Após 11.11.1918 os países vencedores da I Guerra preparam-se para um
reordenamento do espaço na Europa e no Médio Oriente e para estabelecer uma nova ordem internacional.
DA EUROPA DOS IMPÉRIOS À EUROPA DOS ESTADOS
Vitória das democracias ocidentais sobre os velhos impérios
O Império russo, abalado pela revolução de Outubro, perdeu territórios para a Polónia, Ucrânia, Finlândia e estados bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia). O Império alemão abandonou territórios a favor da Polónia, da França, da Bélgica, Dinamarca e Checoslováquia. O Império Austro-húngaro deu lugar à Áustria, Hungria e Checoslováquia e perdeu territórios para a Itália, a Roménia, a nova Jugoslávia e Polónia. O império Otomano reduziu-se à Turquia, dando lugar ao Iraque (sob tutela britânica), à Síria e ao Líbano (sob tutela francesa); o Egipto, a Transjordânia e a Palestina fiacram sob tutela britânica e surgiu um novo estado – Arábia Saudita. A SOCIEDADE DAS NAÇÕES E A NOVA ORDEM INTERNACIONAL
O presidente Wilson propôs a criação de um organismo internacional
promotor da paz e do respeito pela integridade territorial e a independência política dos pequenos e dos grandes estados.
14.02.1919 – Pacto da SDN assinado por 45 países, com sede em Genebra
Razões do descrédito da SDN:
Imposição dos tratados aos vencidos
Afirmação prepotente e humilhante dos vencedores Ambição hegemónica de países vencedores minou a harmonia desejada Distribuição desigual das reparações de guerra Frustação de alguns vencedores pela não satisfação dos seus interesses geoestratégicos Desrespeito pelas minorias nacionais (sudetas, checos, eslovacos - Checoslováquia; ucranianos e bielorussos - Polónia; eslovacos, croatas, bósnios, sérvios, italianos e albaneses - Jugoslávia) A não participação dos EUA Incapacidade de actuar perante a violação dos direitos dos povos e a ameaça à paz (Turquia, Itália, Alemanha, Japão e Espanha).
A DIFÍCIL RECUPERAÇÃO ECONÓMICA DA EUROPA
Efeitos nefastos da Guerra: Alterações demográficas – elevadas perdas humanas – perda de mão-de-obra – envelhecimento da população – excedente de população feminina. Perdas materiais – Europa Central – devastação de solos agrícolas, fábricas, minas, vias de comunicação e habitações. Inflação galopante – racionamento dos bens essenciais – subida de preços – desvalorização da moeda. Agravamento do défice – crescente dependência face aos EUA (empréstimos e fornecimentos materiais) e desequilibrio da balança comercial.
A DEPENDÊNCA DA EUROPA EM RELAÇÃO AOS EUA
De credores (até 1914) a devedores Os capitais emprestados (desde 1924) e investidos pelos EUA na Europa regressavam para pagamento das importações Crescimento das reservas de ouro dos EUA Nova Iorque substitui Londres enquanto capital financeira A Europa recupera lentamente e os EUA intensificam o seu desenvolvimento industrial e comercial acompanhado pelo desenvolvimento tecnológico e eficiente organização empresarial (taylorismo, concentração de empresas) Entre 1925 e 1929 a Europa respirou de alívio com o regresso ao optimismo e à confiança no capitalismo liberal. Regressa a produção e consumo de massa.
A Estrutura Da Organização Das Nações Unidas e Seus Desafios Contemporâneos - Reforma Institucional e Proteção de Direitos Humanos - Internacional - Âmbito Jurídico