Professional Documents
Culture Documents
Hipóteses Práticas
II - Actos de Comércio
Diga se os seguintes negócios devem ser qualificados como actos de comércio. Em caso
afirmativo, proceda à sua classificação segundo as categorias estudadas:
R: A compra não é mercantil por não estar prevista no 463º e por não se destinar a
revenda nem a aluguer. Quanto ao comprador, é um particular que não exerce
profissionalmente o comércio, até por ser reformado, e por isso não é nem objetiva
nem comercial. O vendedor é uma sociedade comercial que construi para vender –
art. 230º, 6 – tem por objeto uma atividade comercial, logo é uma venda
subjetivamente comercial para o vendedor. A compra e venda é um ato de comércio
misto pois para o comprador tem natureza civil e para o vendedor é comercial. Aquilo
que o 230º visou foi qualificar como comerciante, para alguma doutrina, todos os
sujeitos singulares e coletivos que explorassem as empresas aí definidas, para outros
o objetivo era consagrar atos de comércio objetivos. Um ato de comércio objetivo
será uma empresa de construção? Não, pois uma empresa é um conjunto de atos e
não um só ato. Mas esta distinção não tem uma relevância de extrema importância,
pois o objetivo é a qualificação de comercial desses atos. Refere-se que este caso não
se enquadra na hipótese da alínea 1 do 463º. Ainda poderá aplicar-se por analogia
legis, tornando-se este ato de comércio num ato puro, ou seja, num verdadeiro ato de
comércio. Aliás, o facto de se tratar de um funcionário público reformado significa que
ele já não é um funcionário, por isso, daqui não adviria qualquer inconveniente.
Mesmo que fosse no ativo, os impedimentos de direito público podem incidir sobre
individuais, e estes atos não serão inválidos mas ele fica sujeito a sanções de outro
tipo ou se ele fizesse disto uma prática sistemático, ele poderia tornar-se comerciante.
R: Aqui temos um ato de comércio misto, por ser civil do lado do agricultor
(vendedor), dispondo do terreno que lhe serve à agricultura e não a fazer uma
atuação correspondente à sua atividade agrícola (não é abrangido pelo 230 §1), a
venda da propriedade agrícola não é comercial. Quanto ao comprador, temos uma
sociedade e todos os atos são por natureza subjetivamente comerciais (13º, 2),
mesmo que ele não fosse uma sociedade mas um comerciante em nome individual,
pois os atos tanto podem ser atinentes ao exercício profissional do comércio ou
distantes, aqui como o objetivo da compra foi a construção de um armazém para os
seus produtos, então claramente este reduz-se à 2º, do art 2º, por em abstrato e em
concreto estar conexionado como exercício da atividade comercial do autor.
R: A pedreira envolve uma industria extrativa, por isso, integra-se no 230 §1. Há
bastantes indústrias que são comerciais (230º, 1 – industrias de transformação),
contudo, a industria extrativa pertence claramente ao setor secundário, mas isso não
é decisivo. Qual a qualificação que elas recebem no direito comercial? Estas
tradicionalmente são consideradas pela jurisprudência como não abrangidas pelo
direito comercial. Esta compra e venda não é comercial nem pelo lado do vendedor
nem pelo do comprador. Não haveria fundamento para a analogia legis, porque esta
tem de ir para a ratio da norma. Se a entidade que comprasse fosse uma sociedade,
isto modificaria a resposta? As sociedades podem ser comerciais (art. 1º, 2 CSC) ou
civis, ainda no art. 1º, 4 CSC fala das sociedades civis em forma comercial, são
híbridos. São civis pelo seu objeto (atividade económica civil) mas são comerciais
porque a lei admite que elas adotem a forma comercial (ex. sociedades de advogados
pela forma anónima por quotas). No caso, a sociedade seria no máximo civil sob
forma comercial, a única diferença que subsiste entre estes dois tipos de sociedades,
é o facto da última (civil) não ser comerciante, pois qualquer que seja a sua forma,
nem todas as sociedades desenvolvem atividades comerciais e a condição para a
aquisição da qualidade de comerciante é o exercício profissional do comércio (13º).
R: Por um lado temos uma sociedade comercial, o art. 6º, 1 refere que só há
capacidade que sejam estritamente relacionados com o lucro e a doação é um
exemplo de um ato gratuito. Se só olhássemos para o ato teríamos de dizer que a
doação é comercial pois foi praticada por uma sociedade comercial, a questão era se
era ou não válido? Pois se não o for, o ato nem sequer seria válido. O que importa
considerar é se a doação será inválida? Tem a sociedade capacidade para doar? O art.
2º admite liberalidades, ou seja, podem ser praticados atos gratuitos como os que
sejam considerados usuais para o ramo de atividade ou o tempo em que é realizado
(art. 6º, 2). É uma doação que não envolve uma contraprestação, mas ainda assim
pode prosseguir um fim lucrativo e a lei admite isto. Se é um ato válido então poderá
ser um ato comercial misto. A interpretação do art. 2º, 2º parte punha-se a questão
de saber quando é um ato de natureza estritamente civil, no âmbito desta
interpretação chegou a defender-se que quando a lei fala destes atos, referia-se aos
regulados no CC, tal como a doação. Mas esta não é a melhor interpretação, pois o
trespasse está regulado no CC e ainda assim tem natureza comercial. No caso, é
sempre subjetivamente comercial, mas pertence à esfera profissional de um
comerciante.
R: B é dono do carro de coleção e nada indica que ele foi vendido, teria sido
comprado para revenda, logo é uma compra e venda civil. Trata-se de um ato
subjetivamente comercial? Tem de haver conexão com a atividade geral e quando há
dúvidas, funciona a presunção de comercialidade (a circunstância da parte final do
art. 2º só é ilidida quando se prova que o ato é estranho ao comércio do autor,
quando dessas circunstâncias se poder retirar que esse ato é estranho, a
inconclusividade joga sempre a favor da comercialidade do ato). Logo, é um ato
comercial misto. Um ato formalmente comercial é aquele que só é comercial pela sua
forma, como a subscrição da letra, mas independente desse ato ter ou não alguma
coisa a ver com o comércio, enquanto o ato material é sempre atinente à atividade
comercial. Se o comprador fosse um particular, e estaríamos perante um ato
formalmente comercial, para nenhum dos sujeitos seria um ato comercial. A
subscrição pode não ser um ato formalmente comercial quando estiver associada a
um ato do comerciante.
R: Em pp. o ourives não é comerciante, pois ele produz joias. Esta será uma compra e
venda mercantil para o vendedor, apesar de não ser indicado se é ou não sociedade
comercial, e para o comprador será civil e o contrato não foi cumprido por faltar o
pagamento do preço. O primeiro problema que se coloca é a prescrição – o prazo,
como ele é particular, é de 2 anos, por isso, já está prescrito, o regime prescricional
presuntivo apenas se aplica aos casos de vendas de comerciantes a não comerciantes
(317º, b) CC). Aqui quanto aos bens que responderiam pela divida não se aplicaria o
1691º, 1, d). Aplicar-se-ia a taxa dos juros moratórios, devido ao incumprimento, que
é de 4%, mas como ele não é comerciante teríamos de aplicar o regime especial, este
aplica-se, segundo o 102º §3, esta taxa está fixada na portaria 277/2013 refere como
se aplica a taxa, tendo de tomar por base outra taxa, e diz como é que a taxa será
anunciada. Esta é uma portaria de remissão – 7758/2015, este aviso fixa a taxa em
7,05%. Nunca se aplicaria a taxa do 102 §5, remete para a lei dos atrasos de
pagamento, esta abrange apenas os juros aplicáveis a obrigações comerciais
celebradas entre empresários ou entre empresários e o Estado, o §3 prevê o regime
geral.
III – Os Sujeitos Jurídico-Comerciais
Esta categoria (a par dos auxiliares e caixeiros de comerciantes) não são passiveis
de se designar como comerciantes, mas como trabalhadores subordinados (e não
mandatários), praticam os atos em nome da entidade comercial, os comerciantes
são os seus empregadores, estes sim exercem profissionalmente o comércio por
intermédio ou auxilio de colaboradores.
3. Suponha que Bernardo, para aumentar os seus rendimentos, decide
vender aos Domingos na feira local peças de roupa que adquire a um
fabricante têxtil.
A e B não são comerciantes também não serão por si só comerciantes por serem
as sociedades que a cumprirem as obrigações correspondentes ao exercício do
comercio (18º) – eles exercem o comércio em representação da sociedade.
Funciona como uma representação orgânica em que os atos se reproduzem na
esfera do representado.
O art. 14º, 1 permite demarcar negativa os sujeitos que não podem ser
comerciantes (devido a impedimentos legais) ou que não o são pelo género de
atividades que desenvolvem. A classificação dos atos de “fabrico de compotas e de
bolos” não é passível de ser classificada como um ato comercial, apesar de se
poder integrar no conceito económico de ato comercial pela interposição entre a
procura e o consumo, contudo a conceção jurídica de ato de comércio exclui o
artesanato, algo que nos parece enquadrar-se no caso concreto por se tratarem
de produtores que se servem do trabalho manual e de ferramentas para realizar
as atividades em causa – 230§1, 2º parte e 464º, 3 – e mesmo as próprias
empresas artesanais são excluídas do âmbito comercial. Para esse efeito, C não
pode ser considerada comerciante – a lei exclui algumas atividades do âmbito
comercial. Estaria aqui em falta o requisito, quanto ao exercício de
profissionalidade do comércio, da natureza comercial dos atos praticados, o que
traz consigo a impossibilidade da natureza profissional do atos praticados. Quanto
a D, a sua atividade não se enquadra no 13º, 1 por lhe faltar o requisito da
comercialidade dos atos também praticados por si, a venda de produtos da sua
quinta exclui-se do atos comerciais, pelo 464º, 2 por ser uma atividade acessória à
agricultura.
Quanto à compra de ações, será este um ato de comércio? Segundo o art. 463º, 5
é, e poderemos considerá-lo como um ato de comércio de tipo objetivo, pois a sua
comercialidade resulta do próprio ato, independentemente de o seu autor ser
comerciante ou não, por serem atos regulados no próprio código como é o caso. O
empréstimo por sua vez também poderá ser considerado comercial, segundo o
394º, e poderemos considera-lo um ato comercial acessório ou relativo – estes
não são atos intrinsecamente comerciais, simplesmente são assim classificados por
terem sido praticados em conexão com um ato de comércio absoluto. Estamos
perante uma relação de acessoriedade.
Como o empréstimo serviu para pagar ações que são um ato comercial, este
empréstimo considera-se comercial, logo o empréstimo considera-se uma divida
comercial, contraída pelo cônjuge comerciante – o art. 15º faz presumir que esta
divida foi contraída no exercício do comércio. Assim releva a aplicação do art.
1691º, d) CC. Não é totalmente evidente que tenha sido contraída em proveito
comum (a lei não definiu expressamente proveito comum e por isso entendemo-lo
como um proveito também moral ou material), mas assumimos que sim pois os
lucros gerados por estas ações beneficiariam ambos os cônjuges, e este é um
requisito meramente abstrato pois terá de ser o casal a provar que a divida não foi
contraída no comércio e que não houve proveito comum. Também não sabemos
qual o regime de casamento. Como consequência ambos os cônjuges irão
responder pela divida, ou seja, irá agredir-se o património comum. E assim o
credor só tem de provar que a pessoa é comerciante pois dá-se como presumido
que a divida foi contraída no exercício do comércio e que foi em proveito comum
do casal.
Quanto aos juros: primeiro temos de referenciar que a taxa varia, e o art. 102º
prevê dois regimes de juros moratórios distintos.
Banco – juro comercial (102º CCom.), este é o designado como regime especial –
obrigações comerciais da LAP – [lei dos atrasos dos pagamentos das transações
comerciais DL 62/2013] art. 102º §5, art. 2º, 2; Portaria 277/2013 e ii) aviso
7758/2015 que estabelece a taxa de 8,05%.
Como é que C e D se podem defender? Ou dizem que a divida não era comercial
ou que não foi contraída no exercício do comércio – e por isso afastam a aplicação
do art. 2º e 15º. A outra possibilidade é provar que a divida não foi contraída em
proveito comum, e com isto afastam o 1691º, c). É importante referir que este
proveito comum não é previsto numa vertente meramente financeira, podendo ser
moral ou intelectual – ele é aferido segundo um critério de razoabilidade (afasta-
se, por ex., a negligencia grosseira) e atende-se sempre ao intuito inicial e não ao
resultado produzido.
A não ser que existisse algo excecional, nunca poderíamos considerar que este ato
não era comercial, pois do ato em si não existiam condições cognoscíveis para que
o fornecedor entendesse que o intuito do comerciante era distinto do normal.
(REFERIR O ART. 2º)
Pode a divida ser cobrada? Temos de aplicar a lógica do art. 2º, 2º parte, no
momento, de acordo com as circunstâncias conhecidas pelas partes, tem de se
apurar se os requisitos do 317º estão preenchidos, só se inseria neste art. se se
entendesse que nesse momento C não era comerciante. Em pp., aqui tratar-se-ia
de um prazo geral para a cobrança de dividas – 309º, pelo que a divida ainda
poderia ser cobrada.
Lino – juro comercial (102º CCom.), por se tratar de um divida entre empresário
e empresário (i.e., comerciante e comerciante), este é o designado como regime
especial – obrigações comerciais da LAP – [lei dos atrasos dos pagamentos das
transações comerciais DL 62/2013] art. 102º §5, art. 2º, 2; Portaria 277/2013 e
ii) aviso 7758/2015 que estabelece a taxa de 8,05%. A LAP só refere empresários,
porque o direito comercial está assente no direito da empresa, por isso, o
empresário assumiu as vestes do anterior comerciante. Para o Professor, este é
um DL que também abrange os empresários civis, mas não há garantia de que os
tribunais seguem esta perspetiva. Aqui faz-se uma leitura indistinta entre
comerciante e empresário – há uma certa inconsistência da lei.
Quanto aos bens, pelas dividas contraídas respondem os bens dos cônjuges,
funcionando a presunção do art. 15º - as dividas foram contraídas no exercício do
comércio. O serviço de chá é para oferecer, por isso, o cônjuge poderia provar
que não haveria proveito comum, pelo que aplicaríamos o 1696º (é uma
responsabilidade própria do comerciante) – ilidindo-se a presunção do 15º.
VI – Os Instrumentos Jurídico-Comerciais:
Os Títulos de Crédito
Quanto ao argumento de B, ele recusa-se e por isso não será obrigado a pagar –
o sacado só se vincula pelo aceite (28º). Quando o portador de uma letra a
apresenta ao sacado quer para aceite ou pagamento e o sacado recusa o aceite
ou pagamento, o portador passa a poder atuar em via de regresso quanto aos
obrigados cambiários. Mas para se exercer esse direito de regresso precisa de
estar munido de uma cerificação formal de recusa de aceite ou pagamento que se
designa protesto – ato formal lavrado no notário que certo fica a recusa de aceite
ou pagamento. Só munido por este instrumento é que o pode acionar perante... o
46º consiste em dispensar o portador da letra de certificar formalmente a recusa –
para instaurar a ação de regresso de lavrar o protesto da letra, pode mediante a
simples recusa exercer prematuramente o direito de regresso. Isto torna a posição
do endossante mais onerosa, por não ter a primeira linha de defesa do portador
da letra recusar pelo sacado de se dirigir a si para a pagar, tem primeiro de passar
pelo notário. Esta é uma garantia de primeira linha por bastar a recusa do sacado.
Quanto a D, aplicamos o 48º - ele terá de pagar. Ele invocou a cláusula sem
despesas e sem regresso, mas ao invocar a primeira não fundamentou a
possibilidade de recusa mas um argumento que fundamentava mais o seu dever
de pagamento, independentemente de protesto ou não. Quanto à cláusula sem
regresso, invocada por A, este efeito exoneratório só aproveita ao endossante que
a opôs e não a um endossamento posterior. Pelo que ele não poderia recusar o
pagamento a E.
Esta é uma letra a certo termo de vista (33º), se fosse à vista vencia-se na data da sua
apresentação, neste caso, vence-se a 6 meses depois da data de aceite ou de protesto.
Como foi apresentada em junho, então vencer-se-á em dezembro. Há outro elemento a
ter em atenção, a apresentação ao aceite da letra não pode ser feita pelo seu portador
em qualquer momento, o art. 23º, 1 diz que este tipo de letras devem ser apresentadas
dentro do prazo de 1 ano, portanto, até 1 de março e fê-lo por ter apresentado 3 meses
depois. A letra apresentada é de aceite obrigatório (exceção à natureza facultativa do
aceite). O sacado só a aceitou em parte, o que significa para efeitos dos direitos do
portador, segundo o 26º, o sacado fica vinculado nos termos em que foi aceite. Em
principio, o aceite parcial deveria ser proibido, mas abriu-se neste artigo uma exceção,
pois o portador D tinha um devedor em via principal quanto a metade da quantia
pecuniária mas a recusa do sacado aceitante relativamente ao remanescente legitimava a
lavrar o protesto por falta de aceite.
A letra foi endossada no rosto da folha pelo que será um endosso nulo por vício de forma
– 13º, 1, quando o endosso não seja acompanhado por uma declaração de endosso e
consista apenas numa assinatura ela deverá ser feita nas costas da letra. Se o endosso
não é válido ele não é instituído na posição do endossante. Isto tem consequências na
posição do avalista – 30º e ss. – um terceiro pode vir abalizar a posição cambiaria de
outro obrigado. Esta é uma obrigação independente do abalizado, mas não totalmente.
Só é materialmente autónoma e não formalmente – a contrario a obrigação do avalista já
cai quando a obrigação do ? é nula por vício de forma, é uma nulidade que se transmite à
obrigação do avalista. D ficaria apenas com um aceite parcial porque não tendo o
endosso sido válido, a única obrigação que fica de pé é a do próprio sacado. É um
endosso em branco porque C só assinou.
Livrança – art. 75º diz quais as menções obrigatórias e a falta de qualquer uma delas
teria como consequência a inexistência jurídica da livrança mas há exceções em que
aplicamos o 76º (seria diferente se se indicasse uma modalidade de vencimento atípica) –
são menções em falta mas supríveis pelo que não prejudicam a existência da livrança
(76º 2 e 3). Requisito do 75º, 2 – a cláusula penal viola este requisito pois a quantia
pecuniária global estaria dependente de um facto futuro, e por isso só não viola a
disposição se a cláusula penal já tivesse sido calculada e inserida na quantia. Só há uma
exceção que é o requisito da determinabilidade – art. 5º da lei uniforme (a lei permitiu
em certas letras a estipulação de juros, aqui as cláusulas de juros serão admitidas).
O primeiro cheque foi sacado sem o nome do ..., mas o 5º, 3 diz que o cheque não
precisa de ter necessariamente como beneficiário um tomador. Trata-se de um endosse
em branco – 16º, 1 pois o endosso pode não designar o beneficiário. Bastava que
entregasse tal como o recebeu, pois o cheque é um titulo que pode ser transmitido ao
portador, o B que é titular de um cheque ao portador poderia tê-lo transmitido
manualmente.
Quanto ao segundo cheque, o cheque é sacado em nome de um beneficiário – este é um
cheque pós-datado por ser uma data de emissão posterior à data da sua real emissão.
Mas B veio apresentar o cheque ao banco e ele pagou, segundo o 28º prevalece a data
da apresentação por ser um titulo à vista pagável na data da apresentação. A data da
emissão era relevante para o banco se arrogar de um direito de não pagar quando entre
as datas de emissão e apresentação tivesse ocorrido mais de 8 dias (29º). Num plano
cambiário, o banco tinha o direito e dever de lhe pagar.