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BAIXO

BUFFO


O termo “baixo buffo” é mais usado para definir um papel tradicional da
opera buffa italiana, do que como uma nomenclatura de tipo vocal.

A opera buffa teve inicio em Nápoles na primeira metade do século XVIII,
e logo sua popularidade se espalhou pela Itália. Era, basicamente, uma ópera
cômica, normalmente escrita com vocabulário simples, em dialetos locais, e com
temas que se relacionassem com o cotidiano do homem comum, enquanto
paralelamente, a opera seria se direcionava mais aos nobres e à realeza.

Os personagens da ópera buffa eram derivados da Commedia dell’arte
(teatro italiano de máscaras). A trama cômica normalmente acontecia em torno
dos Baixos (quase sempre eram os protagonistas), o que levou à origem do
termo basso buffo. Esses cantores não precisam necessariamente de uma voz
“bela”, mas sim ter a articulação clara e veloz, a capacidade cantar linhas
melódicas com muitos saltos e muito rápidas, uma grande paleta de cores e
timbres, e também ser um bom ator cômico, já que costumam interpretar
personagens ingênuos e desajeitados (ocasionalmente são os vilões).

Exemplos de basso buffo em óperas famosas:

-Don Pasquale, Don Pasquale (Gaetano Donizetti)

- Dottor Bartolo, Il barbiere di Siviglia (Gioachino Rossini)

- Don Alfonso, Così fan tutte (Wolfgang Amadeus Mozart)

- Leporello, Don Giovanni (Wolfgang Amadeus Mozart)

- Figaro, em Le Nozze di Figaro (Wolfgang Amadeus Mozart)



Um dos mais renomados cantores do repertorio de baixo buffo certamente foi
Enzo Dara, tanto pela voz ágil e flexível, quanto pelo dom natural da comédia.
Ouviremos como exemplo um trecho de Dara como Dottor Bartolo em Il
barbiere di Siviglia, de Gioachino Rossini.

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