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Introdução:
“Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Deus
os abençoou, e lhes disse: Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem
sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra” (Gn
1.27,28). Não devemos pensar em mordomia total a partir das necessidades do cristão, nem das
necessidades da igreja, muito menos das necessidades do mundo, mas sim, do caráter de Deus impresso
no ser humano quando criado. Deus criou o ser humano para um propósito definido: “dominar” sobre
toda a criação, ou seja, servir de elo entre o Criador e toda a criação; administrar o mundo material de
Deus. Para cumprir fielmente a missão, e sentir-se realizado e feliz, é indispensável que o ser humano
reconheça o amor de Deus e a Ele se submeta com humildade, amor e responsabilidade. O ser humano
foi criado livre, para corresponder ao amor de Deus com responsabilidade. Só um ser livre pode amar.
Só um ser livre pode ser responsável. O homem que ama a Deus e sabe que Deus o ama, está apto para
ser um fiel mordomo da criação divina.
2) Entenderá que é amado por Deus – Ele entenderá que Deus o ama, e por isso procurará
descobrir e pôr em prática a vontade de Deus em todos os aspectos da sua vida. Aprofundará o
seu amor a Cristo e se submeterá ao controle do Espírito Santo. Por sentir-se amado pelo Pai,
esse crente procurará espontaneamente reproduzir, em seu caráter, as virtudes do Caráter de
Deus. “Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como
também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a
Deus” (Ef 5.1,2).
3) A Bíblia será para ele a Palavra do Deus Vivo – Mesmo diante de tantas opções de leituras
sobre o assunto, a Bíblia será lida, amada, estudada e posta em prática. Para ele, não será um
livro do passado, mas um livro com uma mensagem atual, viva e eficaz. “Ninguém os engane
com palavras tolas...” (Ef 5.6).
5) Reconhecerá a santidade de Deus – “Não haja obscenidade nem conversas tolas nem gracejos
imorais, que são inconvenientes, mas, ao invés disso, ações de graças” (Ef 5.4). Ele desenvolverá
seus talentos e habilidades dentro de uma profissão escolhida de acordo com a santidade de
Deus, através da qual possa cultuar ao seu Deus, dar testemunho da Graça de Deus e glorificá-lo,
e não apenas obter recursos para a sua subsistência. Ele terá alegria em ser útil, em ser um canal
de bênçãos para os outros.
6) Prosperidade – “... e aprendam a discernir o que é agradável ao Senhor. Não participem das
obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz” (Ef 5.8,15,16). Ele vai aprender a
administrar corretamente os seus bens, os seus dons e o seu tempo. Sua prosperidade não será
apenas espiritual, mas também familiar e material, para a glória de Deus.
7) Contribuirá para a expansão do Reino de Deus– “Porque outrora vocês eram trevas, mas agora
são luz no Senhor. Vivam como filhos da luz... Tenham cuidado com a maneira como vocês
vivem; que não seja como insensato, mas como sábios, aproveitando ao máximo cada
oportunidade, porque os dias são maus” (Ef 5.8,15,16). Ele será um agente consciente e
dinâmico, uma testemunha eloquente na evangelização e na participação da igreja em missões e
beneficência. Ele terá prazer em empregar recursos para a expansão e sustento do Reino de
Deus.
Conclusão:
O propósito de Deus é que o crente exerça e desenvolva a sua mordomia na igreja, como parte
dela; com a igreja, em sintonia com ela; por intermédio da igreja, tendo-a como canal idôneo; e pela
igreja, fortalecendo-a. O exercício da mordomia total não é um ato isolado, que tem a ver apenas com o
indivíduo, como não o era a adoração para o povo da Antiga Aliança, porém, um pacto solidário com os
outros cristãos, reunidos na mesma comunidade pelo amor e graça do Pai, como contemplamos no
belíssimo quadro da igreja primitiva.
Para refletir:
• Tenho sido praticante fiel da mordomia total?
• Como tem sido a minha experiência como mordomo?
• Como tem sido a minha participação junto à igreja em que sou membro?
• Tenho incentivado a minha família a administrar bem o que Deus nos tem confiado?