Professional Documents
Culture Documents
Apitoxin
Resumo: Os produtos da colméia trouxeram contribuições importantes para a civilização humana, principalmente na
saúde, na alimentação e, dentre os produtos utilizados, pode-se destacar o veneno das abelhas. Alguns aspectos da
apitoxina como histórico, finalidade quanto ao uso humano e animal, reação alérgica, composição e a regulamentação
de seu uso são apresentados nesta revisão.
Abstract: Beehive’s products brought important contributions to the human civilization, mainly for health and food.
Among the utilized products stand out the bee’s venom. Some aspects of apitoxin as history, purpose for human and
animal use, allergic reaction, composition and the regulation of its use are showed in this revision.
* Setor de Fitotecnia do Núcleo de Ciências Agrárias (NCA)/Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); e-mail:
gldleite@nca.ufmg.br
115
Montes Claros, v.7, n.1 - jan./jun. 2005
116
Artigos –
Apitoxina
LEITE, G.L.D.; ROCHA S.L.
veneno de abelha via subcutânea um dia anterior ou e a maioria dos pacientes mostrou uma melhoria no
posterior à introdução da substância que induz artri- final do tratamento. A pesquisa concluiu que a tera-
te. O veneno de abelha suprimiu o desenvolvimento pia com veneno de abelha é efetiva, contanto que o
de artrite efetivamente (Beck, 1997; Broadman, 1997; paciente não seja alérgico ao veneno (Beck, 1997;
Lee et al., 2004). Os investigadores acreditaram que Broadman, 1997; Lee et al., 2004).
há dois mecanismos pelo menos responsáveis para
este efeito: 1) alteração na resposta imune, e 2) ação Apesar destes resultados científicos encorajadores,
antiinflamatória por cortisois naturalmente produzi- mais pesquisa é necessária, especialmente com mo-
do (Lee et al., 2004). O. Lorenzette, B. Fortenberry e delos humanos, antes que a comunidade médica pas-
E. Busby observaram resultados semelhantes em se a usar o veneno de abelha como um tratamento
1972. Sendo que, nesse experimento, o veneno da para artrite. Outra área que precisa de investigação
abelha foi administrado a ratos três vezes por sema- adicional é o possível uso dos componentes indivi-
na, iniciando-se duas semanas antes ou uma semana duais, ao invés de uso de veneno inteiro: isto pode
depois da introdução da substância que induz à artri- provar uma alternativa mais segura com os compo-
te. Estudos adicionais realizados por J. Eiseman, J. nentes alérgicos removidos. A atividade
Von Bredow e One Alvares (1981) demonstraram que farmacológica de componentes de veneno de abelha
o veneno de abelha (quando administrado diariamente também necessita de investigação adicional (Beck,
durante vinte e quatro dias) tem a habilidade de re- 1997; Broadman, 1997). A comunidade médica tem
duzir artrite em ratos (Beck, 1997; Broadman, 1997). obrigação de empreender investigações para que se
conheça o potencial do veneno, com a finalidade de
Cachorros artríticos (sofrendo de displasia cocho- aliviar a dor de pacientes com artrite.
femural) foram estudados por J. VICK e colaborado-
res, em 1975. Nesse estudo, a atividade de cachor- Porém, a mesma expansão da terapia de veneno de
ros enjaulados, como também o teor de cortisol no abelha em doenças reumáticas só começou nos anos
sangue de cachorros normais e artríticos foram ava- vinte do século passado, e logo o uso de veneno de
liados antes, durante e depois da terapia com vene- abelha esparramou ao longo da Europa. Na América,
no de abelha. VICK e seus colegas observaram que a Beck foi quem iniciou o uso da apiterapia, em 1934,
atividade de cachorros artríticos aumentou 70% de- como observado em sua monografia (Beck, 1997).
pois de longo processo de terapia. O monitoramento Entretanto, o declínio da apiterapia teve como causa
sangüíneo indicou que o veneno de abelha estimu- o fato de que, por um lado, havia um entusiasmo
lou a produção de cortisol (Beck, 1997; Broadman, quase místico e, por outro lado, uma repugnância
1997). Esse estudo foi repetido subseqüentemente teimosa de clínicos em acreditar neste tipo de trata-
em outro grupo de cachorros, com resultados se- mento. Além disso, muitas soluções utilizando o
melhantes. Tal estudo precisa ser visto com precau- veneno de abelha feitas até agora tiveram muito
ção, já que não é fácil extrapolar resultados de mo- freqüentemente um caráter puramente comercial e
delos animais para situações humanas. conteúdo duvidoso de substância eficiente, ou a com-
posição deste foi mantida em segredo pelos fabri-
Um grupo de 108 humanos com artrite, na Nova cantes. Se deseja alcançar uma certa avaliação clínica
Jersey-EUA, que não tiveram melhoria com a terapia de apiterapia, não se deve considerar o veneno de
tradicional, foram tratados com veneno de abelha abelha uma panacéia para todo tipo de reumatismo,
(cada paciente humano foi testado rigorosamente mas sim uma nova possibilidade para o tratamento
para possível alergia de veneno, anterior ao trata- de doenças reumáticas (Beck, 1997; Broadman, 1997).
mento). O veneno de abelha foi administrado duas
vezes por semana, em seis semanas. Não foram ob- Em resumo, a apiterapia tem sido usada para deter-
servados complicações ou efeitos colaterais sérios, minados problemas de saúde, tais como:
117
Montes Claros, v.7, n.1 - jan./jun. 2005
1) Pele: eczema, úlceras tópicas e verrugas (Goldberg protéica de espermatozóides de mamíferos, aumen-
et al., 1994). tando a produção de esperma (Gmachl & Krell, 1993;
Thaler & Cardullo, 1995); atua também na glândula
2) Infecções: laringite, mastites (Goldberg et al., mamária de bovinos (Katoh, 1994).
1994).
2) Sistema nervoso: analgésico em ratos.
3) Viral: herpes simples do tipo 1 e 2, neuralgia pos-
to-hepática (cobreiro), verrugas (Goldberg et al., 3) Anticâncer: aumento na sobrevivência de ratos tra-
1994). tados com veneno de abelhas quando expostos ao
raio X.
4) Reumatológica: artrite reumática, osteoartrite, ar-
trite reumática juvenil, artrite traumática, bursites 4) Aberrações cromossômicas: veneno de abelha re-
(Goldberg et al., 1994; Won et al., 2000; Lee et al., duz o número de aberrações cromossômicas em ra-
2004). tos, expostos à radiação gama (Varanda et al., 1992).
5) Cardiovascular: hipertensão, (crônico e agudo), 5) Reumatológica: veneno de abelha é 100 vezes mais
arritmias, arteriosclerose, doença vascular periféri- poderoso que hidrocortisona em ratos.
ca, veias varicosas, distrofia miotônica (Behrens et
6) Antiinflamatória: mais eficiente que culofosfamida
al., 1994).
(Lee et al., 2004; Roh et al., 2004).
6) Pulmonar: Doença Pulmonar Obstrutiva crônica
(COPD), enfisema, asma (Goldberg et al., 1994). Problemas com veneno
7) Sensório: perda de audição, viso, glaucoma, Têm sido observados, principalmente entre apicul-
diplopia, iritis (Goldberg et al., 1994; Wagner, 2000). tores, problemas alérgicos advindos do uso de re-
médios antiinflamatórios não esteróides como
8) Ortopédico: estimula a ossificação (Goldberg et
Motrin, Ibuprofin, Tylenol, Fenoprenos, Naproxeno,
al., 1994).
Ketoprofeno, Voltaren, entre outros, após a ocor-
9) Psicológico: depressão, mudanças no humor rência de picadas de abelha. Os apicultores deveriam
(Goldberg et al., 1994). pensar duas vezes antes de tomar algum remédio
antiinflamatório, pois têm sidos observados, nos
10) Endócrino: PMS, câimbras menstruais, períodos EUA, casos de apicultores imunes à picada de abelha
irregulares, redução no teor de açúcar no sangue que, após ser submetido ao tratamento utilizando
(Goldberg et al., 1994). os remédios citados acima, sofreram reações alérgi-
cas após picada de abelha ou mesmo de vespas. Pelo
11) Câncer: Melitina como inibidora de câncer ovari- menos 3% das pessoas que utilizavam o remédio
ano (Kikuchi et al., 1989). antiinflamatório Motrin sofreram de erupção cutânea,
vertigem e se coçaram após picada de abelha (Roy,
12) Antibiótica: Melitina tem efeito antibiótico
2000; Simics, 2000).
(Andreu et al., 1992).
Veneno de abelha tem diferentes efeitos no corpo
13) Sistema Nervoso: Contra esclerose múltipla
humano. A pessoa que não é hipersensível a picaduras
(Mraz, 1993; Simics, 1998; Roy, 2000).
de abelha, quando toma até cinco picadas, o local da
Efeitos da apiterapia constados em animais: picada incha e fica vermelhado e começa a coçar (Price
& Safko, 1987; Anfosso et al., 1990; Simics, 2000).
1) Endócrino: Hyaluronidases envolvidos na membrana Inicialmente, os sintomas são pouco dolorosos e
118
Artigos –
Apitoxina
LEITE, G.L.D.; ROCHA S.L.
depois mudam para uma sensação agradável e mor- removê-lo com um par de pinças, mas se isto não é
na. Cinqüenta a cem picaduras podem causar uma possível, deve-se retirá-lo raspando com a unha ou
câimbra, brevidade temporária de respiração, a pele faca. Nunca se deve apertar o saco de veneno do
pode ficar azulada ou rapidamente se tem uma pe- ferrão, porque o veneno entrará mais ainda na feri-
quena paralisia temporária. Duzentas ou mais pica- da. Se for possível, deve ministrar um antiestamínico
das podem causar paralisia do sistema respiratório. ou produto à base de cortisona. Entretanto, com a
Algumas pessoas podem tolerar mais de 1000 extração (Brandeburgo, 1992), estudo de análogos
picaduras. Em um caso notável, um indivíduo rece- (Ramalingam & Bello, 1992; Ramalingam et al., 1992;
beu 2243 picaduras e não morreu. Muitos adultos King et al., 1994; Smith et al., 1994) e fracionamento
receberam mil picadas e sobreviveram. Uma estima- do veneno de abelha (Azhitskii & Azhitskii, 1993;
tiva grosseira seria que os DL50 (dosagem letal para Bradshaw et al., 1994; QI et al., 1994) tem possibilita-
50% da população) em humanos adultos é de aproxi- do o desenvolvimento de antídoto às picaduras de
madamente 1000 a 1100 picaduras. Por outro lado, abelhas (Frew, 1993; Tretter et al., 1993; Kolbe et al.,
se sabe, por meio de relatórios, que 100 a 300 1994; Liu et al., 1994; Lobo & Hoult, 1994; Lozano et
picaduras de abelha tiveram um efeito fatal em al- al., 1994, Schneider et al., 1994 a, b).
guns indivíduos mais sensíveis. Às vezes, para uma
pessoa que é hipersensível, basta uma picada para Composição do veneno de abelha
que desencadeie uma reação séria ou fatal (Simics,
2000). A composição do veneno de abelha não é precisa-
mente conhecida e não se conhecem todos os me-
A picada de abelha, em certos casos, pode ter efeito canismos de sua ação terapêutica. Porém, os com-
tóxico muito forte em humanos. Aproximadamente ponentes mais importantes desta mistura de nume-
0,5 % a 2% da população são hipersensíveis a picadura rosas substâncias parecem ser histamina, lecitinase
de inseto, mas freqüentemente se lê em relatórios e e hialuronidase (Beck, 1997). Substâncias de histamina
em jornais de 4% a 5%. Essas diferenças vêm dos vá- provocam dor local, edema e hiperemia. Esse
rios métodos usados em estudos de população e o vasodilatador atua no sistema de axon-reflexos, ten-
que define de hipersensível. Porém, 0,1% a 2% de do efeito positivo quanto à inflamação crônica, au-
hipersensíveis é uma estimativa que médicos con- mentando o metabolismo do tecido e, conseqüen-
cordam (Straight & Glenn, 1993; Day et al., 1994; temente, eliminando produtos inflamatórios noci-
Ferreira et al., 1994; França et al., 1994; Schumacher vos.
et al., 1994). Geralmente, o primeiro sintoma é co-
ceira nas palmas das mãos, aproximadamente dois Lecitinase transforma lecitina em lisolecitina
minutos após a picadura e nos próximos minutos a (fosfolipase B) (Wysoke et al., 1990; Prenner et al.,
sensação de coceira se esparrama por todo o corpo, 1992; Hollander et al., 1993; Carballido et al., 1994)
chegando à face (Simics, 2000). O pescoço e a face que tem forte efeito hemolítico, destruindo as célu-
começam a inchar, a pulsação aumenta a freqüência e las do tipo eritrócitas e outras células do tecido,
a pessoa sua bastante e ocorre vertigem. O estado como também tem efeito carcinogênico no pâncre-
mental confuso que às vezes ocorre é devido à falta as (Hanada et al., 1995). Hialuronidase age esparra-
de sangue (oxigênio) no cérebro. A glote pode fe- mando o ácido hialurônico no tecido conjuntivo. Ou-
char (asfixiando-se) culminando em choque anafilático tras substâncias de caráter protéico são portadoras
(Till et al., 2004). Essa falta de oxigênio pode levar à de propriedades antigênicas. Esses compostos apre-
morte cerebral ou de outros tecidos, como necrose sentam uma ação de proteína não-específica que al-
do miocárdio (Ferreira et al., 1995). É muito impor- tera a sensibilidade e mecanismos imunológicos do
tante remover o ferrão assim que possível. É melhor corpo.
119
Montes Claros, v.7, n.1 - jan./jun. 2005
Veneno de abelha consiste dos compostos, até o 7) Adolapina (neurotransmissor): Tem efeito analgé-
momento conhecidos, listados abaixo : sico.
120
Artigos –
Apitoxina
LEITE, G.L.D.; ROCHA S.L.
As possibilidades do uso terápico do veneno de abe- BRANDEBURGO, M.A.M. A safe device for extracting
lha são inúmeras, mas muitas ainda necessitam de venom from honey bees. Bee World, v.73, n.3, p. 128-
comprovação científica. No Brasil, ainda são poucas 130, 1992.
as pesquisas com apitoxina, bem como veneno de
vespas, basicamente se concentrando na Universida- BROADMAN, J. Bee venom: the natural curative for
de Federal de São Carlos, requerendo uma maior arthritis and rheumatism. New York: Health Resources
envergadura, tanto por parte dos órgãos oficiais de Press, 1997. 220p.
121
Montes Claros, v.7, n.1 - jan./jun. 2005
BROADHURST, C.L. Health and healing with bee scutellata) in Brazil: Clinicopathological studies with
products. Vancouver: Alive Books, 2001. 60p. measurement of serum venom concentrations. QJM,
v.87, n.5, p. 269-282, 1994.
CARBALLIDO, J.M. CARBALLIDO-PERRIG, N.; OBERLI-
SCHRAMMLI, A.; HEUSSER, C.H.; BL ASER, K. FREW, A.J. Injection immunotherapy. British Medical
Regulation of IgG4 responses by allergen specific T- Journal, v.307, p. 919-923, 1993.
cell clones to bee venom phospholipase A2 in vitro.
Journal of Allergy and Clinical Immunology, v.93, n.4, p. GMACHL, M.; KREIL, G. Bee venom hyaluronidase is
758-767, 1994. homologous to a membrane protein of mammalian
sperm. Proccedings of the National Academy of Sciences
CERNE, K.; DREVENSEK, G.; BUDIHNA, M.V. Lacidipine of the United States of America, v.90, n.8, p. 3569-3573,
decreases the honeybee venom-induced 1993.
vasoconstriction of the isolated porcine coronary
artery. Pflugers Archiv-European Journal of Physiology, GOLDBERG, A.; CONFINO-COHEN, R.; MEKORI, Y.A.
v.440, n.5, p.139-140, 2000. Deliberate bee sting challenge of patients receiving
maintenance venom immunotherapy at 3-mounth
DAY, J.H.; BUCKERIDGE, D.L.; WELSH, A.C. Risk intervals. Journal of Allergy and Clinical Immunology,
assessment in determining systemic reactivity to v.93, n.6, p. 997-1001, 1994.
honeybee stings in sting-threatened individuals.
Journal of Allergy and Clinical Immunology, v.93, n.4, p. HANADA, K.; KINOSHITA, E.; ITOH, M.; HIRATA, M.;
691-705, 1994. KAJIYAMA, G.; SUGIYAMA, M. Humam pancreatic
phospholipoase A-2 stimulates the growth of humam
DOLTCHINKOVA, V.; GEORGIEVA, K.; TRAYTCHEVA, pancreatic cancer cell line. FEBS Letters, v.373, n.1, p.
N.; SLAVOV, C.; MISHEV, K. Melittin-induced changes 85-87, 1995.
in thylakoid membranes: particle electrophoresis and
light scattering study. Biophysical Chemistry, v.109, n.4, HOLL ANDER, T.; AEED, P.A.; ELHAMMER, A.P.
p.387-397, 2003. Characterization of the oligosaccharide structures on
bee venom phospholipase A2. Carbohydr. Res., v.247,
FERREIRA, D.B.; COSTA, R.S.; OLIVEIRA, J.S.M.; p. 291-297, 1993.
MUCCILLO, G. Cardiac noredranaline in experimental
KATOH, N. Induction by melittin of protein
rat envenometion with Africanized bee venom. Expe-
phosphorylation in bovine mammary gland and
rimental and Toxicologic Pathology, v.45, n.8, p. 507-
suppression of the phosphorylation by
511, 1994.
phosphatidylserine. Toxicology, v.94, n.1-3, p. 119-129,
FERREIRA, D.B.; COSTA, R.S.; OLIVEIRA, J.S.M.; 1994.
MUCCILLO, G. Na infarct-like myocardial lesion
KING, T.P.: COSCIA, M.R.: KOCHOUMIAN, L. Structure-
experimentally induced in Winstar rats with
immunogenicity relationship of melittin and its N-
Africanized bee venom. Journal of Pathology, v.177,
terminal truncated anlogs. Biochemistry, v.32, n.13, p.
n.1, p. 95-102, 1995.
3506-3510, 1993.
FRANÇA, F.O.S.; BENVENUTI, L.A.; FAN, H.W.; DOS
KING, T.P.: WADE, D.; COSCIA, M.R.: MITCHELL, S.;
SANTOS, D.R.; HAIN, S.H.; PICCHI-MARTINS, F.R.;
KOCHOUMIAN, L.MERRIFIELD, B. Structure-
CARDOSO, J.L.C.; KAMIGUTI, A.S.; THEAKSTON,
immunogenicity relationship of melittin, its
R.D.G.; WARREL, D.A. Severe and fatal mass attcks
transposed analogue, and D-Melittin. Journal of
by ‘killer’ bees (Africanized honey bee-Apis melifera
Immunology, v.53, n.3, p. 1124-1131, 1994.
122
Artigos –
Apitoxina
LEITE, G.L.D.; ROCHA S.L.
123
Montes Claros, v.7, n.1 - jan./jun. 2005
stings. Journal of Allergy and Clinical Immunology, v.93, TILL, S.J.; FRANCIS, J.N.; NOURI-ARIA, K.; DURHAM,
n.5, p. 831-835, 1994. S.R. Molecular mechanisms in allergy and clinical
immunology. Journal of Allergy and Clinical Immunology,
SCHNEIDER, T.; DUDLER, T.; GELB, M.H.; SUTER, M. v.113, n.6, p.1025-1034.
Lysine residues in bee venom phospholipase A-2 are
important for binding to human monoclonal or THALER, C.D.; CARDULLO, R.A. Biochemical
polyclonal antibodies of the IgG4 isotope. International characterization of a glycosylphosphatidylinositol-
Archives of Allergy and Immunology, v.104, n.3, p. 262- linked hyaluronidase on mouse sperm. Biochemistry,
269, 1994a. v.34, n.24, p.7788-7795, 1995.
SCHNEIDER, T.; LANG, A.B.; CARBALLIDO, J.M.; BABI, TRETTER, V.; ALTMANN, F.; KUBELKA, V.; MAERZ, L.;
L.F.S.; DUDLER, T.; KAGI, M.K.; BLASER, K.; SUTER, BECKER, W.M. Fucose alpha-1,3-linked to the core
M. Human monoclonal or polyclonal antibodies region of glycoprotein N-Glycans creates an important
recognize predominantly discontinuous epitopes on epitope for IgE from honeybee venom allergic
bee venom phospholipase A-2. Journal of Allergy and individuals. International Archives of Allergy and
Clinical Immunology, v.94, n.1, p. 61-70, 1994b. Immunology, v.102, n.3, p. 259-266, 1993.
SIMICS, M. Bee venom therapy and multiple sclerosis. VARANDA, E.A.; TAKAHASHI, C.S.; SOARES, A.E.E.;
Richmond: Apitherapy Education Service, 1998. 40p. BARRETO, S.A.J. Effect of Apis mellifera bee venom
and gamma radiation on bone marrow cells of Wistar
SIMICS, M. Bee venom collector devices. Richmond: rats treated in vivo. Revista Brasileira de Genética, v.15,
Apitherapy Education Service, 1999. 28p. n.4, p. 807-819, 1992.
SIMICS, M. Symptoms of honeybeen venom. Richmond:
Apitherapy Education Service, 2000. 40p.
WADSWORTH, J.D.F.; DOORTY, K.B.; SRONG, P.N.
SMITH, L.J.; CL ARK, D.C. Measurement of the Comparable 30-kDa apamin binding polypeptides may
secondary structure of adsorbed protein by circular fulfill equivalent roles within putative subtypes of
dichroism. 1. Measurement of the helix content of small conductance Ca-2- activated K/ channels. Journal
adsorbed melittin. Biochim. Biophys. Acta Int. J. of Biological Chemistry, v.269, n.27, p. 18053-18061,
Biochem. Biophys., v.1121, n.1/2, p. 111-118, 1992. 1994.
SMITH, R.; SEPAROVIC, F.; MILNE, T.J.; WHITTAKER, WAGNER, P. Provisional patent granted for bee
A.; BENNETT, F.M.; CORNELL, B.A.; MAKRIYANNIS, A. venom eye drops. Journal of the American Apitherapy
Structure and orientation of the pore-forming Society, v.6, n.4, p.1-4, 2000.
peptide, melittin, in lipid bilayers. Journal of Molecular
Biology, v.241, n.3, p. 456-466, 1994. WON, C.H.; HONG, S.S.; KIM, C.M.H. Efficacy of apitox
(bee venom) for osteoarthritis: a randomized actived-
SOKOL, P.T.; HU, W.; YI, L.; TORAL, J.; CHANDRA, M.; controlled trail. Journal of the American Apitherapy
ZIAI, M.R. Cloning of an apamin binding protein of Society, v.7, n.3, p.53-60, 2000.
vascular smooth muscle. Journal of Protein Chemistry,
v.13, n.1, p. 117-128, 1994. WYSOKE, J.M.; VAN DEN BERG, P.B.; MARSHALL, C.
Bee sting-induced haedmolysis, spherocytosis and
STRAIGH, R.C.; GLENN, J.L. Human fatalities caused neural dysfunction in three dogs. J. South Afr. Vet. Assoc.
by venomous animals in Utah, 1900-90. Great Basin Pretoria, v.61, n.1, p. 29-32, 1990.
Naturalist, v.53, n.4, p. 390-394, 1993.
124
Artigos –
Apitoxina
LEITE, G.L.D.; ROCHA S.L.
XU, X.; NELSON, J.W. One-disulfide intermediates of alpha1-acid glycoprotein (AGP) gene induction
apamin exhibit native-like structure. Biochemistry, v.33, following honey bee venom administration to
p.17, p. 5253-5261, 1994. adjuvant arthritic (AA) rats; possible role of AGP on
AA development. Clinical and Experimental Immunology,
YIANGOU, M.; KONIDARIS, C.; VICTORATOS, P.;
v.94, n.1, p. 156-162, 1993.
HADJIPETROU-KOUROUNAKIS, L. Modulation of
125