...santificados (Ef 1.4; 1Te 4.3; 2Te 2.
13) e guardados pelo seu po-
 TULIP – Expiação Limitada. Por quem Jesus morreu? O que
seu sacrifício fez em favor dessas pessoas?
CFWIII§IV. Esses homens e esses anjos, assim predestinados e
preordenados, são particular e imutavelmente designados; o seu
número é tão certo e definido, que não pode ser nem aumentado
nem diminuído (Jo 10.14-16,27-29; Jo 6.37-39; Jo 13.18; 2Tm 2.19; Ap
6.11; Ap 7.4).
A verdade da eleição incondicional conduz forçosamente à
terceira “pétala” da Tulipa. Resumindo seu ensino a expiação de
Cristo é suficiente para salvar toda humanidade, mas é eficaz
somente para os eleitos.
 TULIP – Graça Irresistível. Quando Deus chama pecadores
ao arrependimento, é possível recusar? Quão eficaz é esse
chamado?
De todas as pétalas da Tulipa, essa é a mais notável e
bela. Ela mexe com a nossa memória, fazendo-nos lembrar daquele
dia maravilhoso em que o Senhor nos chamou doce e mansamente
pelo nosso próprio nome e, rompendo a dureza do nosso coração,
nos atraiu para si (Jr 24:7; Jo 10.3; II Tm 1.9). Essa graça, quando
em operação, é também denominada “chamado eficaz”, pois trata-
se de uma vocação divina para a fé. O chamado eficaz é diferente
do chamado geral. Este é dirigido a todos os que ouvem o Evange-
lho, enquanto aquele só é dirigido aos eleitos. (At 16.14; Jo 6.37)
 TULIP – Perseverança dos Santos. É possível perder a
salvação?
CFWIII§VI. Assim como Deus destinou os eleitos para a
glória, assim também, pelo eterno e mui livre propósito da sua
vontade, preordenou todos os meios conducentes a esse fim (Ef
2.10; 2Te 2.13; 1Pe 1.2;Ef 1.4); os que, portanto, são eleitos, achando-
se caídos em Adão, são remidos por Cristo (Rm 5.19; 1Te 5.9,10; Tt
2.14), são eficazmente chamados para a fé em Cristo pelo seu
Espírito, que opera no tempo devido (Rm 9.11; 2Te 2.13,14; 1Co1.9), são
justificados (Rm 8.30), adotados (Ef 1.5), ...
der por meio da fé salvadora (1Pe 1.5; Jo 10.28,29). Além dos elei-
tos não há nenhum outro que seja remido por Cristo, eficazmente
chamado, justificado, adotado, santificado e salvo (Jo17.9; Jo
6.64,65; Jo 8.47; Jo 10.26; At 13.48; 1Jo 2.19).
A doutrina da perseverança dos santos é também
chamada de doutrina da “preservação” dos santos e afirma que
aqueles a quem Deus escolheu desde a eternidade e chamou de
forma irresistível, ele também guarda da queda absoluta, sendo
impossível que percam a salvação. (Jo6.39; Rm8.30; Fl 1.6; Jd Aula 6b
1.24)
CONCLUSÃO:
______________________________
CFWIII§VIII. A doutrina deste alto mistério de predes-
tinação deve ser tratada com especial prudência e cuidado, a
fim de que os homens, atendendo à vontade revelada em sua Pa-
lavra e prestando obediência a ela, possam, pela evidência da sua
vocação eficaz, certificar-se da sua eterna eleição. Assim, a
todos os que sinceramente obedecem ao Evangelho, esta dou-
trina fornece motivo de louvor, reverência e admiração de
Deus, bem como de humildade diligência e abundante consola-
ção (Rm 9.20; Rm 11.23; Dt 29.29; 2Pe 1.10; Ef 1.6;Lc 10.20; Rm 8.33;
Rm 11.5,6).
Apesar das diferenças marcantes historicamente exis-
tentes entre as tradições calvinistas e arminianas. Todavia, tais
divergências teológicas não suplantam a comunhão cristã que
deve haver entre ambos, pois somos irmãos em Cristo.
O calvinista George Whitefield foi perguntado se espe-
rava ver o arminiano John Wesley nos céus. Sua resposta foi:
“Não! John Wesley estará tão perto do Trono da Glória, e eu tão
longe, que dificilmente conseguirei dar uma olhadela nele”. Assim
se tratam verdadeiros cristãos, que não fazem nada por contenda
ou vanglória, e consideram os outros superiores a si mesmos (Fp
2.3). E, sobretudo, estes sabem o preço custoso com que foram Seminarista Ricardo Cardoso
comprados por Cristo Jesus. (Rev. Augustus Nicodemus)

1. CONTEXTO HISTÓRICO
No decorrer da história do Cristianismo surgiram vá-
rios debates teológicos, dentre eles encontramos o debate entre
Agostinho e Pelágio. Debate esse, que se faz necessário com-
preender, para que venhamos nos inteirar de outro debate que
ocorreu posteriormente entre Jacó Armínio e João Calvino.
O pelagianismo é como ficou conhecida a doutrina
herética formulada por Pelágio, entre os séculos 4 e 5 d.C. Ela
basicamente nega O PECADO ORIGINAL e ensina que o homem
nasce em uma condição moralmente neutro e quando esse
peca é pelo exemplo, pois o pecado não está na raiz do homem.
Sendo assim, o ser humano é dotado plenamente do livre-
arbítrio, de modo que sozinho ele é capaz de decidir entre o
bem e o mal.
Agostinho de Hipona, no Sínodo de Cartago, em 416
d.C., refutou suas ideias. O Pelagianismo foi condenado por mais
concílios da Igreja do que qualquer outra heresia na história.
Dez anos depois em 426 d.C João Cassiano formula o
semipelagianismo que ensinava que a humanidade é manchada
pelo pecado, mas não ao extremo de não poder cooperar com
a graça divina. Essa doutrina é professada ( Concílio de Trento)
pela igreja católica até os dias de hoje.
Chegando ao século 16 na Reforma Protestante res-
quícios do pelagianismo e do semipelagianismo reapareceram
novamente. Erasmo de Roterdã ensinava que a vonta-
de humana era livre, Lutero refutou suas ideias, escrevendo
o clássico: “Nascido escavo”. Título original “Arbítrio Escravo”.
Após a Reforma Protestante, em 1610, ecoando o semi-
pelagianismo os seguidores de Armínio redigiram uma declara-
ção de fé chamada “The Remonstrance”(Revisão). Eles apresen-
taram cinco artigos ao Sínodo de Dort na Holanda (84 membros,
154 sessões durante 7 meses) que foram descontruídos pelos
calvinistas surgindo assim os cinco pontos do Calvinismo.
νεκροὺς (nekrous)
Morto, sem vida, cadáver,
incapaz .
2. PECADO ORIGINAL (Herdado):
A grande maioria dos evangélicos acredita que os seres
humanos são essencialmente bons, esses acreditam que após a
queda o homem foi afetado apenas ao ponto de ficar ferido e não
morto, podendo assim fazer e desejar o bem e cooperar com a
graça de Deus em sua salvação.
No entanto, a Escritura é categórica em dizer “ELE vos deu
vida, estando vós mortos (νεκροὺς) nos vossos delitos e peca-
dos, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo,
segundo o príncipe da potestade, [...] segundo as inclinações na
nossa carne [...] , e éramos por natureza filhos da ira...” (Ef 2.1-3).
I. Espiritualmente mortos.
II. Escravos (Do mundo, do Diabo e das paixões).
III. Objetos da ira de Deus .
Essa contaminação original da culpa de Adão nós herda-
mos desde o nascimento. “Eu nasci em iniquidade, e em pecado con-
cebeu minha mãe” (Sl 51.5). Deste modo, somos representados pe-
rante Deus por um desses dois homens, Adão ou Cristo.
As consequências da representatividade de Adão. 1Co
15.22 ... em Adão, todos morrem... Rm 5.18a ....por uma só ofensa,
veio o juízo sobre todos ... Rm 5.19a ... pela desobediência de um só
homem, muitos se tornaram pecadores...
3. OS CINCO PONTOS DO CALVINISMO
TULIP
OS CINCO PONTOS DO CALVINISMO
E OS ETERNOS DECRETOS
 TULIP – Depravação Total. O homem tem livre-arbítrio?
Pode escolher Deus?
Todos nós viemos ao mundo espiritualmente mortos, escravos do
pecado e objetos da ira de Deus em um ambiente amaldiçoado
(Rm 8.19-22). Isto é estar em “Adão”, isso é depravação total. A
base bíblica para essa doutrina é ampla: Gn 6.5; Sl 51.5; Jr 17.9; Jo
8.43; 15.4,5; Rm 3.10-18; 1Cor 1.18; 2.14; 12.3; 2Cor 3.14-16; Ef 2.1-3;
4.17-18. É por causa desse grau de depravação que o homem de-
pende da iniciativa de Deus para ser salvo (Mt 11.27; Jo 1.13;
6.37,44,65; At 16.14).
 TULIP – Eleição (Un)Incondicional. Deus nos escolheu
com base em algum critério?
CFWIII§V. Segundo o seu eterno e imutável propósito (Ef 1.11) e
segundo o santo conselho e beneplácito da sua vontade (Ef 1.9),
Deus antes que fosse o mundo criado (Ef 1.4), escolheu em Cristo
(2Tm 1.9) para a glória eterna (Rm 8.30; 1Pe 5.10) os homens que
são predestinados para a vida; para o louvor da sua gloriosa gra-
ça, ele os escolheu de sua mera e livre graça e amor (Ef 1.5,6,12), e
não por previsão de fé, ou de boas obras e perseverança ne-
las, ou de qualquer outra coisa na criatura que a isso o moves-
se, como condição ou causa (2Tm 1.9; Ef 1.6).
As cinco verdades da Tulipa estão interligadas de forma
que, se você rejeitar a primeira, terá de rejeitar a segunda, e as-
sim por diante. se o homem era incapaz de se mover na direção de
Deus por estar morto, então a única saída é Deus tomar a iniciati-
va e se mover na direção do homem. Logo, a eleição não foi con-
dicionada nem determinada por qualquer coisa que os homens
iriam fazer, mas resultou inteiramente do propósito determinado
pelo próprio Deus e os que não foram escolhidos foram prete-
ridos e deixados às suas próprias inclinações.