outros por ciúme, em
disputa da ração, para escorraçar um intruso, etc.) poderá utilizar o coice das patas
traseiras ou, ainda, a sapatada com o membro anterior e a dentada. Mas não é
temerário a ponto de se dispor por livre vontade a enfrentar um touro de perto, mesmo
possuindo alguma coragem. Pode, quando muito, se for jovem, se estiver eufórico e cheio
de energia, dar umas corridas de provocação, fazer umas fintas, empinar-se e escoicear,
mas sempre a uma distância relativamente prudente.
O cavalo tem que ser forçado pelo cavaleiro, com maior ou menor violência, por acção
de esporas e outras, a aproximar-se do touro, contra o seu medo natural. E mesmo sendo
cuidadosamente treinado, o que sucederá com uso de menor ou maior violência, ele
estará sempre sujeito a um forte stress emocional. A situação de confronto com o touro,
alem de envolver um risco real de toque ou de colhida com ferimento e dor e até de
morte, nunca vai dar prazer ao cavalo.
Se houver verdadeira amizade e respeito do cavaleiro para com o seu cavalo, ela é
certamente estranha e eivada de muito egoísmo, pois não se obriga um amigo a suportar
tanto stress e a correr tamanho risco.

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Dicas para ser um Proprietário Responsável

1. Não deixe o seu animal sair à rua sozinho. Leve-o a passear sempre com trela.

2. Recolha as fezes do seu animal nas ruas quando o levar a passear. É fácil levar um
saco plástico e vesti-lo nas suas mãos, recolhendo as fezes e virando-o ao contrário.

3. Ofereça sempre água limpa, alimentação de boa qualidade e um bom cantinho para
dormir.

4. Vacine-o contra doenças, sempre que sejam requeridas pelo veterinário.

5. Deixe sempre o seu animal limpo com banhos periódicos e penteie-o regularmente.

6. Brinque com ele e sobretudo ofereça-lhe muito amor.

7. Pode optar pelo acasalamento, mas preste atenção para não deixar filhotes sem dono
ou em mau estado.

8. Caso não queira ou não tenha possibilidade de criar os filhos, castre o seu animal. Com
isto você evita a superpopulação de animais que gera acidentes de trânsito, animais que
sofrem abusos, doenças para o homem (zoonoses) e poupa os animais de má qualidade
de vida.

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Frases Famosas

" Sinto pena de mulheres que continuam a comprar casacos de peles, pois nelas faltam
dois dos mais importantes requisitos para uma mulher: coração e sensibilidade". -Jayne
Meadows (Actriz)

"Olhe no fundo dos olhos de um animal e, por um momento, troque de lugar com ele. A
vida dele se tornará tão preciosa quanto a sua e você se tornará tão vulnerável quanto
ele. Agora sorria, se você acredita que todos os animais merecem o nosso respeito e
nossa protecção, pois em determinado ponto eles são nós e nós somos eles." --Philip
Ochoa

" Costumo perguntar às pessoas por que elas têm cabeças de veados na parede. Elas
dizem sempre que é porque é um belo animal. Bom, eu acho a minha mãe muito bonita,
mas apenas tenho fotografias dela." Ellen DeGeneres, actriz

" O animal selvagem e cruel não é aquele que está atrás das grades. É o que está na
frente delas." Axel Munthe

"Eu temo pela minha espécie quando penso que Deus é justo." - Thomas Jefferson

"Não podemos ver a beleza essencial de um animal enjaulado, apenas a sombra de sua
beleza perdida" – Júlia Allen Field, 1937

"Os animais dividem connosco o privilégio de terem uma alma. " – Pitágoras

"Virá o dia em que a matança de um animal será considerada crime tanto quanto o
assassinato de um homem."- Leonardo da Vinci

"Atrocidades não são atrocidades menores quando ocorrem em laboratórios, ou quando


recebem o nome de pesquisa médica." -George Bernard Shaw (Dramaturgo, Nobel 1925)

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Casos de Abusos de Animais

Bovinos

Como são mortos

Mesmo hoje em dia, o processo de abate permanece primitivo e violento. Animais


entram no abatedouro um a um. Os criadores mais bem aparelhados, usam um revólver
pneumático atordoador, mas, é muito comum a marretada na cabeça, nem sempre
certeira. Quando é chegada a hora do abate, os animais, em geral, são forçados a entrar
num corredor estreito. Desesperam-se, tentando fugir de todas as formas, viram-se de
um lado para o outro, os olhos cheios de terror. Sentem o cheiro do sangue dos
companheiros mortos e recusam-se a seguir adiante. Alguns, já sem força, caem; os que
permanecem de pé são forçados a prosseguir, tangidos a choques eléctricos. Ao final do
percurso, um por um, são contidos em pequenos boxes e covardemente massacrados:
recebem marretadas, tantas quantas for necessário, até que tombem. Os golpes lhes
causam mutilações nos chifres, olhos e focinho.
São então suspensos – alguns às vezes ainda vivos – por uma das patas traseiras;seus
músculos se rompem em virtude do grande peso de seus corpos. Operários com longas
facas cortam a garganta de cada animal, na veia jugular e carótida, deixando-o sangrar
até a morte, pendurado de cabeça para baixo
No Brasil, este procedimento é comumente empregado no abate de bovinos. Porcos,
cabras, ovelhas, aves e outros animais são igualmente abatidos com idêntica brutalidade,
mas sem o uso do atordoamento.

Manejo

Qualquer que seja o lugar do mundo, o gado é sempre exposto a duras condições,
sofrendo manejo bruto e, frequentemente, crueldades no decorrer de suas curtas vidas.
Só nos Estados Unidos, onde cada cidadão come sete bois de aproximadamente 500 kg
em toda a sua vida, mais de 100 mil cabeças de gado são abatidas a cada 24 horas.
Principalmente no Brasil, o gado é rotineiramente castrado, seus chifres arrancados, e
seu corpo é marcado a ferro quente sem anestesia. Estes procedimentos são realizados
somente para benefício económico e conveniência dos produtores de carne. Ao pastar a
céu aberto, eles são expostos a condições climáticas extremas, que vão desde calor
insuportável até tempestades e secas. Muitos animais sofrem e morrem de calor, frio,
sede, fome, doenças e envenenamento por plantas tóxicas.

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Após diversos meses no campo, o gado é transportado para locais de engorda, o que é
feito através do fornecimento de grãos. Nesse local, dezenas de milhares de animais são
apinhados em áreas lamacentas, infestadas de moscas e cheias de estrume, onde o
stresse os torna susceptíveis à febre e a outras dolorosas doenças debilitantes. Defender-
se das moscas pode fazer com que eles percam um ou dois quilos por dia, por isso os
produtores os pulverizam regularmente com insecticidas altamente tóxicos.

Engorda
O gado não se adapta de imediato a comer grandes quantidades de grãos. A
mudança fisiológica abrupta na dieta de grama para grãos causa dolorosos problemas
digestivos, principalmente flatulência. Para aumentar o ganho de peso e reduzir os
custos alguns produtores adicionam papelão, jornais, serragem e até pó de cimento à
ração. Outros preferem adicionar estrume de aves e suínos ou esgoto industrial e óleos.

Transporte
Quando atingirem o peso ideal, os animais são transportados por caminhões até os
matadouros. Frequentemente são manejados com brutalidade: levam choques eléctricos
de aguilhões, são chutados e arrastados. Podem ser privados de alimento e água e sofrer
exposição a condições ambientais difíceis por longos períodos. Caminhões que
transportam gado estão sempre superlotados, o que resulta em quedas, pisoteamento e
lesões durante o transporte. Os animais que sofrem trauma de pernas, pelve, pescoço ou
perna, são arrastados para fora dos caminhões até o piso do matadouro, onde, muitas
vezes, agonizando de dor, chegam a esperar horas para ser abatidos. Animais que estão
doentes demais para morrer não recebem eutanásia. Em vez disso, podem ser jogados
na “pilha de mortos” e deixados para morrer de doença, sede fome ou hipotermia.

Caso da Dinamarca

Tradição muito comum na Dinamarca, onde os moradores atraem estes animais dóceis
e muito amigáveis para depois os torturar e matar.

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Este trabalho foi elaborado por:

Daniela Nascimento nº11


Solange Bonifácio nº 22
Cátia Gonçalves nº1o

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