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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO SEMI-ÁRIDO


ENGENHARIA MECÂNICA

Prof(a). Msc. Ana Claudia de Melo Caldas Batista

Caraúbas/RN
 Apesar do amplo crescimento/ desenvolvimento/ aperfeiçoamento dos mais
diversos materiais, os metais (principalmente o aço), continua sendo essencial em
vários setores
 Exemplos: carrocerias de automóveis, estruturas metálicas na construção civil,
máquinas dos mais variados tipos...
 Motivo: Características mecânicas (alta resistência mecânica e capacidade de se
deformar sem fraturar) associadas ao custo.

Chassi
Produto
semi-acabado ou
acabado

Tarugo ou Lingote

Conformação Mecânica
Produtos Exemplos

Laminação
Semi-Acabados Trefilação
Extrusão
Conformação
Mecânica Forjamento em matriz
fechada
Estampagem
Acabados
Extrusão
Outros
 Professora: Ana Claudia de Melo Caldas Batista.

 Sala:04

 Horário de atendimento: 5T23 e 6T23

 Email: Ana.Batista@ufersa.edu.br
 Proporcionar subsídio para que os alunos possam entender as variáveis
envolvidas e o fundamento sobre os vários processos de conformação mecânica:
laminação, forjamento, extrusão, trefilação, estampagem, cunhagem e
repuxamento.

 Exposições dialogadas, atividades individuais e/ou em grupo; exercícios e seminários.

 Quadro branco, projetor multimídia e internet.

 Provas individuais (objetivas / subjetivas) e trabalhos temáticos grupais (seminários).


• Conformação: Introdução aos aspectos metalúrgicos dos
processos de conformação plástica; Processos de
laminação, de forjamento, de extrusão, de trefilação, de
estampagem, de corte por matrizes de estampagem e
conformação em geral.
• Variáveis envolvidas nos processos de conformação.
 Apresentação da disciplina
 Tensões e deformações
 Elasticidade e plasticidade
 Atrito e lubrificação
 Fatores metalúrgicos na conformação mecânica dos metais
 Primeira Avaliação (29/04/2015)
 Métodos analíticos para solução de problemas na conformação
mecânica
 Trefilação e extrusão
 Forjamento
 Segunda Avaliação (10/06/2015)
 Laminação
 Estampagem
 Outros processos de conformação mecânica
 Terceira Avaliação (15/07/2015)
 Reposição (18/07/2015) e Quarta Prova (22/07/2015)
REFERÊNCIAS OBRIGATÓRIAS
 CETLIN, P. R. e HELMAN, H. Fundamentos da Conformação Mecânica dos Metais. 2ª ed.
São Paulo: Artliber. 2005.
 CHIAVERINI, V. Tecnologia Mecânica – Volume 2. 2ª ed. Makron, 1996.
 SCHAEFFER, L. Conformação Mecânica. 3ª ed. Porto Alegre: Impressa Livre, 2009
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES:
 KALPAKJIAN, S. e SCHMID, S. Manufacturing Engineering & Technology. 7th ed. Prentice
Hall, 2014.
 BRESCIANE FILHO, E. Conformação Plástica dos Metais. 5ª ed. Editora da UNICAMP, 1997.
 TELECURSO 2000. Ensino Profissionalizante - Processos de Fabricação. Editora Globo,
2000.
 SANGUINETTI FERREIRA, R. S. Conformação Plástica: Fundamentos Metalúrgicos e
Mecânicos, Editora da UFPE, 2008.
 CALLISTER, W. JR. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução. 7ª ed. Rio de
Janeiro: Editora LTC, 2008.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SEMI-ÁRIDO
ENGENHARIA MECÂNICA

Prof(a). Msc. Ana Claudia de Melo Caldas Batista

Caraúbas/RN
 Conformação Mecânica:
 Operação onde se aplicam solicitações mecânicas em metais, que
respondem com uma mudança permanente de dimensões e
consequentemente alteração das propriedades do metal.

 Figura: Representação esquemática dos


processos de conformação mecânica
(CHIAVERINI, p. 55)
Estudo do
equipamento
Na conformação
tradicionalmente Deformação
realiza-se: Plástica
Estudo da
Estrutura Cristalina (Física dos sólidos e
deformação do
Metalurgia física) – Avaliação qualitativa
metal
Deformação
Elástica
Abordagem através da mecânica dos
meios contínuos - Avaliação quantitativa

 Quando necessário deve-se estudar ambas possibilidades.


MAIS
MECÂNICA DO CONTÍNUO
Solicitação Resposta UTILIZADA
FÍSICA DOS SÓLIDOS

 OBS: DURANTE O DESENVOLVIMENTO DO PRESENTE ESTUDO COMUMENTE SE


CONSIDERAM CORPOS ISÓTROPICOS, HOMOGÊNEOS E CONTÍNUOS.
 Tensão
 Para descrever o nível de solicitação
de um corpo, é necessário considerar a
força aplicada a este corpo e área
sobre a qual ela age.

𝐹
𝑇=
𝐴

 Figura: Corpos diferentes seções transversais


submetidos ao mesmo esforço. (CETLIN E
HELMAN, p.16)
 No caso mais geral, tem-se um corpo genérico submetido a várias
forças (figura a seguir) , e deseja-se saber a qual grau de solicitação
ele está submetido.

 Neste caso, a análise será feito


ponto a ponto por ponto do
corpo, passando por um ponto
genérico P

 Figura: Corpo submetido a esforços. O ponto


P pertence ao corpo. (CETLIN E HELMAN,
p.18)
 Caso mais geral :  Se o corpo estava originalmente em
equilíbrio, para se isolar somente sua
parte à esquerda do corte, mantendo
ainda o equilíbrio desta parte, deve-se
aplicar em todos os pontos desta seção
forças convenientes. Define-se a tensão
média :
∆𝐹
𝑇=
∆𝐴
 A tensão no ponto P deveria considerar
uma área muito pequena, e seria dado
 Figura: Procedimento para determinação da por:
tensão no ponto P. (CETLIN E HELMAN, p.19)
∆𝐹
𝑇𝑃 = lim
∆𝐴→0 ∆𝐴
OBS: Destacar a influência da escolha da área (pontual ou região)
 Decomposição da tensão.  A tensão normal 𝜎 como a componente
de 𝑇 agindo segundo o eixo 𝑛 e de
modulo:
∆𝐹 cos 𝛼
𝜎=
∆𝐴
 Define como tensão de cisalhamento 𝜏
como a componente de 𝑇 , que age
segundo a reta interseção do plano de
corte definido por 𝑇 e o eixo 𝑛 e de
modulo, de módulo
∆𝐹 sen 𝛼
𝜏=
∆𝐴
 Distribuição das forças no plano 1 é
diferente da distribuição de forças no plano
2.
 A tensão em P deve ser avaliada para cada
plano de corte.

 Figura: Variação de 𝑇 com o plano de corte.


(CETLIN E HELMAN, p.21)
 “A tensão em cada ponto da seção será igual à tensão média agindo em toda seção”
 Para todos os pontos da seção ∆𝐴1 , ter-se-ia:
∆𝐹 ∆𝐹
𝑇= ; Além disso, 𝑇1 = = 𝑇1
∆𝐴1 ∆𝐴1
 O caso mais geral do corte cilíndrico é caracterizado pelo ângulo 𝛼. No caso de ∆𝐴1 ,
tem-se:𝛼 = 0, 𝜎1 = 𝑇1 , 𝜏1 = 0

 Considerando ∆𝐴, a força a ser considerada ainda é ∆𝐹 , mas a área sobre a qual ela

age não é mais ∆𝐴1

∆𝐹 ∆𝐹 cos 𝛼 ∆𝐹 cos 𝛼 𝝈𝟏
𝑇= → σ= = = 𝜎1 cos² 𝛼 → 𝝈 = 𝟏 + 𝒄𝒐𝒔 𝟐𝜶
∆𝐴 ∆𝐴 ∆𝐴1 𝟐
cos 𝛼
∆𝐹 sen 𝛼 ∆𝐹 sen 𝛼 ∆𝐹
𝜏= = = sen 𝛼 cos 𝛼
∆𝐴 ∆𝐴1 ∆𝐴1
cos 𝛼
Logo,
𝝈𝟏
𝝉 = 𝝈𝟏 𝒔𝒆𝒏 𝜶 𝒄𝒐𝒔 𝜶 = 𝒔𝒆𝒏 𝟐𝜶
𝟐
Analisando as equações:
 A tensão 𝜎 é máxima para 𝛼 = 0° e 𝜎 = 𝜎1 ; Neste plano, 𝜏 = 0; 𝜏 ainda é nulo

para 𝛼 = 90°, onde 𝜎 é mínimo 𝜎 = 0.


 Os planos onde 𝜏 é nulo são ortogonais.

 A tensão 𝜏 é máxima para 𝛼 = 45°, ou seja, em um plano fazendo 45° com o

planos que age 𝜎𝑚á𝑥 . Além disso, 𝜎𝑚á𝑥 =𝜎1 /2.


Revisando: Cap. 9 – Hibbeler

 Figura:(HIBBELER, p.343)

Componentes de tensão podem se transformar em um elemento caso tenha uma orientação diferente.

 Figura:(HIBBELER, p.344)
𝑅𝑒𝑙𝑎çõ𝑒𝑠 𝑇𝑟𝑖𝑔𝑜𝑛𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎𝑠
sin 2𝜃 = 2 sin 𝜃 cos 𝜃
sin² 𝜃 = 1 − cos 2𝜃 /2
Revisando: Cap. 9 – Hibbeler cos² 𝜃 = 1 + cos 2𝜃 /2

 Equações Gerais de Transformação de Tensão para o Estado Plano

 Figura:(HIBBELER, p.347)
𝑅𝑒𝑙𝑎çõ𝑒𝑠 𝑇𝑟𝑖𝑔𝑜𝑛𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎𝑠
sin 2𝜃 = 2 sin 𝜃 cos 𝜃
sin² 𝜃 = 1 − cos 2𝜃 /2
Revisando: Cap. 9 – Hibbeler cos² 𝜃 = 1 + cos 2𝜃 /2

 Equações Gerais de Transformação de Tensão para o Estado Plano

+↗ 𝐹𝑥 ′ = 0; 𝜎𝑥 ′ ∆𝐴 − 𝜏𝑥𝑦 ∆𝐴 sin 𝜃 cos 𝜃 −


𝜎𝑦 ∆𝐴 sin 𝜃 sin 𝜃 − 𝜏𝑥𝑦 ∆𝐴 cos 𝜃
sin 𝜃 − 𝜎𝑥 ∆𝐴 cos 𝜃 cos 𝜃 = 0

𝜎𝑥 ′ = 𝜎𝑥 cos² 𝜃 + 𝜎𝑦 sin² 𝜃 + 𝜏𝑥𝑦 2 sin 𝜃 cos 𝜃


𝝈𝒙 + 𝝈𝒚 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚
𝝈𝒙′ = + 𝒄𝒐𝒔 𝟐𝜽 + 𝝉𝒙𝒚 𝒔𝒊𝒏 𝟐𝜽
𝟐 𝟐
𝝈𝒙 + 𝝈𝒚 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚
𝝈 𝒀′ = − 𝒄𝒐𝒔 𝟐𝜽 − 𝝉𝒙𝒚 𝒔𝒊𝒏 𝟐𝜽
𝟐 𝟐

+↖ 𝐹𝑦′ = 0; 𝜏𝑥 ′ 𝑦′ ∆𝐴 + 𝜏𝑥𝑦 ∆𝐴 sin 𝜃 sin 𝜃 − 𝜎𝑦 ∆𝐴 sin 𝜃 cos 𝜃 − 𝜏𝑥𝑦 ∆𝐴 cos 𝜃 cos 𝜃 + 𝜎𝑥 ∆𝐴 cos 𝜃 sin 𝜃 = 0

𝝈𝒙 − 𝝈𝒚
𝜏𝑥 ′ 𝑦′ = 𝜎𝑦 − 𝜎𝑥 sin 𝜃 cos 𝜃 + 𝜏𝑥𝑦 cos² 𝜃 − sin² 𝜃 → 𝝉𝒙′ 𝒚′ = − 𝒔𝒊𝒏 𝟐𝜽 + 𝝉𝒙𝒚 𝒄𝒐𝒔 𝟐𝜽
𝟐
Revisando: Cap. 9 – Hibbeler

 TENSÕES PRINCIPAIS e TENSÃO DE CISALHAMENTO MÁXIMA NO PLANO


 Percebe-se que tanto 𝜎𝑥′ quanto 𝜏𝑥 ′ 𝑦′ dependem do ângulo 𝜃.
 Na prática, normalmente se determina a orientação dos planos que fazem a tensão
normal chegar ao máximo e ao mínimo (Tensões principais), bem como a orientação
dos planos que fazem a tensão de cisalhamento chegar ao máximo (Tensão de
cisalhamento máxima).

 Figura: Tensões Princiapis  Figura: Adaptada – Tensão de cisalhamento


(HIBBELER, p.350) máxima no plano(HIBBELER, p.355)
Revisando: Cap. 9 – Hibbeler

 TENSÕES PRINCIPAIS
 Para determinar a tenção máxima e mínima deve-se:
𝝈𝒙 + 𝝈𝒚 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝒅𝝈𝒙′ 𝝉𝒙𝒚
𝝈𝒙′ = + 𝒄𝒐𝒔 𝟐𝜽 − 𝝉𝒙𝒚 𝒔𝒊𝒏 𝟐𝜽 → =𝟎→ 𝐭𝐚𝐧 𝟐𝜽𝒑 =
𝟐 𝟐 𝒅𝜽 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 /𝟐

 Determinar as 2 raízes, para isso deve-se


encontrar o 𝒔𝒊𝒏 𝟐𝜽 e 𝒄𝒐𝒔 𝟐𝜽 e substituir em 𝝈𝒙′ .
 𝟐𝜽𝒑𝟏 e 𝟐𝜽𝒑𝟐 são defasados 𝟏𝟖𝟎°
 𝜽𝒑𝟏 e 𝜽𝒑𝟐 são defasados 𝟗𝟎°

𝝈𝒙 + 𝝈𝒚 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐
𝟐
𝝈𝟏,𝟐 = + + 𝝉𝒙𝒚
𝟐 𝟐

OBS: No plano de tensões principais não vai existir cisalhamento.


Revisando: Cap. 9 – Hibbeler

 TENSÕES PRINCIPAIS
 Exercício: O estado de tensão em um ponto é mostrado no elemento. Determinar as
tensões principais, especificar a orientação do elemento.
 Considerando-se o caso do ensaio de tração, notou-se que é possível achar planos
de corte do corpo de prova onde a tensão de cisalhamento (𝜏) é nula, e que nestes
planos a tensão normal (𝜎) é máxima ou mínima. Estes planos são ortogonais entre
si, chamados de planos principais.

𝜎1 ≥ 𝜎2 ≥ 𝜎3 → Tensões principais
Revisando: Cap. 9 – Hibbeler

 TENSÕES DE CISALHAMENTO MÁXIMA E TENSÕES NORMAIS


 Para determinar a tenção máxima e mínima deve-se:
𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝒅𝝉𝒙′ 𝒚′ 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 /𝟐
𝝉𝒙′ 𝒚′ = − 𝒔𝒊𝒏 𝟐𝜽 + 𝝉𝒙𝒚 𝒄𝒐𝒔 𝟐𝜽 → =𝟎→ 𝐭𝐚𝐧 𝟐𝜽𝒄 = −
𝟐 𝒅𝜽 𝝉𝒙𝒚

 Determinar as 2 raízes, para isso deve-se


encontrar o 𝒔𝒊𝒏 𝟐𝜽 e 𝒄𝒐𝒔 𝟐𝜽 e substituir em 𝝉𝒙′𝒚′ .
 𝟐𝜽𝒄𝟏 e 𝟐𝜽𝒄𝟐 são defasados 𝟗𝟎°
 𝜽𝒄𝟏 e 𝜽𝒄𝟐 são defasados 𝟒𝟓°

𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐 𝝈𝒙 + 𝝈𝒚
𝟐
𝝉𝑴á𝒙 𝒏𝒐 𝑷𝒍𝒂𝒏𝒐 = + 𝝉𝒙𝒚 𝒆 𝝈𝑴é𝒅 =
𝟐 𝟐
Revisando: Cap. 9 – Hibbeler

 TENSÕES DE CISALHAMENTO MÁXIMA E TENSÕES NORMAIS


 Exercício: O estado de tensão em um ponto é mostrado no elemento. Determinar as tensões de
cisalhamento máxima e a tensão normal, especificar a orientação do elemento.
Revisando: Cap. 9 – Hibbeler

 Círculo de Mohr – Estado Plano de Tensões


 O Círculo de Mohr permite visualizar as equações de transformação de tensões têm uma
solução gráfica que, em geral, é mais fácil.
 Reescrevendo as equações 𝜎𝑥 ′ e 𝜏𝑥 ′ 𝑦′
𝝈𝒙 + 𝝈𝒚 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚
𝝈𝒙′ − = 𝒄𝒐𝒔 𝟐𝜽 − 𝝉𝒙𝒚 𝒔𝒊𝒏 𝟐𝜽
𝟐 𝟐
𝝈𝒙 − 𝝈𝒚
𝝉𝒙′ 𝒚′ = − 𝒔𝒊𝒏 𝟐𝜽 + 𝝉𝒙𝒚 𝒄𝒐𝒔 𝟐𝜽
𝟐
 O Parâmetro 𝜽 pode ser eliminado elevando ao quadrado cada uma das equações e
adicionando-as. O resultado é:
2 𝟐
𝝈𝒙 + 𝝈𝒚 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚
𝝈𝒙′ − + 𝝉𝒙′ 𝒚′ 𝟐 = + 𝝉𝒙𝒚 𝟐 𝒅𝒆 𝒇𝒐𝒓𝒎𝒂 𝒔𝒊𝒎𝒑𝒍𝒊𝒇𝒊𝒄𝒂𝒅𝒂: 𝝈𝒙′ − 𝝈𝑴é𝒅 𝟐 + 𝝉𝒙′ 𝒚′ 𝟐 = 𝑹𝟐
𝟐 𝟐

𝝈𝒙 + 𝝈𝒚 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐
𝝈𝑴é𝒅 = 𝑹= + 𝝉𝒙𝒚 𝟐
𝟐 𝟐
Revisando: Cap. 9 – Hibbeler

 Círculo de Mohr – Estado Plano


de Tensões

 Figuras: (HIBBELER,
p.362 e 363)
Revisando: Cap. 9 – Hibbeler

 Círculo de Mohr – Estado Plano de Tensões


 Exercício: A carga aplicada, o elemento no ponto A do cilindro maciço da figura a seguir
está sujeito ao estado plano de tensão mostrado. Determinar as tensões principais que
atuam nesse processo.

 Figuras: (HIBBELER,
p.365 e 366)
 Considerando um corpo de duas dimensões (uma chapa fina, por exemplo),
carregando somente em seu plano, demonstra-se que para cada ponto deste
corpo, é sempre possível achar dois planos de corte, perpendiculares entre si,
onde age somente 𝜎. Estes são os planos principais. O terceiro plano principal será
a chapa, onde 𝜏 é nulo. A figura a seguir mostra um quadrado de metal, extraído de
uma chapa de tal forma que seus lados sejam os planos principais 1 e 2. Deseja-se
agora determinar as tensões 𝜎 e 𝜏 no plano genérico A, fazendoo ângulo 𝛼 com o
plano onde age 𝜎1 . 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑎𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜
OB = σ 𝑒 𝐴𝐵 = 𝜏

Ponto A = Plano
Genérico
 O ponto A do círculo corresponde ao plano genérico A da figura;
 No caso do plano 1 e 2 da figura, 𝛼 é nulo. Pode-se perceber comparando com o
círculo.
 A 𝜏𝑚á𝑥 está no ponto D, para 2𝛼 = 90° 𝑒 𝛼 = 45°

Para estabelecer a correspondência entre a figura e o círculo, deve-se


lembrar:
 Os ângulos 2𝛼 𝑒 𝛼 são contados no mesmo sentido;
 Se 𝜏 é positivo, provoca giro do plano A em torno de 0 no sentido horário.
Revisando: Cap. 9 – Hibbeler

 Generalizando para três dimensões


 Considerando: Os Planos 1, 2 e 3 são planos principais passando pelo ponto P
(tensão triaxial).
 Se virmos o elemento em 3 dimensões, isto é, nos planos 𝑦 ′ − 𝑧 ′ , 𝑥 ′ − 𝑧 ′ 𝑒 𝑥 ′ − 𝑦 ′ ,
poderemos então usar o circulo de Mohr para determinar a tensão de
cisalhamento máxima no plano em cada caso.

 Figuras: (HIBBELER, p.374 e 375)


Revisando: Cap. 9 – Hibbeler

 Pelo círculo:
𝝈𝒊𝒏𝒕 − 𝝈𝒎í𝒏 𝝈𝒊𝒏𝒕 + 𝝈𝒎í𝒏
𝜏𝑥′𝑦′ = 𝝈𝒎é𝒅 =
𝑚á𝑥 𝟐 𝟐
𝝈𝒎á𝒙 −𝝈𝒎í𝒏
 Figuras: (HIBBELER, p. 375)
𝜏𝑚á𝑥 𝑎𝑏𝑠 = → Definida pelo círculo com maior raio
𝟐
𝝈𝒎á𝒙 + 𝝈𝒎í𝒏
𝝈𝒎é𝒅 =
𝟐

O elemento com esses componentes de tensão deve


ser orientado a 45° em relação a posição do emento.
Revisando: Cap. 9 – Hibbeler

 Exemplo: Em virtude do carregamento aplicado, o


elemento no ponto da estrutura está sujeito ao
estado plano de tensões mostrado. Determinar as
tensões principais e a tensão de cisalhamento
máxima absoluta nesse ponto.

 Figuras: (HIBBELER, p. 377)


A ilustração mostra dois estados simples de
tração, mostrando ainda planos onde atua a
máxima tensão de cisalhamento.

 Figura: Extensão de círculo de Mohr a


três dimensão (CELTIN E HELMAN, p.
28)
 Figura: Tensão de cisalhamento
agindo no ponto P (CELTIN E
HELMAN, p. 28)
Estado de tração Pura

 Considera-se que A adição de 𝜎2 (tração) não altera a tensão


a deformação máxima de cisalhamento → A resistência
plástica começa básica do metal a deformação fica
quando as
inalterada.
máximas tensões
de cisalhamento
atuantes no corpo A adição de 𝜎3 (tração) diminui 𝜏𝑚á𝑥 𝑎𝑏𝑠 ;
atingem certos Eventualmente se 𝜎1 = 𝜎2 = 𝜎3 , Estado
valores críticos. hidrostático de tensão, os círculos de
Logo, serão Mohr confundem-se em um ponto , e
analisados os 𝜏𝑚á𝑥 𝑎𝑏𝑠 = 0. Neste caso não ocorreria
valores máximos deformação plástica.
dessas tensões,
com o círculo de
Mohr em 3 A adição de 𝜎3 (compressão) aumenta
dimensões: 𝜏𝑚á𝑥 𝑎𝑏𝑠 ; tornando a deformação plástica
 Figura: Exemplos de mais fácil para no mesmo valor de 𝜎1 .
Círculo de Mohr para
diferentes estados de
tensão (CELTIN E HELMAN,
p. 30)
 O ENSAIO DE TRAÇÃO

A medida que a tensão aplicada vai


crescendo , o círculo de Mohr
correspondente vai se expandindo, até
alcançar o limite de resistência a tração
(ponto D). A partir desse ponto ocorre
uma estricção no corpo de prova , e o
estado de tensões não é mais tração pura.

 Figura: Círculo de Mohr para para um ensaio


de tração (CELTIN E HELMAN, p. 31)
 TREFILAÇÃO DE ARAMES
 A tensão necessária para trefilar o material 𝝈𝒕𝒓𝒆𝒇 deve estar abaixo do limite de
escoamento da barra que já passou pela fieira.
Percebe-se que a fieira muda o estado plano de
tensões no arame em relação à tração pura, pela
imposição de uma tensão de compressão. A
consequência disso é um aumento de 𝜏𝑚á𝑥 sem
necessidade do aumento de 𝜎1 , o que levaria a um
aumento inaceitável de 𝝈𝒕𝒓𝒆𝒇 .

A deformação plástica ocorrerá com mais facilidade


dentro da ferramenta cônica e não haverá perigo de
deformação plástica ou estricção e fratura na barra
trefilada, devido a valores excessivos de 𝝈𝒕𝒓𝒆𝒇 .
 Figura: Estudo
aproximado de
tensões e Círculo
de Mohr
correspondente
para o caso de
trefilação (CELTIN
E HELMAN, p. 32)
 O ENSAIO DE TORÇÃO

O fato de 𝜎1 está agindo a 45° com o eixo


da barra explica a ocorrência de fraturas
frágeis à torção em “orelhas de lobo”
enquanto fraturas que ocorrem sob ação
de 𝜏𝑚á𝑥 (dúcteis) ocorrem a 90° com o
eixo do arame.

 Figura: Análise das tensões no ensaio de


torção (CELTIN E HELMAN, p. 34)  Figura: Fraturas na torção: frágil (a) e dúctil (b) (CELTIN E HELMAN, p. 34)
 Realizando uma análise da forma de expressar resposta (Deformação) devido a
solicitação (Tensão)
• A deformação é adimensional, e
frequentemente, é expressa sob forma de
porcentagem, utilizando-se a equação
∆ℓ abaixo:
𝑒=
ℓ0
∆ℓ
𝑒= × 100
ℓ0

Observa-se que a deformação inicial,


sempre está em função ao
comprimento original da barra.
 Figura: Extensão do fio sob ação de 2∆ℓ
forças (CELTIN E HELMAN, p. 35) Por exemplo, para o caso c : 𝑒 ′ = ℓ0
As equações anteriormente discutidas não reproduzem fielmente o
que ocorre. Considerando a deformação final do fio...

∆ℓ ∆ℓ
+
ℓ0 ℓ0 + ∆ℓ
Se continuasse, considerando os mesmos incrementos infinitesimais
de comprimento dℓ, a deformação seria:
ℓ=ℓ𝑓
dℓ dℓ dℓ dℓ dℓ
+ + + ⋯+ ≅
ℓ0 ℓ0 + dℓ ℓ0 + 2dℓ ℓ𝑓 − dℓ ℓ
ℓ=ℓ𝑜
Tomando o limite da somatória acima para infinitas etapas de
alongamento, teríamos:
ℓ𝑓 ℓ𝑓
Uma grande
 Figura: vantagem
Extensão daação
do fio sob deformação
de dℓ
forças (CELTIN E HELMAN, p. 35) 𝜀= = ln = ln(1 + 𝑒)
verdadeira é que se podem somar os ℓ𝑜 ℓ ℓ0
incrementos de deformação sofridos
pelo corpo, obtendo-se no final a A grandeza 𝜀 é denominada deformação verdadeira ou logarítmica,
deformação total, o que não ocorre e seu valor é sempre menor que o de 𝑒, mas, para pequenas
para deformação convencional. deformações, a diferença é pequena.
Define-se a deformação por cisalhamento 𝛾 como a
variação angular:
𝛾 = 𝜃1 + 𝜃2
Os ângulos 𝜃1 𝑒 𝜃2 são positivos nas direções
indicadas na figura. Quando esses ângulos são
pequenos, pode-se escrever:

𝑎 𝑏
𝛾= + = 𝑡𝑔𝜃1 + 𝑡𝑔𝜃2
ℎ1 ℎ2

Para Rotação Rígida (𝜃1 = 𝜃2 ), tem-se:

𝛾 𝜃1 + 𝜃2
=
 Figura: Deformação sob a ação de 2 2
tensões de cisalhamento (CELTIN E
HELMAN, p. 37)
À medida que o
quadrado vai se
inclinando, vai
variando o grau de
deformação linear
e de cisalhamento.

Observação: No
caso de tensões,
Não ocorre quando se varia o
deformação por plano de corte,
cisalhamento, variavam 𝜎 e 𝜏.
somente Aqui, se considera
deformação linear. os lados dos
quadrados como
 Figura: Variação da deformação linear e de cisalhamento planos de corte,
com a inclinação do quadro base (CELTIN E HELMAN, p. 39) também variam 𝜀 e
𝛾 com a posição do
corte.
 Em analogia ao caso de tensões, pode-se mostrar:
 É sempre possível encontrar, para cada ponto do corpo carregado, três direções
mutuamente perpendiculares, nas quais a deformação angular é nula;
 As deformações lineares que ocorrem normalmente nos planos em questão
correspondem a extremos, ou seja, uma delas 𝑒1 é a maior deformação linear, uma
delas 𝑒3 é a menor, e a Terceira representa um valor intermediário.
 Possível construir círculos de Mohr para deformações; na abscissa as deformações
lineares 𝑒 e, na ordenada, a deformação por cisalhamento 𝛾/2 ;
 Sabendo 𝑒1 , 𝑒2 e 𝑒3 , é possível conhecer 𝛾/2, para qualquer plano com uma certa
inclinação em relação aos planos onde agem 𝑒1 , 𝑒2 e 𝑒3 .
 𝑒1 , 𝑒2 e 𝑒3 são as deformações principais e são colineares com 𝜎1 , 𝜎2 e 𝜎3 , para materiais
isotrópicos .
 O volume original: 𝑉0 = ℓ 1 ℓ 2 ℓ 3
 Após a aplicação das tensões 𝜎1 , 𝜎2 e 𝜎3
ℓ1′ = ℓ 1 1 + 𝑒1 ℓ′2 = ℓ 2 1 + 𝑒2 ℓ′3 = ℓ 3 1 + 𝑒3
 O volume final do paralelepípedo será:
𝑉𝑓 = ℓ 1 ℓ 2 ℓ 3 1 + 𝑒1 1 + 𝑒2 1 + 𝑒3
𝑉𝑓 = ℓ 1 ℓ 2 ℓ 3 (1 + 𝑒1 + 𝑒2 + 𝑒3 + 𝑒1 𝑒3 + 𝑒1 𝑒3 + 𝑒2 𝑒3 + 𝑒1 𝑒2 𝑒3
 Se as deformações 𝑒1 , 𝑒2 e 𝑒3 forem pequenas, pode-se escrever:
𝑉𝑓 = ℓ 1 ℓ 2 ℓ 3 (1 + 𝑒1 + 𝑒2 + 𝑒3 )
 Define-se deformação volumétrica como:
𝑉𝑓 − 𝑉0
∆=
𝑉0
 Logo: ∆ = 𝑒1 + 𝑒2 + 𝑒3

 Figura: Pequeno corpo


sujeito a tensões normais Observação: Se fosse considerado atuando sobre o paralelepípedo um
(CELTIN E HELMAN, p. 39) estado plano de tensões geral (tensões normais e tangenciais), sua
deformação incluiria deformações angulares além das normais.
 - CETLIN, P. R. e HELMAN, H. Fundamentos da Conformação Mecânica dos Metais.
2ª ed. São Paulo: Artliber. 2005.
 - CHIAVERINI, V. Tecnologia Mecânica – Volume 2. 2ª ed. Makron, 1996.
 HIBBELER, R. C.. Resistência dos Materiais. 5ª ed. Person Prentice Hall,2004.

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