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Os pesos e medidas usados nas civilizações antigas eram levados a outras através do comércio ou
da conquista. Assim, no início da Idade Média, as unidades adotadas eram as dos romanos, o
último e maior império da Antiguidade, que levaram-nas por toda a Europa, oeste da Ásia e África.
Sem dúvida, os mais usados eram ainda aqueles das dimensões humanas. Obviamente eram
necessárias medidas mais precisas para certas atividades, como no caso das construções
bizantinas e árabes. Esses povos certamente possuíam seus padrões de pesos e medidas, embora
fossem diferentes para cada região.
Ao que tudo indica, nenhum padrão foi criado em termos nacionais, até que, na Inglaterra,
Ricardo I (reinou de 1189 a 1199, já no século XII) determinou unidades para comprimento e para
capacidade. Estas eram de ferro e mantidas em várias regiões do país por autoridades regionais
com o objetivo de comprovar a veracidade de uma medida. Datam desta época a jarda e o galão,
até hoje usados pelos países de língua inglesa. Várias versões existem para explicar o
aparecimento da jarda: no norte da Europa, supõe-se que era o tamanho da cinta usada pelos
anglo-saxões e no sul seria o dobro do comprimento do cúbito dos babilônios. Seu valor também
pode ter sido determinado por Henrique I (reinou de 1100 a 1135), que teria fixado o seu
comprimento como sendo a distância entre o seu nariz e a ponta de seu braço esticado.
Informações como esta provavelmente não carecem de verdade, pois a maioria dos padrões da
Idade Média era realmente criada pelos soberanos, primeiros interessados nas medidas dos
valores de seus reinos.
A jarda
Os pesos padrões eram aqueles dos povos antigos, conforme a região, em geral mantendo o grão
como unidade fundamental. Em algumas regiões européias, continuava o uso do sistema
"avoirdupois" nas transações comerciais. Para o comércio de jóias e pedras preciosas, que exigia
processos de medidas mais delicados, era usado o sistema "troy", cujas unidades eram:
grão (gr.)
pennyweight (dw.t)
onça (oz.t)
libra (Ib.t)
Para pedras preciosas, a unidade era o quilate, que equivale aproximadamente a 4 grãos. De
todos os padrões de pesos e medidas criados, nenhum conseguiu uma utilização
internacional e homogênea, existindo ainda aqueles remanescentes da Antiguidade. A
situação se tornava mais delicada e confusa, devido a reprodução inexata, erros de interpretação
e desonestidade de alguns.
O mesmo não aconteceu com as medidas de tempo que já haviam sido padronizadas por Júlio
César, sendo seu calendário adotado pelo menos em toda a Europa. Ainda devemos lembrar que
nas invenções do fim da Idade Média e Renascença eram adotados padrões cautelosos, pois se
tratava de uma nova atividade e podia ser muito bem controlada. Como exemplo, a tipografia e a
imprensão, cujos tipos móveis de padrões internacionais foram criados em fins do século XV e são
até hoje mantidos.
Como na primeira a medida iria depender de grandezas alheias ao comprimento, como o tempo e
o peso, e como medidas do equador eram quase impossíveis, foi aceita a proposição do meridiano,
pois, além de não apresentar os defeitos das anteriores, já contava com uma boa comparação. O
meridiano que passa por Paris já havia sido medido precisamente e podia ser comparado com a
nova determinação. Imediatamente foram tomadas as medidas necessárias para o trabalho e
designadas cinco comissões para a execução, onde figuravam Lavoisier, Coulomb e Legendre.
Devido à demora que o empreendimento levaria e à urgência da criação do sistema, foi proposto e
aceito pela Assembléia o metro provisório, baseado na medida antiga. Mais tarde verificou-se que
a diferença realmente era mínima.
A distância do Pólo Norte ao Equador é de quase 10.000.000 metros. As unidades padrões eram o
metro, o quilograma e o segundo. O metro foi definido como a décima milionésima parte do
meridiano terrestre medido de Dunkerke a Barcelona. A unidade de massa era o quilograma,
construído em platina iridiada, massa próxima de 1 litro de água destilada a 4°C. O segundo era
a unidade de tempo, de valor 86 400 avos do dia solar médio. Por decreto-lei, as unidades
tornaram-se oficiais na França e, passados alguns anos, vários países já as adotavam. Os padrões
foram feitos e cópias exatas foram enviadas aos países que legalizaram o sistema métrico, dentre
eles o Brasil.
A física pode ser dividida em duas grandes áreas: a física clássica e a física moderna. Tudo que a
física descobriu e criou até o final do século XIX faz parte da física Clássica. Nessa época, os físicos
acreditavam que já tinham descoberto tudo! Estavam muito satisfeitos consigo mesmos.
No entanto, no início do século XX, fenômenos que envolviam grandes velocidades, próximas à
velocidade da luz, e descobertas relacionadas a estruturas muito pequenas (como as moléculas e
os átomos) levaram ao desenvolvimento da relatividade e da mecânica quântica. Era a física
moderna que nascia.
No ensino médio, é possível que você aprenda noções de física moderna. Por enquanto vamos
estudar apenas a física clássica. Tudo o que você vai estudar nesta área faz parte da física
Clássica. Ela se divide nas seguintes partes:
Mecânica: estuda o movimento dos corpos. Tudo o que se move é objeto de estudo desta parte
da física. Para entender o movimento das estrelas, dos planetas, dos carros, das pessoas, etc,
precisamos entender a mecânica.
Física térmica: estuda o calor e a temperatura dos corpos. Por que o gelo derrete? Porque
algumas roupas nos deixam mais aquecidos do que as outras? Por que é melhor levar bebidas
para a praia em um isopor? Estas são algumas questões respondidas pela física térmica.
Óptica: estuda os fenômenos relacionados à luz. O que é o arco-íris? Por que os corpos parecem
maiores quando observados através de uma lupa? O que são os eclipses? Como funciona a nossa
visão? Obterás respostas para essas perguntas ao estudar a parte de óptica.
Ondulatória: estuda as ondas. Estamos cercados delas. Vamos entender melhor as ondas do
mar, o som, os instrumentos musicais, as ondas de rádio (nas quais se incluem as da televisão e
dos celulares), o funcionamento do microondas etc.
Eletricidade: estuda todos os aparelhos que aquecem e que se movem utilizando a energia
elétrica. O funcionamento de aparelhos “ligados na tomada” ou por meio de baterias será mais
facilmente entendido após estudarmos a eletricidade.
No estudo da física é importante saber um pouco mais das unidades de medidas, que são medidas de
determinadas grandezas.
O Sistema Internacional de Unidades (SI) é um conjunto de informações sobre as unidades de mediadas
convencionadas pelo mundo inteiro.
No SI existem algumas unidades fundamentais, delas surgem outras unidades derivadas.
Observe a tabela abaixo, nela está representado o conjunto de unidades de medidas (consideradas
unidades fundamentais) das grandezas mais importantes no estudo da física.
Dessas unidades há outras unidades derivadas como: a área, o volume, a velocidade, a aceleração, veja
algumas:
Unidade de área: m . m = m2
Unidade de Força: N ou kg . m/s2
Unidade de volume: m . m . m = m3
Unidade de Pressão: Pa ou kg/(m . s2)
Unidade da velocidade: m/s
Unidade de Energia: J ou kg . m2/s2
Unidade da aceleração = m/s2
Unidade de Carga elétrica: C ou A . s
Prefixos no SI
Os seres vivos são compostos de MATÉRIA, utilizam e produzem ENERGIA, possuem VOLUME e
realização suas atividades em determinadas unidades de TEMPO. Esses são o pa- râmetros
fundamentais de qualquer sistema, esses parâmetros são quantifi cados e qualificados como
grandezas. As grandezas físicas e suas derivadas são agrupadas em sistemas coerentes de
medidas. O Sistema Internacional de Unidades – SI é o sistema mais indicado, entretanto, em
Biologia utiliza-se o MKS (Metro, kilograma, segundo) e o CGS (Centímetro, Grama, Segundo).
Mas nem sempre foi assim!!! As primeiras escalas utilizadas baseavam-se em parte do corpo
hu- mano e até hoje, em alguns locais e países são utilizadas. Como por exemplo:
◦ BRAÇAS – Medida náutica de profundidade que corresponde à distância entre as mãos de um
homem com os braços estirados (+/- 1,70 m). Os pescadores utilizam um peso amarrado na
ponta de uma corda e lançam este peso ao fundo, contando quantas braças de profundidade
tem o local.
◦ PALMO - Utilizado para medir pequenos comprimentos. Equivale a distância entre o dedo
polegar e mínimo, com a mão aberta e estirada (+/- 22 cm). ◦ PÉS - Medida linear inglesa usada
nos meios marítimos ainda hoje em uso. Tem 12 pole- gadas e equivale, aproximadamente, a
30,5 cm. ◦ POLEGADA - Medida que corresponde ao comprimento da última falange do dedo
po- legar, que equivale a 2,54 cm. Fundamentos de Física e Biofísica 9 Isso criava muitos
problemas para o comércio, porque as pessoas de uma região não estavam familiarizadas com
o sistema de medida das ou- tras regiões. Imagine a difi culdade em comprar ou vender
produtos cujas quantidades eram expressas em unidades de medida diferentes e que não
tinham correspondência entre si.
Em 1789, numa tentativa de resolver o problema, o Governo Repu- blicano Francês pediu à
Academia de Ciências da França que criasse um sistema de medidas baseado numa “constante
natural”. Assim foi criado o Sistema Métrico Decimal. Posteriormente, muitos outros países
adota- ram o sistema, inclusive o Brasil, aderindo à “Convenção do Metro”. O Sistema Métrico
Decimal adotou, inicialmente, três unidades básicas de medida: o metro, o litro e o
quilograma.