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Universidade Federal de Alagoas

Campus do Sertão
Curso de História
Disciplina: História de Alagoas
Professora: Sara Angélica Bezerra Gomes
Período Letivo: 2018.1

2ª Parte da Avaliação Bimestral 1


Valor: 5 pontos

Alunos (as):
Miqueias Lopes Da Silva, Olga Rodriguez.

Tomando como base os capítulos “Espaços de fronteiras: os camponeses e a constituição


da região” e “Os camponeses em defesa de seus direitos botaram pra quebrar: o
movimento do quebra quilos em Alagoas”, da tese de doutorado de Juliana Alves de
Andrade, e os capítulos “O comércio interprovincial de escravos em Alagoas” e “Alagoas:
um lugar de comércio”, da tese de Luana Teixeira, produza um texto dissertativo sobre O
desenvolvimento econômico de Alagoas no século XIX, destacando a função dos
camponeses, do comércio interprovincial de escravos e dos portos de Maceió e de Penedo
nesse processo.
Ao se tratar de compreender e aqui enfatizar brevemente sobre o
desenvolvimento econômico de alagoas no século XIX, é fundamental antes de tudo
tentar entender o cursor que antecede a historiografia norteada pelas disseminações
ideológica coercitiva que marcaram o condicionamento organizacional nas remotas
sociedades tendo em vistas principalmente os acontecimentos que marcaram o século
XVIII.
Fonte derivada dos diversos movimentos revolucionários que pretendendo
colocar o direito do homem na constituição desencadeou na reestruturação do princípio
da legalidade moral ações e julgamento foram revistos na alternativa de compor uma
liberdade ou bem-estar social comum para os concidadãos, a exemplo da tão aclamada
revolução francesa 1789.
Ao se fala em conexão pré-existente entre continuidade históricas e interrupções
da mesma torna-se evidente perceber que os acontecimentos de grandes impactos
cognitivos reverberam em suas nuançais os anseios das uniformidades afins. O que não
poderia ser diferente ao se trata da revolta dos quebra quilos por exemplo, mesmo
considerando a datação explicitar na tese de (Juliana Alves de Andrade) que destaca como
marco desse movimento o ano 1874.
Na tentativa de fazer um link com o que vem sendo apreendido ao longo do
período letivo na disciplina história de Alagoas não poderia deixa passar nesse instante o
que foi apresentado pela respectiva equipe da qual faço parte quando foi falado sobre a
questão diplomática presente no livro do embaixador Gonçalo de Barros Carvalho
e Mello Mourão, onde nitidamente procura traça uma dialética diplomática que
consolidou a republica em seus paramentos institucionais. A velha disputa pelo poder
entre monarquistas e republicanos, liberais e conservadores, concentra em termos gerais
todo englobamento deliberativo que marcaram os séculos XVIII-XIX.
Com isso é imprescindível não enquadra a realidade do desenvolvimento
econômico de Alagoas no XIX com o contexto historiográfico que mesmo de alguma
maneira desconexos, cronologicamente estão interligados. Quero dizer que as influências
e movimentações sociais são representatividade das mentalidades coletivas, que vão da
organização do sistema de navegação muito comum na margem do rio São Francisco em
Penedo-AL, as frequentes revoltas escravistas no vale do Mundaú.
Para não perde o fio da meada sobre o que aborda as duas teses indicada para
elaboração dessa atividade pretendo nos próximos parágrafos fazer um diálogo
destacando algumas citações que interpretei pertinente ao longo da leitura. A começar
pela tese de Juliana Alves de Andrade capitulo 4 (os camponeses em defesa do seu direito
botaram pra quebrar). E, por conseguinte a tese de Luana Teixeira (Alagoas, lugar de
embarque de escravos). Conforme esses temas propostos debruçaremos sobre a lógica do
valor ideológico constitucional ambivalente, se por um lado criava-se leis que fomentava
o abaixo a escravidão, a exemplo da lei do vente do livre, Euzébio de Queiroz, etc. por
outro regularizava a remuneração subjacente para dessa maneira a escravidão torna-se
aceita e pacifica.
Contudo sabe-se de antemão que a revolta dos quebra-quilos não estava restrita
a determinada localidade especifica no território nacional, a força impositiva aristocrática
compunha o interesse da uniformidade necessária o valor da moeda seria disseminado
para manter o domínio burguês mesmo que fosse necessário o uso do aparelho repressor
do estado a força militar, ou multa aos desordeiros. Como decorrer:
Em muitas cidades as manifestações haviam se intensificado, de modo
que força nacional destacada na capital não era mais suficiente, de
maneira que seria preciso mobilizar forças interprovinciais e locais para
afastar a desordem. (ANDRADE p.191).

Maria Verônica Secreto em seu livro (Desmedido a revolta dos quebra quilos
1874-1876). Vai logo destacar que a população aos gritos de morte aos maçons viva os
padres! Vão preferir estar subjugado às antigas formas de organização mercantil
determinada pelos tributos cobrado pela igreja ao qual já estavam acostumados, ao invés
de aceita a imposição valorativa e métrica baseada nos interesses frances.

Medida que será contestada imediatamente, pela repudia pela


administração provincial. Haja vista que, quando a Lei de nº 1.157 que
substituía em todo o Império, o atual sistema de pesos e medidas pelo
Sistema Métrico Francês foi decretada em 26 de junho de 1862,
estabeleceu um prazo de 10 anos para que houvesse o aprendizado do
novo sistema. (ANDRADE p.198).

No mais quando me encontro diante de assunto dessa natureza penso sempre


sobre como a sociedade estar dividida entre os atravessadores legais e os ilegais. O
problema é que poucos são os detentores dessa legalidade e ao mesmo tempo são mesmos
capazes de tirar a liberdade dos que não a detém, e ainda apoiados pela tal democracia.

Os tumultos que tiveram lugar em Alagoas na década de 1870 era


uma resposta dos pequenos produtores, ex-escravos, libertos,
pequenos comerciantes aos problemas sociais que afligiam o seu
cotidiano. (ANDRADE p.204).

É nesse sentido que procuro aqui traça uma linha comparativa entre o trabalhador
escravizado e aquele que será remunerado, porém ao mesmo tempo limitado nos eixos
das legalidades afins, a exemplo da imposição métrica valorativa, em outras palavras é
como se em algum momento na história a escravidão tornou-se documentada e
generalizada por isso aceita e cultivada.

Mas, apesar dos esforços em deter essa sangria, os agro-exportadores


do Nordeste não teriam se desesperado, pois, podiam contar com uma
reserva de trabalhadores livres para substituir o escravo, ao passo que
os proprietários cafeeiros tornaram-se cada vez mais dependentes da
mão de obra servil. (TEXEIRA p.48)
É no mesmo momento quando avistamos a palavra trabalhadores “livres” na
citação acima que vemos também chega ao brasil a mão de obra que substituirá a
escravista, e isso necessariamente soa como tirar os negros dos investimentos públicos.
Início do século XIX chegada em massa das diversas famílias italianas para
ocuparem os cargos públicos nacionais e disseminar a homogeneização da classe que
ocuparia os investimentos por parte dos bancos ingleses.
E se mim perguntam sobre o reflexo da desigualdade econômica social no estado
de Alagoas do século XIX aos dias atuais a resposta é simples, o fascismo encontra-se
presente.

Se por um lado este argumento contribuiu para a reflexão acerca do


processo de abolição no Brasil, por outro, ele ajudou a fundar na
historiografia uma linha explicativa para a “transição” do trabalho
escravo para o livre. (TEXEIRA p.50).

Sobre isso cada qual faça seu julgamento de valor sobre essa tal liberdade.
Uma analise mais direta.
A partir do desenvolvimento econômico de Alagoas durante o século XIX,
busca-se estimar o excesso, o comercio nos principais portos da província, que foram
Jaraguá e Penedo. As semelhanças e as especificidades de negócios eram de escravos.
Como por exemplo, as transações e transferências de vários escravos para outras partes
provinciais, principalmente para o Rio de Janeiro, que era o comercio na economia local.
A exportação de escravos proporcionou uma grande fonte de renda para a
província e essas características interprovincial impactou a vida dessa população. O
comercio interprovincial de escravos teve grande relevância no desenvolvimento
socioeconômico na história de Alagoas ao longo do segundo Reinado. Um fato
importante foi a presença de uma classe burguesa mercantilista formada por exportadores
de açúcar, algodão, e de madeiras de construção naval. Segundo Dirceu Lindoso, a
realização urbana de Maceió se deu pelo acúmulo de capital em demasia do comercio
marítimo, sobretudo pela transferência de renda rural fundiária para as mãos hábeis da
burguesia mercantilista, portanto o desenvolvimento comercial de Maceió deu-se a partir
de 1819, ano também que se estabeleceu o posto de Jaraguá.
No entanto quando Alagoas se emancipou da província de Pernambuco em 1817,
ela viveu um processo de decadência econômica, o porto marítimo do francês perdeu o
seu prestígio em vigor ao posto do Jaraguá. Além disso não conseguiu desenvolver o
comercio estrangeiro como pretendia a elite local, ao contrário do porto de Jaraguá, que
facilitava estabelecimento de atividades mercantis proporcionando um desenvolvimento
econômico para os habitantes Maceioense.
Então após disputas envolvendo grupos políticos, ocorreu a transferência para
Maceió capital alagoana em 1839 consolidando como principal polo econômico
demográfica da região, sendo também o local de residência de muitos senhores de
engenhos, comerciantes, autoridades políticas, mais também uma grande população de
escravos libertos, africanos livres, e homens livres pobres. Portanto, inicialmente foram
os escravos que dinamizaram as relações produtivas. Porem em entender as motivações
que conduzem as pessoas se deslocarem constantemente em busca da sobrevivência e de
melhores condições de existência.
Sobre a revolta dos quebra-quilos no Brasil havia uma grande variedade de
outros pesos e medidas , tais como a braça, a légua, o feixe , o grão a onça, o quintal e
muitos outros padrões aos quais a população estava acostumada , porem a lei proibia a
utilização dos antigos padrões , e os seus substitutos deveriam ser alugados ou
comprados na câmara municipal, que encarecia mais os produtos para a população. Outra
razão foi a criação de impostos de chão de feira, e com novas regras de recrutamentos e
por essas razões os números de revoltosos cresceram de forma acelerada.

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