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A Lei Básica, em 1992, declarou que a Arábia Saudita é uma monarquia governada pelos descendentes de Ibn Saud.

Também declarou
o Alcorão como a constituição do país, governado com base na lei islâmica.[68]

Questões criminais são julgadas em tribunais da Sharia no país. Esses tribunais exercem autoridade sobre toda a população. Casos envolvendo
pequenas penalidades são julgados em tribunais sumários da Sharia. A maioria dos crimes graves são julgados em tribunais da Sharia de
questões comuns. Tribunais de recurso julgam os recursos dos tribunais da Sharia. [68]

Causas também podem ser julgados em tribunais da Sharia, com uma exceção: os xiitas podem julgar casos desse tipo em seus próprios
tribunais. Outros processos cíveis, incluindo os que envolvem queixas contra o governo e a execução de sentenças estrangeiras, são submetidos
inicialmente a tribunais administrativos especializados, tais como a Comissão para a Resolução de Conflitos Laborais e o Conselho de Queixas. [68]

O Alcorão é a constituição oficial do país e a primeira fonte de direito civil. A Arábia Saudita é o único país que transformou um texto religioso em político. [69]

As principais fontes de direito saudita são a fiqh hambali, consagrada em vários tratados acadêmicos especificados por juristas competentes,
outras escolas de direito, as regulamentações estatais e decretos reais (quando estes são relevantes), e o costume e a prática.[70]

O sistema legal saudita prescreve pena de morte ou castigo físico, incluindo amputação das mãos e dos pés para certos crimes,
como apostasia ou blasfêmia,[71]assassinato, roubo, estupro, contrabando de drogas, atividade homossexual e adultério. O roubo é punível com a
amputação da mão, embora raramente seja fixada para a primeira ofensa. Os tribunais podem impor outras penas severas, como flagelações para
crimes menos graves contra a moralidade pública, como a embriaguez.[72] Homicídio, morte acidental e lesão corporal estão abertas à punição pela
família da vítima. Retribuição pode ser pedida em espécie ou através de dinheiro. O dinheiro de sangue a pagar pela morte acidental de uma
mulher ou de um homem cristão[73] é a metade do que para um homem muçulmano.[74]

Todos os outros (hindus, budistas e sikhs) são avaliados em 1/16 daquele valor. A principal razão para isto é que, de acordo com a lei islâmica, os
homens devem ser os fornecedores para as suas famílias e, portanto, espera-se que ganhem mais dinheiro em suas vidas; o que ,no entanto,
cada vez menos se verifica nas sociedades modernas. O dinheiro de sangue de um homem deveria sustentar sua família, pelo menos durante um
curto período de tempo. Os assassinatos devido à "honratambém não são punidos tão severamente como o assassinato comum. Isto geralmente
decorre do fato de que os assassinatos devidos à "honra" - além de vitimarem na sua maioria mulheres - ocorrem dentro de uma família e são
considerados como compensadores de algum ato 'desonroso' cometido. A escravidão só foi abolida em 1962. Muitas leis relacionadas a
esta[necessário esclarecer] implicam punições severas, como flagelações por ingressar com o tipo incorreto de visto.[28]

Devido a religião, a Árabia Saudita era o único país onde as mulheres estavam proibidas de dirigir, até Junho de 2018.[75][76]

Direitos humanos[editar | editar código-fonte]


Ver artigo principal: Direitos das mulheres na Arábia Saudita

Em 2014, o escritor saudita Raif Badawi foi condenado a 10 anos de prisão e 1000 chibatadas por "insultar o Islã"

A Arábia Saudita tem sido muito criticada por seu histórico de desrespeito aos direitos humanos. As questões que têm atraído fortes críticas
incluem a posição extremamente desvantajosa das mulheres dentro da sociedade saudita, a discriminação religiosa e a falta de liberdade
religiosa e política. Entre 1996 e 2000, a Arábia Saudita aderiu a quatro convenções da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre direitos
humanos e, em 2004, o governo aprovou a criação da Sociedade Nacional para os Direitos Humanos (SNDH), composta por funcionários do
governo, para monitorar sua implementação. As atividades da SNDH têm sido limitadas e subsistem dúvidas sobre a sua neutralidade e
independência. [77] A Arábia Saudita continua a ser um dos poucos países do mundo que não aceitam a Declaração Universal dos Direitos
Humanos da ONU. Em resposta às críticas contínuas de seu histórico de direitos humanos, o governo saudita aponta para o caráter islâmico
especial de seu país e afirma que isso justifica uma ordem social e política diferente da do resto do mundo. [78]

O britânico Ziauddin Sardar, de origem paquistanesa, comentaː "O Estado Islâmico sempre existiu, é a Arábia Saudita”. E continuaː "Se olharmos
para as leis que o ISIS pratica são exactamente as mesmas em vigor na Arábia Saudita (onde as mulheres têm de ter um guardião masculino e
andar cobertas, e crimes como a blasfémia são sentenciados como chicotadas ou alguém que tenha cometido adultério pode ser condenado à
morte). Só há uma diferença entre o ISIS e a Arábia Saudita, a Arábia Saudita comete as suas atrocidades atrás de uma cortina enquanto o ISIS
transforma as suas atrocidades em vídeos do YouTube. O ano passado, (refere-se a 2014) na verdade, mais pessoas foram executadas na Arábia
Saudita [oficialmente, 151] do que pelo ISIS."[79] O escritor e jornalista argelino Kamel Daoud, tem opiniões semelhantes.[80]
O Departamento de Estado dos Estados Unidos considera a "discriminação contra as mulheres um problema significativo" na Arábia Saudita e
observa que as mulheres têm poucos direitos políticos devido a políticas discriminatórias do governo local.[81]

Praça Dira, em Riade, onde pessoas são regularmente decapitadas e têm membros amputados.[82][83][84]

Um relatório especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a violência doméstica em 2008, notou a ausência de leis que criminalizem
a violência contra as mulheres.[81] Um relatório produzido pelo Fórum Econômico Mundial de 2010 sobre igualdade de gênero classificou a Arábia
Saudita no 129º lugar entrem os 134 países avaliados.[85]

Sob a lei saudita, cada mulher adulta deve ter um parente do sexo masculino como seu "guardião".[81] Como resultado, a organização Human
Rights Watch descreve a situação jurídica das mulheres sauditas como equivalente a de um menor de idade, com pouca autoridade legal sobre a
sua própria vida. As autoridades governamentais podem forçar as mulheres a obter a permissão legal de um guardião masculino para viajar,
estudar ou trabalhar.[86] O guardião está legalmente autorizado a fazer uma série de decisões críticas em nome de uma mulher. [81][86][87]

Em 11 de Março de 2002, os próprios jornais sauditas noticiaram que a Mutaween (polícia religiosa) tinha impedido a fuga de estudantes de uma
escola em chamas em Meca, porque as meninas não estavam usando o vestuário islâmico - hijab e abayas. 15 meninas morreram no incêndio e
mais de 50 outras ficaram feridas.[88]

Em Abril de 2017, a Arábia Saudita foi eleita para a Comissão dos Direitos das Mulheres na ONU.Comentou Hillel Neuer, diretor da UN
Watch: “Eleger a Arábia Saudita para proteger os direitos das mulheres é como escolher um incendiário para chefe dos bombeiros”. O regime
saudita obteve 47 votos dos 54 países que participaram nesta eleição.

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