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Este relatório trata da visita a Japan House no dia XX/XX/2018, um

domingo.
A Japan House é um centro educacional e cultural voltado para a cultura
nipônica inaugurado em 2017 na Avenida Paulista, em São Paulo.
Este centro educacional / cultural é o primeiro de alguns que serão
construídos em grandes cidades do mundo como Londres e Los Angeles entre
outras, por incentivo do governo japonês numa forma de apresentar ainda mais a
sua cultura para o resto do mundo. E o Brasil foi o escolhido para receber a primeira
Japan House por ser o país com o maior número de imigrantes japoneses do
mundo.
O Edifício foi concebido pelo arquiteto Kengo Kuma, um dos maiores nomes
da arquitetura japonesa, tendo obras espalhadas por todo o mundo.
Neste edifício ele aplicou os traços característicos da sua arquitetura, que
são a madeira e o papel, símbolos das construções tradicionais japonesas.
A Japan House conta apenas com espaços para exposições itinerantes que
são trocadas em até 3 meses, isso gera uma dinâmica muito interessante com os
frequentadores de estarem sempre indo de tempos em tempos para ver algo novo.
Como já mencionado alguns materiais utilizados são a madeira e o papel, o
edifício em si não foi construído para a Japan House, a instalação apenas reformou
e adequou um edifício existente para as suas necessidades.
A Madeira aplicada a fachada foi trazida diretamente do japão junto com
carpinteiros especializados na técnica de encaixe de madeiras, técnica essa milenar
no país de origem, onde castelos e tempos foram e são construídos e reformados
dessa maneira, com essa técnica o uso de pregos e cavilhas é dispensado, cortes
precisos são feitos na madeira para que com um jogo de encaixes e torções a
madeira fique firme e resistente como se presa da forma como tradicionalmente as
prendemos, com pregos. O jogo de madeiras na fachada além de artisticamente
belo, tem uma funcionalidade para o edifício, elas funcionam como brises para
barrar e filtrar a luz do sol, pois na fachada em que estão instalados existe uma área
expositiva, uma sala de workshops e o restaurante, um em cada andar.
A visita teve início em Jacareí, partindo às 8:00h da manhã com destino a
Avenida Paulista onde realizaria a visita a Japan House e a outros edifícios
interessantes na mesma região. O trajeto até lá demora cerca de 1:30h através da
Rodovia Ayrton Senna da Silva.
A Japan House é um edifício de 3 andares, começando a partir do mesmo nível do
passeio público, dentro da área do terreno além do edifício, há uma pequena área
externa onde as pessoas podem utilizar sem adentrar ao edifício e estão algumas
esculturas em bambu.
Partindo para a entrada do edifício um pequeno corredor de controle de entrada
com portas automáticas e segurança é encontrado e após isso o balcão de
informações, a partir daí tem-se dentro do mesmo ambiente a área expositiva do
térreo, uma cafeteria, uma loja onde vendem-se objetos relacionados a cultura
tradicional e moderna do japão, fazendo conexão com a idéia da casa, uma
pequena biblioteca com obras sobre o Japão em diversas línguas que podem ser
consultados gratuitamente dentro do edifício e um pequeno jardim para levar
iluminação a parte deste pavimento.
Nesta biblioteca há obras muito interessantes sobre arquitetura japonesa,
inclusive com livros sobre o arquiteto Kengo Kuma.
O espaço expositivo pode ser modelado através de painéis sanfonados de
grades revestidas com papel washi, que é o papel artesanal a base de arroz
utilizado nas divisórias japonesas e aqui sendo aplicado para o mesmo fim, mas de
forma mais sutil e moderna como a proposta arquitetônica do projeto. Esse
revestimento é utilizado amplamente dentro dos ambientes do edifício fazendo
referência direta às construções japonesas mais tradicionais.
A iluminação é direcionada por spots pretos ao teto e as tubulações são
todas aparentes, os acessos aos pavimentos superiores podem ser feitos através de
um elevador ou escada.
No 1º pavimento, encontram-se mais uma loja, duas salas que também
podem ser moduladas para serem totalmente abertas tornando o pavimento em um
grande salão, ou fechadas para se tornarem uma ou duas salas onde workshops
são ministrados, no dia da visita uma das salas estava desmontada e pude ver a
vista dalí para a Avenida Paulista por entre os brises.
Neste pavimento também há um conjunto de banheiros com louças
tecnológicas vindas do japão e uma área de funcionários.
No 2º pavimento é onde montam-se as exposições temporárias principais,
fazendo o visitante circular por todo o prédio antes de chegar lá. e além da área
expositiva este andar também possui um outro conjunto de sanitários como o do
andar abaixo, um restaurante com vista para a Avenida Paulista, um corredor a céu
aberto junto a fachada principal com vegetação de bambus ornamentais com o
intuito de diminuir a poluição sonora e do ar neste pavimento. Também há espaço
para salas de workshop e uma área administrativa.
Concluindo, a Japan House é uma obra arquitetônica que veio somar ao
repertório de edifícios com função cultural da Avenida Paulista, e sua concepção,
conceitualizacao, sua execução foram primorosos, trazendo dentro do partido a
essência do tradicional e do moderno da cultura japonesa para o país com maior
número de imigrantes japoneses do mundo. A disposição dos ambientes faz com
que o usuário tenha vontade de circular por toda a área e de ficar no espaço por
muito tempo, apenas algumas ressalvas podem ser feitas quanto ao projeto, a falta
de uma abre câmara adequada nos banheiros pode trazer incômodo para alguns
usuários e tentando pegar de memória não consigo lembrar de nenhuma outra
saída de emergência que não seja o acesso principal. No mais é uma obra que
merece toda a atenção e merece ser visitada é exportada pranto pela sua
arquitetura quanto pelo que ela se propõe culturalmente.

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