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1.

O Teatro de Grupo constitui uma categoria de organização e produção teatral em


que um núcleo de atores movidos por um mesmo objetivo e ideal realiza um trabalho
em continuidade e, estendendo sua atuação a outras áreas, principalmente no que diz
respeito à própria concepção do projeto estético e ideológico, o grupo acaba por criar
uma linguagem que o identifica. Os grupos passam a usar este conceito para marcar
sua posição de divergência em relação ao teatro empresarial, em que o ator não está
engajado no projeto e a equipe se desfaz logo que a temporada termina. O grupo
remunera seus integrantes por meio de um sistema de cooperativa, o que faz dos atores
os donos do empreendimento.
Os grupos teatrais amadores das décadas de 30 e 40 “estavam em situação
periclitante” devido a falta de lugares onde representar, tendo eles que ficar na fila de pauta
do Teatro Municipal ou do Teatro Santana e, no final, serem obrigados a representar nos
lugares mais absurdos. Acreditavam que se conseguissem uma sede, teriam a
possibilidade de dar continuidade aos projetos. Havia ainda muita descontinuidade no
trabalho amador, Zampan descobriu que a divisão entre o corpo técnico, profissional, e
atores, amadores, criava um desequilíbrio que o impossibilitava de cobrar dos atores
frequência aos ensaios, permanência no teatro.
Sim, ainda hoje há uma grande dificuldade em conseguir-se pauta em teatros (pouco
número de vagas, grande concorrência, pouca rotatividade de grupos teatrais, dificuldades
burocráticas de acessibildiade…) assim como de se conseguir lugares apropriados para se
apresentar ou ensaiar. Além da questão da importância da profissionalização dos atores,
que ainda hoje é presente, devido aos poucos estímulos e à pouca valorização nacional.

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