You are on page 1of 8

Biologia Celular I – Jivago José Mateus S.

Neto XX

Estrutura do DNA,
Nucleotídeos e Cromossomos

Conhecer os tipos de nucleotídeos e como estão


estruturados no DNA.
> O DNA é um ácido nucleico derivado de cadeias de nucleotídeo, os quais estão
dispostos em dupla-fita, unidas por pontes/ligações de hidrogênio, em formato de
hélice.
> Sequência genética está no DNA
> Um nucleotídeo (nucleosídeo fosforilado) é composto de um nucleosídeo (pentose
+ base) + fosfato.

a. pentose: cadeia com 5 carbonos


- Ribose (RNA) ou desoxirribose (DNA).
b. bases nitrogenadas - moléculas planares, aromáticas e heterocíclicas.
- Púricas • mais comuns: Adenina (Ade-A) e Guanina (Gua-G);
- Piramidais • mais comuns: Citosina (Cyt-C), Uracila (Ura-U) e Timina (Thy-T).
Liga no N1
c. fosfato: grupo que se liga à pentose
- Adenosina Monofostato (AMP)
- Adenosina difosfato (ADP)
- Adenosina Trifosfato (ATP)
> As ligações entre os nucleotídeos são ligações fosfodiéster.
O grupo hidroxila (– OH ) do carbono-3 da pentose do primeiro nucleotídeo se une ao grupo fosfato
ligado à hidroxila do carbono-5 da pentose do segundo nucleotídeo através da ligação fosfodiéster.
Biologia Celular I – Jivago José Mateus S. Neto XX

Conhecer as pesquisas que contribuíram


para a descoberta do DNA.
1865 – Genes são elementos particulados 1871 – Descoberta dos Ácidos Nucléicos 1903 –
Cromossomos são unidades hereditárias 1910 – Os genes estão nos cromossomos 1913 –
Cromossomos são conjuntos lineares de genes 1927 – Mutações são mudanças físicas nos
genes 1931 – Recombinação são geradas pelo crossing-over 1944 – O DNA é o material
genético 1945 – Um gene codifica uma proteína 1951 – Sequenciamento de proteína 1953
– DNA é uma dupla hélice 1958 – DNA replica de maneira semiconservativa 1961 – O
código genético é uma trinca 1977 – Genes eucariotos podem ser interrompidos 1977 –
Sequenciamento de DNA 1995 – Genoma bacteriano 2001 – Genoma Humano
Transformação descoberta por Frederick Griffith.
Biologia Celular I – Jivago José Mateus S. Neto XX

Oswald Avery: Princípio transformante: As bactérias R haviam sido transformadas em


bactérias S por algum tipo de substância liberada pelas bactérias mortas – se DNA era capaz
de transformar as características hereditárias das bactérias, então que ele mesmo era o próprio
material hereditário.
• Usando Streptococcus pneumoniae eles foram capazes de transformar a bactéria rugosa (R,
rough=rugosa) não-patogênica na forma lisa (S, smooth=lisa) patogênica. Pelo processo de eliminação
o ingrediente ativo no lisado celular foi identificado como DNA.

Experimento de Hershey-Chase
- Fósforo presente apenas no DNA e Enxofre presente apenas nas Proteínas
- Experimento do liquidificador.
O bacteriófago T2 o qual infecta certas bactérias foi marcado com 35S (somente proteínas) e a bactéria
foi marcada como 32P (somente DNA). Os dois foram misturados rapidamente (liquidificador) e
centrifugados. O 35S foi achado no sobrenadante. Portanto, as proteínas do fago não foram transferidas
para a bactéria – enxofre não transferido. Quando o experimento reverso foi realizado, o 32P foi achado
no precipitado – derivado do DNA, indicando que o DNA foi transferido para a bactéria, achado no
sobrenadante.

1953 – Rosalind Franklin e Maurice Wilkins (dama sombria)


- Resultados com difração de raio X
- O DNA é longo e fino
- Tem partes semelhantes e paralelas, correndo ao
longo da molécula
- É helicoidal – Raio de 10 Å; Ciclo de 34 Å e 3,4 Å
entre “degraus”.

Conclusões de Chargaff (1950)


- A quantidade de nucleotídeos pirimidínicos
(T+C) é sempre igual a quantidade total de
nucleotídeos purínicos (A+G)
- A Quantidade de T = A; C = G
- A Quantidade de A+T é diferente de G + C
- A relação A + T / G + C é espécie específica.
Dupla Hélice: Watson e Crick em 1953
Biologia Celular I – Jivago José Mateus S. Neto XX

- Requisitos para molécula hereditária: capacidade de estocar informações, de replicação e


sofrer mutação.
- Estrutura tridimensional, duas cadeias/filamentos antiparalelas de nucleotídeos torcidos
formando uma dupla-hélice, escada em espiral.
- Pontes de hidrogênio entre as bases.
- Cada nucleotídeo é ligado por ligações fosfodiester.
• Fosfodiester: conecta o carbono 5' da desoxirribose ao átomo 3' de carbono da
desoxirribose adjacente.
• Ligação açúcar-fosfato tem polaridade: 5' – 3'(fita1) + 3' – 5'(fita2)
A=T, C≡G
- Uma molécula de DNA com ↑ quantidade de C≡G é mais estável.
• Duas cadeias longas de polinucleotídeos = fita
• Cada fita = esqueleto de açúcar-fosfato, mantidas juntas por ligações covalentes (fosfodiester) .
• 4 bases – A, G, C, T
• As bases são planas e aromáticas – bastante hidrofóbicas. Elas tendem ficar “enterradas” no interior
da molécula.
• Habilidade em armazenar a informação genética
• Habilidade para transferir uma cópia fiel desta informação para as células filhas.
• Estabilidade física e química possibilitando que a informação possa ser estocada por longos
períodos de tempo.

Tipos de DNA que podem ser observados.


Biologia Celular I – Jivago José Mateus S. Neto XX

Forma B (DNA-B)
- DNA em alta hidratação em
soluções aquosas.
-Forma mais estável (padrão)
-Predominante no DNA
cromossômico
-10,5 bases por volta.

Forma A (DNA-A)
- DNA em baixa hidratação.
- Variante da forma B pela redução
da umidade relativa em 75%
- 11 pares de bases por volta
- Predominante em híbridos DNA-
RNA ou RNA-RNA (dupla fita)

Forma Z (DNA-Z)
-Rotação para a esquerda
-12 pares de base por volta
-Devido à sequencias repetidas C e G (G pode assumir conformação syn) – Rica em
C≡G
-Suspeita-se que é importante para a regulação da expressão gênica e recombinação;
• Forças estabilizantes do duplex. – Pontes de hidrogênio – vertical base-base interações
hidrofóbicas.
O DNA pode adquirir formas menos usuais, importantes no processo de
reconhecimento do DNA por certas proteínas e enzimas. Ocorre devido a presença
de sequências específicas no DNA.
- Arranjos cruciformes: As sequências palindrômicas (sequência AATT//TTAA, por
exemplo)
- Fita tripla: ligações de H adicionais
- Dobramento
Estrutura dos Cromossomos
> DNA é empacotado em cromossomos individuais (com proteínas).
> Genoma Humano = 23 cromossomos (22 pares autossômicos – células somáticas
+ 1 par sexual [XX-M ou XY-H]).
> são filamentos espiralados de cromatina, existente no nucleo celular, composto por
DNA e proteínas, sendo observável à microscopia óptica durante a divisão celular.
> Se auto-reproduzem durante as divisões nucleares conservando suas propriedades
> Cada cromossomo tem seu homólogo, em diploides.
> tem um número específico de cromossomos por espécie
> Empacotamento do cromossomo a nível molecular
• Cada cromossomo contém uma única molécula de DNA
• Este DNA é enrolado em torno de proteínas pequenas, as histonas, formando a
CROMATINA = complexo de histonas + DNA (RNA e DNA, proteínas
globulares, fosfatídeos e elementos minerais)
- Histonas constituem quase 1/3 da massa total do cromossomo, são ricas em
resíduos de lisina e arginina, tornando-as altamente positivamente
carregadas a pH 7.
- Associação por força eletrostática – a força de interação eletrostática entre
duas cargas elétricas através da atração e da repulsão.
Biologia Celular I – Jivago José Mateus S. Neto XX

Histonas principais: H1/H5, H2A, H2B, H3 e H4.


• Duas moléculas de cada histona: H2A + H2B + H3 + H4 perfazem um octômero
sobre o um segmento de DNA dupla hélice se enrola = nucleossomo. (1,7 volta)
• Cada nucleossomo tem uma H1 associada e uma sequência “espaçadora” de
DNA.
- Cromatina mais condensada = heterocromatina, inclui centrômeros, telômeros
e genes intaivos. Na Interfase, mais compactada.
- Menos concentrada = eucromatina. Regiões mais transcritas.

Em sua estrutura, o
cromossomo apresenta a
unidade estrutural
filamentosa de DNA que
se apresenta em forma
de espiral.

Cromômeros- A
cromatina não é um
filamento uniforme, mas
apresenta em toda sua
extensão
engrossamentos bastante
irregulares com aspectos
de granulações
(Cromômeros). Seu
tamanho e localização
são constantes para cada
cromossomo.
Cromatídeos - É o
resultado da divisão
longitudinal do
cromossomo durante a
divisão celular.
Centrômero- Constrição
primária que divide o
cromossomo em dois
braços e influi no movimento durante a divisão celular. Comumente há um
centrômero por cromossomo, mas existem organismos dicêntricos ou policêntricos.
Satélite - Porção terminal de material cromossômico separado do cromossomo por
uma constrição secundária.
Zona SAT - Região relacionada com a formação do nucléolo durante a telófase.
O estudo da morfologia dos cromossomos por fixação e coloração básica é mais fácil
durante a metáfase e anáfase da divisão celular, pois os filamentos apresentam-se
mais compactos e condensados.
Biologia Celular I – Jivago José Mateus S. Neto XX

Tipos de constrições observadas nos cromossomos.


> No cromossomo condensado, as heterocromatinas, devido a esse alto grau de
empacotamento, aparecem como regiões “estranguladas” do bastão cromossômico,
chamadas constrições.
> Constrição Primária
Estrangulamento ou estreitamento do cromossomo ao nível do centrômero,
formando nele uma espécie de cintura.
Esse estrangulamento acontece numa região heterocromática do cromossomo, onde
se localiza o centrômero ou cinetócoro, estrutura onde se inserem as fibras proteicas
do fuso. Essas fibras relacionam-se com o movimento cromossômico durante a
divisão celular.
> Constrição secundária
Em humanos, esse tipo de constrição é observado nos braços curtos dos cromossomos
acrocêntricos. Em consequência deste estreitamento, sua extremidade apresenta-se
visualmente separada do restante do cromossomo, sendo por isso denominada satélite
(porção de cromatina que se localiza distal à constrição secundária dos acrocêntricos
humanos). Essa constrição frequentemente é vista, durante a prófase, associada ao
nucléolo, região organizadora de nucléolos (RON).
- Constrições secundárias, situam-se os genes que produzem subunidades de
RNA ribossomais.

Classificar cromossomos quanto ao seu tamanho e


posicionamento do centrômero.
Biologia Celular I – Jivago José Mateus S. Neto XX

> metacêntrico: possuem o centrômero no meio, formando dois braços de mesmo


tamanho;
> submetacêntricos: possuem o centrômero um pouco deslocado da região mediana,
formando dois braços de tamanhos desiguais;
> acrocêntricos: possuem o centrômero bem próximo a uma das extremidades,
formando um braço grande e outro muito pequeno;
> telocêntricos: possuem o centrômero em uma das extremidades, tendo apenas um
braço.

You might also like