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10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

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Uma proposta para uma reforma definitiva da


Previdência
E um exemplo prático que comprova a imoralidade deste esquema

economia (SearchBySection.aspx?section=1&type=3)

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Leandro Roque (SearchByAuthor.aspx?id=79&type=articles) terça-feira, 14 mar 2017

   Curtir 25 mil

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Eis um cenário prático e real:

João recebe R$ 1.000 por mês. Esse é o seu salário bruto.


http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 1/112
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Desse valor, João paga 8% (http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/todos-os-


servicos/gps/tabela-contribuicao-mensal/) para o INSS. Isso dá R$ 80.

Seu patrão paga 20% (http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/tributos/contribuicoes-


previdenciarias-pj) desse valor também para o INSS. Isso dá R$ 200.

Por mês, portanto, João e seu patrão pagam R$ 280 ao INSS.

Esse é o valor que o governo confisca de ambos com o intuito de "cuidar" de João no futuro: o
equivalente a 28% do salário bruto de João. Para o governo, João é tolo demais para
administrar o próprio dinheiro. Tal tarefa será feita com muito mais carinho e dedicação por
burocratas estatais.

Em troca de quê?

De acordo com as novas regras da Previdência que o governo pretende implantar


(http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-12/reforma-da-previdencia-saiba-o-
que-muda-com-novas-regras-propostas), João terá de trabalhar por 49 anos para conseguir se
aposentar com seu salário integral. Ou seja, João e seu patrão terão de pagar, mensalmente, R$
280 ao INSS durante 49 anos para que, no ano de 2066, João se aposente e receba uma
aposentaria mensal de... R$ 1.000.

(Para facilitar o exemplo, estou considerando inflação zero pelos próximos 49 anos. Isso
significa que, em 2066, R$ 1.000 terão o mesmo poder de compra que têm hoje. Essa forma de
raciocinar tem a vantagem de pensarmos tudo em valores de hoje para qualquer época futura,
o que mantém o raciocínio mais claro.)

Portanto, ficamos assim: durante 49 anos, João terá dado R$ 178.360[1] para o governo em
termos de INSS. (Estou incluindo o 13º salário)

Em troca disso, a partir do ano 2066, ele ganhará R$ 1.000 por mês (em valores de hoje). Isso
significa que, a partir de 2066, ele terá de viver pelo menos mais 179 meses (15 anos) para ao
menos conseguir recuperar todo o valor que deu para o governo.

Como seria se João tivesse liberdade

Agora vejamos qual seria a situação de João daqui a 49 anos caso ele tivesse liberdade para
fazer o que quisesse com esse dinheiro.

Sem qualquer pirotecnia, imagine que João aplicasse esses mesmos R$ 280 mensais
destinados ao INSS em títulos públicos por meio do Tesouro Direto
(http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-precos-e-taxas-dos-titulos).
(Absolutamente qualquer pessoa, de qualquer renda, sem ter de pagar nenhuma taxa, pode
aplicar no Tesouro Direto.)

Mais especificamente, imagine que João aplicasse mensalmente no título Tesouro IPCA+
(também chamado de NTN-B Principal), que paga uma taxa média de 6% de juros reais anuais
(http://ibb.co/iTP4BF). Ou seja, esse título paga um valor 6% acima da inflação total de cada
ano.

Quanto João teria daqui a 49 anos? Ele teria toda a inflação acumulada no período de 49 anos e
mais um ganho extra de 6% ao ano durante 49 anos. Quanto dá R$ 280 rendendo 6% ao ano
(0,49% ao mês) de juro real (ou seja, acima da inflação) durante 49 anos (588 meses)?

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 2/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Nada menos que R$ 1,038 milhão


(https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormAplicacaoDepositosRegulares.do?
method=exibirFormAplicacaoDepositosRegulares)[2] em valores de hoje.

Ou seja, daqui a 49 anos, João teria à sua disposição uma quantia cujo poder de compra
equivale a R$ 1,038 milhão de hoje. Nada mau.

Mas agora vem o principal: esse R$ 1,038 milhão (em valores de hoje) que João terá daqui a 49
anos, caso continuem aplicados a 6% de juros reais ao ano (0,49% ao mês), renderão a ele nada
menos que R$ 5.086 por mês (em valores de hoje).

Agora compare e se espante:

No primeiro cenário, tudo o que restou a João é receber R$ 1.000 por mês (em valores de hoje).
E só. Ele não tem mais nada. Todo o dinheiro que ele deu para o INSS (R$ 178.360) se perdeu.
Ele não tem acesso a ele. Tudo o que lhe restou, repetindo, é receber R$ 1.000 por mês.

Já no segundo cenário, João não apenas terá R$ 1,038 milhão em sua posse, como ainda estará
ganhando mais R$ 5.086 por mês só com os juros incidentes sobre esse R$ 1,038 milhão!

(Sim, haverá imposto de renda de 15% sobre esse valor; ainda assim, a diferença de realidade é
absurda).

Eis, portanto, as alternativas de João: patrimônio nenhum acumulado e apenas R$ 1 mil por
mês para sobreviver, ou patrimônio de R$ 1,038 milhão acumulado mais uma renda mensal de
R$ 5.086 por mês.

Isso, e apenas isso, já deveria bastar para acabar com qualquer debate sobre a Previdência.
Qual a moralidade desse arranjo?

Desnecessário enfatizar que, no segundo cenário, quanto mais João conseguir poupar a cada
mês trabalhado, maior será o seu montante final acumulado. Apenas para se ter uma ideia, se
ele conseguir poupar R$ 10 adicionais por mês — ou seja, R$ 290 em vez de R$ 280 —, seu
montante final será de R$ 1,077 milhão, ou seja, R$ 39 mil a mais. Isso dará a João uma renda
mensal de R$ 5.277 (R$ 191 a mais por mês). Tudo isso com apenas R$ 10 a mais por mês.

Essa é a mágica dos juros compostos.

É igualmente desnecessário enfatizar que há outras modalidades de investimento que rendem


muito mais que os títulos do Tesouro, como CDBs, LCIs e LCAs de bancos pequenos. As
pessoas podem perfeitamente ir alocando seus investimentos em vários desses instrumentos
financeiros de vários bancos diferentes, sempre respeitando o limite de R$ 250 mil por
instituição financeira coberto pelo FGC.

Em suma, se você pudesse escolher desde o início, qual desses dois modelos você adotaria:
INSS ou liberdade?

Reformar a Previdência é enxugar gelo

Pessoalmente, considero essa questão da Previdência brasileira um assunto bastante


interessante pelo seguinte motivo: talvez seja a única área da economia que não está aberta a
opiniões ideológicas.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 3/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Não importa se você é de esquerda ou de direita; liberal, libertário ou intervencionista.


Também pouco importa se você acredita que a Previdência atual seja superavitária (como
alguns acreditam). O que importa é que o modelo dela é insustentável. E é insustentável por
uma questão puramente demográfica.

E contra a realidade demográfica não há nada que a ideologia possa fazer.

Comecemos pelo básico.

Ao contrário do que muitos ainda pensam, o dinheiro que você dá ao INSS não é investido em
um fundo no qual ele fica rendendo juros. Tal dinheiro é diretamente repassado a uma pessoa
que está aposentada. Não se trata, portanto, de um sistema de capitalização, mas sim de um
sistema de repartição: o trabalhador de hoje paga a aposentadoria de um aposentado para que,
no futuro, quando esse trabalhador se aposentar, outro trabalhador que estiver entrando no
mercado de trabalho pague sua aposentadoria.

Ou seja, não há investimento nenhum. Há apenas repasses de uma fatia da população para
outra.

Por motivos óbvios, esse tipo de esquema só pode durar enquanto a fatia trabalhadora for
muito maior que a fatia aposentada. Tão logo a quantidade de aposentados começar a crescer
mais rapidamente que a fatia de trabalhadores, o esquema irá ruir.

Portanto, todo o arranjo depende inteiramente do comportamento demográfico da população.


A qualidade da gestão do INSS é o de menos. Mesmo que a Previdência fosse gerida por anjos
probos, sagazes e imaculados, ainda assim ela seria insustentável no longo prazo caso a
demografia não cooperasse.

E, no Brasil, ela já não está cooperando. Eis os dados do IBGE:

Em 2013, havia 5,5 pessoas com idade entra 20 e 59 anos para cada pessoa com mais de 60
anos. Em 2060, a se manter o ritmo projetado de crescimento demográfico, teremos 1,43 pessoa
com idade entre 20 a 59 anos para cada pessoa com mais de 60 anos.

Ou seja, a menos que a idade mínima de aposentadoria seja continuamente elevada, não
haverá nem sequer duas pessoas trabalhando e pagando INSS para sustentar um aposentado.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 4/112
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Aí fica a pergunta: como é que você soluciona isso? Qual seria uma política factível "de
esquerda" ou "de direita" que possa sobrepujar a realidade demográfica e a contabilidade?

Havendo 10 trabalhadores sendo tributados para sustentar 1 aposentado, a situação deste


aposentado será tranquila e ele viverá confortavelmente. Porém, havendo apenas 2
trabalhadores para sustentar 1 aposentado, a situação fica desesperadora. Ou esses 2
trabalhadores terão de ser tributados ainda mais pesadamente para sustentar o aposentado,
ou o aposentado simplesmente receberá menos (bem menos) do que lhe foi prometido.

Portanto, para quem irá se aposentar daqui a várias décadas e quer receber tudo o que lhe foi
prometido hoje pelo INSS, a mão-de-obra jovem do futuro terá de ser ou muito numerosa
(uma impossibilidade biológica, por causa das atuais taxas de fecundidade) ou
excessivamente tributada (algo que não é duradouro). 

Eis o fato irrevogável: contra a demografia e a matemática, ninguém pode fazer nada. 

A não ser mudar totalmente o sistema.

Uma sugestão de reforma definitiva da Previdência

São vários os que têm sugestões para reformar a Previdência com o intuito de perpetuá-la. Já
eu sugeriria aboli-la e libertar as pessoas da obrigação de participar dela.

Isso, no entanto, gera um problema: há milhões de pessoas entre 30 e 65 anos que foram
obrigadas pelo governo a entrar no esquema insustentável da Previdência e que já
obrigatoriamente pagaram muito dinheiro para o INSS. E há também os aposentados que
dependem do dinheiro dos ativos para continuar recebendo suas aposentadorias.

O grande desafio, então, é como abolir a Previdência e, ao mesmo tempo, não deixar essas
pessoas ao relento. Elas, afinal, foram coagidas pelo governo a entrar neste arranjo. Não havia
opção.

Não seria nem ético nem moral simplesmente dizer para essas pessoas que tudo aquilo que
elas pagaram foi em vão.

Com esse objetivo, eis a reforma que eu sugeriria, baseada nesta


(https://mises.org/library/social-security-reform-free-market-alternative) sugerida pelo
economista americano George Reisman. Apresento-a na esperança de que ela sirva ao menos
como um ponto de partida para discussões e debates adicionais sobre o tema. Ela não tem o
intuito de ser definitiva; tampouco ela é à prova de falhas. Trata-se apenas de um modelo-
base, que pode ir sendo aperfeiçoado e ajustado à medida que vai sendo implantado. No
entanto, vale ressaltar que o objetivo supremo desta proposta é a liberdade econômica do
indivíduo.

Começando em janeiro de 2018, a idade mínima de aposentadoria deve ser imediatamente


elevada para 65 anos. (Esta idade é a mesma da proposta do governo
(http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-12/reforma-da-previdencia-saiba-o-
que-muda-com-novas-regras-propostas)). O que isso implica?

Em 2015, a idade média de aposentadoria no Brasil foi de 58 anos


(http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/10/media-de-idade-da-aposentadoria-esta-
entre-menores-do-mundo-diz-governo.html). Trata-se de uma das menores do mundo
(confira a tabela (http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/10/media-de-idade-da-

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 5/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

aposentadoria-esta-entre-menores-do-mundo-diz-governo.html)). No México, as pessoas se


aposentam com, em média, 72 anos. No Chile, com 69. Em todos os outros países da América
Latina as pessoas se aposentam com mais de 60 anos.

Esse aumento para 65 anos, obviamente, será uma grande decepção para todas essas pessoas
com 58 anos ou mais, as quais esperavam se aposentar em breve. Felizmente, há uma maneira
de fornecer um alívio substantivo para essas pessoas, o que diminuirá bastante seu infortúnio:
indivíduos a partir de 58 anos terão o FGTS direcionado ao seu salário (valor esse que o patrão
teria de pagar de qualquer maneira) e, principalmente, estarão isentos do imposto de renda
até o valor anual R$ 67.467,66 (incluindo o 13º salário).

Esse valor da isenção representa o atual valor máximo sobre o qual incide o INSS
(http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/tabela_inss_empregados.htm) (R$ 5.189,82 por mês).

Na prática, uma isenção desse tamanho significa que a esmagadora maioria destes indivíduos
não mais pagará imposto de renda até se aposentar.

Esse valor de que o governo estaria abrindo mão em termos de imposto de renda e de FGTS
representa uma quantia que o governo não teria coletado de qualquer maneira, uma vez que
essas pessoas já estariam aposentadas, sem pagar FGTS e recebendo menos que seus salários
atuais.

Mais ainda: como agora o governo não terá de pagar aposentadoria para essas pessoas que têm
58 anos ou mais — pois elas ainda continuarão trabalhando e pagando INSS até os 65 anos —,
tal medida mais do que compensaria essa isenção do imposto de renda em termos do
orçamento do governo. As receitas da Previdência subirão e as despesas cairão.

Adicionalmente, o fato de que essas pessoas não mais veriam o imposto de renda confiscando
uma fatia do seu salário, em conjunto com o fato de que agora o FGTS está incorporado aos
seus salários, já deveria servir de grande consolo para a aceitação dessa mudança.

Essa idade de aposentadoria de 65 anos deverá ser mantida por até quinze anos (janeiro de
2033), de modo a possibilitar que todos os trabalhadores que tinham 50 anos ou mais na
época de sua implantação (janeiro de 2018) se beneficiem dela.

Entretanto, após esse período de quinze anos (janeiro de 2018 a janeiro de 2033), a idade
mínima deverá ser gradualmente aumentada para 70 anos. Esse aumento de 65 para 70 anos
deverá ocorrer ao longo de um período de vinte anos (janeiro de 2033 a janeiro de 2053). Ou
seja, a cada ano, a idade mínima será elevada em 0,25 ano (um trimestre). 

Assim, trabalhadores que tinham 49 anos quando a reforma foi implantada (janeiro de 2018)
poderão se aposentar pelo INSS quando tiverem 65 anos e três meses, ao passo que aqueles
que tinham 30 anos na época da implantação só poderão se aposentar aos 70 anos.

Após esse período de vinte anos (janeiro de 2053) — que já totalizam trinta e cinco anos desde
a implantação da reforma, e com a idade mínima já em 70 anos —, a Previdência começará a
fechar as portas. Quem estiver com 70 anos se aposenta em 2053. Quem estiver com 65 anos
(ou seja, quem tinha 30 anos em janeiro de 2018) se aposenta em 2058.

E quem estiver com menos de 65 anos não mais irá se aposentar pelo INSS.

Em outras palavras, a partir de janeiro de 2053, a Previdência estará fechada para todos
aqueles que tinham 29 anos de idade ou menos quando a reforma foi implantada (janeiro de
2018). Esses jovens trabalhadores de 29 anos ou menos, que não se aposentarão pelo INSS,

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 6/112
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terão ainda muito tempo para cuidar do seu futuro financeiro, poupando e investindo de
acordo com o que foi falado no início deste artigo.

(Aquele grande superávit inicial conseguido no início da implantação do programa pode ser
utilizado para restituir, nem que seja parcialmente, todo o dinheiro que esses trabalhadores de
até 29 anos já deram para o INSS.)

Portanto, a partir de janeiro de 2053, trinta e cinco anos após a implantação da reforma, a
Previdência ficará aberta por mais cinco anos, até janeiro de 2058, esperando as pessoas que
tinham 65 anos inteirarem 70 para se aposentar. Após receber seus últimos integrantes em
janeiro de 2058, a Previdência fecha para novos entrantes.

Isso significa que, a partir de janeiro de 2058, após 40 anos da implantação da reforma, a
Previdência terá exclusivamente apenas pessoas com mais de 70 anos de idade, e não mais
receberá nenhum novo aposentado.

Com isso, todo o sistema previdenciário irá progressivamente diminuir e murchar, até
desaparecer por completo à medida que seus pensionistas restantes forem morrendo.

Essas pessoas restantes, entretanto, terão de ser bancadas por todo o resto da sociedade. Não
há como escapar deste fato. Porém, a sugestão para essas pessoas, que terão entre 30 e 35 anos
de idade em janeiro de 2018 — ou seja, ainda serão jovens na época da implantação da reforma
— é que sigam os conselhos do início deste artigo e façam planos para uma previdência
complementar, apenas para se precaverem de um eventual (e possível) calote do governo.

Em todo caso, supondo um não-calote nessas pessoas, o governo terá de cortar gastos em
outros setores.

Felizmente, e ironicamente, se tomarmos a realidade atual como base, lugar de onde o


governo pode cortar gastos é o que não falta: ministérios, secretarias, salários dos políticos,
salários de toda a burocracia estatal (especialmente do judiciário), cinema, teatro, sindicatos,
grupos invasores de terra, concursos públicos, subsídios a grandes empresários e pecuaristas,
anúncios publicitários na grande mídia (impressa e televisiva) e em times de futebol. Ou então
o governo pode reduzir os superfaturamentos em obras contratadas por empresas estatais,
reduzir o número de políticos, abolir várias agências reguladoras custosas, e reduzir os gastos
com a Justiça do Trabalho. Ele também pode deixar de administrar correios, petróleo,
eletricidade, aeroportos, portos e estradas.

Em suma, de onde retirar gastos para bancar os aposentados restantes é um problema que
nunca faltou e não faltará no futuro.

Conclusão

Não interessa a sua ideologia: a demografia se encarregou de fazer com que as obrigações
assumidas pela Previdência se tornassem essencialmente impagáveis, a menos que os
impostos sejam elevados a níveis intoleráveis.  

Quando despida de toda a retórica demagógica, constata-se que a Previdência foi criada e
ainda existe porque burocratas acreditam que as pessoas não são capazes de cuidar de si
próprias. Na prática, isso é o mesmo que dizer que, dado que um pequeno número de pessoas
não tem meios de se alimentar, todos os indivíduos de uma população devem ser forçados a
comer em restaurantes estatais.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 7/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Pior: não importa o que a lei diga sobre como empregados e empregadores compartilham o
fardo da contribuição previdenciária; do ponto de vista econômico, o trabalhador paga todo o
imposto.  Mises foi o primeiro a desenvolver esta constatação em seu livro  Socialism
(http://mises.org/books/socialism/contents.aspx), em que ele disse que contribuições para a
seguridade social sempre se dão em detrimento dos salários.

A verdade é que o que está na origem do sistema previdenciário é a filosofia do coletivismo: o


sistema forçosamente cria em um esquema coercitivo no qual indivíduos são obrigados a
sustentar os pais e os avôs de estranhos para, em troca disso, esses indivíduos futuramente
também serem compulsoriamente sustentados pelos filhos e netos de outros estranhos.

O fim deste esquema compulsório e insustentável e um retorno à responsabilidade individual,


com cada indivíduo sendo responsável por garantir sua própria provisão para o futuro, gerarão
um grande aumento na poupança e na acumulação de capital (/Article.aspx?id=2575), pois a
poupança de cada indivíduo será investida livremente por ele onde quiser, e não dissipada em
esquemas de pirâmide (/Article.aspx?id=993) comandados pelo governo.

Essa orientação voltada para o longo prazo, com menos imediatismo e mais prudência, por sua
vez, gerará um sistema econômico mais próspero e de enriquecimento mais acelerado, no qual
o padrão de vida de todos irá aumentar.

A única reforma realmente adequada para a Previdência Social é a gradual abolição de todo o
sistema. 

__________________________

[1] Considerei R$ 280 durante 13 meses (por causa do 13º salário), o que dá uma média de R$
303 para um ano de 12 meses. E então multipliquei por 588 meses, que são 49 anos.

[2] Utilizei o mesmo raciocínio do INSS: R$ 280 por 13 meses (13º salário) equivalem a R$ 303
em um ano de 12 meses. E a rentabilidade real de 6% ao ano
(https://s30.postimg.org/9y6a8xodd/jurosreais.png) equivale a 0,49% ao mês acima da
inflação. Faça  aqui 
(https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormAplicacaoDepositosRegulares.do?
method=exibirFormAplicacaoDepositosRegulares)a conta.

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SOBRE O AUTOR

Leandro Roque
é o editor e tradutor do site do Instituto Ludwig von Mises Brasil.

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FABIO (CustomerPanel.aspx)
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http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 8/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

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O texto é excelente, como todos do instituto. Pus minha filha pra ler todos que julgava... (Article.aspx?id=2460#ac195566)

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AFFONSO PRATES  disse (Article.aspx?id=2123#ac195558) 11 horas


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J.OLIV2.  disse (Article.aspx?id=459#ac195557) 12 horas


Definitivamente estou aprendendo mais com os comentários do que com o texto... (Article.aspx?id=459#ac195557)

JOÃO NNEVES JR  disse (Article.aspx?id=2123#ac195556) 13 horas


Faltava mais essa na "conta" do servidor público:
... (Article.aspx?id=2123#ac195556)

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O que realmente faz com que os preços subam...
(Article.aspx?id=2663)

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10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

comentários (246)

a  16/12/2016 07:52

Quem alterar a Previdência Social correrá riscos.


RESPONDER

paulo  16/12/2016 14:06

também acho nossa previdência absurda e insustentável, mas fazer a conta simplista dessa forma, como se,
com a abolição da previdência, o empregador fosse repassar os R$ 280,00 reais para o empregado é bem
utópico.
RESPONDER

Ramos  16/12/2016 14:20

Paulo, não é questão de utopia. O empregador já paga esse valor para o INSS. Já é um custo real para
ele. A única coisa que aconteceria é que, para quem tem hoje menos de 29 anos, o dinheiro que iria
para o INSS irá agora direto para os mãos do trabalhador.

Seja menos afobado e leia com mais atenção.


RESPONDER

paulo  18/12/2016 19:06

Olá Ramos, obrigado pelo conselho, mas acho que você também se precipitou achando que
entendi outra coisa.
Eu sei que o empregador já paga, e que já é um custo real, mas o dinheiro que ele paga não
irá agora direto para o trabalhador, não existe esse tipo de vinculação no pensamento
liberal, seria um contrassenso.
Também não quis dizer que o empregador não repassaria nenhuma parte dese valor para o
empregado (ou diminuiria o valor de seus produtos), só disse que a conta dessa forma, com
o valor total, é simplista.
Abraço.

RESPONDER

Diego Sales  16/12/2016 14:51

Como regra de transição, para quem optasse por não fazer mais parte do INSS,
poderiam criar uma regra que impedisse perdas, ou seja, que o funcionário
recebesse esses 280,00 junto do salário obrigatoriamente.
RESPONDER

Gabriel  16/12/2016 14:53

Com a diminuição das despezas dos empresários haverá diminuição dos preços dos
produtos e mesmo se o valor não for repassado ao funcionário o poder de compra
do mesmo aumentará.
RESPONDER

CARLOS HENRIQUE CUPERTINO  28/12/2016 21:13

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 10/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Claro que pela regra de mercado se os preços abaixam a demanda


aumenta logo a inflação incide. Ciclo perverso do capital. Mas a proposta
de extinguir o INSS é interessante do ponto d vista onde este se torna
insustentável pela matemática demográfica. Por outro ponto de vista,
questiono se realmente se extinguisse o INSS o valor pago pelo
empregador seria, mesmo, repassado ao trabalhador. Neste sentido,
minha proposta seria que este valor pago, tanto pelo trabalhador quanto
pelo empregador, seriam aplicados de acordo com a escolha do
trabalhador no fundo que ele optasse, ou seja: o trabalhador e o
empregador teriam de investir em algum fundo rentável para garantir sua
renda futura quando se aposentasse. Mas isto Também não leva em
consideração que os recursos arrecadados pelo ESTADO através do INSS
são gastos de forma difusa, não exclusivamente para pagar os benefícios
previdenciários. Contudo, é sabido que existem distorções e disparidades
na concessão dos benefícios, haja vista as regalias das aposentadorias e
pensões concedidas às classes como dos políticos, militares e
funcionalismo do judiciário federal que desequilibram toda conta.
RESPONDER

Benzoato de Sódio  16/12/2016 16:20

Só duas coisas podem acontecer quando você coloca mais custos


sobre as costas do empresário, ou ele paga menos aos
funcionários ou ele repassa para os preços. Quando não é
possível reduzir o salário, aí a solução é funcionar com menos
empregados.
RESPONDER

E. Moraes.  21/12/2016 23:20

Eu vejo que, da mesma forma, como o Governo recolhe o


FGTS e é constado no contra cheque esse "novo" valor (%)
passaria a constar também como "reembolso", podendo
assim ser conferido pelo funcionário e afins.
RESPONDER

Leonardo  14/03/2017 22:08

E. Moraes, isso poderia ser feito como vc falou. Mas é um


argumento meramente psicológico. Seu medo me
parece que os salários atuais fiquem como estão e as
empresas parem de pagar o INSS. Mas uma empresa não
pensa em quanto vc ganha pra te contratar, ela pensa em
quanto voce custa. Se ela para de pagar o INSS, seu custo
cai, e o mercado se reequilibra com esse novo cenário de
custos, se a empresa não repassar o valor, a concorrente
terá maior capacidade de aumentar o salário para fazer
uma proposta mais vantajosa. Não existe essa
"conspiração" entre empresas. Em suma, ao te fazer uma
proposta salarial ela vai dizer: Podemos te pagar R$

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 11/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

1.250,00. Mas se voce preferir, podemos escrever no seu


holerite R$1000+INSS 250,00.
RESPONDER

DAGC DAVID  15/03/2017 12:36

O empregador não paga nada... quem paga é o


CONSUMIDOR.
Se formos usar regras de contabilidade, ai sim vamos
falar de utopia... trabalhador paga isso, empregador
paga aquilo, MITO MITO MITO MITO MITO MITO.

O consumidor paga tudo.

O empregador apenas calcula, antes de contratar,


quanto um empregado vai custar, INCLUINDO TUDO
/ sal, encargos/ etc e coloca na balança o quanto tem
que 'tirar', 'faturar' da empresa, para manter os
empregados, repassando esses custos, aos
consumidores.

Ou seja, na pratica, o CONSUMIDOR PAGA por tudo.


RESPONDER

Magno  15/03/2017 13:03

Errado, Dagc David. Não tem como empresas


repassarem integralmente seus custos ao
consumidor. Isso é básico de economia.

Se você tem uma padaria, e repentinamente seus


custos sobem (por exemplo, sua conta de luz subiu),
você não tem como simplesmente repassar esse
custo adicional ao consumidor. Se você fizer isso,
perderá fatia de mercado para as padarias
concorrentes. Se você aumentar seus preços,
perderá clientes para as padarias vizinhas.

Outra coisa: se fosse tão simples assim sair


aumentando preços para repassar custos, então por
que as empresas não fazem isso (aumentam preços)
agora mesmo? Afinal, não é necessário esperar que
haja um aumento de custo para haver aumento de
preços. Basta aumentar o preço agora mesmo. Por
que elas não fazem isso?

Pois é, porque não é tão simples assim.

Aumentos de custos são sempre, em última


instância, arcados pela própria empresa. Fosse

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 12/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

realmente tão simples assim sair repassando


aumento de custos para os preços, então nenhuma
empresa jamais quebraria na história.

RESPONDER

Joao  16/03/2017 18:40

Paulo, foda-se: cada um faz o que quiser com seu


dinheiro. O Estado não pode presumir que as
pessoas são burras o suficiente, e sem ele elas vão
morrer. Se assim for, foda-se também. Cada um que
cuide de sua própria vida. Se o cara que não tiver
sendo descontado INSS do seu salário não puder ter
a vergonha na cara de fazer um previdência privada
com esse dinheiro, ou investir em outra coisa,
merece morrer de fome mesmo.
RESPONDER

Guto  16/12/2016 22:58

Não existe reforma da previdência decente que nã


passe por um projeto de 30, 40 anos, porque você
não pode desamparar as pessoas que já estão no
sistema. Certamente haveria uma enxurrada de
ações. Mas a continuar como está, ou com alguns
remendos, ela vai sufocar completamente o Brasil
daqui 40 anos.
RESPONDER

carlos Pereira  17/12/2016 11:46

Na proposta aqui apresentada trabalhadores com


idade para se aposentar atualmente, teriam o FGT
incorporado ao salario, só uma pergunta, que
trabalhadores são esses? Pois no Brasil passou do
anos o mercado te ignora, com toda a formação qu
você tenha, talvez encontre alguma coisa na
informalidade.
RESPONDER

Tulio  17/12/2016 14:11

Pois você próprio acabou de apresentar um ót


argumento contra essa aberração.

Para o governo, você é incapaz de fazer uma r


de emergência poupando uma parte do seu sa

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 13/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Por isso ele criou o FGTS: para "salvar" o seu d


de você mesmo.

Seguindo o exemplo do artigo, se você ganhas


1.000,00 por mês, seu empregador seria obri
transferir R$ 80, daquilo que você produziu n
para a sua conta no FTGS.

O governo fará o que bem entender com o seu


dinheiro e, no final, pagará uma remuneração
apenas 3% de juros por ano + TR. A poupança
um dos investimentos menos rentáveis, faria
dinheiro render o dobro.

Um exemplo de uso do seu dinheiro ocorre qu


o governo empresta seus recursos para os ban
públicos. Seu FGTS é uma fonte de dinheiro b
(mal remunerado) para financiar obras realiza
por consórcios de empreiteiras (amigas do go
que monopolizam o mercado) e que estão
envolvidas em escândalos de corrupção
investigados pela operação Lava-jato.

Esse dinheiro será controlado pelo governo po


várias décadas, até o dia da sua aposentadoria
demissão. Você até poderá antecipar o recebi
do seu FGTS, mas para isso terá que se enquad
em uma das 1001 regras e exceções que eles c
todo momento para dificultar seu acesso ao s
dinheiro.

Esse sujeito de 50 anos que não mais consegu


encontrar emprego estaria em muito melhor
situação caso sempre tivesse tido controle do
dinheiro que o governo confiscou via FGTS e q
devolveu abaixo da inflação.
RESPONDER

Luiz Felipe Lehman  16/03/2017 19:40

O que acontece se depois de dois anos de


contribuição no novo sistema proposto, o
trabalhador se tornar inválido. Quem vai p
sua aposentadoria? Ele pode ficar inválido
anos e viver até os 85. Como fica este cas
RESPONDER

Tiago  16/03/2017 20:14

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 14/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Já respondido 37 vezes. Vamos para

Para começar, a proposta do artigo n


qualquer outra das inúmeras fontes d
seguridade social como PIS, COFINS,
S, etc. Essas continuam intactas.

Portanto, sua preocupação já está re

No entanto, eu mesmo vou mais além


abolição de todos aqueles outros trib
João deve fazer em caso de acidente

Ora, João é livre para contratar segur


respeito. Aliás, seguros existem exata
isso: para eventos inesperados. João
acidente é tão inesperado quanto sua
fogo. Por que o governo tem de cuida
mas não do segundo?

Esse problema que você levantou, po


ser equacionado com seguros privad
corporativos (por setor da economia

Outra coisa que não se pode descons


incrível economia que a extinção do R
acarretaria com o enxugamento de to
utilizada para fiscalizar e executar ess
ineficiente. Nesse cenário, ou se redu
ou sobraria dinheiro para aplicar em o
como essa que você levantou, por ex
RESPONDER

Mara Rosane de Lima Passos

O funcionário não poderia receb


salário, porque ele gastaria.É mu
dinheiro, com os salários de fom
Brasil.O ideal seria sair automatic
para uma aplicação obrigatória(o
obrigatório).
RESPONDER

Jair  24/03/2017 15:52

É isso aí, Mara. Um político irá


dinheiro melhor do que eu m
muito melhor do que eu mesm
meu dinheiro.
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 15/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

E o detalhe pior: esse dinheir


de mim nem sequer está send
sendo imediatamente gasto e
há investimento nenhum. O g
meu dinheiro com a desculpa
demais para investi-lo por con
também ele mesmo não está
nenhum. Está simplesmente

E ainda tem ignaro que defen


simplesmente inacreditável o
mental. E da nossa paixão po
RESPONDER

Vitor  16/12/2016 08:12

Leandro, me perdoe a ignorância, mas, porém, a parte dos 20% sobre o salário não é aplicada apenas para casos
especiais?

Se esse for o caso, isso então significa que apenas uma minúscula parcela da população pagaria um valor tão enorme
(28%), enquanto a norma seriam as alíquotas de 8%, 9% e 11% e o seu cálculo iria dar a entender que há muito
dinheiro entrando e pouco saindo, quando, na verdade, o problema com a previdência sempre foi que, no geral, há
pouco dinheiro entrando, se comparado com o que sai.
RESPONDER

Andrew  16/12/2016 11:48

ele fala 28% porque o empregador paga 20% e isso vale para todos!
RESPONDER

Andrade  16/12/2016 11:48

Não, Vitor. Todo patrão tem de pagar 20% sobre o salário bruto de seu empregado.

idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/tributos/contribuicoes-previdenciarias-pj
(http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/tributos/contribuicoes-previdenciarias-pj)
www.delphin.com.br/orientacao/66-encargos-sociais-sobre-a-folha-de-pagamento
(http://www.delphin.com.br/orientacao/66-encargos-sociais-sobre-a-folha-de-pagamento)
https://jus.com.br/duvidas/104811/inss-patronal (http://https://jus.com.br/duvidas/104811/inss-patronal)
www.portaltributario.com.br/artigos/inss-patronal-restituicao-valores-pagos.htm
(http://www.portaltributario.com.br/artigos/inss-patronal-restituicao-valores-pagos.htm)
https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20100310104230AAT2sh0
(http://https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20100310104230AAT2sh0)

Não confunda as coisas: quem paga de 8 a 11% é o empregado.

www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/todos-os-servicos/gps/tabela-contribuicao-mensal/
(http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/todos-os-servicos/gps/tabela-contribuicao-mensal/)

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 16/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Quem paga 20%, sempre, é o empregador.


RESPONDER

Adriel Felipe  16/12/2016 13:29

Andrade,

O funcionário que ganha R$ 1.000,00 não tem nenhum benefício a mais quando o patrão paga R$
200 de INSS para ele, pois esse "benefício" é descontado da produção desse mesmo funcionário.
Inclusive, há várias ferramentas (confira uma delas aqui
(http://www.calculador.com.br/calculo/custo-funcionario-empresa)) na internet para o empresário
calcular o custo total da mão de obra que inclui esses 20% no cálculo.

Sendo muito conservador, para contratar um funcionário com um salário de R$ 1.000, de acordo
com a ferramenta supracitada, tem que considerar um gasto de R$ 1.528,89.

Quem paga, no final, é só o empregado.


RESPONDER

Emiliano Gomes  16/12/2016 19:24

Quem paga os respectivos 8-11% e 20% não são nem o empregado, nem o empregador.

Como quase tudo no Brasil, quem paga são os consumidores. Todos esses custos são levados em
consideração para formação do mark-up, incluindo taxas de juros.

RESPONDER

Alessandro Louzada  16/12/2016 11:51

Nao amigo! 20% é a parte do PATRAO em cima do salario do funcionario, isso é LEI e deve
ser feito mensalmente.
RESPONDER

Adriel  16/12/2016 14:29

Alessandro,

Você acha que o patrão tira da onde esses 20%?

É exatamente da produção do funcionário que saem esses 20%. O funcionário não


ganhou nada a mais.
RESPONDER

josuel  17/12/2016 19:46

Alessandro, quem paga o salário e os encargos incidentes neste são os


consumidores dos bens ou serviços produzidos pela empresa. A maioria das

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 17/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

pessoas pensa que é o patrão quem paga os custos. Isto é um equívoco. Todos os
custos de produção são repassados aos preços.
Um exemplo figurativo disto são as férias e o 13º salário. A maioria das pessoas
pensa errado, e os políticos e socialistas reforçam esta falácia, de que é a empresa
que paga um salário a mais no fim do ano. Errado. Este custo é repassado aos
preços finais. Com as férias é a mesma coisa: os consumidores financiam um mês
de folga para todos os empregados. Sem estes custos os preços finais seriam
menores.
RESPONDER

Baroni  16/12/2016 10:23

Leandro, parabéns! Normalmente gosto bastante dos seus artigos, mas esse em especial merece aplausos adicionais.
Diria até como sugestão, revesti-lo de linguagem jurídica e torna-lo um projeto de lei de inciativa popular ou mesmo
buscar um patrocínio legislativo, pois merece realmente ser discutido á serio, como alternativa real e viável a essa pífia
proposta de reforma do governo.
RESPONDER

Viking  16/12/2016 10:26

Leandro, a conta do primeiro paragrafo não está errada? Já que os 200 reais do patrão não saem dos 1000 reais do
salario do trabalhador.
RESPONDER

Marcos  16/12/2016 11:49

Não, Viking.

Você é meu empregado. Eu lhe pago R$ 1.000 mais R$ 200 de INSS (e mais R$ 80 de FGTS).

Isso significa que você, para me ser útil, tem de produzir no mínimo R$ 1.280. Esse é o seu custo para mim
(estou desconsiderando vários outros encargos, apenas para facilitar o raciocínio).

Se você não me valer pelo menos R$ 1.280, não irei lhe contratar. Logo, esses R$ 1.200 (salário mais INSS) são
um dinheiro que poderia ir perfeitamente para você. Esse é o valor que você me custa.

É realmente impressionante que leitores de um site libertário tenham essa mentalidade de que os R$ 200
não saíram do salário do empregado... É óbvio que saíram. Trata-se do custo do empregado. Se o patrão está
arcando com ele, então o empregado está produzindo esse valor
RESPONDER

Viking  16/12/2016 14:24

marcos, voce não entendeu minha dúvida:

se 200 reais não fazem parte do salario bruto do funcionário, então o correto seria calcular a
porcentagem de 280 sobre 1200 (1000 do salario bruto + 200 da contribuição do patrão), o que
daria 23,33%, e não 28%. ainda é muito, é roubo, mas é diferente do que está no artigo.
RESPONDER

Marcos  16/12/2016 14:37

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 18/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Não sei muito bem aonde você quer chegar, mas tudo bem. O que importa é que, qualquer que seja o
percentual que você considere mais correto para efeitos de ilustração do esbulho total, o cálculo final
não é alterado. Se João e seu patrão direcionassem o custo total do INSS (R$ 280) para o salário de
João, ele teria R$ 280 a mais para investir como quiser.
RESPONDER

Rhyan  16/12/2016 14:55

"Eu lhe pago R$ 1.000 mais R$ 200 de INSS (e mais R$ 80 de FGTS)"

Por que 'mais'? R$1.000 não era o salário bruto?

RESPONDER

Atento  16/12/2016 15:07

$ 1.000 é o bruto, declarado na carteira de trabalho.

Sobre esses $ 1.000, incidem 20% de INSS patronal e outros 8% de FGTS, totalizando um
custo para o patrão de $ 1.280.

Esses $ 280 vão pro governo.

O pessoal aqui não tem carteira assinada, não? Também nunca empregou ninguém, não?
Orra....
RESPONDER

Rhyan  16/12/2016 17:15

Qual o nome técnico que se dá ao total gasto pelo empregador com um


empregado?
RESPONDER

Andre  16/12/2016 17:48

Despesa com pessoal.


RESPONDER

josuel  17/12/2016 19:55

O nome técnico é custo com mão-de-obra. A mão-de-obra pode


ser direta ou indireta. Mão-de-obra direta é quando o custo incide
diretamente no produto fabricado. A mão-de-obra indireta é
aquela que ocorre ao redor da produção como manutenção,
limpeza, administração da fábrica, etc.
A despesa com pessoal é aquela ligada a vendas e administração.
O custo com mão-de-obra é recuperado no preço de venda. A
recuperação das despesas vem da margem de contribuição
gerada pelo produto ou lucro bruto.
RESPONDER

Rhyan  18/12/2016 23:10


http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 19/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Opa, valeu, josuel! Pensei que tinha um termo mais


simples. Como eu disse de um empregado apenas, teria
algo como 'custo marginal da mão de obra'?
RESPONDER

Diego  21/12/2016 17:28

kkkk Atento, tenha calma. Isso é Brazyu!


RESPONDER

Andre  16/12/2016 11:50

O trabalhador paga os encargos trabalhistas com sua


produtividade, é um dinheiro que o empregador não
pode pagar ao empregado, não existe almoço grátis.
RESPONDER

anônimo  16/12/2016 10:36

Ótimo artigo.
RESPONDER

André   16/12/2016 10:54

"Considerei R$ 280 durante 13 meses (por causa do 13º salário), o que dá uma média de R$ 303 para um ano de 12
meses. E então multipliquei por 588 meses, que são 49 anos."

Maravilha!, mas faltou o cálculo do adicional de férias, que também possui o componente previdenciário. O funcionário
recebe, de fato 13,33 salários anos para trabalhar 11 meses; ou 13,67 salários para trabalhar 11 meses e 1/3 (no mais
constante não contando os 14, 15 salários de executivos e metas etc.).
RESPONDER

Igor  16/12/2016 11:00

Parabéns pelo artigo, Leandro.

Bem interessante esta abolição gradual do sistema previdenciário estatal, balanceando com isenção de IR e retenção
do FGTS.
Mas queria ver o governo ficar sem boa parte de FGTS sendo recolhido pro fundo gestor (o qual o próprio governo
coordena).
O importante é debater o problema e isso tem sido feito bastante. Ainda bem que temos bons e sérios economistas
(ainda que não pareça) tratando de grandes temas econômicos do país.
Por fim, farei a leitura do artigo do Mises.org referido no teu texto.

Abraço!
RESPONDER

Anderson   16/12/2016 12:06

O FGTS é uma grande doação para a Caixa. É um fundo de bilhões que ela recebe. Claro, ela não pode
emprestá-lo de todo, pois corre o risco (e sempre isso acontece) de trabalhadores demitidos pedirem
restituição do fundo. Mas é um baita ativo para esse banco estatal.
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 20/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

É mais um ganho do governo em cima da população.


RESPONDER

Igor  16/12/2016 12:50

O "pacote" anunciado ontem pelo Meireles e pelo Temer ilustra bem esta briga pelo FGTS: o governo
queria anunciar o uso do FGTS para quitação de dívidas, mas o lobby das construtoras pediu mais
estudos alegando que diminuiria o funding pra financiamento imobiliário.

Cara, é tanta grana sendo movimentada (sem passar pelo orçamento) pelo governo e por grupos
protegidos: FGTS, Contribuição Sindical, Contribuição do Sistema S, etc.

RESPONDER

Andrew  16/12/2016 11:20

Excelente artigo, tenho 24 anos é não queria pagar INSS ate 2058 é ficar somente com a promessa de que serei
restituído parcialmente.

Mas a proposta do artigo já é muito superior a do governo. A proposta ideal é tornar o INSS opcional.
RESPONDER

Willian  16/12/2016 13:09

Creio que, nos moldes de hoje, não há como tornar o INSS opcional... Se o fosse, quem em sã consciência
entraria nele, haja vista as excelentes explicações dadas no artigo?

Este sistema é absolutamente insustentável e precisa realmente ser extinto. O processo de extinção
precisaria necessariamente ser longo e exigiria exaustivas campanhas de conscientização para que as pessoas
jovens de hoje (como eu) aderissem a fundos de previdência privada ou outros modelos de investimento para
garantirem sua aposentadoria.

Perderíamos um pouco de dinheiro, sem dúvida... mas é melhor perder um pouco do que perder tudo.
RESPONDER

Mario  16/12/2016 13:36

O Jesús Huerta de Soto tem essa proposta da opcionalidade: quem quiser, paga 50% a menos de
INSS, mas não poderá usufruir nada dele.

Pessoalmente, não sou muito fã, pois ainda agride as liberdades individuais. Por que tenho de pagar
por algo que já deixei claro que não quero usar?

Ainda assim, é uma proposta muito melhor que a atual do governo.


RESPONDER

Bruno  16/12/2016 11:29

Leandro, vc deveria escrever mais. É de uma clareza incrível! Toda vez que leio seus artigos, sinto me libertando das
burrices estatistas que eu defendia no passado. Grade abraço!

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 21/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

RESPONDER

João Carlos  16/12/2016 14:59

Me sinto da mesma forma.


RESPONDER

Andre  16/12/2016 11:39

Em 2050 80% dos brasileiros idosos estarão miseráveis e vivendo de caridade, os que adoecerem seriamente não
serão tratados e viveremos nosso genocídio tupiniquim.
O sistema de seguridade social brasileiro não será abolido, ele será piorado, poupar e investir de forma independente
deixou de ser uma questão de conforto e segurança no futuro, agora literalmente é questão de vida ou morte.
RESPONDER

Pensante Pensador   16/12/2016 11:45

O primeiro cenário NÃO é minimamente razoável, explico.

Essa comparação entre "capitalização rentista viabilizada pelo estado" com "esquema de pirâmide em regime de
repartição" foi infeliz e não faz o menor sentido.

Se todas as pessoas procedessem como o João (investindo no Tesouro Direto), o endividamento público chegaria a
estratosfera. Como estado pagaria esses juros da dívida sem incorrer em mais problemas? Não se pode fazer recortes,
pois a analise total fica prejudicada. O artigo parece ignorar que tudo está vinculado: taxa de juros, inflação,
endividamento público, tributação, etc.

Quanto a sugestão parece plausível, mas ainda assim preserva aspectos notadamente imorais (uso de FGTS,
continuação do regime de repartição, vinculação compulsória, etc).
RESPONDER

Raphael Leme  16/12/2016 12:55

O que não é minimamente razoável é o seu raciocínio.

Em primeiro lugar, não precisa ser Tesouro Direto. Eu mesmo jamais colocaria no Tesouro Direto, mas sim em
LCIs de bancos pequenos, que pagam 6,35% de juros reais e, melhor de tudo, são isentas de IR.

Também colocaria em CDBs, LCs e debêntures (algumas chegam a pagar IPCA + 10,20%). Não apenas eu teria
um retorno muito maior que o do Tesouro Direto, como ainda estaria estimulando a formação de capital no
país, exatamente como explicado na parte final do artigo (a qual, tudo indica, você não leu).

Mas ainda pior foi a sua afirmação de que "se todas as pessoas procedessem como o João (investindo no
Tesouro Direto), o endividamento público chegaria a estratosfera."

Não, meu caro. Você confundiu causa com consequência (algo imperdoável para alguém com o seu nome). A
dívida do governo já existe, aumenta continuamente por causa de seus constantes déficits nominais e é
vendida diariamente pelo governo. Há um estoque de R$ 4 trilhões (http://www.mises.org.br/Article.aspx?
id=2532) de títulos da dívida no mercado. Apenas no ano passado, o governo teve um déficit nominal de R$
587 bilhões (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2532). Aliás, o governo sempre tem déficit nominal.
Portanto, a dívida sempre está aumentando.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 22/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Ela não vai aumentar porque há mais pessoas comprando título. Mais pessoas compram títulos porque ela
está aumentando.

Agora, na hipótese irreal de o governo daqui para a frente apresentar um déficit nominal zero -- algo que só
aconteceu uma vez na história do país --, o que aconteceria é simplesmente que a dívida pararia de crescer.
Mas ainda haveria um estoque de mais de R$ 4 trilhões de títulos no mercado. Se aumentar a demanda por
esses títulos, os preços deles irão subir e, consequentemente, a taxa de juros irá cair.

Você, na prática, está dizendo que isso será ruim.

Seja menos afoito da próxima. Só comente algo após ler tudo, até o final.
RESPONDER

Vinicius Flesch  16/12/2016 16:06

Ele está certo.. Se tu gerar essa quantidade de poupadores no país, existirá muita oferta de dinheiro e
a taxa de juros iria lá embaixo. Então mesmo este teu pequeno banco provavelmente teria crédito a
3, no máximo 4% de taxa. Não estou dizendo que o artigo está errado, mas é um aspecto econômico
a ser pensado.
RESPONDER

Régis  16/12/2016 16:14

Ele está certo apenas quanto ao efeito depressivo sobre os juros (a parte de aumentar a
dívida não tem nada a ver).

Sobre a queda dos juros, isso é óbvio. Este próprio site está repleto de artigos explicando
como um aumento da poupança gera queda nos juros e aumento da acumulação de capital.
Ninguém sensato discorda disso.

De minha parte, apenas surfo na ignorância do povo: o país tem as maiores taxas de juros do
mundo, ninguém se aproveita delas (vide o espanto de vários aqui com o efeito dos juros
compostos), e aí sobra muito ativo para mim.

Por mim, que continue tudo exatamente como está. Quero que a Previdência continue
sendo a alegria do povo, e que ninguém se preocupe em poupar e investir. Aí sobre mais
títulos a juros altos para mim.

P.S.: juros reais de 4% ao ano ainda estão de bom tamanho, principalmente considerando
que no resto do mundo estão negativos.
RESPONDER

Leonardo  14/03/2017 22:20

Isso só seria reflexo de uma economia muito saudável. Esse alto volume poupado circulando
na economia, possibilitaria uma enorme formação bruta de capital, aumentando a
produtividade e fazendo o Brasil realmente caminhar a passos largos para ser um país
desenvolvido. Na verdade só isso já seria um dos maiores motivadores para o fechamento
da previdência.
Os juros reais cairão? Claro, pois estão remunerando o capital. Isso direcionaria os recursos

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 23/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

para outros tipo de investimento como ações, financiando empresas e criando um círculo
virtuoso de crescimento econômico.
Mas alguém aí acha mesmo que o governo faria isso? O governo nunca esteve preocupado
com o futuro, já que seu mandato dura no máximo 8 anos.
RESPONDER

Rafael Rosset  16/12/2016 12:05

Recentemente, o Flavio Augusto, do Geração de Valor, fez um post extremamente didático e semelhantes, mostrando
como a Previdência Social é um golpe aplicado contra o trabalhador. Mas em vez de usar juros reais, ele preferiu usar a
SELIC.

O exemplo matemático foi idêntico: ele demonstrou que se alguém que ganha apenas R$ 1.000,00 de salário ao longo
de 49 anos de trabalho e poupa R$ 360,00 por mês (o equivalente à soma das alíquotas de INSS cota parte
empregado e empregador, além do FGTS), numa aplicação que renda 13,5% ao ano (aproximadamente a SELIC), terá
acumulado, ao fim do período, um capital de mais de R$ 18 MILHÕES, suficiente para viver nababescamente apenas
dos juros pelo tempo de vida que restar, e ainda legar o principal aos filhos e netos.

Todo mundo aqui já constatou que o INSS é uma gigantesca Pirâmide de Ponzi (tipo o esquema da Telexfree), com a
base (os trabalhadores da ativa) sustentando o topo (os aposentados). A "crise" seria então o achatamento da base e o
alargamento do topo. Mas isso é só metade da história.

A seguridade social, no Brasil, é também um enorme esquema de transferência de renda, dos mais pobres para os mais
ricos. Parte desde o confisco puro e simples (como quando o governo remunera o FGTS com juros inferiores à inflação)
até quando o governo resolve pagar um benefício médio de R$ 1.121,41 aos trabalhadores do setor privado que
contribuíram por 35 anos, mas paga R$ 9.300,00 em média a um militar reformado, ou incríveis R$ 24.900,00 por
mês em média a servidores aposentados do Judiciário, que, também na média, contribuíram por apenas 25 anos.

O mais incrível é que o Flavio aparentemente foi obrigado a apagar o post em virtude dos xingamentos que recebeu. Se
você demonstra matematicamente que as pessoas estão sendo feitas de otárias, elas, ao invés de se revoltarem contra
quem as faz de idiotas, se revoltam contra você.

Isso não acontece da noite para o dia. São 80 anos martelando na cabeça de milhões que o empresário é mau, que o
trabalhador é incapaz e que o governo é a solução para todos os males. O resultado disso é o governo conseguir tomar
pacificamente quase metade do trabalho de milhões de pessoas sem devolver a elas quase nada, enquanto é loteado
por grupos, categorias e classes (servidores, militares, lobbies de empreiteiras, banqueiros etc.) que ficam com todo o
espólio.

Se for abrir a caixa preta dos "direitos sociais" no Brasil, vamos precisar de um novo Nuremberg.
RESPONDER

Fernando  16/12/2016 13:01

"Se você demonstra matematicamente que as pessoas estão sendo feitas de otárias, elas, ao invés de se
revoltarem contra quem as faz de idiotas, se revoltam contra você."

Perfeita descrição do que está acontecendo aqui. É só ver a reação de alguns leitores. (Curiosamente, a parte
realmente importante do artigo, que são as etapas da reforma, foi ignorada; as pessoas se concentraram
apenas no exemplo numérico. E ficaram com raiva).
RESPONDER

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 24/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Duvidoso  16/12/2016 13:38

Rafael Rosset,

essa quantia de R$18 milhões de capital ao longo da vida poupando R$360,00 e investindo em aplicações
que rendem próximo a SELIC não é exagerada?

Eu sei que certamente essa pessoa ficaria milionária com os investimentos, mas não chegaria a esse valor de
R$18 milhões, acho que no máximo chegaria a R$5 milhões, o que ainda daria uma bela aposentadoria.

Se você pudesse me indicar onde encontro esses cálculos do Flávio Augusto, eu ficaria muito grato.

RESPONDER

Tulio  16/12/2016 13:46

A quantia está correta, mas o Flávio Augusto pressupôs que a SELIC ficaria em 13,5% ao ano durante
49 anos. Esse ponto é que é meio irreal. São juros extremamente altos para 49 anos.

Fora essa pressuposição irreal, o cálculo do Flávio está correto. Apenas tenha em mente que esse
valor de R$ 18 milhões é nominal, ou seja, está desconsiderando totalmente a inflação do período.

Na eventualidade de a inflação ficar acima de 13,5% ao ano, ele perderá dinheiro em termos reais.

Por isso, o cálculo sempre deve ser feito em termos reais (acima da inflação), como fez este artigo. É
mais correto e mais honesto.
RESPONDER

Martins  16/12/2016 13:50

Pode fazer o cálculo do Flavio nesta ferramenta:

www.clubedospoupadores.com/simulador-de-juros-compostos
(http://www.clubedospoupadores.com/simulador-de-juros-compostos)

Coloque zero no "valor inicial"

Coloque R$ 360 no "valor mensal" (o Flávio incluiu o FGTS no cálculo dele)

Coloque 1,06% na "taxa de juros" (13,75% ao ano da 1,06% ao mês)

E coloque 49 em "período" (e, à direita, escolha "anos" e não "meses).

Vai dar um valor total de Total: R$ 16.700.873,33


RESPONDER

Sayd  16/12/2016 14:23

Ainda assim, é um valor muito interessante.

Por isso eu sempre preferi aplicar em CDBs e LCs atrelados ao CDI. Rendimentos entre 119%
e 124% do CDI tendem a superar qualquer título atrelado à inflação. Recomendo.
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 25/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Por exemplo, se você aplicar em um título que pague 121% do CDI, você muito certamente
ganhará esses 13,5% do Flávio, ainda que a SELIC caia para 11,25%.
RESPONDER

Tannhauser  16/12/2016 12:37

Não concordo com alguns pontos.

1) mudar de uma vez para 65 anos vai resolver o problema do governo, mas o das pessoas próximas a se aposentar não.
Principalmente da população pobre, que tem uma expectativa de vida menor. Ou seja, a pessoa irá pagar a vida toda e
morrerá antes da idade de se aposentar.

2) nas contas do início do texto (migração do sistema previdenciário para aplicação no tesouro), para pessoas que
ganham mais de 2 mil reais, vc tem que considerar que o valor que você contribui para a previdência é abatido do valor
que incidirá Imposto de renda. Ex: ganho 3000 por mês, pago 500 de INSS, a alíquota do IR incidirá sobre 2500. Ou
seja, pago menos imposto de renda. Investindo no tesouro vc não tem esse abatimento.

3) também tem que inserir um seguro de invalidez no cálculo.

4) para comprovar que o sistema previdenciário irá falhar no longo prazo, deve ser considerado, além do crescimento
da população, o crescimento da economia. Exemplo exagerado: Se em em 40 anos a economia crescer 1000%,
apenas 1 pessoa trabalhando poderia facilmente manter as outras 10 que estão aposentadas.
RESPONDER

Guilherme  16/12/2016 12:58

1) É um ponto. Mas foram sugeridas medidas de alívio. Para os pobres, a principal seria a incorporação do
FGTS em seu salário. Pode haver também a liberação plena do FGTS para ele. Mas, sim, concordo que pode
haver alguma outra abordagem (o próprio artigo é humilde ao dizer qu tudo é apenas um "ponto de partida
para discussões e debates adicionais sobre o tema. [...] Não tem o intuito de ser definitiva.

Mas você está exagerando ao dizer que todo pobre morre antes dos 65 anos.

2) Todas essas ressalvas foram abordadas no texto. Deve ter passado batido. Para começar, não precisa ser
Tesouro, mas sim LCIs, LCAs e debêntures, todas isentas.

No entanto, ainda que você prefira Tesouro Direto -- e o exemplo falou claramente que a pessoa está optando
por esse investimento ainda quando jovem, e não no final da vida -- o ganho que você terá superará, em
muito, os rendimentos da Previdência, mesmo esta sendo isenta. Quanto menor o salário do sujeito durante
sua vida, maior será o ganho caso ele migre para outras aplicações fora da Previdência.

Esse é o ponto: quanto mais pobre e menor for o valor da contribuição, mais negócio é ele sair para outro
sistema.

3) Esse seria o seguro mais caro e ineficiente do mundo.

4) Acho que essa não precisa comentar.


RESPONDER

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 26/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Alceu  16/12/2016 13:12

"Ex: ganho 3000 por mês, pago 500 de INSS, a alíquota do IR incidirá sobre 2500. Ou seja, pago menos
imposto de renda. Investindo no tesouro vc não tem esse abatimento."

É incrível como você ignorou o ponto principal. Pagando a Previdência, tudo o que você terá no futuro, na
melhor das hipóteses, é uma pensão mensal. Todo o seu dinheiro pago foi perdido. Você não tem nenhum
controle sobre ele.

Já aplicando em qualquer outro investimento, você não apenas fica com o todo o principal, como ainda fica
todos os juros acumulados. Mais: sobre principal e juros acumulados incidirão novos juros, o que fará com que
você tenha um belo rendimento mensal e ainda tenha um grande dinheiro acumulado.

Não perceber essa diferença é o cúmulo.


RESPONDER

Espoliado  16/12/2016 13:39

O Alceu matou a questão. É incrível como as pessoas se fixam apenas no valor mensal que receberão
da Previdência no futuro, e ignoram totalmente todo o montante que pagaram e que nunca mais
voltará para elas.

Em qualquer investimento em renda fixa fora do INSS você, ao final, fica com principal, juros e renda
mensal. Já no INSS você fica só com uma pensão mensal tosca.

O fato de o governo ter conseguido ludibriar o povo quanto a isso mostra a extrema capacidade de
prestidigitação dos políticos. Ou então mostra a ignorância do povo.
RESPONDER

Alexandre  16/12/2016 18:31

4) Se a economia crescesse 1000%, você acha que o salário de trabalhador cresceria


1000%? e ainda que fosse, você acha que o ipca cresceria só 10%? e o reajuste da
aposentadoria seria só 10%?
É ilusão achar que se do dia pra noite o salário de todo mundo crescesse 1000%, os preços
continuariam os mesmos, visto que para produzir, precisamos pagar esses salários, então,
ou precisaria reajustar as aposentadorias proporcionalmente ou eles passariam fome, pois
não conseguiriam comprar nem arroz, pois o mercado precisaria pagar o caixa recebendo , o
estoquista, o caminhoneiro, produtor, toda cadei produtiva humana custando 1000%.
Por isso, acho interessante a simplificação do autor ao deixar as demais variáveis com 0%,
se for considerar todas, esse post seria maior que a bíblia e jamais seria tão claro.
RESPONDER

Elnton Oliveira  16/12/2016 13:03

Se fosse liberado como citou, será que os empregadores reverteriam esse valor para os funcionário, não não me
entenda mal, não sou sindicalista, estou apenas falando da ganância de alguns patrões.
RESPONDER

Ricardo  16/12/2016 13:13

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 27/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Nada garante que haveria aumentos salariais, é fato. Mas, ao menos, haveria espaço para aumentos. Seria
possível -- veja bem: seria possível -- haver aumentos. Já no atual arranjo, é impossível haver aumentos. Não
há espaço para aumentos.

Pior ainda: não só não há como haver aumentos, como ainda o trabalhador fica sem parte do seu salário.

A diferença entre uma hipótese benéfica e uma certeza maléfica é brutal.


RESPONDER

SRV  16/12/2016 13:20

Se eu fosse um empregador e tivesse essa folga de orçamento, das duas uma: ou eu contrataria mais
funcionários tirando os melhores dos concorrentes, ou poderia promover alguns bons e merecedores para
evitar que sejam levados pelos concorrentes.

No final das contas, acabariam havendo mais contratações e aumentos salariais sem aumento de custo para
os empregadores. Não seria bom?
RESPONDER

Andre  16/12/2016 13:44

Depende do segmento e do momento econômico, indústrias e setores de inovação evitam deixar que seus
funcionários vão pra concorrentes, já que os bens de capital são semelhantes mas o know how é quase todo
humano, como o dinheiro é curto, as empresas fazem remunerações fora da folha como carro da empresa,
cartão para pagar gasolina, um generoso cartão alimentação, bônus pagos em ações da empresa e milhas de
viagem. Essas empresas já querem pagar mais para seus funcionários, mas subir salário é o meio menos eficaz
de todos por ser altamente tributado.

Nos segmentos mais banais e toscos de nossa economia as coisas seriam mais lentas, já que os salários são
pouco diferentes e não há muita coisa que um faxineiro saiba que outro faxineiro não saiba, o caminho seria
que os valores adicionais iriam como lucro para o patrão que por sua vez investiria em seu empreendimento
aumentando a produtividade do negócio, agora o faxineiro ao invés de operar uma vassoura, pode operar um
carrinho de limpeza completo, se tornar mais qualificado em limpeza, aumentar sua produtividade em limpar
e auferir melhores salários.

www.mises.org.br/Article.aspx?id=204
RESPONDER

Anderson  16/12/2016 13:49

Olá, Elnton!

É o seguinte, o empregador paga o que custa um trabalhador. Até aí nenhuma novidade. Mas ele o faz através
de considerável produção, o que quero dizer é o seguinte, o empregador não vai pagar mais do que custa um
trabalhador, se ele lho paga o que paga é porque o trabalhador produz exatamente isso. Vou te dar um
exemplo:

Se o empregador paga 1280$, de um salário de 1000$, para ter um funcionário é porque esse funcionário
custa isso mesmo, pois se assim não o fosse o salário seria menor. Entenda que um empresário nunca quererá
perder dinheiro à toa, quando ele contrata alguém é porque está ciente dos custos. Se o governo lhe tributar,
assim como ao seu patrão, saiba que o patrão "repassará" os custos da seguinte maneira: você tendo que

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 28/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

produzir mais! Na prática o governo te obriga a produzir mais, e o empresário aproveita isso para que você
faça mais e ele não precise dispender mais recurso financeiro contigo. Claro, a situação não é boa nem para
você e nem para ele, pois, caso os custos para manter um funcionário fossem mais baixos, ele (empresário)
poderia fazer com que o empregado produzisse o mesmo que produz, agora, mas com a diferença de que o
acréscimo (280$) fosse ou para as mãos do trabalhador ou às mãos da empresa, ou ainda repartido (parte do
funcionário, parte da empresa); no final das contas, os dois poderiam se dar melhor.

RESPONDER

FOUCAULT  16/12/2016 13:16

Economia não é uma ciência em que eu possa pegar e fazer um experimento no laboratório, mas suponhamos que
fosse...

Se todo mundo aplicar o dinheiro na NTN-B Principal vai ter 1 milhão pra todo mundo no futuro ?

Que milagre é esse do juros compostos ?? rsrs


RESPONDER

Régis  16/12/2016 13:35

Se "todo mundo" aplicar na NTN-B principal, os juros dela (e somente dela) cairão a zero (isso, se houver
estoque suficiente dela).

Aí, imediatamente todos terão de migrar para outras opções, como LCI, LCA, CDB, LC, debêntures, ações etc.
Consequentemente, tal migração faria os juros da NTN-B voltarem a subir.

Eu, por mim, acho que ótimo que o povão continue ignorante e que a demanda por ativos financeiros
continue baixa (e, logo, seus juros continuem altos). Meus rendimentos estão sensacionais (na própria NTN-B
Principal, "apenas" 53% em um ano).

Graças a um bom educador financeiro que tive (meu pai), nunca paguei INSS (sou autônomo free-lancer), e
sempre investi na renda fixa. Pretendo me aposentar, no máximo, aos 55 anos de idade. Mas já quero, aos 50,
ter um bom colchão acumulado que já me permita viver de renda caso aposente antes. Essa é a minha meta.

Quero que todos fiquem longe do Tesouro Direto. Mais juros sobrarão para mim.

P.S.: se você está realmente preocupado com a hipótese de se haverá dinheiro, então nem esquente cabeça
com a NTN-B. Sua maior preocupação é com a LFT (Tesouro SELIC). Se você fizer o mesmo cálculo do artigo
para a LFT, com juros em dois dígitos (tipo 11%), vai dar um valor nominal entre R$ 15 e 18 milhões para cada
João.

Repito: quero que todos fiquem longe do TD. Deixa só pra mim.
RESPONDER

Rodrigo  16/12/2016 13:47

Seguindo esse raciocínio. Pode-se derivar para qualquer aplicação. O dinheiro não vai sumir, o que pode
ocorrer, e torcemos para isso, é que com uma grande oferta de poupança os juros caiam.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 29/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Mas se a oferta de poupança for grande assim, estaremos numa condição tão boa, que o baixo rendimento
não afetará a qualidade de vida de ninguém.
RESPONDER

Andre  16/12/2016 13:49

Exatamente, não é um experimento de laboratório, há muitos investimentos de longo prazo e lucrativos para
fazer, principalmente em nosso país com estradas esburacadas, aeroportos piores que do leste europeu,
portos com capacidade do séc XIX e infraestrutura geral tão necessária.
O que não falta é onde aportar dinheiro para sair mais de lá depois.
Falta é liberalismo.
RESPONDER

FOUCAULT  16/12/2016 13:53

É libertário mas compra título do governo...

interessante
RESPONDER

Régis  16/12/2016 14:22

Em primeiro lugar, nunca falei que sou libertário (é inclusive a primeira vez que comento aqui).

Em segundo lugar, eis uma informação: mesmo que você aplique exclusivamente em fundos de
investimentos e em CDBs, você estará emprestando para o governo. Os bancos sempre direcionam uma parte
desse dinheiro para títulos do governo.

Aliás, mesmo que você aplique em LCIs e LCAs, você ainda está emprestando para o governo.
Empreendimentos imobiliários são feitos com recursos da Caixa e agricultores trabalham com empréstimos
subsidiados do Banco do Brasil.

Comprar ações? Certamente a empresa ou recebe subsídios do governo, ou trabalha em um mercado


regulado pelo governo, ou é protegida por tarifas de importação.

Debêntures? São empresas de infraestrutura ou de energia elétrica, todas as quais fazem obras para o
governo com dinheiro de impostos.

No Brasil, não tem como escapar.


RESPONDER

Andre  16/12/2016 13:56

O STF já deixou claro que INSS é uma pirâmide quando julgou inconstitucional a "desaposentação". Se não há relação
entre o que é pago e o que é recebido é pirâmide financeira, daqui 30 anos veremos filhos em dificuldades financeiras e
sem perspectiva de aposentadoria odiando seus pais que se aposentaram em suas costas.

oglobo.globo.com/economia/stf-decide-que-desaposentacao-inconstitucional-20364094
RESPONDER

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 30/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Rigoberto  16/12/2016 14:26

Exato. Mas se você tentar mostrar isso com fatos, dados e matemática contábil, será vituperado. Matam o
mensageiro, e dão passe livre para quem criou tudo.
RESPONDER

Amaury  26/12/2016 02:02

Se o stf decidiu que não há relação entre o que se paga e o que se recebe não seria aplicável um processo
solicitando a saída do sistema na alegação que é uma pirâmide financeira e que esse tipo de operação é
proibida no país?
RESPONDER

Lucas  16/12/2016 14:03

Prezado Leandro,

Creio que você não enfrentou adequadamente o problema. A Previdência Social brasileira não oferece aos
trabalhadores somente o benefício de aposentadoria voluntária (por idade ou por tempo de contribuição). Há uma
série de outros benefícios como aposentadoria por invalidez, pensão por morte, auxílio-doença, salário-maternidade,
etc ou serviços (reabilitação profissional). Assim, o valor que o filiado aporta ao sistema cobre também outras
contigências, de forma que pensar uma reforma da previdência a partir do prisma de uma delas (velhice) é insuficiente.
O cálculo do custo para o trabalhador se precaver das outras contigências deve ser incluído aí na sua conta. Não sou
contra um regime de capitalização, creio até ser muito mais justo e racional, principalmente se vários fundos puderem
competir para ter segurados. Entretanto, como ficam os outros riscos que o Estado brasileiro se comprometeu
constitucionalmente a precaver? Mudamos a Constituição e deixamos que cada um se resolva? Como resolveríamos
esses problemas? Será que o Estado não teria nenhuma papel em ofertar uma razoável rede de seguridade social a
seus habitantes? Honestamente, não tenho respostas prontas, mas desconfio de soluções abstratas como "liberdade
resolve tudo". Uma proposta pragmática deveria enfrentar esses aspectos.
RESPONDER

Morato  16/12/2016 14:20

Já eu acho que você não leu com atenção. Toda e qualquer pessoa com mais de 29 anos continuará sendo
igualmente contemplada por esses "direitos" que você tanto preza. (Aliás, boa parte disso que você citou é
coberta por coisas como Cofins, CSLL etc., que nem entraram na reforma.)

Só quem tem menos de 29 anos é que terá de prover para o próprio futuro. Neste caso, qualquer aplicação
em títulos públicos e privados já garante uma boa renda para eventuais contingências.

Agora, isso não exclui, obviamente, a responsabilidade pessoal. Esse é o grande tema. As pessoas têm de
assumir mais responsabilidades por suas vidas e parar com essa ideia de que, "qualquer coisa, o estado me
cobre, me protege e me salva; por isso, posso levar uma vida desprecavida, desregrada, não cuidar da minha
saúde e gastar todo o meu salário".

Mas é compreensível que um pequeno choque de realidade, bem como ouvir coisas não muito agradáveis,
cause uma certa revolta.
RESPONDER

Marcos Vinícius  16/12/2016 14:05

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 31/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Duas perguntas.

1) Como ficariam os casos de pessoas com deficiência adquirida e que por algum motivo terão de deixar de trabalhar?
Incluiria algum seguro na contribuição para esses casos?

2) Vamos supor que, mesmo assim, uma pessoa não consiga juntar dinheiro o bastante. Ex.: Ficou desempregado
durante boa parte da vida ou é um cidadão muito pouco produtivo com baixíssimos salários. Ou uma dona de casa que
nunca contribuiu, ficou viúva e o marido, por exemplo, mentiu que contribuía mas não contribuiu nada. Ficarão
desamparados ou haverá alguma espécie de renda mínima tipo Bolsa Família?
RESPONDER

Magno  16/12/2016 14:21

1) Pode também. Mas, pelo que entendi, estas pessoas, caso tenham mais de 29 anos, estão contempladas na
reforma. Nada muda para elas.

2) Nesse caso, nem a atual Previdência salva.


RESPONDER

Diego  16/12/2016 14:26

A única solução pro Brasil é acabar. Esse país precisa ser desmembrado e a partir daí serem formados outros países, no
mínimo 5 com cada região independente e assim sucessivamente.
Os países mais ricos e mais desenvolvidos são os com menores território e principalmente a população.
Dessa forma você passa a ter menos necessidades, gastos estatais, corrupção e indiscutivelmente um controle e
fiscalização maiores da população sobre o governo. Sem contar a facilidade pra se fazer reformas e corrigir erros.
Uma coisa é pensar num Chile, Nova Zelândia, Canadá, Escandinávia, Austrália, Suíça, outra são Brasil, México, Nigéria
e cia.
Nem os EUA ficam imunes a isso.
Enquanto for esse monstrengo continental com mais de 200 milhões nunca vai chegar a lugar nenhum, no máximo
algumas ilhas como SP e SC.
RESPONDER

Andre  16/12/2016 15:03

Está mais perto do que você imagina, com um 2017 de mais recessão o estado que não corta seus gastos vai
começar a falhar em seus compromisso tradicionalmente honrados, veremos funças federais com salários
parcelados ou atrasados, restrição nas mordomias de comissionados e repartições públicas às escuras por
falta de luz, além da ameaça de calote nos aposentados, essa imagem de estado superpoderoso prestes a ser
dilacerada pela realidade, uma crise econômica que jogará em 3 anos 30 milhões de pessoas na pobreza e
uma população sem identidade de povo será o ambiente perfeito para separatismo, basta uma nova
constituinte que isso vai pra frente.

Essa bandeira ainda não foi levantada nos protestos contra o governo, e é bem mais factível e socialmente
aceita que intervenção militar.
RESPONDER

Vladimir  16/12/2016 16:04

Prezado Diego:
Bom dia!

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 32/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Em vista do que disse o problema não se resume a questão se um país se é grande ou pequeno mas sobretudo
o caráter de seu povo em questão, se a população é preguiçosa, sem iniciativa, indolente, sem escrúpulos,
cobiçam aquilo que não é delas, imorais, exploram aqueles que querem progredir, impedem aqueles que
cresçam por iniciativa própria, odeiam pessoas inteligentes, amam os medíocres, perseguem aqueles que
dizem a verdade, destilam ódio a aqueles cujos padrões morais são insuportáveis para eles. A verdade é essa:
sem pessoas diligentes, criativas e com padrão oral alto não há pais nenhum.
RESPONDER

mauricio barbosa  16/12/2016 17:13

"....Prezado Diego:
Bom dia!
Em vista do que disse o problema não se resume a questão se um país se é grande ou pequeno mas
sobretudo o caráter de seu povo em questão, se a população é preguiçosa, sem iniciativa, indolente,
sem escrúpulos, cobiçam aquilo que não é delas, imorais, exploram aqueles que querem progredir,
impedem aqueles que cresçam por iniciativa própria, odeiam pessoas inteligentes, amam os
medíocres, perseguem aqueles que dizem a verdade, destilam ódio a aqueles cujos padrões morais
são insuportáveis para eles. A verdade é essa: sem pessoas diligentes, criativas e com padrão oral
alto não há pais nenhum."

Prezado Vladimir
Concordo em parte contigo,veja bem com certeza um povo com padrões éticos e de moral ilibada é
desejável e admirável,agora com um governo centralizador e paternalista igual ao nosso como você
irá esperar essa mudança de hábitos e costumes,enfim é uma guerra cultural sim,mas contra esta
instituição corrupta e pesada chamada estado,ela é que precisa ser combatida em primeiro lugar pois
se você for esperar essa mudança de mentalidade do povo espera sentado pois em pé cansa...
RESPONDER

Vladimir  16/12/2016 19:11

Boa tarde!
Esclarecendo:
Quando falo pessoas resolverem problemas eu estou falando de indivíduos comuns de
capacidade e resolução e não de estadistas ineptos, indolentes e sedentos de poder porque
qualquer núcleo onde existe o ser humanos vão existir problemas e soluções. Quando o
indivíduo ou um grupo e pessoas que resolver um problema resolve nem mais nem menos.
E finalizando, os espertos sempre dão um jeito de assumir o poder no novo país.
RESPONDER

mauricio barbosa  16/12/2016 19:48

Pois já estamos vivenciando essa realidade então para você devemos cruzar os
braços e aceitar passivamente a máfia continuar nos saqueando,acorda
Vladimir,pois é melhor lutar do que esperar as mudanças que os políticos
prometem e não cumprem,menos estados e mais empregos é o meu lema...E qual
é o seu lema?
RESPONDER

Diego  16/12/2016 17:20

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 33/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Mas a população como um todo não tem essas características. Que você
tem muita gente vagabunda e acomodada que não quer nada é óbvio, mas
você também tem outros tantos milhões que são o oposto disso.
É isso que estou falando, não tem sentido por exemplo o Norte e Nordeste
serem sustentados pelo Sul e Sudeste, sendo SP o estado mais rico e
produtivo ficar eternamente amarrado nessa merda pagando o pato.
Que existe uma relação óbvia entre tamanho populacional e
desenvolvimento, não há dúvidas, basta olhar ao redor do mundo. Não é
por menos que um dos pontos fundamentais da China é o controle
populacional.
RESPONDER

mauricio barbosa  16/12/2016 18:11

Diego concordo contigo e concordo em parte com o Vladimir.

Secessão e Moralização não-coercitiva são duas medidas


necessárias para sairmos do atoleiro em que nos
encontramos,esse leviatã precisa ser destruído sem violência e
com muito diálogo...
RESPONDER

Vladimir  16/12/2016 19:12

Caro Diego:
Boa tarde!
Quanto ao tamanho da população em relação a prosperidade de
uma nação já responderam em vários artigos aqui mesmo no
Mises, só vou responder em relação a China. É que este país é um
exemplo de que não se deve fazer, visto que o estado controla
tudo e é mau gestor, mau investidor, não sabe alocar recursos,
polui o meio ambiente, para se ter um negócio lá é preciso ter um
membro do governo como sócio oculto e estrangeiro não é
exceção, maquiam dados sobre a economia enganando os
investidores, se a situação lá fosse boa porque os ricos deste pais
caem fora quando tem oportunidade? Nem o povo chinês sabe a
verdadeira situação do próprio país quanto mais o estrangeiro.
RESPONDER

Fernando  16/12/2016 14:49

Artigo excelente. Mas, infelizmente, acredito que deixou de focar num assunto fundamental relacionado à Previdência.
Agora que a PEC 55 foi aprovada, e os gastos do governo serão reajustados pela inflação, os déficits previdenciários
que crescem todos os anos corroerão o orçamento do governo federal durante os próximos 20 anos até que a situação
se torne insuportável. Por exemplo, com um déficit previdenciário de R$50 bilhões num ano, o governo terá que se
virar para cortar este dinheiro de outras áreas, sob o risco de exceder o teto.
RESPONDER

Atento  16/12/2016 15:00

Abordado exatamente na primeira fase do regime de transição.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 34/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

RESPONDER

Rodrigo  16/12/2016 15:07

Mas é claro que ele tem de se virar. As alternativas são piores.

Essa ideia de que o governo pode gastar mais que arrecada destrói a nossa vida. Se ele ignorar o deficit, sem
cortar de lugar nenhum ele terá de:

1 - Emitir dinheiro. (o que gera inflação que piora, significativamente, a vida de todos)
2 - Pegar dinheiro emprestado (o que mantem os juros altos, acaba com a poupança e atrapalha a vida de
todo mundo)
3 - Cobrar mais impostos ( que, como todos sabem, é roubar)

Então ele tem de cortar em outras áreas, agora se com um orçamento de 1,5 trilhao o governo não consegue
cortar gastos é outro problema.
RESPONDER

David W. Cooney  16/12/2016 15:03

O distributismo inclui o princípio da subsidiariedade, a idéia de que a família é a unidade básica da sociedade e os níveis
mais altos de organização societária (cidade, município, estado, federal) existem para apoiar os níveis inferiores sem a
autoridade para usurpar seus papéis e direitos. Quanto maior o nível de organização social (governo), menor deve ser
sua autoridade e sua responsabilidade. Ao procurar atender uma necessidade na sociedade, os distributistas não
correm automaticamente para o mais alto nível de governo, como parece ser a visão predominante de grande parte da
sociedade de hoje. Em vez disso, nós olhamos para a necessidade, e tentamos determinar o nível mais baixo da
sociedade que pode abordá-lo suficientemente.

Com o déficit da previdência a questão do sistema de Segurança Social dos EUA tornou-se um tema polêmico.

A questão sobre o que fazer com a Previdência é aquela em que conservadores e libertários podem concordar com os
distributistas. As nossas razões para o acordo podem não ser exatamente as mesmas, mas a nossa adesão ao princípio
da subsidiariedade é semelhante às suas propostas de "estado mínimo" (ou"estado zero") .

Quando os distributistas analisarem qualquer questão social que deva ser abordada, o princípio da subsidiariedade
deve ser automaticamente iniciado. Há uma necessidade. Qual é o nível mais baixo da sociedade que pode atender a
essa necessidade e em que medida (e de que forma) os níveis mais elevados da sociedade devem auxiliar? Há duas
questões sociais que a Segurança Social tenta abordar. A primeira é como se preparar para esse tempo quando se
aposentar do trabalho para ganhar a vida. A segunda é como prover para aqueles cujos preparativos não atendem
adequadamente às suas necessidades.

Qual nível de sociedade teria logicamente a responsabilidade de planejar a aposentadoria? Em que nível procuraríamos
compreender as necessidades e desejos de uma determinada família ou indivíduo nos últimos anos de vida? Que nível
melhor entende e pode planejar em torno de seus recursos atuais para atingir esses objetivos de aposentadoria de
longo prazo? A resposta a todas estas perguntas é a família ou o indivíduo. É seu próprio papel e sua responsabilidade.

A vida, no entanto, nem sempre funciona da maneira que planejamos, às vezes por causa de circunstâncias fora do
nosso controle, e às vezes porque nossos planos são inadequados. Em que nível da sociedade devemos confiar para
obter assistência em tais circunstâncias? É aonde os planos de previdência, a assistência da família estendida e a
assistência das organizações religiosas e outras organizações sociais entram. Estas entidades estão muito melhor

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 35/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

situadas para entender às diferentes necessidades e considerações daqueles a quem eles prestam assistência.
Portanto, é mais razoável confiar principalmente nessas organizações para aqueles que acabam sem recursos
adequados para a sua aposentadoria, do que confiar em altos níveis de governo.

A próxima questão que devemos abordar é se existe uma maneira prática e responsável para obter do sistema de
Segurança Social atualmente no lugar para o que deveria ser a norma para a nossa sociedade. Há aqueles que
erroneamente se referem ao sistema de Segurança Social como um 'direito'. A realidade é que os receptores atuais
pagaram pelos benefícios que estão recebendo agora. Eles pagaram por isso através de deduções obrigatórias de folha
de pagamento ao longo de sua vida profissional. Existe uma obrigação moral de entregar o benefício prometido pelo
qual eles pagaram. Essa mesma obrigação existe para aqueles que ainda estão trabalhando, mas que estão tão perto de
se aposentar que eles não têm mais tempo adequado para planejar um programa alternativo de aposentadoria.
Portanto, qualquer plano de eliminação do atual sistema de segurança social que não cumpra adequadamente essas
obrigações seria injusto e deve ser rejeitado.

E aqueles que estão nos primeiros anos de sua vida profissional, aqueles que ainda têm tempo suficiente para
implementar um plano alternativo para a aposentadoria? Pagamentos já foram feitos para a sua Segurança Social.
Portanto, uma discussão política deve ser tido de escolher entre permitir que eles continuem nesse sistema, e
entregar-lhes todas as contribuições feitas para a sua conta de Segurança Social para que eles possam utilizar esses
fundos para seus próprios planos. Qualquer uma dessas opções seria uma maneira prática e responsável para lidar com
essas situações. As acções supramencionadas também permitiriam um tempo adequado para que as fontes
alternativas de assistência se preparassem para prestar essa assistência aos necessitados.

distributistreview.com/subsidiarity-and-social-security/ (http://distributistreview.com/subsidiarity-and-social-
security/)
RESPONDER

Paulo Henrique Martinello  16/12/2016 21:14

Caro, é verdade que qualquer plano que não considera restituir os que já pagaram é injusto, mas jamais deve
ser rejeitado se não houver opção. Por isso o artigo, para discutirmos meios de faze-lo sem prejudicar(tanto)
os que já contribuíram e não resta mais tanto tempo para pagar por outro sistema de previdência...

Portanto, deve-se escolher o meio que cause menos danos financeiros a essas pessoas, mas não deve-se
rejeitar uma alternativa caso ela seja a única apenas por que ela não cumpre totalmente o direito de receber
por aquilo que pagou. A realidade econômica (do mundo real) deve prevalecer, e devemos escolher o menos
pior.

Se existir um meio onde ninguém saia perdendo o que pagou, por favor, apresente-nos aqui. Afinal, se
concordamos com a moral de restituir quem pagou, então temos que ver se isso é possível de ser feito
totalmente, ao invés de já rejeitar qualquer modelo que não seja ''ideal'' com o risco desse modelo ''ideal''
simplesmente não existir , já que geralmente os remédios de erros governamentais sempre afetam alguém,
quase nunca a correção sai de forma ''indolor''...

Repetindo, se não houver um modelo ''moralmente ideal'' de transição, então que se escolha o possível com o
risco de se não fizer nada, ficarmos com o pior
RESPONDER

Rhyan  16/12/2016 15:10

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 36/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Não entendi o resultado de R$ 1,038 milhão.


Usando o site que colocaram, o valor que surgiu foi de R$ 1,033 mi. R$ 1.033.329,71 pra ser exato.

Foi incluída alguma outra variável?

(desculpe, eu tenho uma certa paranoia com números)


RESPONDER

Gosling  16/12/2016 16:02

588 meses, 0,49% de juros mensal, e depósito regular de R$ 303 (pelos motivos explicados nas notas de
rodapé)

https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormAplicacaoDepositosRegulares.do?
method=exibirFormAplicacaoDepositosRegulares

Copie e link acima e cole no seu browser

P.S.: sempre tenha em mente que, para períodos de tempo tão grandes, variações de 0,1 ponto percentual
nos juros fazem uma boa diferença no longo prazo. Como você acabou de descobrir, 5 mil reais no acumulado
em 49 anos.
RESPONDER

Rhyan  16/12/2016 17:08

Obrigado!

No link 'Metodologia' mostra uma fórmula um pouco diferente da usada pelo outro site.

https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirMetodologiaAplicacaoDepositosRegulares.do?
method=exibirMetodologiaAplicacaoDepositosRegulares
RESPONDER

Lucas  16/12/2016 15:18

Logo abaixo do gráfico para o ano de 2013 vcs fazem uma comparação com uma faixa etária e no ano de 2060 vcs
utilizam outra faixa etária. Espero q tenho sido apenas um erro de digitação, e gostaria que vcs colocassem os calculos
q sao feitos para fazerem essas analises, eles agregam bastante em sua veracidade.
RESPONDER

Corregedor  16/12/2016 16:01

Obviamente, foi um erro de digitação. Onde estava escrito entre 20 e 29, o correto é entre 20 e 59. (Já
corrigido).

Caso você próprio queira fazer os cálculos, pode utilizar essa pirâmide, que tem números claros.

mercadopopular.org/wp-content/uploads/2016/08/chart12.png (http://mercadopopular.org/wp-
content/uploads/2016/08/chart12.png)

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 37/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

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LG  16/12/2016 16:07

"Ou seja, não há investimento nenhum. Há apenas repasses de uma fatia da população para outra."

Em termos técnicos: Esquema de Ponzi!


RESPONDER

Eneida  16/12/2016 16:12

Boa tarde Leandro:


Acredito que seria bem mais fácil e sem incertezas futuras de calotes ou outras hipóteses - como impossibilidades de
saúde para continuidade de um trabalho e ter que se aposentar por invalidez ou utilizar o fundo aplicado para
tratamento - se e somente se TODOS OS QUE NÃO PAGAM PAGASSEM DEVIDAMENTE E RECEBESSEM PELO VALOR E
TEMPO QUE CONTRIBUÍRAM AO SISTEMA. Indivíduos que recebem aposentadorias milionárias sem a respectiva
contrapartida do pagamento, políticos com mandatos de poucos anos de contribuição, indivíduos já na 4ª ou 5ª
geração e que ainda recebem pensão de combatentes da Guerra do Paraguai, e por fim entidades que dão o calote no
INSS (estádios de futebol). Estes são apenas poucos exemplos, haveria muito mais para citar dos" recebedores não
pagadores". Talvez sobrasse dinheiro no caixa da Previdência. Esta é minha opinião, embora concorde em termos
gerais com todos os que opinaram.
RESPONDER

Libertário  16/12/2016 16:18

"Acredito que seria bem mais fácil e sem incertezas futuras de calotes ou outras hipóteses [...] se e somente se
TODOS OS QUE NÃO PAGAM PAGASSEM DEVIDAMENTE E RECEBESSEM PELO VALOR E TEMPO QUE
CONTRIBUÍRAM AO SISTEMA."

Passo.

Minha liberdade não é negociável. Se eu não quero dar uma parte do meu salário para o governo -- pois
também abro mão de utilizar sua previdência --, ninguém pode me obrigar.

Se eu quiser torrar todo o meu salário, ou se eu quiser investir 99% dele e viver como um monge, ninguém
tem nada a ver com isso.

Por que eu não tenho essa liberdade de escolha?

Não estou tolhendo ninguém, não estou usando ninguém e não estou pedindo para ninguém tomar conta de
mim. Por que não posso ter a liberdade?
RESPONDER

Benzoato de Sódio  16/12/2016 16:16

Estou lutando muito pra me livrar dos grilhões da CLT. Mas ser empresário honesto neste país é muito, mas muito
difícil. Quando eu conseguir vou contribuir somente o mínimo e fazer minha aposentadoria de verdade fora da
pirâmide do mal.
RESPONDER

junior  16/12/2016 16:21

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 38/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Somos seres humanos em uma sociedade. Toda a falacia talvez se dê, pelas regras não serem cumpridas, apesar de
muitas vezes amplamente serem discutidas. Educar as pessoas a negociarem melhor e se valorizarem conforme a a sua
capacidade seria mais inteligente. Dificil pensar de outra forma num sistema previdenciário, digamos que todos façam
reserva e apliquem para seu futuro, os juros para tais aplicações cairiam ou até mesmo seriam negativos. Criar seu
proprio capital é uma alternativa, mas o sistema é complexo, e o desrespeito as regras, agride destrói e prejudica todo
um planejamento seja ele coletivo, ou individual.
No Brasil, pessoas com mais inteligencia e "esperteza" lesam pessoas honestas e mais humildes e isto é fato.
Humanamente só nos ajudamos na desgraça e na tragédia, quando batemos forte no peito com os olhos marejados,
bradando "sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor" .
RESPONDER

Fernando  16/12/2016 16:24

Excelente artigo
RESPONDER

Adriano G  16/12/2016 16:37

A melhor reforma da previdência foi a "não reforma" da italia. O sistema quebrou de fato, não foi reformado, todo
mundo sabe que ninguém receberá a aposentadoria e aí todos já sabem que devem poupar.

Foi privatizada de fato!


RESPONDER

Eliseu  16/12/2016 16:43

Eu realmente já li por alto alguma coisa sobre isso mesmo. E já sabia também que os italianos são
extremamente poupadores.

Agora tudo passou a fazer sentido.


RESPONDER

Marcus Aurelio   16/12/2016 16:41

Nenhuma reforma da Previdência, de qualquer tipo que seja, e por mais bem pensada que seja, irá funcionar a
contento.

Sabem por quê?

Porque não existem soluções coletivas. Há apenas soluções individuais.

Eu, por exemplo, tenho a solução para a minha Previdência. (Não contribuo para INSS e faço exatamente o que sugere
o artigo; e estou feliz). Mas eu não tenho a solução para a Previdência de todos. Por mais que eu queira genuinamente
ajudar, sei que tem gente que não quer.

Só de ver algumas reações aqui, dá pra ver que a maioria desconhece até mesmo coisas básicas, como juros compostos
(ensinado no primeiro grau da escola). Não serei eu quem irá esquentar cabeça para ajudar essa gente.

O que é meu tá resolvido. Tenho a solução para mim e para meus filhos. (E talvez netos). Mas não tenho a solução para
meus vizinhos e nem para meus parentes. Nada posso fazer por eles.
RESPONDER

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 39/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Vitor Sousa  16/12/2016 17:53

É rigorosamente a maneira que eu penso. Vou sentir dor quando o inferno se estabelecer ao meu redor, mas
não dá para se esperar muito de quem não consegue fazer calculos simples utilizando matemática básica.
RESPONDER

Régis  16/12/2016 19:22

O Marcus Aurelius lacrou. É exatamente isso mesmo.

Toda e qualquer solução só funciona em nível individual: sua educação, a educação de seus filhos,
suas finanças e sua previdência.

De nada adianta você ficar querendo ajudar quem não quer ser ajudado. Eu também sigo essa
filosofia. Cuido do meu futuro, dos meus investimentos e já estou investindo para minha filha de 2
anos. Como sou free-lancer, não pago INSS. Na minha família vejo pessoas jovens que nem sabem
por onde passa essa questão de previdência e da importância de poupar par o longo prazo. Até tentei
falar sobre isso uma vez, mas olharam pra mim como se eu fosse de Marte. Larguei pra lá.

Veja aqui mesmo nesta seção de comentários: pessoas aparentemente esclarecidas que nem sabem
como funciona os encargos sociais e trabalhistas de um empregador, e que desconhecem o básico
dos efeitos dos juros compostos sobre investimentos de longo prazo. Pior: se revoltam ao saber que
estão sendo espoliados: mas não se revoltam com o agente da espoliação, mas sim com o
mensageiro.

Por fim, sobre a Previdência, o fato é que não tem como adotar uma previdência pública uniforme,
com as mesmas regras, em um país de dimensões continentais e tão diverso quanto o Brasil. A
expectativa de vida em Santa Catarina é completamente diferente da do Maranhão, por exemplo.
Qualquer reforma está fadada ao fracasso.

Minha humilde dica: cuidem da própria vida.


RESPONDER

mauricio  01/04/2017 21:24

Régis, seu problema está resolvido. Parabéns. Mas você é um homem inteligente e muito
bem articulado. Não poderia pensar numa solução para esses incautos. Seja mais generoso e
ajude-os (nos). Mais uma vez parabéns. Boa tarde.
RESPONDER

Régis  03/04/2017 03:29

Já dei detalhes lá em cima. Volto a repetir.

Eu apenas surfo na ignorância do povo: o país tem as maiores taxas de juros do


mundo, ninguém se aproveita delas (vide o espanto de vários aqui com o efeito dos
juros compostos), e aí sobra muito mais ativos para mim.

Por mim, que continue tudo exatamente como está. Que a reforma da Previdência
seja barrada, que esse arranjo fraudulento continue sendo a alegria do povo, e que
ninguém se preocupe em poupar e investir (pois os idiotas acreditam em esquema
de pirâmide). Aí sobram mais títulos a juros altos para mim. Como o governo terá
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 40/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

de gastar e se endividar cada vez mais, eu estarei ali para financiá-lo a juros altos. E
os próprios idiotas crentes na Previdência terão de pagar impostos cada vez mais
altos para bancar os juros dos meus títulos.

De novo: acho ótimo que o povão continue ignorante e que a demanda por ativos
financeiros continue baixa (e, logo, seus juros continuem altos). Meus rendimentos
estão sensacionais (na própria NTN-B Principal, "apenas" 53% em um ano).

Graças a um bom educador financeiro que tive (meu pai), nunca paguei INSS (sou
autônomo free-lancer), e sempre investi na renda fixa. Pretendo me aposentar, no
máximo, aos 55 anos de idade. Mas já quero, aos 50, ter um bom colchão
acumulado que já me permita viver de renda caso aposente antes. Essa é a minha
meta.

Quero que todos fiquem longe do Tesouro Direto. Mais juros sobrarão para mim.
RESPONDER

Alex  16/12/2016 17:09

Leandro
Sugiro um artigo explicando porque os tributos trabalhistas sempre recai sobre o trabalhador.
Para economistas é mais fácil perceber a diferencia de quem foi que recolheu o tributo e quem efetivamente pagou,
mas, para os não economistas me pareceu pelos comentários que essa distinção não é de todo clara.
RESPONDER

Wellison  16/12/2016 17:14

O Brasil é um pais onde os TRêS poderes só pensam nos benefícios próprios e o povo que se vire com toda esta
miséria. OBS : Isso nunca vai mudar.
RESPONDER

Tiago  16/12/2016 17:40

Para quem levantou a relevante ausência de abordagem a respeito da cobertura para sinistros como aposentadoria por
invalidez, pensão aos dependentes por morte do segurado, auxílios doenças, etc... é importante ressaltar que o
modelo proposto se dedica a oferecer uma solução para o problema do desequilíbrio demográfico, que é o principal
problema da previdência, e não para TODOS os seus problemas. O mérito da proposta é inegável. Oferece um cenário
muito melhor que o atual e considera apenas a contribuição previdenciária patrão/empregado. Não toca em qualquer
outra das inúmeras fontes de custeio da seguridade social como PIS, COFINS, CSLL, Sistema S, etc...
Esses outros problemas levantados poderiam ser equacionados com seguros privados ou até corporativos (por setor
da economia). Enfim, é uma outra questão...
Outra coisa que não se considerou é a incrível economia que a extinção do RGPS acarretaria com o enxugamento de
toda a estrutura utilizada para fiscalizar e executar esse programa ineficiente. Nesse cenário, ou se reduziria impostos,
ou sobraria para aplicar em outras áreas como essa que ficou de fora da proposta, por exemplo.
RESPONDER

Tiago  16/12/2016 17:44

Para quem levantou a relevante ausência de abordagem a respeito da cobertura para sinistros como aposentadoria por
invalidez, pensão aos dependentes por morte do segurado, auxílios doenças, etc... é importante ressaltar que o
modelo proposto se dedica a oferecer uma solução para o problema do desequilíbrio demográfico, que é o principal

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 41/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

problema da previdência, e não para TODOS os seus problemas. O mérito da proposta é inegável. Oferece um cenário
muito melhor que o atual e considera apenas a contribuição previdenciária patrão/empregado. Não toca em qualquer
outra das inúmeras fontes de custeio da seguridade social como PIS, COFINS, CSLL, Sistema S, etc...
Esses outros problemas levantados poderiam ser equacionados com seguros privados ou até corporativos (por setor
da economia). Enfim, é uma outra questão...
Outra coisa que não se considerou é a incrível economia que a extinção do RGPS acarretaria com o enxugamento de
toda a estrutura utilizada para fiscalizar e executar esse programa ineficiente. Nesse cenário, ou se reduziria impostos,
ou sobraria para aplicar em outras áreas como essa que ficou de fora da proposta, por exemplo.
RESPONDER

Dedé  16/12/2016 18:14

Eu tenho 32 anos, contribuo a 10 anos para previdência, pago previdência privada a 6 anos, faço alguns investimentos
e mesmo assim não me sinto seguro quanto a minha aposentadoria futura. O Brasil é um país muito incerto. Já houve
calote, confisco de poupança, hiperinflação, congelamento de preços, quebra de contratos, há leniência com grupos
terroristas que invadem propriedades, etc.
O brasileiro tem uma mentalidade estatista e vota em quem promete gastar mais. Falar em reduzir os gastos públicos é
como se estivesse xingando a mãe. Se a economia não voltar a crescer até 2018 não duvido cairmos novamente nas
mãos de outro populista, que vai aumentar os gastos, intervir ainda mais e ser leniente com a inflação/destruição da
moeda.
O ideal é quem pode, fazer uma poupança no exterior, investir num país estável, com longo histórico de respeito pelas
instituições e estabilidade da moeda: EUA, Inglaterra, Suíça, etc. Ainda não confio no bitcoin como um investimento
seguro a longo prazo e nem acho que o ouro seja investimento para formar patrimônio, é bom para proteção, mas não
rende juros.
Confiar no real e na mentalidade de repartição do brasileiro não é viável a longo prazo.
RESPONDER

Kek  16/12/2016 18:17

Mais um excelente artigo do Leandro.


RESPONDER

Alexandre G Carvalho (aluno da PGEA - Pós Graduação em Escola Austríaca)  16/12/2016 18:30

Leandro,

Considero essa proposta interessante e digna de consideração. Tenho algumas observações e comentários quanto ao
artigo, no entanto:

1) A conta do saldo disponível ao final da carreira do João deveria deduzir os custos por ele incorridos, ao longo da vida,
com plano de saúde e seguro por morte, doença e invalidez. As contribuições para o INSS financiam, pelo menos em
teoria, mais que o benefício de aposentadoria.

2) Tesouro Direto = Repartição Simples. Em ambos, uma geração paga diretamente a aposentadoria da outra, sem
capitalização. Troque "aposentadorias" por "o principal e os juros" e "contribuições" por "impostos": As aposentadorias
(o principal e os juros) de hoje são pagas pelo repasse direto das contribuições (dos impostos) de quem ainda está
trabalhando. Como o governo toma 40% do PIB mas investe, mal, só 3%, não há formação de um fundo, não há
capitalização com o dinheiro "investido" no Tesouro Direto. Acho que trocando o INSS pelo Tesouro Direto daríamos
apenas nomenclatura e roupagem jurídica diferentes ao mesmo fenômeno econômico. E infelizmente, hoje, a
previdência privada complementar faz exatamente isso...

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 42/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

3) A extinção da previdência, por si só, não resolveria o problema demográfico muito bem apontado no texto. Em
2060 teremos, com previdência social ou sem ela, 1,43 trabalhador por aposentado. Se a poupança de hoje for bem
investida em formação de capital, ou seja, de fato capitalizada, o que o Tesouro Direto não proporciona, é possível
(mas não garantido) que o aumento da produtividade do trabalho seja suficiente para sustentar essa relação.

Assim, entendo que a saída passa, sim, por desmantelar a previdência social e deixar a poupança a cargo de cada
indivíduo, mas simultânea e necessariamente coibir os gastos desenfreados do governo de forma que essa poupança
seja direcionada a investimentos produtivos privados, à formação de capital. Apenas trocar o INSS pelo Tesouro Direto
seria insuficiente.
RESPONDER

Empedernido  16/12/2016 19:09

1) Pois faça isso. Ainda assim, o saldo final do segundo cenário ganha de lavada do previdenciário comum.

Não primeiro cenário, João tem pura e simplesmente uma renda de R$ 1.000 reais por mês. E só. Não tem
mais nada. Todo o dinheiro pago foi perdido.

Já no segundo cenário ele não apenas fica com o todo o principal, como ainda fica todos os juros acumulados.
Mais: sobre principal e juros acumulados incidirão novos juros, o que fará com que ele tenha um belo
rendimento mensal e ainda tenha um grande dinheiro acumulado.

Em suma, ele terá mais de R$ 1 milhão de patrimônio real e renda mensal de mais de R$ 5 mil.

Boa sorte na matemática -- e nas deduções -- para mostrar como o segundo cenário pode ser pior que o
primeiro.

Em tempo: eu fui obrigado (e ainda sou) a pagar INSS e ainda tenho de bancar plano de saúde. O INSS é
dinheiro jogado fora, pois não uso serviço do governo. Por que eu estou em melhor situação?

2) Não precisa ser Tesouro Direto. Foi só um exemplo. Eu mesmo jamais colocaria no Tesouro Direto, mas sim
em LCIs de bancos pequenos, que pagam 6,35% de juros reais e, melhor de tudo, são isentas de IR.

Também colocaria em CDBs, LCs e debêntures (algumas chegam a pagar IPCA + 10,20%). Não apenas eu teria
um retorno muito maior que o do Tesouro Direto, como ainda estaria estimulando a formação de capital no
país, exatamente como explicado na parte final do artigo (a qual, tudo indica, você não leu).

3) Idem acima.
RESPONDER

Alexandre G Carvalho (aluno da PGEA - P%C3%83%C2%B3s


Gradua%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%A3o em Escola Austr%C3%83%C2%ADaca)  16/12/2016
19:40
De acordo com quase tudo. Principalmente com o seu pseudônimo, Empedernido, que casa super
bem com seu estilo de redação (hehehe...).

Você assumiu que eu estava discordando do artigo do Leandro. Se ler com cuidado minha resposta
constatará que, de fato, estou concordando com ele. Apenas sugeri o aprimoramento do cálculo para
o caso do João (não afirmei que esse aprimoramento mudaria a conclusão de que João estaria

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 43/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

melhor poupando por conta própria...). E adicionei a sugestão de restringir os demais gastos do
governo (que possivelmente estão sendo financiados indiretamente pelos seus CDBs e LCIs)
simultaneamente à extinção da previdência.

Quanto à matemática para apurar o saldo do João ao final da carreira, ela é realmente difícil, mas por
falta de dados. A intervenção estatal matou o mercado de seguro saúde individual, principalmente
para rendas mais baixas como R$1 mil mensais... O preço desse tipo de seguro é hoje bem difícil de
determinar.
RESPONDER

Rodolfo  17/12/2016 00:52

Alexandre, em seu item 1 você comete um erro básico.

Você diz que "a conta do saldo disponível ao final da carreira do João deveria deduzir os
custos por ele incorridos, ao longo da vida, com plano de saúde e seguro por morte, doença
e invalidez."

Ora, a conta do saldo disponível se refere exatamente ao valor que João poupou e aplicou
mensalmente. Ou seja, se refere àquilo que sobrou após as despesas de João. João poupa e
aplica R$ 280 por mês.

Só que, além disso, ele também recebia um salário mensal de R$ 1.000 por mês, do qual
você parece ter se esquecido. É com esse salário que ele vai pagar as despesas com planos
de saúde e seguros.

As pessoas pagam despesas com o salário corrente e não com a quantia poupada é aplicada.

Você está pedindo que o autor faça uma dedução totalmente descabida: quer que ele retire
do saldo poupado algo que foi pago com salário corrente.
RESPONDER

Lucia da Silva  16/12/2016 18:32

Acreditar na previsões de aumento da expectativa de vida é um erro.


Os jovens são em sua maioria mais sedenta rios e se alimentam pior.
nosso pais, quando crianças, brincavam ao sol, comiam só comida orgânica,
porque era o que existia, e caminhavam muito.
Hoje com a insegurança as pessoas evitam caminhar preferindo usar os meios de transporte,
o lazer é tv, computador, celular, ou outra coisa sedentária.
Sou de uma família de professoras, e vou usá-las como exemplo.
Minha bisavó professora chegou aos noventa e poucos anos,
minha vó professora chegou aos setenta e muitos,
minha mãe professora chegou aos cinquenta e muitos.
Esse monte de porcaria que a gente come, a falta de atividades ao ar livre,
e o estresse e o medo da violência diária, só podem ser evitados pelos muito ricos,
a maioria vai pagar com anos de vida a menos,
vamos ver essa curva de aumento da expectativa de vida descendo já já...
Acredito que essa projeção de crescimento na expectativa de vida é uma falácia com objetivos óbvios.
RESPONDER

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 44/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Marcos  16/12/2016 18:52

Caro Leandro, parabéns pelo artigo.


A previdência "social" é uma bomba relógio que retardam a sua explosão de tempos em tempos.

Conceitualmente, compartilho da proposta, mas fiquei com algumas dúvidas quanto aos dados adotados:

1) O recolhimento do empregador é feito sobre o total? Eu achava que ele recolhia 20% sobre a folha, de modo que a
"contribuição" do empregado variava de 8% a 11% e o empregador fechava as contas, chegando aos 20%;

2) Como já comentado acima, uma vez que, em tese, parte destes valores recolhidos se prestam ao custeio de uma
espécie de seguro (aposentadorias por invalidez, morte, pensões etc), não seria o caso de considerar como poupança
mensal um valor inferior aos 280,00, visto que uma parte será paga mensalmente a título de seguro, que, por sinal, vai
aumentando com o tempo?

3) Os 6% das NTNBs, após líquidas de tributos e custos, ficam em torno de 5%.

Essas questões levariam a outros números finais?

Abraços
RESPONDER

Empedernido  16/12/2016 19:09

1) Sobre o total. (Impressiona como muitos aqui desconhecem isso. Ou vocês não trabalham ou nunca
empregaram ninguém).

2) Você é livre para escolher qualquer valor em seu modelo.

3) https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormAplicacaoDepositosRegulares.do?
method=exibirFormAplicacaoDepositosRegulares
RESPONDER

Alfeu  16/12/2016 19:42

Uma coisa que me veio a cabeça é que se todo mundo investisse em títulos públicos e outros ativos conservadores os
juros despencariam, o que seria bom pra média da população, mas não necessariamente quem vive desses juros
estaria melhor.

Acho muito difícil que ainda assim os aposentados fiquem piores do que hoje, apenas estou lembrando que esse
fenômeno não tá computado na conta, então o retorno pode ser bem menor.
RESPONDER

Aretusa  16/12/2016 20:23

Pode jogar os juros lá pra baixo. Simulei a 4% ao ano (valor irrealisticamente baixo para o Brasil):

https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormAplicacaoDepositosRegulares.do?
method=exibirFormAplicacaoDepositosRegulares

Dá um patrimônio total de R$ 541.519, e um ganho mensal de R$ 1.773.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 45/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

A alternativa é ganhar R$ 1.000 e ter zero de patrimônio.

Sinceramente, é absolutamente inconcebível nêgo ignorar isso. No INSS, você não acumula patrimônio. Você
fica, no final, só com uma pensão mensal de merda.
RESPONDER

LUIZ F MORAN  16/12/2016 19:46

Resumindo o artigo: O GOVERNO É, E SEMPRE SERÁ, O NOSSO MAIOR E MAIS NEFASTO INIMIGO.
RESPONDER

Rafa  16/12/2016 20:39

Só de ver essa pequena amostragem de críticas à proposta sobre problema da pirâmide financeira, quer dizer,
previdência, eu sinto que uma ideia fantástica como essa seria apedrejada sem dó pela sociedade de banânia...
RESPONDER

Bode  16/12/2016 21:03

O sistema previdenciário brasileiro é distributivo. Tem trabalhador rural que nunca viu uma foice, mora na cidade. Ele
consegue um contrato de comodato de um lote rural qualquer, algumas testemunhas e temos um segurado que nunca
vai contribuir com um puto para a previdência. Tudo isso respaldado por sindicatos rurais picaretas. Vai trabalhar na
informalidade eternamente. Se esse salafrário se acidentar, geralmente de motocicleta, vai receber auxílio-doença.
Quando velho vai poder se aposentar e acumular com a pensão da esposa. Isso é insustentável. O pior é que não existe
a opção do cidadão trabalhador formal não contribuir, ou optar por gerir sua própria poupança para aposentadoria,
pois é obrigatório o recolhimento. Quando falam em reforma, aparecem sindicalistas gordos, com abdomes protusos
de batráquio, um Paulo Paim da vida. O tipo de gente que não gosta de trabalhar, mas tem lobby forte para impedir
qualquer reforma que acabe com sua boa vida.
RESPONDER

Leandro Campos  16/12/2016 21:03

Eu faria diferente, TODOS que estão pagando o INSS, teriam seus "investimentos" devolvidos. O INSS seria fechado ou
mantido a nomenclatura apenas para pagar os que infelizmente já estão aposentados.

Como pagar os aposentados? Com o fim do INSS e a demissão de todos os funcionários que estão empregados, já teria
grande parte da grana, o que faltar.... ah o Brasil tem tanto imposto que é só redirecionar um desses impostos para os
aposentados

Para arrumar tem que ser rápido, se for para levar 20 30 anos, o estado continuará firme e forte e eu estaria aqui
apenas para comentar o que gostaria e não ver o que quero
RESPONDER

Arnaldo  17/12/2016 02:13

Você esqueceu de um detalhe. A devolução de todo o montante roubado dos que ainda estão na ativa e não
terão direito à aposentadoria.
RESPONDER

Leandro Campos  18/12/2016 01:40

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 46/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Como esqueci? disse exatamente, devolver todo o dinheiro de quem está pagando nesse momento
INSS. Com o dinheiro devolvido eles fazem o que quiser e colocam em algo que renda mais do que
"aposentadoria".
RESPONDER

Rafael Batista  16/12/2016 21:37

Alguém pode me explicar como foi feito esse cálculo? Porque fiz aqui e não chega nem perto desses R$ 1 milhão aí...

Grato.
RESPONDER

Timóteo  16/12/2016 22:46

É... como bem já apontaram aqui outros leitores, a turma não sabe nem sequer o básico sobre juros
compostos... Não é à toa que ficam bravos quando se deparam com a realidade.

Utilize a calculadora do Banco Central, fera. Copie e cole o link abaixo:

https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormAplicacaoDepositosRegulares.do?
method=exibirFormAplicacaoDepositosRegulares

Coloque 588 meses, 0,49% de juros mensal, e depósito regular de R$ 303 (pelos motivos explicados nas
notas de rodapé).
RESPONDER

Pobre Paulista  17/12/2016 12:59

Já disse o Leandro, inúmeras vezes: Contabilidade e Matemática Financeira são muito mais
importantes que Economia...
RESPONDER

4lex5andro  17/12/2016 16:14

É que ao contrário dos fundamentais Binômios de Newton e Inequações do segundo grau,


os fundamentos de matemática financeira não são grade da matéria nas escolas.

O mec entende que não é necessário os estudantes serem ensinados a lidar com dinheiro,
por que será né.
RESPONDER

Fernando  16/12/2016 23:08

Kogos mitando mais uma vez.

É verdade! Deturparam Marx!!

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 47/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Deturparam Marx: rosa é o novo vermelho

RESPONDER

Fã do Leandro Roque  17/12/2016 12:49

kkkkkk Kogos é fera.


RESPONDER

Jonatan Guilardi  16/12/2016 23:44

Para mim é bem mais simples. Desobriguem o povo de contribuir com a previdência pública, seria uma medida bem
mais libertária!
RESPONDER

Fernando  17/12/2016 11:01

Acabar com o imposto sobre a renda, é acabar com o princípio da "mais valia" do Carl Marx.

Acabar com o imposto de renda, imposto sobre lucro e imposto sobre herança, é acabar com o socialismo.

Esse é o ponto principal. Não é possível acabar com o socialismo, sem acabar com o imposto de renda, imposto sobre
lucro e imposto sobre herança.
RESPONDER

Leonardo Hassegawa  17/12/2016 11:16

Faltou dizer ainda que, quando o após morrer, se o aposentado não tiver dependentes (por exemplo, tiver somente um
filho que já trabalha), a aposentadoria morre junto. se fosse capitalização, deixaria o dinheiro como herança.
Obviamente que o governo mete a mão cobrando o imposto sobre herança, mas isso é outro problema.
RESPONDER

Massa  17/12/2016 12:33

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 48/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Comentário de Régis 16/12/2016 13:35:


"Se "todo mundo" aplicar na NTN-B principal, os juros dela (e somente dela) cairão a zero (isso, se houver estoque
suficiente dela)".
Bingo ! Isso vale para todas as aplicações.
Se acabarmos com a obrigatoriedade da contribuição previdenciária, as pessoas pouparão mais, consequentemente
haverá mais dinheiro nos bancos e os juros tenderão a cair muito, ou seja, aquele cálculo de que o trabalhador
aplicando por conta própria teria R$ 1,038 milhão quando se aposentar não é realista.
No entanto, concordo com o texto acima, independentemente do valor que você receberá aplicando por conta
própria, provavelmente será melhor do que deixar na mão do governo.

RESPONDER

Felipe  17/12/2016 12:47

Aí fica mais fácil ainda: se o seu "temor" é que os juros caiam, então coloque seu dinheiro na bolsa.

No Brasil, a correlação é explícita: queda dos juros é igual a aumento do iBovespa. Se você comprar ações e
mantê-las a longo prazo, viverá muito bem só de dividendos.

Os maiores milionários do mundo fazem isso. No Brasil, estude sobre Luiz Barsi.
RESPONDER

Massa  17/12/2016 13:36

Aplicação em Bolsa tem seus altos e baixos, o que significaria longo prazo para você?
Imagine um sujeito que aplicou há 20 anos atrás e após todo este período ele resolva (precisa)
resgatar este investimento, mas as ações estão em baixa justamente naquele momento, ele vai
precisar esperar novamente quanto tempo?
Logicamente você poderia investir numa cesta de ações, mas existe a possibilidade do mercado
como um todo estar em baixa também naquele momento.
Ou seja, aplicação em bolsa como você mesmo disse são para "milionários" e profissionais do
mercado, eles vendem quando está alta e compram quando está em baixa...
Pessoalmente a melhor aplicação, sendo conservador, é diversificar o investimento, nunca colocar
numa única cesta todo o seu dinheiro.
RESPONDER

Felipe  17/12/2016 13:51

Agora você se contradisse e ignorou completamente o cenário que você próprio havia
proposto.

Veja bem: você disse que não dá pra ficar na renda fixa porque os juros iriam cair. E então eu
respondi que, já que você garante que os juros irão cair, então vá para a renda variável.
Porque sempre que os juros caem o retorno da renda variável aumenta.

Perante essa minha sugestão, você ignorou completamente o seu próprio cenário sugerido -
- juros eternamente baixos -- e voltou a trabalhar com um cenário de juros altos (em que a
renda variável é ruim).

Você diz: "Imagine um sujeito que aplicou há 20 anos atrás e após todo este período ele

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 49/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

resolva (precisa) resgatar este investimento, mas as ações estão em baixa justamente
naquele momento, ele vai precisar esperar novamente quanto tempo?"

Meu caro, há 20 anos os juros eram exorbitantes. E continuaram extremamente altos


durante todo este período. Ou seja, um sujeito que tenha aplicado em renda fixa nesses
últimos 20 anos estaria hoje já aposentado.

Você acabou de concordar com a premissa que você próprio criticou.

Portanto, decida-se: seu temos são os juros altos? Renda fixa. Seu temos são os juros serão
baixos? Renda variável.
RESPONDER

Massa  17/12/2016 14:16

Felipe 17/12/2016 13:51


"Agora você se contradisse e ignorou completamente o cenário que você próprio
havia proposto.
Portanto, decida-se: seu temos são os juros altos? Renda fixa. Seu temos são os
juros serão baixos?"

Porque essa raiva? Infelizmente você não leu todo o meu comentário, leia tudo
antes de responder!
Repetindo o que disse:
Pessoalmente a melhor aplicação, sendo conservador, é diversificar o investimento,
nunca colocar numa única cesta todo o seu dinheiro.
Exemplo, investiria uma parte em renda fixa e outra parte em renda variável, nunca
colocaria tudo em um único tipo de investimento, entendeu ou preciso desenhar
para você?
RESPONDER

Capitalista Opressor  17/12/2016 21:28

Realmente o amigo se equivocou.

Em um cenário em que os juros iriam cair em decorrência da expansão da


taxa de poupança, a melhor rentabilidade certamente estaria no mercado
de ações.

Quando um país tem uma taxa de poupança relativamente alta, apenas


um cenário de crise ou recessão seria o incentivo perfeito para sacar suas
economias. Enquanto não houver crises, a taxa de poupança será alta e
assim os juros estariam baixos, facilitando a decisão de investir na bolsa de
valores.

Obs: Estou excluindo dessa equação carta tributária a nível Brasil e outras
variáveis de menor importância. Estou argumentando em um cenário em
genuíno livre mercado.

Portanto, se houver uma crise com que faça a maior parte da população

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 50/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

sacarem suas economias, os juros iriam subir e assim a melhor


rentabilidade estaria em outros investimentos excluindo ações.

A bolsa de valores não se restringe aos milionários, inclusive muitas


pessoas se tornaram milionárias investindo em ações como é o caso de
Luiz Barsi.
RESPONDER

José  17/12/2016 15:09

"Pessoalmente a melhor aplicação, sendo conservador, é


diversificar o investimento, nunca colocar numa única cesta todo
o seu dinheiro".

O cara disse que pessoalmente é melhor nunca colocar numa


única cesta todo o seu dinheiro e o outro responde dizendo que o
sujeito se contradiz?

Discussão bizarra.

RESPONDER

Paulo  17/12/2016 14:08

No fundo, o problema da previdência social no Brasil é


uma questão moral, se todos pensassem que o trabalho
é uma forma de realização humana, enquanto pudesse
trabalhariam, o problema da aposentadoria não seria
uma grande questão.
A grande verdade é que no Brasil, muitas pessoas
pensam que o trabalho é um grande castigo, se
pudessem não trabalhariam. Não é à toa que a grande
maioria sonha em ganhar na loteria não é? Assim
poderiam comprar uma casa na praia para poderem ficar
deitados numa rede debaixo de uma grande sombra
todos os dias.
RESPONDER

Kender  20/12/2016 17:56

Se trabalho fosse bom a origem da palavra não seria


tortura...: "Curiosamente era também o nome de um
instrumento de tortura usado contra escravos e
presos, que originou o verbo tripaliare cujo primeiro
significado era "torturar" [1] [2]. Os gregos e os
latinos diferenciavam o trabalho criativo (dos artistas
e elites) do trabalho braçal ou penoso (escravos) [3]:"
RESPONDER

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 51/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Greg  17/12/2016 13:17

Eu ainda tenho uma ressalva quanto ao fim total da previdência.


E a conta acaba tendo falhas porque nem todo mundo aposenta naquela idade ou vai conseguir investir por 40 ou 50
anos em algum fundo por questões básicas de morte ou aposentadoria compulsória por invalidez.
Acabamos tendo também viúvas, filhos com deficiência, .. Isso tudo onera o INSS porque entra mais gente do que sai
da previdência.

Eu acredito que podemos ter uma via de mão dupla nesse caso, e me corrija se eu estiver propondo uma besteira.

Tipo, contribuição minima igual para todos baseada em 1 salário minimo, idade igual de aposentadoria, e um salário
máximo pra qualquer cidadão e ponto, independente do tempo de contribuição e atribuição. Daí quem ganha mais
investe mais em fundos ou outras áreas para ter mais no futuro, e quem ganha menos investe o que der pra investir,
porque a aposentadoria seria apenas um complemento ou até mesmo um "salva vidas" caso o cara que sustenta a
família venha a falecer bem antes de ter acumulado patrimônio. Sei lá, é uma idéia meio "socialista", mas que se
encaixaria muito bem..

O problema hoje é que funcionário publico, militares, judiciário e tudo mais, aposentam com super salários com tempo
de contribuição pequeno e exatamente por isso essa conta não fecha muito bem.
RESPONDER

Régis  17/12/2016 13:43

"Eu ainda tenho uma ressalva quanto ao fim total da previdência."

Até aí, tudo bem.

"E a conta acaba tendo falhas porque nem todo mundo aposenta naquela idade ou vai conseguir investir por
40 ou 50 anos em algum fundo por questões básicas de morte ou aposentadoria compulsória por invalidez."

Qual conta? A conta apresentada no início do artigo não sofre de nenhuma dessas falhas que você elencou.

Para começar, sem INSS e com liberdade de investir, cada um se aposenta quando quer.

Eu mesmo, que nunca dei dinheiro para INSS e sempre investi por conta própria, pretendo me aposentar com
no máximo 55 anos de idade. Mas já quero, aos 50, ter um bom colchão acumulado que já me permita viver
de renda caso aposente antes. Essa é a minha meta

Graças a um bom educador financeiro que tive (meu pai), nunca paguei INSS (sou autônomo free-lancer), e
sempre investi na renda fixa.

Acho que você está tão viciado no INSS, que parece não ter se dado conta de que há outros investimentos em
que você pode sacar seu dinheiro quando quiser. Tesouro Direto é assim. Qualquer Fundo de Investimento
também.

"Eu acredito que podemos ter uma via de mão dupla nesse caso, e me corrija se eu estiver propondo uma
besteira."

Vejamos.

"Tipo, contribuição minima igual para todos baseada em 1 salário mínimo"


http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 52/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

E se eu não quiser "contribuir" e preferir direcionar meu dinheiro para outras aplicações?

"O problema hoje é que funcionário publico, militares, judiciário e tudo mais, aposentam com super salários
com tempo de contribuição pequeno e exatamente por isso essa conta não fecha muito bem."

Concordo, mas esse não é o problema do INSS. O problema é majoritariamente demográfico.

RESPONDER

Diego  17/12/2016 15:00

"Para começar, sem INSS e com liberdade de investir, cada um se aposenta quando quer".

A questão não quando cada um se aposenta quando quer, mas quando puder.
Na vida, nem tudo acontece quando você quer.

"Eu mesmo, que nunca dei dinheiro para INSS e sempre investi por conta própria, pretendo me
aposentar com no máximo 55 anos de idade. Mas já quero, aos 50, ter um bom colchão acumulado
que já me permita viver de renda caso aposente antes. Essa é a minha meta"

O problema é que no Brasil a contribuição é compulsória, você é obrigado a contribuir com o INSS,
claro, se você for registrado em carteira.
Ademais, mesmo que não fosse obrigatório, para quem recebe um salário muito baixo, não sobraria
nada para guardar para aposentadoria, tudo seria gasto.

"Graças a um bom educador financeiro que tive (meu pai), nunca paguei INSS (sou autônomo free-
lancer), e sempre investi na renda fixa".

Seu exemplo não conta, nem todo mundo tem um educador financeiro particular por perto.

"Acho que você está tão viciado no INSS, que parece não ter se dado conta de que há outros
investimentos em que você pode sacar seu dinheiro quando quiser. Tesouro Direto é assim. Qualquer
Fundo de Investimento também".

A questão não é essa, a maioria das pessoas são pobres e não tem tempo e nem capacidade para
saber escolher a melhor opção de investimento, basta ver a Poupança, de longe é a aplicação mais
preferida pelos brasileiros, apesar de ser uma das piores aplicações em termo de juros.

RESPONDER

Leonardo Silva  20/12/2016 06:43

A Caderneta de Poupança no Brasil é uma das melhores modalidades de aplicação financeira


que existem no mundo! E a razão é muito simples: O mecanismo de juros compostos não é
interrompido, ou seja, pode funcionar ad perpetuam. Todas as outras modalidades de
Renda Fixa no Mercado Financeiro brasileiro possuem prazo, e é justamente este prazo o
pior inimigo dos espetaculares e imbatíveis juros compostos.

Mesmo uma aplicação financeira com uma rentabilidade imaginária de 20% ao ano, mas

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 53/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

com prazo e interrupção dos juros compostos, perde para a Poupança no longo período (e
perde feio!). Essa "estorinha pra boi dormir" de que a Poupança é uma aplicação horrível e
que perde da inflação só funciona caso você faça a comparação com dinheiro parado e sem
considerar aportes sistemáticos, montante investido e juros compostos no longo prazo. É
isto o que esses "educadores financeiros" patrocinados por Corretoras de Valores tem
propagado de modo exaustivo na mídia. O objetivo dessas corretoras é vender Fundos, a
galinha dos ovos de ouro dessas corretoras e DTVMs.
O mesmo vale para o Governo e sua cansativa propaganda do seu Tesouro Direto, que é
bom somente se houver diversificação pois também o TD possui prazo que interrompe
dramaticamente os juros compostos e ainda possui um imposto bastante nocivo a esta
modalidade de investimento. Neste caso específico do TD, me refiro ao Tesouro Selic.

Bastam uns dois ou três neurônios, conhecimentos elementares de Aritmética e uma ou


duas ferramentas básicas de juros compostos, e qualquer pessoa pode verificar por si
mesma que o que afirmo é real. Não é opinião, mas é a ciência da Aritmética e o efeito
estonteante dos juros compostos, com aportes sistemáticos + tempo de permanência no
investimento. Não dá pra argumentar contra a Aritmética (felizmente para o seu dinheiro!).

O Artigo é muito interessante, porém, os levantamentos recentes (incluindo 2016) mostram


que cerca de 70% da população brasileira é formada de analfabetos totais e analfabetos
funcionais. E se aqui neste espaço, onde se vê pessoas um pouco mais alfabetizadas, esse
desconhecimento de Aritmética e Finanças é tão marcante, imagine no bojo dessa
população semi-analfabeta. Por isso, o Artigo acima adentra no território do utópico, pois
certamente a esmagadora maioria dos pobres e dos idosos não saberia gerir seus recursos
de modo adequado pensando na Aposentadoria.

O Artigo, entretanto, é bastante útil para desmascarar o perverso sistema de aposentadoria


(INSS) vigente no Brasil.

Parabéns ao Leandro!

*The key to bring it all together is to put your savings and extra income to good use by
increasing your contributions to your emergency fund, decrease debt and increase
investments. Inflation will never know what hit it!
RESPONDER

William  20/12/2016 11:04

Prezado Leonardo Silva, isso que você falou é nonsense. E nem é preciso de muito para refutá
não: basta dizer que qualquer aplicação em LCI e LCA -- que são isentas de impostos -- supera
facilmente a poupança, mesmo tendo prazo de maturação.

Eu, por exemplo, tenho LCIs que rendem 100% do CDI e prazo de vencimento de 3 anos. Qua
elas vencem, recebo o dinheiro sem nenhuma dedução do imposto de renda, e imediatament
reaplico tudo de novo. Por não haver nenhuma incidência de imposto, na prática, é que como
fosse uma aplicação de prazo infinito.

Nos últimos 10 anos -- de 16/12/2006 a 16/12/2016 --, quem aplicou R$ 100 na poupança tem
R$ 202,41.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 54/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Neste mesmo período, quem aplicou R$ 100 numa LCI que rende 100% do CDI tem hoje

https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormAplicacaoDepositosRegulares.do
method=exibirFormAplicacaoDepositosRegulares
(http://https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormAplicacaoDepositosRegula
method=exibirFormAplicacaoDepositosRegulares)

Como é que a porcaria da poupança supera isso?

Isso o que você falou é típico de gente preguiçosa (ou medrosa) que, por não querer sair da
comodidade da poupança, quer se autoenganar dizendo que está no melhor dos mundos.
RESPONDER

4lex5andro  20/12/2016 16:01

Bons posts, exceto os adjetivos desnecessários, mas que ao menos


mostram os prós e contras das opções de investimentos.

E, no caso de previdência social, o fator tempo se impõe muito sobre o


fator juros; o exemplo das CDi e o link do site ajudam mas o período usado
é um recorte de tempo (menos de 10 anos) pequeno em perspectiva de
fundo previdenciário.

Excelente artigo e que o Mises continue por muito tempo.


RESPONDER

Henrique Zucatelli  17/12/2016 14:06

Brilhante artigo Leandro. Esse artigo vai para o Rol de Como salvar o Brasil .

Porém aposto piamente que mesmo se estivéssemos em uma democracia direta e fosse a pleito, essa maravilhosa e
enriquecedora proposta não passaria. Infelizmente o brasileiro é apegado a essa ilusão como um vício. Embora não seja
psiquiatra, vejo o socialismo como uma doença mental, pois vai conta a lógica e leva a auto destruição.

E para aqueles que argumentaram que o patrão embolsaria o INSS do empregado, vamos à pratica:

Há dois meses, quando a reforma da previdência entrou em pauta, reuni meus funcionários (sempre faço isso) e
comentei com eles ludicamente como iria funcionar - sem surpresa alguma, nenhum deles sabia o que estava
acontecendo. Nesse contexto, sugeri a eles o seguinte plano:

1- Tudo continua como está, e eles vão ter que trabalhar até os 65 anos para se aposentar, sob o risco de chegarem lá
na frente e não verem nada, ou no mínimo terem suas aposentadorias corroídas pela inflação - afinal, é a única forma
crível (porém imoral) de redistribuir renda sem aumentar impostos.

2- Eu demitira todos, daria todo o suporte para que abrissem MEIs e pagaria o salário e todos os benefícios
normalmente, porém em vez de para o Estado, em suas contas bancárias. Paralelamente, ofereci todo o suporte para
que investissem esse dinheiro em PGBL, títulos do tesouro ou onde fosse mais conveniente.

Argumentei com números que, além de não terem de esperar 65 anos para se aposentarem (numa situação hipotética
de que seus salários subissem 10% a.a.), iriam ter um rendimento nominal 50% acima do que o INSS paga.
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 55/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

[n] Agora imagine a cara deles, e a resposta que me deram... [/n].

Enxergo aposentadoria com o sentido liberal da palavra: acúmulo de patrimônio suficiente para se manter seu padrão
de vida + uma baita vontade de descansar. Isso pode acontecer em qualquer idade: 30, 40, 50 anos. Para dizer bem a
verdade, nem número do PIS eu tenho.

Não acho triste nem tão pouco frustrante pois não vai ser o meu futuro afetado, mas o deles. Só vão entender quando
estiverem já cansados e pobres, recebendo uma merreca que mal dá para a compra do mês.

RESPONDER

Wellington   17/12/2016 14:57

Em 1980, outros narradores do caos, tinham o prazer de divulgar suas convicções e se deram muito mal, hoje
mesma coisa: números, exemplos, tendências, referências internacionais, .... , todos eles desprezando, a
capacidade humana de reverter as tendências de "cavaleiros do caos" que menosprezam a dinâmica da vida e
sua magnitude em reverter a qq instante semas se importar e simplesmente seguir de geração em geração.
Sugestão: planeje o que for possível, faça parte de grupos de previdência pública e privada, pensando em
todos e não só em você!
RESPONDER

anônimo  18/12/2016 03:47

O erro de suposição do processo apresentado está exatamente no parágrafo "Em todo caso, SUPONDO um não-calote
nessas pessoas..." em qual instituição voce investiria seu dinheiro hoje para se aposentar daqui a 40 anos? BB? Itau?
IBOVESPA? IPCA? diversos bancos e instituições privadas e publicas quebraram sem compensar seus investidores. No
Brasil não ha segurança jurídica ou idoneidade das instituições que garantam uma "autoprevidência" como a proposta.
Infelizmente não ha saída civilizada em um ambiente não civilizado.
RESPONDER

Alessandro  18/12/2016 04:29

Você se confundiu. Neste trecho, o autor não se refere a calotes de instituições previdenciárias, mas sim a um
eventual calote, dado pelo governo, naquelas últimas pessoas que entraram na Previdência imediatamente
antes de ela fechar.

Ele diz que, supondo que não haja este calote dado pelo governo, o governo terá de retirar dinheiro de outras
áreas (cortar gastos) para repassar a esses últimos aposentados.

Leia de novo. E com atenção.


RESPONDER

William  18/12/2016 19:57

Achei a ideia, por mais simplista que pareça, muito boa. Uma coisa é fato, lugar de onde cortar gastos governamentais
realmente é o que não falta.
Minha dúvida é a seguinte: supondo que os trabalhadores de até 29 anos (eu incluso rsrs) descubram que não mais irão
receber suas aposentadorias e resolvam fazer acordos com as empresas para serem demitidos e assim conseguirem
sacar seu FGTS. (Dei este exemplo pois onde eu trabalhava isso era muito comum).

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 56/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Ainda sim o sistema proposto iria funcionar?


É claro que, implantando um novo sistema ou não, a situação a qual descrevi continuará acontecendo, porém, acredito
eu que se agravaria, pois tendo a certeza de que não mais irei me aposentar, não deixaria meu dinheiro sendo
manipulado pelo governo com a incerteza de não recebê-lo de volta, e provavelmente iria querer bolar uma maneira
para recuperá-lo o mais rápido possível.
Será que essa parcela de gente, caso opte por retirar seu dinheiro antecipadamente, colocaria o sistema em risco?
RESPONDER

Ávila  18/12/2016 22:57

"supondo que os trabalhadores de até 29 anos descubram que não mais irão receber suas aposentadorias e
resolvam fazer acordos com as empresas para serem demitidos e assim conseguirem sacar seu FGTS.
Ainda sim o sistema proposto iria funcionar?"

Tranquilamente. Aliás, seria melhor ainda.

Pra começar, o dinheiro do FGTS não vai para a Previdência, mas sim para as empreiteiras envolvidas na Lava-
Jato (pesquise).

Em segundo lugar, para essa turma que não vai se aposentar pela Previdência, qualquer dinheiro a mais que já
forem conseguindo desde já irá ajudar em sua aposentadoria futura.

Portanto, se a turma que tem menos de 29 anos começar a usar seus FGTS desde já, isso não apenas não
afetará a Previdência, como ainda ajudará esses jovens.
RESPONDER

Dennys Faria  19/12/2016 11:01

Fiquei com uma dúvida. Entendi o artigo mas como seria a arrecadação de quem entrar HOJE no regime de previdência
do INSS?
RESPONDER

Malthus  19/12/2016 11:24

Dennys, seja mais específico.

1) O que seria "hoje"? O artigo fala que a reforma começa em janeiro de 2018.

2) Qual a idade dessa pessoa? O artigo especifica exatamente o que cada um deve fazer de acordo com essa
idade.

Munido das duas respostas acima, o artigo responde exatamente à sua pergunta.
RESPONDER

Dennys Faria  19/12/2016 14:57

Primeiramente, Malthus obrigado pela atenção.

Eu entendi a sugestão de reforma mas o que eu não entendi foi o seguinte:

- Um jovem que tem seu primeiro registro na carteira à partir de 2018, como ela participaria desta

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 57/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

reforma? Ela já não entraria no programa do INSS?

Obrigado
RESPONDER

Roberto  19/12/2016 16:30

Tem 29 anos ou menos? Não entrará no INSS.

Tem mais de 29 e já está no INSS? Continua.


RESPONDER

Dennys Faria  19/12/2016 23:47

Obrigado Roberto.

Desculpa a ignorância mas gostaria de fazer outra pergunta: O seria feito com os
aposentados por invalidez e com pessoas que recebem auxilio por doença ou
acidente?

Abraço
RESPONDER

alessandro zandarin  19/12/2016 23:34

sou italiano de 49 anos, morando no brasil ha 8 anos, quero dar um exemplo do que aconteceu ali.....

na italia a inviabilidade do sistema previdenciario a ripartiçào veiu a evidencia cerca de 15 anos atras, com uma certa
antecedencia na compraçào ào Brasil, por causa da maturidade do sistema pais e da idade media de vida alta em
crescimento com demografia "ruin".
nos anos 2000, com os juros baixos da epoca inicial do euro, aconteceu um fato que mostrou o quanto absurdo è esse
sistema.

primeiramente tem que lembrar que na ITALIA a soma de todo o dinheiro pago por uma pessoa e recolhido pelo
sistema previdenciario, com aplicaçào dos juros compostos relativamente estaveis da nossa epoca e terra, chamava-se
de MONTANTE CONTRIBUTIVO, ela correspondia aos R$ 1,038 milhão acumulados no exemplo do artigo do Leandro
aqui em cima.
segundariamente tem que saber que na ITALIA a pensào ANUAL era calculada como uma % do valor desse
MONTANTE CONTRIBUTIVO, de forma que uma pensao de 7% era calculada como o 7% em cima do valor do
MONTANTE CONTRIBUTIVO, e esse valor era dividido em 13 mensalidades de pensào, sobre as quais ainda incideriam
impostos de renda. O 7% poderia variar dependendo da idade e do tempo de trabalho chegando a ser um 6% ou um 8
ou atè 9% do valor do MONTANTE, mas era sempre expressado com uma % do MONTANTE.
Esse calculo com referencia no valor anual da pensào era perfeitamente compativel com o sistema italiano onde os
juros, o salario e todos os indicadores, desde sempre, sào referidos ao prazo de tempo de um ano, enquanto ninguem
fala nem baseia calculos em cima de prazos mensais.

Sò que com o tempo o sistema previdenciario num pais demograficamente envelhecendo estava ficando sempre mais
dificultoso, e o governo nào teve escolha a nào ser diminuir aos poucos mas constantemente o valor do % com o qual
calcular a pensào anual de quem iria se aposentar.
aos poucos a % chegou a 5%, depois a 4% e atè a 3,5%, sendo que nesse ponto ficou claro e evidente demais que:
1) se o MONTANTE CONTRIBUTIVO tivesse ficado na mào do aposentado ele teria uma enorme quantia de dinheiro

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 58/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

que podria deixar para os herdeiros dele quando morrer


2) a pensào anual era calculada como uma % baixissima sobre o MONTANTE CONTRIBUTIVO (3 ou 4%), % que
representava o mesmo valor do rendimento anual de um portfolio dignamente administrado, ou seja o povo tava
começando a aperceber que ia receber de pensào ANUAL o rendimento anual do capital acumulado, sò que ainda
deveria pagar impostos sobre isso como fosse uma renda e quando morrer o capital acumulado se sumia a favor do
governo ao invez que a favor dos herdeiros
3) em pratica sendo que o governo pretendia que para a previdencia o povo acumulasse um MONTANTE e depois
pagava pensòes correspondentes ao rendimento anual sobre esse MONTANTE , retendo ele todo quando a pessoa
morrer e parar de recebr a pensào, ficou claro e evidente a todos que na verdade a previdencia obrigatoria consistiu em
um roubo de todo o MONTANTE acumulado, quanto maior maior o roubo perpetrado pelo Governo contra seus
cidadòes.

moral da historia: sabe o que aconteceu quando isso tudo começou a ficar claro a todos?
o governo e o ISS mudaram a formula de calculo das pensòes, hoje ela nào è mais calculada como uma percentagem
anual em cima de um MONTANTE CONTRIBUTIVO, mas sim com outras formulas mais complexas e que nao
evidenciam tào claramente o roubo que està atras desse esquema chamado de previdencia...........

a batalha è dificillima de ser ganhada, o leviathano muda as coisas para nao mudar nada e deixar todo mundo mais
confundido

RESPONDER

Felipe  20/12/2016 10:57

Tenho 30 anos e 10 de contribuição. Da forma que está a Previdencia hoje, aceitaria a seguinte proposta:
- Deixava esses 10 anos na mão do governo e não os cobraria mais. Também não contaria com o benefício no futuro.
- A partir desse momento, pagaria 3% ou invés de 11% e poderia contar com todo tipo de afastamento e licença.
RESPONDER

Jango  20/12/2016 14:08

Artigo magnífico.
RESPONDER

SAMUEL FRAGA  20/12/2016 20:52

Boa tarde

O direito a aposentadoria não é o único benefíco da previdencia publica: existe o beneficio a doença, maternidade,
acidente, pensão por morte ao conjuge.. Uma previdencia privada apesar de mais racional, não abrange todos estes
beneficios que a pública garante..
RESPONDER

Tiago  20/12/2016 22:26

Já abordado aqui.

O modelo proposto se dedica a oferecer uma solução para o problema do desequilíbrio demográfico, que é o
principal problema da previdência, e não para TODOS os seus problemas. Por exemplo, a proposta do artigo
não toca em qualquer outra das inúmeras fontes de custeio da seguridade social como PIS, COFINS, CSLL,
Sistema S, etc...

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 59/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Esse problema que você levantou poderia ser equacionado com seguros privados ou até corporativos (por
setor da economia).

Outra coisa que não pode desconsiderar é a incrível economia que a extinção do RGPS acarretaria com o
enxugamento de toda a estrutura utilizada para fiscalizar e executar esse programa ineficiente. Nesse cenário,
ou se reduziria impostos, ou sobraria dinheiro para aplicar em outras áreas como essa que você levantou, por
exemplo.
RESPONDER

Aguimar de Souza  22/12/2016 11:06

Sem sombra de dúvida, a previdência tem que ser extinta. Mas uma coisa não foi esclarecida no artigo acima. Em caso
de aplicações financeiras ex. citado O tesouro IPCA+ (antigo NTN-B) dentre outras aplicações existe o desconto do
Imposto de Renda, mas enfim qualquer coisa é melhor que o confisco forçado do governo.
RESPONDER

Ignácio  22/12/2016 11:14

Mencionado abertamente no artigo.


RESPONDER

Eli  22/12/2016 11:06

Concordo com a extinção da Previdência social, que de social não tem nada, creio que o ideal seria reduzir
drasticamente o custo das contribuições do empregador, e os descontos do empregado que já faz, seja realizado e
aplicado em fundos de previdência privada que deveriam também passar por uma reforma, inclusive na remuneração,
já que passariam a receber muito mais aportes), da escolha do trabalhador, assim, independente de onde ele vá
trabalhar, as suas contribuições serão aplicadas diretamente naquela instituição financeira que escolheu e com a
possibilidade de resgate integral, quando atingisse um tempo mínimo de contribuição.
RESPONDER

Luis Gustavo  28/12/2016 20:30

Caro Leandro, aponto alguns erros no seu raciocínio.

Primeiro, a premissa de que o empregado poderá poupar os mesmos R$280,00 (pagos por ele e pelo empregador) é
uma falácia, motivo pelo qual acredito que você não tenha se detido muito em explicar a questão. Para que isso fosse
possível, seria necessário mudar a imposição de pagamento, pelo empregador, de 20% para a previdência e pagá-la ao
empregado. E isso, além de contrariar a lógica de Mises, que vocês aqui exaltam, implicaria em um absurdo lógico.
Obrigar o empregador a pagar R$200,00 a mais a este empregado simplesmente quer dizer que o Governo está
forçando um aumento de salário. Com o tempo, isso redundaria no simples aumento do salário mínimo, pois os
empregadores, naturalmente, passariam a contratar novos empregados por R$880 (atual salário mínimo), e não por
R$1000, a fim de compensar o aumento forçado de salário pelo Governo. Você pode até argumentar que a "mão
invisível do mercado" se encarregaria de, havendo dinheiro sobrando pela abolição da previdência, os empresários
automaticamente repassariam esse dinheiro ao empregado - no entanto, essa seria outra falácia, pois o objetivo
primordial do empresário é maximizar os lucros, e não o salário, de modo que esse pensamento seria, no mínimo,
inocente.

Em segundo lugar, seus cálculos estão errados. Não se "acumula inflação" aplicando-se o dinheiro na poupança ou
tesouro direto... apenas se recebem juros, mas a inflação continua a corroer o dinheiro. Apenas para se ter uma ideia do

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 60/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

rendimento da poupança (6% ao ano), temos que R$178.360 rendendo por 588 meses (49 anos), resultaria em
R$513.890,83... só que não será esse o dinheiro que o empregado terá acumulado, pois ele começará no primeiro mês
com R$260, e não os R$178,360, de modo que, ao fim dos 49 anos, o capital será muito menor do que aquele 1 milhão
e pouco que você estipulou.

Em terceiro lugar, você está vivendo no mundo das maravilhas. A Previdência Social não visa apenas a aposentadoria,
mas todas as contingências sociais que possam surgir no longo percurso de vida dos cidadãos. E isso inclui doenças,
acidentes, invalidez, morte, pensão para familiares desamparados, desemprego, etc. Se o empregado, após 15 anos de
serviço, fique cego por diabetes, por exemplo, será amparado pela aposentadoria por invalidez. Se a dona de casa
perde seu marido em um acidente de carro, terá sua família amparada pela pensão por morte.

Enfim, o pensamento de que a previdência é inútil, inspirado pela filosofia liberal extremista, é muito raso, mas tem
seduzido muitas pessoas incapazes de analisar com maior profundidade a questão, justamente lhes vender a ideia de
que o Governo está "confiscando" seu dinheiro e que ela poderia ser "milhonária", ideias estas falaciosas como
demonstrado acima.
RESPONDER

Empedernido  28/12/2016 23:16

"a premissa de que o empregado poderá poupar os mesmos R$280,00 (pagos por ele e pelo empregador) é
uma falácia [...] Para que isso fosse possível, seria necessário mudar a imposição de pagamento, pelo
empregador, de 20% para a previdência e pagá-la ao empregado. [...] Obrigar o empregador a pagar
R$200,00 a mais a este empregado simplesmente quer dizer que o Governo está forçando um aumento de
salário."

Ignaro. O patrão já paga esses R$ 280 hoje! Esses R$ 280 já representam hoje um gasto para o patrão! Eles já
representam um custo do empregado!

Para ele, pouco importa se o dinheiro vai para o governo ou para o empregado. O que interessa é que isso já é
um custo arcado pelo patrão.

Sendo assim, não faz absolutamente nenhum sentido você dizer que esses R$ 280 representarão um
aumento de salário. Esse valor já é pago pelo patrão! PQP!

Você é tão ignorante que genuinamente acredita que esses R$ 280 não são um custo para o patrão. Você
deve achar que, sei lá, é um dinheiro que surge automaticamente na conta do INSS.

Pior do que ser um ignorante é ser um ignorante arrogante. E isso ficará ainda mais explícito no próximo
trecho.

"Em segundo lugar, seus cálculos estão errados. Não se "acumula inflação" aplicando-se o dinheiro na
poupança ou tesouro direto ... apenas se recebem juros, mas a inflação continua a corroer o dinheiro"

Imbecil. Em nenhum lugar se está falando de "acumular inflação". Você por acaso sabe o que é um título NTN-
B Principal? Trata-se de um título que paga uma taxa de juros acima da inflação. No exemplo do artigo, ele
paga 6% acima da inflação. Mesmo que a inflação seja zero pelos próximos 49 anos, você ainda assim ganhará
6% ao ano. E caso haja inflação, você ganhará 6% mais a inflação!

Escolha a inflação que você quiser para os próximos 49 anos: o título garante uma rentabilidade de 6% ao ano
acima dessa inflação.
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 61/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Você é tão imbecil, que nem sequer sabe do que o artigo está falando. O artigo escolheu uma inflação zero
justamente para fazer com que o exemplo financeiro mantivesse os valores monetários de hoje. E você vem
falar de "inflação acumulada"? Que inflação acumulada se a inflação escolhida foi de zero?!

Aliás, você sabe o que são juros compostos? Obviamente que não. Se soubesse, não estaria falando essa
merda.

"Apenas para se ter uma ideia do rendimento da poupança (6% ao ano)"

E quem está falando de poupança, ignaro? Você não sabe o que é uma NTN-B Principal? Não sabe e ainda
quer dar aula? Vá estudar, ignóbil.

"temos que R$178.360 rendendo por 588 meses (49 anos)"

Ignorante. O cálculo nem sequer é este. O cálculo é: R$ 303 por mês durante 588 meses a um juro de 0,49%
ao mês e inflação zero (se houver inflação, os juros incidirão sobre essa inflação; mas como você é um
jumento, você nem sequer sabe que tal modalidade de investimento existe).

Faça o cálculo aqui, na calculadora do Banco Central:

https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormAplicacaoDepositosRegulares.do?
method=exibirFormAplicacaoDepositosRegulares

"Em terceiro lugar, você está vivendo no mundo das maravilhas."

Antes viver "nas maravilhas" do que nas trevas da jumentice, como é o seu caso.

"A Previdência Social não visa apenas a aposentadoria, mas todas as contingências sociais que possam surgir
no longo percurso de vida dos cidadãos. E isso inclui doenças, acidentes, invalidez, morte, pensão para
familiares desamparados, desemprego, etc."

Você é livre para contratar seguros a esse respeito.

O modelo proposto se dedica a oferecer uma solução para o problema do desequilíbrio demográfico, que é o
principal problema da previdência, e não para TODOS os seus problemas. Por exemplo, a proposta do artigo
não toca em qualquer outra das inúmeras fontes de custeio da seguridade social como PIS, COFINS, CSLL,
Sistema S, etc. essas continuam intactas.

Esse problema que você levantou poderia ser equacionado com seguros privados ou até corporativos (por
setor da economia).

Outra coisa que não pode desconsiderar é a incrível economia que a extinção do RGPS acarretaria com o
enxugamento de toda a estrutura utilizada para fiscalizar e executar esse programa ineficiente. Nesse cenário,
ou se reduziria impostos, ou sobraria dinheiro para aplicar em outras áreas como essa que você levantou, por
exemplo.

"Enfim, o pensamento de que a previdência é inútil, inspirado pela filosofia liberal extremista, é muito raso,"

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 62/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Tais considerações vindas de um ignaro econômico e matemático como você, incapaz de formular uma única
crítica procedente, apenas mostram o quanto tal filosofia é superior.

"ideias estas falaciosas como demonstrado acima".

Essa foi a melhor parte.


RESPONDER

Luis Gustavo  30/12/2016 09:59

Não tenho a pretensão de convencer um idiota como você, tal como se demonstrou nos seus
argumentos, incapaz de compreender o que eu quis dizer, mas como tenho um tempo sobrando,
vamos à inutilidade:

"O patrão já paga esses R$ 280 hoje! Esses R$ 280 já representam hoje um gasto para o patrão! Eles
já representam um custo do empregado! "

Primeiro, não é R$280 - é R$200,00, como está no próprio texto do autor - leia direito.

E sim, imbecil, já paga. Porque impõem a ele esse pagamento. Se deixarem de impor, o que
acontecerá? Você acha que ele vai aumentar o salário do empregado, de livre e espontânea vontade?
Você é uma criança inocente para achar isso? Evidente que não. É claro que poderá haver um
aquecimento na economia da empresa, e consequente aumento do salário, mas é burrice achar que
o empregador (que visa o lucro, e não há nada de errado com isso), repassará aqueles R$200,00
totalmente ao empregado, que então poderá poupar tudo o que ganha. E isso considerando que o
brasileiro POUPARIA de fato o que ganhasse a mais, visto que temos uma população que, na maioria,
é inadimplente, pois gasta mais do que ganha... no final das contas, não pouparia esse dinheiro e
chegaria à velhice desamparado.

"Em nenhum lugar se está falando de "acumular inflação". "

Bom, basta você ler o seguinte trecho: "Quanto João teria daqui a 49 anos? Ele teria toda a inflação
acumulada no período de 49 anos e mais um ganho extra de 6% ao ano durante 49 anos." e depois
fazer algumas aulinhas de interpretação de texto e você vai conseguir. Força.

É exatamente o que o autor diz aí: o tal investimento milagroso simplesmente cobre toda a inflação
(não importa se ela for igual à da época do Collor... o investimento vai cobrir...!) e ainda dá um lucro
de 6%! Olha, o Tesouro Direto está pagando cerca de 12% ao ano, mas isso não é garantia de que, se
a inflação ficar acima disso, não haverá corrosão do dinheiro. Mais uma vez sua burrice resta
comprovada. A respeito, basta verificar que, atualmente, a poupança NÃO está mais fazendo frente à
inflação, de modo que, mesmo com seu rendimento, há desvalorização do dinheiro poupado.

(https://economia.terra.com.br/desempenho-da-poupanca-fica-abaixo-da-inflacao-em-
2015,62037a9a3ace5c05c6923831210916ean45brpov.html)

"Ignorante. O cálculo nem sequer é este. O cálculo é: R$ 303 por mês durante 588 meses a um juro
de 0,49% ao mês e inflação zero (se houver inflação, os juros incidirão sobre essa inflação; mas como
você é um jumento, você nem sequer sabe que tal modalidade de investimento existe).

Faça o cálculo aqui, na calculadora do Banco Central: "


http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 63/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Opa, fiz o cálculo. R$280,00 por mês durante 588 meses resulta em R$190.849,61. Muito menos do
que eu havia calculado, já que, como eu disse, fiz o cálculo por cima considerando os R$178.360
durante todos os 588 meses (o que não é real, visto que começará o 1º mês com capital de
R$280,00). Obrigado por demonstrar que eu estava certo. Jumento.

"Você é livre para contratar seguros a esse respeito. "

Sim, mas e se não contratar? Aí vem o argumento "O Estado acha que o brasileiro não sabe cuidar de
si mesmo". Mas o problema é que a grande maioria NÃO sabe. Vai se endividar, não vai investir, e vai
chegar à velhice desamparado. Teremos um contingente enorme de pessoas em estado de
mendicância e o que fazer com elas?

"Tais considerações vindas de um ignaro econômico e matemático como você, incapaz de formular
uma única crítica procedente, apenas mostram o quanto tal filosofia é superior. "

Você não rebateu a crítica relativa a todas as outras contingências que a Previdência cuida: doença,
morte precoce, dependentes. Ficou só com um único benefício, que é a aposentadoria, pois
considera que todos viverão para desfrutar dela.

RESPONDER

Malthus  30/12/2016 12:01

"É exatamente o que o autor diz aí: o tal investimento milagroso simplesmente cobre toda a
inflação (não importa se ela for igual à da época do Collor... o investimento vai cobrir...!) e ainda
dá um lucro de 6%! Olha, o Tesouro Direto está pagando cerca de 12% ao ano, mas isso não é
garantia de que, se a inflação ficar acima disso, não haverá corrosão do dinheiro."

Mano do céu, você realmente não sabe que existem títulos atrelados à inflação?! Você
realmente não sabe que há títulos que repõem toda a inflação acumulada no período e mais
uma taxa de juros sobre essa inflação?!

Você realmente não sabe que é exatamente isso o que um NTN-B Principal (também
conhecida como Tesouro IPCA) faz?!

Uma NTN-B com vencimento em 2035 irá lhe pagar toda a inflação acumulada neste período
mais uma taxa de juros sobre essa inflação acumulada.

Não precisa acreditar em mim, não. Vá ao próprio site do Tesouro Direto e clique em "Tesouro
IPCA+ (NTN-B Principal)". Aqui ó:

www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-entenda-cada-titulo-no-detalhe
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 64/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

(http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-entenda-cada-titulo-no-detalhe)

Está escrito lá:


Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal)

• "Ele proporciona rentabilidade real, ou seja, garante o aumento do poder de compra


do seu dinheiro, pois seu rendimento é composto por duas parcelas: uma taxa de juros
prefixada e a variação da inflação (IPCA).

Desse modo, independente da variação da inflação, a rentabilidade total do título


sempre será superior a ela. A rentabilidade real, nesse caso, é dada pela taxa de juros
prefixada, contratada no momento da compra do título."

Você, quando disse que o Tesouro Direto está pagando cerca de 12% ao ano, se referiu a
títulos prefixados. Mas não existem apenas prefixados. Existem também os atrelados à
inflação, e são esses que devem ser usados para aposentadoria; foram esses que o autor do
artigo sugeriu.
Cara, por favor, informe-se minimamente antes de vir se expor tanto assim na internet...

"Mais uma vez sua burrice resta comprovada. A respeito, basta verificar que, atualmente, a
poupança NÃO está mais fazendo frente à inflação, de modo que, mesmo com seu rendimento,
há desvalorização do dinheiro poupado."

Cara, você jura que você realmente não sabia que há títulos atrelados à inflação?! Isso é
realmente muito difícil de acreditar.

Eu até achava que o pessoal aqui estava pegando muito pesado com você, mas pelo visto eles
tinham razão. Você veio xingar e acabou revelando que nem sabe do que fala.

"Opa, fiz o cálculo. R$280,00 por mês durante 588 meses resulta em R$190.849,61."

Aí realmente já não há nada que possa ser feito por você. Como apontaram acima, você nem
sequer sabe fazer conta.

Pelo valor que você alcançou (R$ 190 mil), você usou uma taxa de juros mensal de 0,049%.
Só que a taxa é de 0,49%. Tenha mais atenção.

R$ 280 por mês durante 588 meses a uma taxa de juros mensal de 0,49% dá R$ 959.571,11.

Só que não são R$ 280, mas sim R$ 303, o que eleva o valor final para R$ 1.038.393,03.

De novo, pode fazer aqui, na calculadora do Banco Central:

https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormAplicacaoDepositosRegulares.do?
method=exibirFormAplicacaoDepositosRegulares

"Obrigado por demonstrar que eu estava certo. Jumento."

Você chamar alguém de jumento após você próprio ter incorrido nestes dois erros primários

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 65/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

(desconhece que existem títulos atrelados à inflação e errou a taxa de juros mensal em um
valor 10 vezes menor) é realmente a perfeita definição de ironia.

Cara, na boa mesmo: vai dar uma respirada, vá estudar um pouquinho sobre juros compostos
e principalmente sobre títulos atrelados à inflação.

Depois, só depois de entender o básico sobre isso, saia se expondo assim na internet.
RESPONDER

Alexandre  30/12/2016 12:08

Esse Luis Gustavo realmente tá falando sério?! Ele realmente não sabia que há
títulos que pagam exatamente a inflação acumulada no período e mais uma taxa de
juros sobre essa inflação?

Rapaz, o brasileiro realmente é um caso perdido em termos de finanças...

P.S.: e o fato de ele ter errado um simples cálculo em um montante de 10 vezes para
menos mostra que realmente não temos muita chance de dar certo.
RESPONDER

Régis  28/12/2016 23:18

Como eu disse acima: se o cidadão médio brasileiro nada sabe sobre


títulos públicos e matemática -- como involuntariamente comprovou o
Luis Gustavo --, como vocês querem que toda a população cuide de si
própria?

Eles que se danem. Deixem a Previdência exatamente como ela está.


Quero que a Previdência continue sendo a alegria do povo, e que ninguém
se preocupe em poupar e investir. Aí sobre mais títulos a juros altos para
mim.

Deixe que esse povo se estrepe. De minha parte, apenas surfo na


ignorância do povo: o país tem as maiores taxas de juros do mundo,
ninguém se aproveita delas (vide o Luis Gustavo acima, que desconhece
uma NTN-B Principal e achou que os 6% de juros reais do artigo eram na
verdade os 6% de juros nominais da caderneta da poupança), e aí sobra
muito ativo a juros altos para mim.

RESPONDER

Raphael Leme  28/12/2016 23:22

Vale repetir o que disse meu xará acima:

Se você demonstra matematicamente que as pessoas estão


sendo feitas de otárias, elas, ao invés de se revoltarem contra
quem as faz de idiotas, se revoltam contra você.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 66/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Isso não acontece da noite para o dia. São 80 anos martelando na


cabeça de milhões que o empresário é mau, que o trabalhador é
incapaz e que o governo é a solução para todos os males. O
resultado disso é o governo conseguir tomar pacificamente quase
metade do trabalho de milhões de pessoas sem devolver a elas
quase nada, enquanto é loteado por grupos, categorias e classes
(servidores, militares, lobbies de empreiteiras, banqueiros etc.)
que ficam com todo o espólio.

Se for abrir a caixa preta dos "direitos sociais" no Brasil, vamos


precisar de um novo Nuremberg.
RESPONDER

Magno  28/12/2016 23:26

"Não se "acumula inflação" aplicando-se o dinheiro na


poupança ou tesouro direto... apenas se recebem juros,
mas a inflação continua a corroer o dinheiro."

What the fuck?!

Esse pobre coitado nunca ouviu falar em títulos


corrigidos pela inflação?! Nunca ouviu falar em Tesouro
IPCA (NTN-B Principal), LCI IPCA, CDB IPCA?

De fato, o brasileiro é um caso perdido em termos de


finanças. Só agora começo a entender por que realmente
os juros são altos: há oferta de títulos mas quase
ninguém se aproveita deles. Há oferta de aplicações,
mas muito poucos as conhecem. Há mais oferta de
títulos do que demanda por eles. E não há demanda por
eles por pura ignorância econômica e financeira.

Vide esse Luis Gustavo


RESPONDER

Ailton  30/12/2016 20:44

Galera, alguém conhece algum guia/site ou pode dar dicas de como investir nas aplicações citadas no artigo e pelos
colegas nos comentários (IPCA+ ,NTN-B Principal, LCI, etc)?
Já estou pesquisando aqui mais uma ajuda dos companheiros com experiência no assunto será de muita ajuda.

ps: nem vou falar do artigo, Leandro Roque é Leandro Roque, irrefutável.
RESPONDER

Alves  30/12/2016 22:11

O site Clube dos Poupadores tem absolutamente tudo. No YouTube, procure os vídeos do André Bona.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 67/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Sugiro também que você abra conta no Banco Intermedium. Dá pra fazer tudo pelo celular, sem sair de casa.
Excelente serviço e as melhores LCIs do mercado, tudo isento de IR.
RESPONDER

Rodrigo  01/01/2017 08:52

A solução é nada justa. Uma pessoa com 29 anos tem que continuar pagando 28% do seu salario até 2058 sem
receber nada em troca nunca porque a geração passada entrou no sistema de piramide. Já quem tem 30 anos irá pagar
a mesma coisa mais receberá uma aposentadoria embora tenha a mesma capacidade de investir em previdência
privada.
Como se quem tem 58 anos agora não teve também oportunidade de investir em previdência privada. Se não teve
porque era roubado 28% do seu salario, quem tem 29 anos também continuará sendo roubado e portanto também
não terá oportunidade nenhuma.
A injustiça simplesmente está sendo postergada até 2058 a detrimento dos jovens. Então se faça a injustiça agora e
fecha as portas da previdência hoje e quem não tem dinheiro que morra de fome como deve ser segundo o liberalismo.
Se não for para isso a solução de aumentar a idade de aposentadoria lentamente conforme a demografia necessita e
ALÉM, até que a idade de aposentadoria ultrapasse a expectativa de vida e um dia seja praticamente inalcançável e
portanto seria como se fosse extinta a previdência. Dessa forma você amortiza a injustiça entre varia gerações que vão
vendo a idade de aposentadoria aumentar gradativamente, mas também a quantidade de aposentador diminuir
gradativamente também.

RESPONDER

Felipe R  02/01/2017 12:45

Alguém ouviu no rádio alguma propaganda do governo sobre a reforma da previdência?

Ouvi hoje, e nela havia a seguinte pergunta: o dinheiro que contribuo para a Previdência vai para uma conta que
garante minha aposentadoria no futuro? (Não exatamente com essas palavras)

A resposta do governo foi NÃO. O dinheiro que o trabalhador contribui hoje é para pagar o aposentado de hoje. O
dinheiro da contribuição de hoje, segundo a propaganda, também cobre salário-família e outras ajudas (isso é
verdade... trata-se do sistema de seguridade social). Em seguida, o narrador da resposta indica que a reforma proposta
no Congresso é importante para garantir as aposentadorias futuras.

Sinceramente, no início eu ri alto. O governo praticamente confessou que a previdência é uma pirâmide insustentável.
Entretanto, agora eu choro, pois poucos sabem como isso é nocivo à sociedade...
RESPONDER

Bernardo  05/01/2017 17:40

Sim, e o mais apavorante é que são pouquíssimas as pessoas que realmente sabem dessa realidade.

Pergunte a qualquer pessoa à sua volta e mesmo as mais cultas dirão que o dinheiro que você paga ao INSS é
investido em algum lugar e, no futuro, lhe será devolvido com juros e correção. Eu mesmo quase caí de costas
quando vi gente instruída da minha família dizendo que achava que era assim.
RESPONDER

Andre  05/01/2017 19:00

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 68/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Sim, e vão continuar trabalhando para pagar esse sistema e até mesmo lutarão para protegê-lo, tudo
em nome da fé cega no estado.
RESPONDER

Emerson Luis  03/01/2017 11:19

Ótimo artigo! Sugiro que o IMB e/ou outros leitores entreguem para políticos federais receptivos.

"Pessoalmente, considero essa questão da Previdência brasileira um assunto bastante interessante pelo
seguinte motivo: talvez seja a única área da economia que não está aberta a opiniões ideológicas. Não
importa se você é de esquerda ou de direita (...) O que importa é que o modelo dela é insustentável. E é
insustentável por uma questão puramente demográfica. (...) Eis o fato irrevogável: contra a demografia e a
matemática, ninguém pode fazer nada. A não ser mudar totalmente o sistema."

Quando as pessoas se atêm aos fatos e aos princípios da lógica, elas naturalmente transitam para as visões liberal e
conservadora, não só neste tema, mas em todos. O esquerdismo é a própria negação da realidade objetiva. É por isso
que a esquerda quer que os alunos estudem sociologia e filosofia marxista em vez de língua portuguesa e matemática:
para que NÃO aprendam a analisar assuntos empírica, racional e pragmaticamente.

***
RESPONDER

Régis  08/01/2017 22:59

Uma excelente matéria publicada hoje na Folha de S. Paulo --reproduzida abaixo -- mostra que apenas 4% dos
brasileiros poupam para a aposentadoria. É, disparado, o pior índice da América Latina.

Para quem quiser entender por que o Brasil tem os maiores juros do mundo, pode começar por essa realidade:
pouquíssimas pessoas poupam; logo, pouquíssimas pessoas demandam títulos públicos e privados.
Consequentemente, os juros oferecidos acabam sendo exorbitantes.

Um banquete para poupadores como eu, que surfam nesses juros maravilhosos possibilitados pela falta de cultura
financeira do povo. Que continuem assim.

Preocupado porque o dinheiro da aposentadoria vai secar e você não tem reservas para garantir seu nível de vida até
os 80, 90 ou 100 anos?

Você não está sozinho. Em cada 100 brasileiros, só 4 separam recursos para os anos finais, o índice mais baixo das
Américas e um dos piores do mundo. Em levantamento de 143 países feito pelo Banco Mundial, só 11 estão abaixo.

A imprevidência atinge até os brasileiros de renda mais alta, e não é uma questão de pobreza: o Brasil perde de nações
como Congo, Maláui ou Togo, que têm PIB per capita próximo de US$ 1.000 em paridade de poder de compra, medida
que permite melhor comparação entre os países.

No Brasil, o PIB per capita foi US$ 15,4 mil em 2015, semelhante ao da Tailândia, em que 60% poupam para a velhice.
Os dados, de 2014, foram retrabalhados em 2016 visando especificamente a reserva para a idade avançada.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 69/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

O estudo do Banco Mundial encontrou forte correlação entre a economia para a velhice e o hábito geral de poupança.
Em países asiáticos, onde a maioria das pessoas faz reservas financeiras de forma regular, a porcentagem dos que
poupam para os anos finais também é mais alta.

Na Tailândia, 80% da população declara ter poupado algum dinheiro nos 12 meses anteriores. No Brasil, são 28% (o
14º pior índice no mundo).

Executivos do setor atribuem isso à herança do período de inflação descontrolada que durou até os anos 1990. "Há 20
anos, mal era possível planejar para o fim do mês", diz Paulo Valle, vice-presidente da Fenaprevi, federação do setor de
previdência privada.

"Não existiam no mercado produtos para a aposentadoria", afirma Flavio Kokis, diretor da Guide Life, uma empresa de
planejamento financeiro. Segundo Kokis, 90% das famílias que o procuram não têm reserva financeira.

"Não consigo pensar no depois. Se quero uma coisa, compro. Nunca consegui poupar", diz a analista de eventos Fádua
Silva, 28, que tem renda própria desde os 18.

Casos como o de Fádua são comuns entre os que não poupam, segundo pesquisadores da área. Experimentos
conduzidos por psicólogos desde os anos 1960 mostram que crianças conseguem conter a vontade de comer
marshmallow quando são informadas de que ganharão mais doce se esperarem. Ou seja, para ter dinheiro no futuro, é
preciso abrir mão de gastá-lo já.

Conhecer as causas não basta, porém. A educação financeira, por exemplo, tem alta correlação com poupança. Mas
estudos indicam que mesmo os mais ricos e escolarizados ignoram conceitos como diversificação, juros compostos,
custo-benefício e a relação entre risco e lucro.

os brasileiros são os que menos economizam para a velhice - Fez economias para a velhice (em%*)

O investimento em educação financeira, portanto, é alto e obtém pouco resultado duradouro, segundo as pesquisas.
São as ações diretas sobre o comportamento que alcançam êxito maior e mais rápido, diz Leora Klapper, economista-
chefe do time de pesquisa em finanças e setor privado do Banco Mundial.

Ter sua própria conta bancária é um fator importante, principalmente se houver facilidade para transferir recursos e
fazer investimentos.

um padrão que se reproduz até mesmo entre os mais ricos - Economiza para a velhice (60% mais ricos, em%*)

Klapper relata experiências em Gana e em Bangladesh, em que cidadãos recebem no dia do pagamento um lembrete
para poupar. Em Gana, 55% têm o hábito de poupar e 13% economizam para a velhice. No país asiático, são 24% e 6%,
respectivamente.

Políticas públicas também são fundamentais para a transição da seguridade social para um modelo de planos privados,
argumenta uma das principais especialistas em previdência e educação financeira do mundo, a professora Olivia
Mitchell, de Wharton, a escola de negócios da Universidade da Pensilvânia.

"Isenções fiscais, por exemplo, podem incentivar investimentos em alguns tipos de previdência, mas ainda assim boa
parte da população só poupará se houver adesão automática", diz ela.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 70/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

m.folha.uol.com.br/amp/mercado/2017/01/1847930-apenas-4-dos-brasileiros-poupam-para-a-aposentadoria.shtml
RESPONDER

Marcus Aurelio  08/01/2017 23:09

Mas essa é exatamente a mentalidade do brasileiro comum. Ele trabalha em troca de um salário mensal, e aí
utiliza esse salário para pagar contas (inevitáveis) e, acima de tudo, para ter muito lazer (é a mentalidade do
"eu mereço").

Ele parte do princípio de que não precisa poupar nada porque, quando se aposentar, o estado vai cuidar dele
(só que não haverá aposentadoria para ele). E se for demitido tem seguro-desemprego e FGTS. Poupar,
portanto, é para otários e masoquistas.

Como bem mostra a matéria da Folha -- confirmada por vários na seção de comentários deste artigo --, 96%
dos brasileiros nem sequer sabem o que são juros compostos e como eles atuam para aumentar seu
patrimônio exponencialmente.

Taí, realmente, uma das causas de os juros no Brasil serem altos.

Gente financeiramente ignorante (como alguns que comentaram aqui) não tem salvação. Que sofram, então.
RESPONDER

Sérgio Mardine Fraulob  13/01/2017 02:20

Cheguei ao site por acaso e fiquei surpreendido pelo altíssimo nível. Não imaginava que pudesse haver algo assim no
Brasil.
Sou engenheiro e sempre critiquei o pessoal da área jurídica por muitos deles acharem que as leis criadas pelo
legislativo que contrariem outras leis maiores, como as econômicas, serão obedecidas ou funcionarão na prática.
Alguns que estudam economia também tem uma visão míope sobre outras leis maiores como as restrições físicas (não
acredito que seja o caso dos redatores dos artigos do site). Vejo que para alguns a questão se resume a economizar e
capitalizar recursos suficientes para aposentar, preferencialmente cedo e curtir a vida.
No entanto, o almoço precisa continuar a ser feito, assim como a limpeza da cidade, a produção de alimentos e etc.
Tudo hoje depende do ser humano e caso não haja um aumento pra lá de substancial na produtividade, talvez com
robôs, não há modelo econômico ou legal que possa compensar uma proporção muito grande de pessoas sem
trabalhar. Se vivermos muito, o esforço físico para cuidar dos idosos fica enorme (tive exemplo prático recente com
meu saudoso pai).
O que aconteceria se todo mundo poupasse para se aposentar aos 50 anos? Colapso econômico certamente, talvez
com juros negativos ao longo da capitalização.
Resumindo minha visão, num cenário de aumento da proporção de idosos, haverá necessidade de aposentadoria mais
tarde para a grande maioria das pessoas, independente do modelo adotado, em razão da necessidade de trabalhos
físicos.
Como você vê esta questão e os prognósticos de aumento de produtividade que poderiam em tese resolver este
problema?
RESPONDER

Guilherme  13/01/2017 11:21

Você tocou em dois pontos importantes, ambos também já abordados por este Instituto:

1) A crescente automação e a robótica felizmente farão todo o serviço pesado no futuro (para desespero da

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 71/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

esquerda, que acredita que essa libertação da necessidade de fazer trabalho físico extenuante irá "acabar com
os empregos"). Veja um artigo sobre isso aqui (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2603).

2) O principal problema do futuro se chama "taxa de fecundidade decrescente". Para este problema, não há
solução. Veja aqui um artigo sobre isso (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2560).
RESPONDER

Igor  13/01/2017 11:40

Se todos se "aposentarem" aos 50 anos com poupança própria e não benefício estatal (INSS, por exemplo)
não há problema nenhum, pois o dinheiro poupado ao longo da vida foi transformado em investimento.
RESPONDER

Romeu  19/01/2017 14:37

Excelente texto e ótima proposta.

Só tenho dúvidas quanto ao funcionamento das questões de Seguro-desemprego e benefício para tem de e afastar do
trabalho por motivos de acidentes, cirurgias, etc... Como ficaria?
RESPONDER

Tiago  19/01/2017 15:42

Já abordado aqui.

O modelo proposto se dedica a oferecer uma solução para o problema do desequilíbrio demográfico, que é o
principal problema da previdência, e não para TODOS os seus problemas. Por exemplo, a proposta do artigo
não toca em qualquer outra das inúmeras fontes de custeio da seguridade social como PIS, COFINS, CSLL,
Sistema S, etc...

Esse problema que você levantou poderia ser equacionado com seguros privados ou até corporativos (por
setor da economia). Você seria livre para escolher o seu.

Outra coisa que não pode desconsiderar é a incrível economia que a extinção do RGPS acarretaria com o
enxugamento de toda a estrutura utilizada para fiscalizar e executar esse programa ineficiente. Nesse cenário,
ou se reduziria impostos, ou sobraria mais dinheiro para aplicar em outras áreas como essa que você levantou,
por exemplo.
RESPONDER

Andreciane  19/01/2017 15:30

Como ficaria o cálculo para a aposentadoria por "tempo de serviço"?


RESPONDER

Ramón  19/01/2017 15:53

Quem tem mais de 30 anos e já pagou para o INSS entra na primeira etapa da transição, descrita no artigo.

Quem tem 29 ou menos, poderá se aposentar quando quiser.

Quem tem mais de 30 e não paga INSS -- ou paga mas quer sair -- está na mesma situação de quem tem 29 ou
menos.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 72/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

RESPONDER

Ana de Souza  17/02/2017 20:05

Toda essa questão trabalhista é muito complicada. As pessoas ou pensando de forma simplista demais ou pensam
além da conta só para complicar. E, com a reforma da Previdência, a necessidade de se planejar a aposentadoria ficou
ainda mais latente.

Agora com essa notícia de saque do FGTS (http://https://www.tororadar.com.br/investimentos/fgts-como-consultar-


saldo-e-sacar-fgts) está todo mundo alvoroçado para tirar o dinheiro de contas inativas. Só que poucas pessoas estão
planejando o que fazer com esse dinheiro. Pressinto que muitos vão gastar o dinheiro no mesmo dia, sem medir quais
os reais impactos desta decisão. Triste...
RESPONDER

Roberto Vieira Cavalcanti  17/02/2017 21:56

Não adianta propor uma solução ideal, tem que levar em conta a situação atual e uma transição, pois se de repente for
feita essa mudança integralmente como proposta, não existiria recurso para o pagamento dos compromissos atuais.
Uma forma de transição seria fazer como sugerido na sua proposta, como exemplo, apenas para os que entrassem
agora para o sistema, ficando esse recurso em um fundo devidamente controlado e utilizado para financiar a diferença
entre o arrecadado pelos antigos e o necessário para cobrir os benefícios dos antigos e dos novos contribuintes, e
apenas a parte correspondente ao que foi contribuído pelo "contribuinte" seria dele o restante, contribuído pela
empresa, seria utilizada indefinidamente para cobrir as diferenças até que se esgotasse, afinal onde ficaria a parte
referente à solidariedade que é a base se um sistema de previdência. Isso tudo se levarmos em conta apenas o
raciocínio comum, quando uma abordagem totalmente "diferente" pode e deve ser tomada, os tempos são outros,
basta levar em conta que daqui alguns anos menos de duas pessoas estarão sustentando um aposentado, mas não vai
ser agora que vou explicar e nem aqui.
RESPONDER

Roberto Vieira Cavalcanti  18/02/2017 02:11

Não adianta propor uma solução ideal, tem que levar em conta a situação atual e uma transição, pois se de repente for
feita essa mudança integralmente como proposta, não existiria recurso para o pagamento dos compromissos atuais.
Uma forma de transição seria fazer como sugerido na sua proposta, como exemplo, apenas para os que entrassem
agora para o sistema, ficando esse recurso em um fundo devidamente controlado e utilizado para financiar a diferença
entre o arrecadado pelos antigos e o necessário para cobrir os benefícios dos antigos e dos novos contribuintes, e
apenas a parte correspondente ao que foi contribuído pelo "contribuinte" seria dele o restante, contribuído pela
empresa, seria utilizada indefinidamente para cobrir as diferenças até que se esgotasse, afinal onde ficaria a parte
referente à solidariedade que é a base se um sistema de previdência. Isso tudo se levarmos em conta apenas o
raciocínio comum, quando uma abordagem totalmente "diferente" pode e deve ser tomada, os tempos são outros,
basta levar em conta que daqui alguns anos menos de duas pessoas estarão sustentando um aposentado, mas não vai
ser agora que vou explicar e nem aqui.
RESPONDER

anônimo  14/03/2017 19:58

Artigo interessante sobre a reforma o mito de que a Previdência não é deficitária:

estadominimo.com/os-mitos-sobre-a-reforma-da-previdencia/ (http:// estadominimo.com/os-mitos-sobre-a-reforma-


da-previdencia/ )
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http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 73/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Marcio Nunes  15/03/2017 15:38

A grande questão é que, constitucionalmente, o caixa da Seguridade Social não é alimentado apenas pelos
trabalhadores e empresários. Veja abaixo:

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei,
mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das
seguintes contribuições sociais:

I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:


a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe
preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;

b) a receita ou o faturamento;

c) o lucro;

II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e
pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;
Ou seja, o caixa da Seguridade Social é composto por contribuições do governo, das empresas e do trabalhador.
A contribuição do governo não acontece para cobrir um rombo, mas para contribuir com sua parcela constitucional,
assim como trabalhadores e empresas também o fazem.

Em momento algum foi pensado que apenas as contribuições de trabalhadores e empresas devem financiar a
seguridade social ou a previdência social.

Agora, você pode não concordar com a constituição e querer mudar as regras constitucionais e aí já entramos em outro
debate.

O que você acha, Leandro Roque?


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Pedro  15/03/2017 16:50

Prezado Márcio, leia de novo o que você colou, só que agora com mais calma.

Leu? Pois é. É exatamente este arranjo -- sem tirar nem pôr -- que já está em vigor atualmente.

Sendo assim, o que exatamente você propõe de novo? O que exatamente você quer alterar? Qual a sua
solução diferenciada e até então não vislumbrada por ninguém?

Você está simplesmente dizendo que é função do governo tributar absolutamente tudo o que estiver à sua
frente para manter a Previdência.

O que exatamente há de novo isso?

Agora, o que você realmente pode defender -- e eu mesmo acredito que daria certo -- é que o governo, daqui
pra frente, se encarregue única e exclusivamente da tarefa de tributar para repassar para aposentados. Ou
seja, o governo não faria absolutamente mais nada e não teria absolutamente nenhuma outra função a não
ser cuidar de aposentados.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 74/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Nada mais de o governo lidar com saúde, educação, segurança, justiça, cultura, estatais, ministérios,
secretarias, agências reguladoras e o carvalho a quatro. O governo lidaria exclusivamente com previdência
(cujos custos serão crescentes, exigindo impostos cada vez maiores), e toda a sua carga tributária seria
redirecionada exclusivamente para bancar pessoas que se aposentaram aos 48 anos de idade (que é o que
todo mundo quer).

Este é um arranjo que de fato pode durar muito mais.

Eu aceito (é um mal menor). Tamo junto?


RESPONDER

Andr%C3%83%C2%A9  15/03/2017 17:01

"Em momento algum foi pensado que apenas as contribuições de trabalhadores e empresas devem financiar
a seguridade social ou a previdência social. "

Em termos práticos, é o que acontece, basta lembrar qual a origem do dinheiro que o governo possui.
RESPONDER

Marco  16/03/2017 00:52

Não entendo de economia, mas imaginemos que o João com 3 anos, uma hipótese, trabalhando, caísse de uma escada
e ficasse impossibilitado de continuar , ou se recém casado, olha na geladeira meio vazia e pensa nos 280,00 que tinha
para a sua poupança? Nasceu o filho, ficou doente e o médico receitou remédios caros? Será que ele depositaria o
dinheiro ou compraria comida, remédios? Não estou querendo dizer com isso que o governo tem que tutelar o João, só
acho que todo dinheiro recolhido seria pro próprio João se aposentar, baseado no que recolheu durante a vida, ou se
preferisse, sacasse o dinheiro
RESPONDER

Tiago  16/03/2017 01:35

"imaginemos que o João com 3 anos, uma hipótese, trabalhando, caísse de uma escada e ficasse
impossibilitado de continuar".

Para começar, a proposta do artigo não toca em qualquer outra das inúmeras fontes de custeio da seguridade
social como PIS, COFINS, CSLL, Sistema S, etc. Essas continuam intactas.

Portanto, sua preocupação já está resolvida.

No entanto, eu mesmo vou mais além e sugiro a abolição de todos aqueles outros tributos. O que João deve
fazer em caso de acidente?

Ora, João é livre para contratar seguros a esse respeito. Aliás, seguros existem exatamente para isso: para
eventos inesperados.

Esse problema que você levantou, portanto, poderia ser equacionado com seguros privados ou até
corporativos (por setor da economia).

Outra coisa que não se pode desconsiderar é a incrível economia que a extinção do RGPS acarretaria com o
enxugamento de toda a estrutura utilizada para fiscalizar e executar esse programa ineficiente. Nesse cenário,

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 75/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

ou se reduziria impostos, ou sobraria dinheiro para aplicar em outras áreas como essa que você levantou, por
exemplo.

"ou se recém casado, olha na geladeira meio vazia e pensa nos 280,00 que tinha para a sua poupança?"

Meu caro, parece que você realmente não entende de investimentos. No Tesouro Direto -- uma das
modalidades citadas no artigo --, você pode sacar seu dinheiro (todo ou uma parte dele) quando você quiser.
Não há prazo mínimo.

Logo, se a geladeira está vazia, João pode perfeitamente sacar seu dinheiro do Tesouro Direto e comprar
comida.

Agora é a minha vez de perguntar para você: no modelo vigente hoje, João não tem acesso aos R$ 280. Esse
dinheiro foi confiscado de João e repassado a algum aposentado. E aí, como João fará para encher a
geladeira?

No modelo proposto no texto, João tem pleno acesso ao seu dinheiro (aliás, ele tem pleno acesso não apenas
ao dinheiro investido, como também a todos os rendimentos já auferidos). Já no modelo atual, não.

E aí, qual modelo é o melhor?

A meu ver, é exatamente no modelo vigente que a geladeira de João ficará vazia. E é exatamente no modelo
proposto no texto que ele poderá enchê-la numa emergência.

"Nasceu o filho, ficou doente e o médico receitou remédios caros? Será que ele depositaria o dinheiro ou
compraria comida, remédios?"

No modelo proposto no texto, João é totalmente livre para fazer essa escolha. Ele tem total liberdade de
manobra. Se ele não quiser aplicar dinheiro em um determinado mês (para comprar remédio para o filho), ele
é totalmente livre para isso. João não é obrigado a investir mensalmente. Pular um mês em um período de
tempo de 40 anos não fará nenhuma grande diferença no resultado final.

Já no modelo atual, João não tem essa opção. João não tem a liberdade de ficar sem entregar seu dinheiro
para o INSS. João não pode ficar com esse dinheiro para comprar remédios para seu filho. João é obrigado a
dar dinheiro para o INSS.

E aí, como João fará para comprar remédios para o filho?

É interessante como você condena o arranjo proposto (que tem solução para os problemas que você
apresentou) e defende o arranjo atual (que simplesmente não dá alternativa nenhuma para João). Taí uma
lógica que eu realmente não entendo.

"só acho que todo dinheiro recolhido seria pro próprio João se aposentar, baseado no que recolheu durante a
vida, ou se preferisse, sacasse o dinheiro"

Ora, mas é exatamente isso o que ocorre no modelo proposto no texto, e é exatamente isso o que não ocorre
no modelo vigente!

"Não entendo de economia,"

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 76/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Deu pra perceber. Eis um conselho gratuito (sim, eles existem): comece urgentemente a estudar finanças.
Descubra as várias opções de investimento disponíveis. Urgente. Caso contrário, você ficará totalmente à
mercê de políticos, e dificilmente irá se aposentar. Caso já esteja aposentado ou perto de, ao menos faça isso
pensando em seus filhos e netos.
RESPONDER

Nadia   16/03/2017 12:15

Apenas acho inviável o limite base da idade de 65 anos para mulheres. Quantas empresas, multinacionais
principalmente, tem, em seu quadro categoria de gerência, mulheres com mais de 60 anos ? Muito raro. A maioria já
foi dispensada aos 55 anos de idade. Ainda somos um país com administração machista (sentido não pejorativo). Outro
senão ao artigo eh que ele leva em consideração que a pessoa sempre estará empregada ateh a data limite de 65 anos
e que não haverá nesse período nenhum Gap de contribuição.
RESPONDER

Giovane Kuhn  16/03/2017 13:34

A conta final não é tão simplista, destes R$280 economizados, boa parte seria direcionada para o trabalhador
contratar alternativas/seguros pra ter os benefícios que a seguridade atual garantem. Ainda assim, que a conta final
teria um cenário melhor que a atual previdência =D
RESPONDER

Lúcio Guerra  16/03/2017 17:13

O exemplo dado no texto é altamente simplista e errado. Desconsiderou o imposto de renda e considera que a
economia girará a 6% a.a é muito exagerado!! A título de exemplo, hoje, dia 16/03/2017, todas as NTNBs oferecidas
pelo Tesouro oferecem taxas, sendo a maior o IPCA + 5,24%, com tendência de queda.
RESPONDER

Oswaldo  16/03/2017 23:06

"Desconsiderou o imposto de renda"

Deixa eu desenhar para você: depositar R$ 280 ao mês durante 588 meses (49 anos) para ter, após esses 49
anos, apenas 1.000 reais por mês (e absolutamente nenhum montante principal ou valor adicional) não é
exatamente uma aplicação campeã. Aliás, difícil encontrar coisa pior e mais bisonha do que essa.

A própria caderneta de poupança, que é a pior aplicação que tem, dá de lavada nessa porcaria de INSS. Não
existe coisa mais imbecil e menos "rentável" que essa matemática do INSS.

Outra coisa: o imposto de renda incide apenas no vencimento do título. Há hoje títulos com vencimento em
2045. Para prazos muito longos, o efeito do IR sobre a rentabilidade final é muito baixo.

Por exemplo, um título Tesouro IPCA que pague inflação mais 5,20% (que é o valor pago hoje) pagará, em
termos líquidos, ou seja, após o IR, inflação mais 4,56%. Ou seja, o IR deduz apenas 0,64 ponto percentual da
rentabilidade total.

Ademais, você nem precisa pagar IR. Se você optar por investir continuamente em LCIs, LCAs, CRIs, fundos
imobiliários, ou debêntures incentivadas, você nunca pagará IR. Todas são isentas de IR e têm ótima
rentabilidade.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 77/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

E, mesmo que você escolha aplicações com IR, você tem opções como CDBs e Letras de Câmbio que pagam
de 116% a 124% do CDI. A rentabilidade líquida de todas essas, de qualquer uma delas, é muito superior à
"rentabilidade" do INSS.

Agora, se você quer ficar no INSS e na sua aposentadoria que paga salário mínimo, direito seu e boa sorte.
Apenas não venha mentir e proibir a liberdade de terceiros.

"e considera que a economia girará a 6% a.a é muito exagerado!!"

Oi?! Hein?! Em momento algum o artigo fez qualquer consideração sobre crescimento do PIB de 6% ao ano.
Muito menos pressupôs um crescimento do PIB de 6% ao ano durante 49 anos.

Você, obviamente, nem sabe do que fala.

"A título de exemplo, hoje, dia 16/03/2017, todas as NTNBs oferecidas pelo Tesouro oferecem taxas, sendo a
maior o IPCA + 5,24%, com tendência de queda."

Sim. E tais taxas já estiveram em 4% (em alguns meses de 2013) e também em 8% (em 2005) e acima de 7%
durante 2015 (quando chegaram a 7,80%) e primeiros meses de 2016 (quando chegaram a 7,82%).

Clique no link fornecido no artigo e veja que seu histórico é de 6% de juros reais.

ibb.co/iTP4BF (http://ibb.co/iTP4BF)

Tenta de novo.
RESPONDER

Giovani  16/03/2017 20:36

A contribuição previdenciária não é de 20% no total? 12%+8%?


RESPONDER

Gentili  16/03/2017 22:05

Não, cidadão. O INSS patronal é de 20%.

idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/tributos/contribuicoes-previdenciarias-pj

www.portaltributario.com.br/artigos/inss-patronal-restituicao-valores-pagos.htm

www.delphin.com.br/orientacao/66-encargos-sociais-sobre-a-folha-de-pagamento

Pelo visto, tá cheio de gente aqui que não só nunca empregou ninguém na vida, como também
aparentemente não sabe quanto realmente custa para seu patrão.
RESPONDER

Andre  16/03/2017 23:32

É pior que isso, daqui a pouco ele responde "mas quem paga esses 20% é o patrão"

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 78/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

RESPONDER

JOSE LUIS  17/03/2017 01:26

Leandro Roque,

Achei interessante a proposta. Mas ai pergunto. como ficaria com os militares e os servidores publicos civis?
RESPONDER

Intruso  17/03/2017 01:40

Todos os indivíduos estão nesta reforma. Sem exceção. O mecanismo e as regras são os mesmos para todos.

Aliás, para funças e militares (que também são funças), a situação é extremamente tranquila: eles têm
emprego estável e renda garantida (ao contrário dos trabalhadores da iniciativa privada). Logo, para eles, é
extremamente fácil investir valores ainda maiores, pois há a certeza de que, no mês seguinte, ainda
continuarão empregados e recebendo salários.
RESPONDER

anônimo  17/03/2017 15:01

O governo não fará porque haverá um quebradeira seria passar as contribuições do INSS para a poupança .
RESPONDER

Aenderson  17/03/2017 15:37

Deveria haver uma CPI na Previdência Social, diminuir drasticamente essas arregalias que geram prejuizos de bilhões
de reais nos cofres públicos , que que são os políticos brasileiros!! Tantos deputados , senadores, cargos
comissionados, que sinceramente, nada de benefício ao povo brasileiro!! Reforma política já!!!!!
RESPONDER

Tom  17/03/2017 16:04

"CPI"??

Você ainda acredita nisso?


RESPONDER

Será que não tem outras formas de fazer?  17/03/2017 20:41

Fazer um plano para décadas pode não dar certo, pode ser revertido. É só ver toda a briga que teve para reverter o
"fator previdenciário".

Leandro, não seria mais simples fechar o INSS imediatamente e recompensar aposentados, pensionistas e
trabalhadores de forma proporcional com uma nova classe de títulos de tesouro direto equivalente às obrigações do
INSS com aquela pessoa, com cupom mensal?

Assim pode fechar tudo imediatamente. Quem já pagou uma parte recebe proporcional, quem está aposentado recebe
um título integral.

Dá pra se discutir se o título seria negociável ou não, resgatável ou não, quais os valores e regras envolvidos. Tem
infinitas possibilidades. Por exemplo, poderia ter duas escolhas:

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 79/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

1) título com cupom mensal vitalício até a morte, sem valor de face, não transferível;
2) ou título negociável com vencimento em N anos e valor a pagar no vencimento equivalente à capitalização da
obrigação de cupons que existe.

Para evitar malandragem (quem está doente pegar o 2), pode permitir o 2 apenas para menores de 60 anos sem
doenças graves e ainda embutir uma boa desvantagem nesse cálculo (se a expectativa de vida * cupons * capitalização
der X na data N, emitir um título de X-25% na data N).

Para quem não se aposentou obviamente as opções seriam um título com cupons apenas a partir da data N na qual a
pessoa poderia se aposentar, já considerando a proposta do texto de elevação da idade. E o tamanho dos cupons
também cortada de forma equivalente ao quanto contribuiu em valores e tempo, em relação ao que seria o total.

Tem um ganho atuarial nisso que é registrar todas as obrigações de acordo com a expectativa de vida ATUAL, sendo
que a tendência é aumentar a expectativa. Isso não deixa de ser justo mas mesmo assim significa um corte nos valores
a pagar.

Essa solução inclusive gera mais transparência ao tornar muito mais claro o tamanho do PASSIVO do INSS, que hoje é
encoberto nas contas públicas (se fala apenas em DÉFICIT, mas um número muito maior é o passivo total, as
obrigações).

No início essa opção de transformar INSS em títulos públicos seria caixa-equivalente com a operação normal das
aposentadorias, mas ao menos liquida a questão de uma vez por todas. E ao longo do tempo geraria grandes
economias.

Obviamente que algumas coisas, como auxílio-doença e maternidade via INSS, teriam que ter algum outro plano de
transição, de privatização ou simplesmente serem cortados.

Essa idéia tiraria a receita do INSS do governo, mas liberaria muito dinheiro para investimento privado. Agora, caberia
ao governo cortar gastos para poder pagar isso ou captar esse dinheiro no mercado, ou seja, "rolar" o passivo com
novas emissões. Para estimular isso o fim do INSS poderia coincidir com fim do FGTS e incorporação de ambos ao
salário (com os devidos ajustes para cima em todas tabelas de IR). Feito isso, deve ser feita a criação de conta-
investimento livre de impostos, no estilo americano, a partir da qual o trabalhador pode inclusive comprar títulos do
governo, que poderia lançar novos produtos de tesouro direto para captar essa demanda (títulos com cupom
começando em 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35 anos, com foco previdenciário).

Uma proposta ainda mais louca seria dar a opção para as pessoas que optaram pelo título 2 de receber parte dele em
ações de estatais (convertendo adequadamente o título para um valor presente de mercado, claro). Cria uma holding
"COMPANIA BRASILEIRA S/A" e transfere para ela todas participações de estatais da união (inclusive BNDES, todas
mesmo). Impede governos estaduais de terem empresas, troca as estatais estaduais por perdão da dívida com a união
e joga também nessa holding. Faz um valuation atrativo e permite que as pessoas escolham qualquer proporção entre
o título 2 e ações dessa holding. Feito o processo, como essa holding ficaria um elefante ingerenciável, quebra ela em
suas partes constituintes: para as empresas que já tem ações em bolsa transfere aos sócios da holding essas ações,
para as que não tem ações faz IPO e depois transfere, já empresas muito pequenas ou participações em empresas
fechadas pode deixar na holding e faz IPO da holding vendendo 100% das ações da união remanescentes.

Com isso mataria duas coisas de uma vez: privatização total e previdência.
RESPONDER

Gentili  17/03/2017 20:57

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 80/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

Mas não existem títulos de cupom mensal. E muito menos títulos de cupido mensal sem prazo de maturidade
(que é o que você está propondo na prática).

Curiosamente, está instituo já propôs uma solução parecida com a sua, mas ela envolve a reforma de todo o
sistema bancário.

www.mises.org.br/Article.aspx?id=1553 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1553)
RESPONDER

Será que não tem outras formas de fazer?  17/03/2017 21:40

Justamente por isso que eu falei em CRIAR um título de cupom mensal ué. O governo lança o título
que quiser, e para aposentadoria faria mais sentido que cupom semestral.

E títulos sem maturidade existem ué, são os bonds perpétuos. Só que um bond perpétuo caixa-
equivalente ao que a pessoa recebe hoje seria mais do que a origação real do INSS, por isso este
híbrido: bond que só é tão perpétuo quanto a própria pessoa. Não tem nenhuma dificuldade em
fazer isso.

Obrigado pelo link, vou marcar aqui para ler depois.


RESPONDER

Lee  17/03/2017 23:36

Molezinha, é só esses Políticos parar de roubar e empresários para de sonegar que sobra dinheiro, Brasileiro já paga
imposto de mais e falta de dinheiro não é, não vejo nenhum político fazendo greve por falta de seus absurdos salários,
Outra coisa é só gerar emprego as pessoas e aumentar o salário mínimo que aumenta a arrecadação do INSS, E mais,
quem ganha mais paga-se contribui a mais para o INSS, e mais ainda aposentados também tem que contribuir, por que
não? Melhor do que ficar sem receber.
O déficit da Previdência NÃO existe, o que há é déficit de vergonha desses políticos. para que 513 deputados? Para que
esses lixos ganhar R$40.000,00 mês fora a propina.

Sem mais
RESPONDER

Adriel Felipe  03/04/2017 15:01

Lee,

Você é o enésimo que aparece aqui dizendo isso.

Vamos lá, como eu acho que você nem se deu ao trabalho de ler o texto e ver os gráficos sobre o crescimento
demográfico, presta atenção aqui na explicação do tio que vai cair na prova:

Mesmo que tudo o que você diz seja verdade, quem vai cobrir os gastos da previdência no ano que vem, que
serão maiores que desse ano? E de 2019 que serão ainda maiores que 2018?

Quando a previdência social foi criada haviam 15 trabalhadores para cada aposentado, daqui a vinte anos
teremos 1,5 trabalhador para cada aposentado. Como o INSS nada mais é do que um esquema ponzi, a sua

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 81/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

solução apresentada por você só funciona no longo prazo se, e somente se, o todos os impostos (sem
exceção) forem direcionados para a previdência.

Esqueça saúde e educação pública, o governo federal viveria somente em função da previdência.

Assustou? É isso que você propõe.


RESPONDER

Vitor  21/03/2017 15:19

Leandro, como você é o editor do IMB, eu tenho uma pergunta.

Você pretende algum dia traduzir os textos do Dan Mitchell (http://en.wikipedia.org/wiki/Daniel_J._Mitchell), do Cato
Institute?

Eu entendo como o IMB não endorsaria todas as suas posições, pois ele pende mais para o utilitarismo, e é um grande
defensor de menores impostos (não sua abolição) e de um sistema previdenciário de "Defined contributions"
(http://en.wikipedia.org/wiki/Defined_contribution_plan) (não sei o equivalente em português), e não a sua
privatização completa. Mas, ainda assim, as suas críticas ao modelo atual são bastante relevantes, especialmente agora
que está muito em voga o debate da reforma da previdência brasileira.

Seu último artigo (http:// <br>danieljmitchell.wordpress.com/2017/03/20/imf-data-from-asia-aging-populations-will-


mean-more-taxes-and-fewer-benefits-for-workers-trapped-in-government-run-retirement-programs/), por exemplo,
ao analisar algumas sugestões do FMI de reformas para previdências estatais, expõe de uma forma bem simples e clara
como transições demográficas tornam a necessidade de reformas inerentes a este modelo, e como estas reformas se
baseiam apenas em mais tempo trabalhando, e menos tempo recebendo benefícios. Exatamente o sentimento que o
povo brasileiro vem sentido neste momento, e ele a descreve sendo que conhece a situação brasileira apenas
superficialmente.

Enfim, há alguma esperança de tradução de algum de seus artigos sobre seguridade social
(http://danieljmitchell.wordpress.com/tag/social-security/) por parte do IMB?

Abraço.
RESPONDER

Jonas  21/03/2017 17:04

Há três artigos do Dan Mitchell no site:

www.mises.org.br/SearchByAuthor.aspx?id=540&type=articles
(http://www.mises.org.br/SearchByAuthor.aspx?id=540&type=articles)
RESPONDER

Vitor  21/03/2017 17:32

Não havia conferido antes. Erro meu. Ainda assim, não há artigo algum dele sobre a previdência,
especialmente o mais recente (http://danieljmitchell.wordpress.com/2017/03/20/imf-data-from-
asia-aging-populations-will-mean-more-taxes-and-fewer-benefits-for-workers-trapped-in-
government-run-retirement-programs/), que já comentei os pontos positivos no meu comentário
anterior.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 82/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

RESPONDER

Jefferson Scheifer  23/03/2017 08:11

Coisas como a previdência nem sequer deveriam ter começado. A sociedade deve rumar sempre na direção

correta ou seja cada individuo com o passar do tempo se tornar cada vez mais independente do estado. Essa
mentalidade

esquerdista,positivista,estatista,socialista é o câncer da sociedade, e o pior é que os efeitos dessas politicas são

tão catastróficos que lesa gerações inteiras e se prolonga no tempo.


RESPONDER

José R.C.Monteiro  23/03/2017 14:50

Muito bom esse artigo do Leandro, faltou apenas ele dizer que se os maiores devedores do INSS pagassem metade
daquilo que devem, estaria resolvido em parte do déficit existente, quer dizer, a reforma da Previdência, e
consequentemente a sua completa extinção, poderia acontecer de modo mais suave.
RESPONDER

Emmanoel  23/03/2017 15:23

"se os maiores devedores do INSS pagassem metade daquilo que devem, estaria resolvido em parte do déficit
existente"

Essa é uma daquelas lendas que não resistem à mais básica averiguação matemática.

O problema da previdência é de "fluxo de renda" e não de "estoque de renda".

Se todas as "dívidas" com a previdência fossem quitadas amanhã, isso garantiria o pagamento de um mês de
aposentadorias. A partir do segundo mês, tudo voltaria à mesma coisa.

Se mensalmente você gasta mais do que arrecada, você só resolverá definitivamente seu problema se você
aumentar a sua receita mensal. Vender um carro aliviará suas contas pontualmente, mas não para sempre.

Você não resolve um problema de fluxo aumentando estoque. Se algo possui um déficit mensal, você só
resolve esse déficit se você criar um fluxo de receitas mensais maiores que os déficits mensais.
RESPONDER

Jos%C3%83%C2%A9 R.C.Monteiro  23/03/2017 20:16

Respeitável Emmanoel, no momento que você abstrai ( realçando com aspas meu comentário), e
esquecendo de devolver ao contexto para entendimento, falta, você fica meio que ausente; faça isso,
devolva o abstraído ao texto, penso que entenderárealmente.
Escrevi em termos de resolução parcial política e financeira, sacou?

https://drive.google.com/file/d/0B8D04FBSgXNURmpSWmRPOVpteUk/view?usp=sharing
(http://https://drive.google.com/file/d/0B8D04FBSgXNURmpSWmRPOVpteUk/view?usp=sharing)

A reforma previdenciária, ou extinção, poderia acontecer mais tranquilamente, acredito que ambos

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589 83/112
10/04/2017 Mises Brasil ­ Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

concordamos que a estrutura maior, ou seja, aquilo que abarca - codinome (des)governo - é
deficiente, mal administrado, sem necessidade, esclerosado, paquidérmico, etc.
RESPONDER

fdaibs  23/03/2017 15:36

Se me permitem gostaria de compartilhar um vídeo sobre porque a reforma da previdência é muito mais simples de ser
feita no nosso país do que parece: link (http://https://youtu.be/r7iLLdhZt8M)
RESPONDER

Jos%C3%83%C2%A9 R.C.Monteiro  23/03/2017 19:54

Saudações, respeitável, gostaria de assistir ao vídeo, infelizmente o link não está direcionando; por favor,
tente mais uma vez, estou compilando informações, quanto mais, melhor.
Grato.
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José Ricardo das C. Monteiro  03/04/2017 13:13

Leandro, muito interessante, parabéns pelo artigo. Por favor, explique para mim, se a inflação é zero, como haveria
rendimento na aplicação "tesouro direto"?
Grato.
RESPONDER

Poupador/Investidor  03/04/2017 13:22

Você sabe ao menos o básico sobre o Tesouro Direto? Há três tipos de aplicações:

1) Aplicações atreladas à taxa Selic;

2) Aplicações prefixadas;

3) Aplicações que pagam toda a variação da inflação mais uma taxa prefixada;

As aplicações atreladas à Selic pagam exatamente o valor da taxa Selic (que sempre é maior que zero;
atualmente, 12,15% ao ano).

As aplicações prefixadas pagam taxas fixas, as quais são determinadas no momento da compra. Estas taxas
variam diariamente de acordo com as condições do mercado. No início de 2016, auge da turbulência
econômica e política no Brasil, cheguei a comprar títulos prefixados que irão me pagar 16,15% ao ano até
2023. Atualmente, estes títulos estão pagando 10,10% ao ano.

Já as aplicações atreladas ao IPCA pagam toda a variação do IPCA mais uma taxa prefixada. Voltando a janeiro
de 2016, comprei títulos que me pagam IPCA mais 7,82% ao ano até 2035. Ou seja, mesmo que o IPCA seja
zero até 2035, terei um rendimento garantido de 7,82% ao ano até 2035.

Atualmente, estes títulos estão pagando IPCA mais 5,15%.

Entendeu agora de onde vem o rendimento?


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Pobre Paulista  03/04/2017 13:42

Talvez ele esteja perguntando "de onde vem o dinheiro que irá pagar os rendimentos do TD". E a
resposta é "Do bolso dos pagadores de impostos."
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FL  03/04/2017 16:46

Por essa ótica, investir no Tesouro Direto é um mero reembolso


RESPONDER

José Ricardo das C.Monteiro  03/04/2017 14:10

Grato, pela resposta, realmente, sempre usei "poupança", e nada mais.


Entendi.
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