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PROF.

ANA PAULA DE PÉTTA


E-mail: professorapetta@gmail.com
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FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU DE OUTRA FORMA DE
EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE OU DE
VULNERÁVEL.

Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém
menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário
discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.
§ 1o Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
§ 2o Incorre nas mesmas penas:
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e
maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo;
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas
no caput deste artigo.
§ 3o Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da
licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.

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CONSIDERAÇÕES GERAIS

Bem juridicamente tutelado – dignidade sexual dos vulneráveis (A lei visa


ainda evitar danos à sua saúde e outros riscos ligados ao exercício da
prostituição).
Sujeito ativo – qualquer pessoa
Sujeito passivo – o menor de 18 anos ou aquele que, por enfermidade ou
deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato
Elemento subjetivo – o dolo (direto ou eventual)
Modalidade culposa – não há
Competência – juízo comum
Procedimento – comum ordinário
Ação penal – pública incondicionada

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O CRIME EM ESTUDO CONSISTE EM:

Convencer alguém, com palavras ou promessas de boa vida, a se prostituir ou se


submeter a outras formas de exploração sexual;

Colaborar para que alguém exerça a prostituição ou, de algum modo, impedir ou
dificultar que a vítima abandone as referidas atividades.

Introduzir alguém no mundo da prostituição, apoiá-lo materialmente enquanto a


exerce ou de, qualquer modo, impedir ou dificultar o abandono das atividades por
parte de quem deseja fazê-lo.

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Comércio do
próprio corpo
Atos diversos da
prostituição
Em caráter
habitual
Prostituição Outra forma de
Devem ser habituais
exploração sexual
A quem se
disponha a pagar
Ex.: induzir uma
menor a ser dançarina
Pode ser de streaptease
masculina ou
feminina

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Submeter Subjugar, sujeitar

NÚCLEOS DO TIPO
Induzir Dar a ideia, inspirar

Atrair Aliciar, seduzir

Nesses casos, a vítima ainda não se dedica a


essas atividades
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Núcleos do tipo
Impedir Vedar, Obstar

Criar obstáculos,
Dificultar
tornar mais oneroso

Nesses casos, a vítima ainda já se dedica a


essas atividades

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Prática de
Tipo misto Um único Juiz sopesa
mais de um
alternativo crime na dosimetria
núcleo

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CONSUMAÇÃO:

✓ Submeter No momento em que a vítima passa a


✓ Induzir se dedicar com habitualidade ao
✓ Atrair exercício da prostituição ou outras
✓ Facilitar formas de exploração sexual

✓ Inserir No instante em que a vítima decide


✓ Dificultar abandonar mas o sujeito não permite.

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FIGURAS EQUIPARADAS:

Responde pelo mesmo crime:

1. Quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com


alguém menor de 18 e maior de 14 anos na situação descrita
no caput deste artigo

2. O proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em


que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo.

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PRIMEIRA FIGURA – INCISO I

Pune-se quem faz o programa com a prostituta menor de


idade ou sem discernimento.

Agente não pode ter sido enganado quanto à idade, senão


incorre em erro de tipo.

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Para a punição pelo inciso I não é
necessário que a criança tenha sido
vítima do crime em estudo, ou seja,
pode ser que tenha ingressado na
prostituição por vontade própria.
Ainda sim o crime estará
configurado.

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Exposição de motivos da Lei 12.015/04

Em nenhum momento, esse texto exige que a vítima


tenha sido induzida à prostituição por terceiro, ao
contrário, esclarece que o próprio cliente é autor de
favorecimento à prostituição, pois, dispondo-se a pagar
pelo programa com prostituta em tal faixa etária estimula
sua prática. Não há dúvida de que o objetivo legal é
desestimular a prostituição por menores de idade,
sendo, em verdade irrelevante, em relação ao cliente, se
a vítima está a se prostituir por iniciativa própria ou
incentivada por terceiro. Para a configuração do delito,
tampouco é exigida habitualidade nos programas com a
prostituta menor.

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Vide Informativo 543 do STJ

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SEGUNDA FIGURA – INCISO II

➢ O legislador criou uma espécie de figura qualificada do


crime de casa de prostituição (art. 229).
➢ Pressupõe, contudo, que o agente tenha conhecimento de
que há prostitutas menores de idade trabalhando no local.
➢ Haverá crime também por parte do dono de motel ou outra
espécie de estabelecimento que permita que prostituta em
referida faixa etária faça programa com clientes em suas
dependências.

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Art. 234-B do Código Penal - os
processos que apuram essa
modalidade de infração penal correm
em segredo de justiça.

Trata-se de crime hediondo – desde


2014

Esse art. Revogou tacitamente o


art. 244-A do ECA
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CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL

Vítima menor de 18 anos – a


contagem inicia apenas quando
completa a maioridade, salvo se antes
disso a ação penal já tiver sido
proposta (art. 111, V, do CP).

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QUAL A DIFERENÇA
ENTRE ESSE CRIME E
O PREVISTO NO ART.
218 – CORRUPÇÃO
DE MENORES?

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DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO IV DO CP
AÇÃO PENAL

Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste


Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada
à representação.

Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação


penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18
(dezoito) anos ou pessoa vulnerável.

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CAUSAS DE AUMENTO DE PENA

Art. 226. A pena é aumentada:


I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de
2 (duas) ou mais pessoas;
II – de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou
madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador,
preceptor (pessoa incumbida de acompanhar e orientar a
educação) ou empregador da vítima ou por qualquer outro
título tem autoridade sobre ela;

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BIBLIOGRAFIA

Direito Penal Esquematizado – Victor Eduardo Rios


Gonçalves – Ed. Saraiva;

Código Penal Comentado – Cleber Masson – Ed. Gen

Código Penal Comentado – Rogério Greco – Ed. Impetus

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