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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS


DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

LUCAS L. KOZLINSKEI
RODOLFO BONOTO ESTEVAM
CARLOS ANDRÉ MIRANDA
HERON RODRIGUES

REFRAÇÃO DA LUZ

Relatório apresentado à disciplina


de Física Experimental como nota
parcial do primeiro semestre
Prof. Fabio Cassaro

PONTA GROSSA
2012
Introdução

Refração é a passagem da luz de um meio para outro. Quando


a luz passa de um meio material para outro meio ocorrem duas
coisas: a primeira é que a velocidade da luz muda, a segunda é que,
quando a incidência não é oblíqua, a direção de propagação também
muda.
Observamos que, quando um raio de luz incidente for oblíquo,
a refração é acompanhada de desvio de direção, o que não acontece
se a incidência do raio for perpendicular.

A velocidade da luz no vácuo é a maior que qualquer objeto


pode atingir. Denominamos por c a velocidade da luz no vácuo. Num
meio natural qualquer a velocidade da luz nesse meio (v) é menor do
que c. Portanto, podemos sempre escrever que

ou, equivalentemente

O coeficiente n é o índice de refração do meio. É uma das


grandezas físicas que caracterizam o meio (a densidade, por
exemplo, é outra grandeza física que caracteriza um meio).
A primeira lei de refração estabelece que o raio incidente, o raio
refratado e a normal pertencem a um mesmo plano. Dito de outra
forma:
O plano de incidência e o plano da luz refratada coincidem.

A segunda lei estabelece uma relação entre os ângulos de


incidência, de refração e os índices de refração dos meios. Tal relação
é conhecida como Lei de Snell-Descartes e seu enunciado é:
Numa refração, o produto do índice de refração do meio no qual
ele se propaga pelo seno do ângulo que o raio luminoso faz com a
normal é constante.
Em linguagem matemática, a segunda lei pode ser escrita
como:
Observe que conforme o ângulo de incidência aumenta, o
ângulo de refração também aumenta, pois a relação seni/senr é
constante. Repare que em determinado momento o ângulo de
incidência é máximo (i=90º) e nesse momento o ângulo de refração
também será máximo e denominado ângulo-limite de refração.

Aplicando a lei de Snell-Descartes quando i=90º, temos:

Analogamente, se invertermos as posições dos meios, vamos


obter o ângulo-limite de incidência. Se aumentarmos o ângulo de
incidência além de 90º, o raio incidente passa para o meio B, e aí
podemos observar a reflexão total para um novo ângulo de incidência
maior que o ângulo-limite. Note ainda que se o raio incidente agora
está no meio B, ele está se propagando do meio mais para o meio
menos refringente.

Parte Experimental

Determinação do índice de refração de um material


1.1 Montagem e Metodologia: Montamos o experimento
conforme a figura abaixo:

Uma vez montado o equipamento, ajustou-se a posição do


conjunto de forma que o filamento da lâmpada ficasse no foco da
lente. Ligou-se a fonte de luz e ajustou-se o raio luminoso de forma
que esse permanecesse centralizado no disco giratório.
Colocou-se o semicírculo no disco ótico e ajustou-se o disco de
tal modo que o ângulo de incidência do raio luminoso fosse 0º, e o
ângulo de refração também 0º. Girou-se o disco ótico, variando o
ângulo de 10º em 10º, anotando os resultados obtidos na Tabela I.
1.2 Análise e discussão dos dados:

Tabela I
Ângulo de Ângulo de sen(i)/sen(r)
incidência (i) refração (r)
10º 7º 1,42
15º 10,5º 1,42
20º 14º 1,41
30º 20º 1,46
40º 26º 1,47
45º 28,5º 1,48
50º 31º 1,49
60º 35,5º 1,49
70º 39º 1,49
80º 42º 1,47

sen (i )
Através das análises de dados percebeu-se que a razão é
sen( r )
constante. Essa observação implica na lei de Snell-Descartes, pois
essa lei pode ser escrita da seguinte forma:

sen (i ) n2

sen ( r ) n1

n2
Como é um fator constante, então teoricamente, a razão
n1
sen (i )
deve permanecer constante. Essa razão também indica o
sen( r )
índice de refração do material utilizado, no caso o acrílico, pois n1 é o

índice de refração do ar e tem valor 1,0.

As leis da refração são escritas da seguinte forma:

 A primeira lei de refração estabelece que o raio incidente, o raio


refratado e a normal pertencem a um mesmo plano;
 A segunda lei estabelece que numa refração, o produto do
índice de refração do meio no qual ele se propaga pelo seno do
ângulo que o raio luminoso faz com a normal é constante. Em
termos matemáticos, a segunda lei pode ser escrita como:

É importante ressaltar que o raio não sofre uma segunda


refração ao sair do semicírculo de acrílico por conta dele incidir
sempre com ângulo 0º na superfície circular.

Conclusão

Com o experimento, foi possível observar de forma prática


como ocorre a refração de raios luminosos, também sendo possível
estimar o valor do índice de refração de um determinado material, no
caso o acrílico.

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